Morte do Cônjuge


A morte do cônjuge é uma realidade que a grande maioria das pessoas tem de atravessar, mas assume perspectivas diferentes em cada situação particular: 
- pode acontecer no início da vida conjugal ou depois de muitos anos de união; 
- dar-se de forma repentina e inesperada ou após um longo período de sofrimento do parceiro; 
- pode ou não deixar filhos órfãos; 
- o casal pode estar junto ou separado e pode ter uma convivência muito boa ou muito má; 
- pode haver grande dependência emocional ou econômica de um em relação ao outro, etc. 

Afinal, lidar com a morte em geral é mais difícil quando se conviveu com a outra pessoa por longo tempo, seja qualquer forma de convivência que tenha havido. Imagine-se o que se passa, então, a um casal unido! A grande maioria das pessoas não escapará de enviuvar, mas reagirá à situação de maneiras distintas em cada caso específico. 
A morte de um dos parceiros que formam um casal em geral provoca um grande impacto no membro sobrevivente, com manifestações físicas e emocionais importantes e, não raro, patológicas. As primeiras reações à perda do companheiro, sobretudo se repentina, costumam ser de poderosa negação. O sobrevivente tem a sensação de que não aconteceu e que poderá ainda reencontrar o companheiro no cômodo ao lado ou tornar a vê-lo executando as tarefas de que tanto gostava. Esta fase de choque, ocasionada pela perda, pode durar horas ou dias, constituindo-se de atitudes de desespero, raiva, irritabilidade, amargura, isolamento e comportamentos emocionais irrazoáveis. 
Só aos poucos e com grande sofrimento o parceiro sobrevivente passa a tomar a perda como fato real. Muitas vezes ele conviveu com um longo período de doença, sofrimento do seu par e pode ter ido se “desligando” dele aos poucos e, em alguns casos, ter até mesmo desejado que sua morte fosse apressada. Tal reação, apesar de normal, pode desencadear posteriormente intensos sentimentos de culpa. 
A elaboração do luto posterior parece implicar numa separação gradativa da pessoa ausente e do seu modo de vida. Os rituais funerais e os outros ligados à morte parecem ter a finalidade de ajudar nesse processo. A missa católica de sétimo dia, por exemplo, à parte o sentido religioso que seja atribuído a ela, é uma importante etapa no encerramento desse processo e uma ocasião para que o sobrevivente receba o conforto e a solidariedade dos amigos. No entanto, embora esse procedimento pareça ajudar na elaboração e encerramento do luto, pode também desencadear recidivas de saudade e depressão que o recrudescem. 
Na verdade, esse luto não tem data para terminar, podendo durar meses ou anos e mesmo nunca acabar, na dependência das características individuais ou de fatores culturais. Em algumas aldeias interioranas portuguesas, as viúvas ainda hoje se vestem de preto o resto da vida. Normalmente, com o passar do tempo o cônjuge sobrevivente vai se desligando do morto e de seus antigos costumes, a menos que se envolva num luto patológico, de grande intensidade e duração indeterminada. Terminado o luto, muitos parceiros iniciam uma nova vida, em outras bases e muitas vezes se ligam novamente a outras pessoas, construindo uma vida feliz, embora sempre à sombra da morte ocorrida. Em resumo, tudo consiste na atitude assumida pelo sobrevivente de “permanecer no passado” ou “continuar a viver”.
O luto pelo cônjuge é complicado pelo fato de quase sempre atingir uma pessoa idosa, já sem condições de fazer grandes mudanças na vida. A depressão e a entrega impotente podem ser as piores reações, mas não são incomuns. 

Original em: ABC.MED.BR

Priapismo



PRIAPISMO - SABE O QUE É?

O nome vem do deus Priapo da mitologia grega, que tinha um pénis exageradamente grande e que permanecia sempre ereto.

O priapismo é uma emergência médica, geralmente dolorosa e potencialmente danosa, na qual o pénis ereto não retorna ao seu estado flácido, apesar da ausência de estimulação física e psicológica. A ereção dura em média 4 horas, e pode levar à disfunção erétil definitiva.

Os mecanismos que causam o priapismo são pouco compreendidos mas envolvem complexos fatores neurológicos e vasculares.

O priapismo pode estar associado a distúrbios hematológicos, especialmente a anemia falciforme e outras condições como a leucemia, talassemia e doença de Fabry, e distúrbios neurológicos como lesões e traumas à medula espinal (o priapismo já foi relatado em vítimas de enforcamento).

O priapismo também pode ser causado por medicamentos. Os medicamentos mais comuns que causam priapismo são as injeções intravenosas para o tratamento da disfunção erétil (papaverina, alprostadil). Outros grupos relatados são os antihipertensivos, antipsicóticos (por exemplo chlorpromazina, clozapina), antidepressivos (mais notavelmente a trazodone), anticoagulantes, e drogas recreacionais (álcool e cocaína). Os inibidores da fosfodiesterase tipo-5 (PDE5) como a sildenafila (popularmente conhecida como Viagra), a tadalafila e a vardenafila provavelmente não causam priapismo. Também pode ser causada por picada de aranha como por exemplo a aranha “armadeira”.

Lesão venosa

É a situação onde o sangue que chega ao pénis através das artérias, não consegue retornar ao corpo por uma obstrução no conjunto de veias que drenam o pénis. Por este motivo, a pressão do sangue dentro do pénis é elevada, com pouco oxigénio e a dificuldade do sangue chegar até as fibras sensitivas do pénis, gera um quadro doloroso.

Anemia falciforme, substâncias que provocam ereção artificial quando injetadas no pénis (papaverina), doenças neurológicas que geram um quadro de lesão de fibras nervosas envolvidas no mecanismo de ereção (hérnia de disco intervertebral, por exemplo) e algumas situações de utilização de medicamentos como hipotensores (prazosin), anti-depressivos (p.ex: fluoxetine = Prozac), anticoagulantes (heparina), bebidas alcoólicas e drogas como cocaína. Acidentes com grande lesão do períneo e hemorragia local podem também comprometer a drenagem do sangue peniano por compressão e gerar um quadro de priapismo.


Lesão arterial

É a situação onde há a ruptura de uma ou mais artérias que levam o sangue até o pénis. Nessa situação, o sangue chega em grande volume e de forma rápida ao pénis, enquanto o escoamento é lento, gerando assim o estado de ereção prolongada.

Condições que gerem ruptura das artérias que levam o sangue para o pénis como trauma perineal e/ou peniano. A grande diferença estará na consistência do pénis que nessa condição, não é de tanta rigidez como no caso da lesão venosa uma vez que mesmo que de forma mais lenta que à chegada do sangue, o sangue consegue deixar o pénis e por esse motivo, pode gerar um estado parcial de ereção e que pode perdurar por um longo período, sem causar dor e muitas vezes sem prejudicar o ato sexual.

As potenciais complicações incluem isquemia, coagulação do sangue retido no pénis (trombose) e o dano aos vasos sanguíneos do pénis podem resultar em disfunção eréteis ou impotência no futuro. Em casos mais graves, a isquemia pode resultar em gangrena, o que pode fazer com que a remoção do pénis seja necessária.

O tratamento do priapismo muitas vezes necessita de atendimento médico urgente. No caso da lesão venosa, a primeira conduta é puncionar o pénis para aspirar o sangue que se encontra estagnado dentro de pénis e pela mesma punção, introduzir substâncias como noradrenalina que ajudariam na detumescência (regressão da ereção) peniana. Caso essa manobra não solucione o problema, há necessidade de intervenção cirúrgica, para se criar uma comunicação de escape do sangue (chamada de shunt) e com isso, permitir a saída do sangue estagnado no interior do pénis. Na lesão arterial, muitas vezes a ligadura cirúrgica da artéria sangrante ou a obstrução dessa artéria por cateterismo (embolização) pode resolver o problema.
Adaptado do original de Mega Arquivo

Homossexualidade e Budismo

Visão do budismo sobre a homossexualidade


Esta história foi retirada do facebook de um aluno que presenciou a partilha de opinião sobre a homosexualidade do Precioso Senhor da Dança, S.Ema. Chagdud Tulku Rinpoche. 
Uma senhora, após a palestra do lama sobre a diversidade da vida, perguntou:
- Mestre, o que é um homossexual?
Ele: – Um homossexual é uma pessoa que faz sexo com o mesmo sexo.
Ela: – Acho que o senhor não entendeu… Como o budismo vê o homossexualismo?
Ele: – Nós não vemos o homossexualismo. No budismo, não temos o costume de ver as pessoas fazendo sexo.
Ela [impaciente]: – Mestre, o que eu quero saber é a opinião do budismo sobre pessoas que fazem sexo com o mesmo sexo.
Ele: – Alguém pode dar opinião sobre quem não conhece? Você está falando em “pessoas”. Que pessoas?
Ela [quase louca]: – Qualquer uma! Qualquer uma!
Ele: – Todas as pessoas são milagres.
Ela [começando a espumar]: – O HOMOSSEXUALISMO É CERTO OU ERRADO?
Ele: – Atos homossexuais consensuais são atos de amor.
Tudo isso com a mesma expressão de quem vê um passarinho azul. Seguem-se aplausos e gargalhadas. Rinpoche sorri.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------
Dalai Lama também foi questionado sobre as agressões contra lésbicas, gays, bissexuais e a comunidade LGBT. 

Ele respondeu ”Isso é errado”, ”É violar direitos humanos. Se duas pessoas realmente se sentem bem dessa maneira e ambos os lados concordam totalmente, então tudo bem”,  Dalai Lama

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Já Thich Nhat Hanh, quando questionado disse: 

O espírito do Budismo é a inclusividade. Olhando profundamente a natureza de uma nuvem, vemos o cosmos. Uma flor é uma flor, mas se olharmos profundamente para ela, veremos o cosmos. Tudo tem um lugar. A base, o fundamento de tudo, é o mesmo. Quando você olha para o oceano, você vê diferentes tipos de ondas, muitos tamanhos e formas, mas todas as ondas têm a água como seu fundamento e substância. Se você nasceu gay ou lésbica, o fundamento do ser é o mesmo que o meu. Nós somos diferentes, mas compartilhamos o mesmo fundamento do ser.” 

---------------------------------------------------------------------------------------------------------

Original de Leonardo Ota, Sobre Budismo 

VEJA TAMBÉM:
- Serão os homofóbicos homossexuais?
- (Re)conversão de Gays


Dr. Fernando Eduardo Mesquita

Psicologia Clínica / Sexologia Clínica
Terapia Cognitivo Comportamental / Terapia EMDR

Avenida Elias Garcia, 137, 4º
1050-099 Lisboa
Tel: 969091221
Tel: 213145309

Avenida Almirante Reis, 186 R/C Esq.
1700-093 Lisboa
Tel: 969091221
Tel: 218477024
Exibir mapa ampliado




Sexo e Suor



Algumas pessoas ficam inseguras, durante a atividade sexual, por transpirarem em excesso, porém, grande parte dessas preocupações nem são notadas pelo parceiro ou parceira no momento, isto porque, quando o desejo e o prazer são intensos, pouco importa a presença de suor.

No entanto, aqui ficam algumas dicas que poderão ajudar a diminuir o excesso de suor:

O que pode representar o suor durante a relação sexual


Embora possa considerar o suor como algo nojento e acabar preocupado(a) com o que a pessoa amada pense, o odor natural do corpo pode ser um ótimo estimulante durante a relação sexual, principalmente para os homens. É normal que o corpo liberte suor em certas situações, no caso das relações sexuais, isso ocorre devido ao esforço físico, mudanças na temperatura ou pelo stresse e receio do contato com a pessoa amada.


Dicas para evitar o suor durante a relação sexual


Tome um banho préviamente, relaxe e aplique sobre a pele das axilas um bom antitranspirante, este pode ser em roll-on, spray ou em talco, de acordo com a sua preferência. O antitranspirante irá conter grande parte do suor a ser liberado;

Alguns produtos e alimentos podem elevar a temperatura corporal aumentando a libertação de suor, evite consumi-los, eles são: feijoada e tutu de feijão, churrasco, pimenta, café, chá, mate, refrigerante de cola e outros;

Se estiver muito calor, na hora da relação sexual, opte por um local bem fresco, ligue o ventilador, ar condicionado, ou simplesmente abra as janelas para que possa entrar um pouco de ar fresco;

Opte por ter relações sexuais sem o uso de lençóis e mantas por cima, além de poder visualizar melhor o corpo da pessoa amada, você evitará a elevação da temperatura corporal a consequentemente, o suor.



Adaptado do original de Alana Martins em umcomo


Você é paciente ?



Um homem estava a passar por sérias dificuldades financeiras. Há dias que não fazia uma refeição decente e o desânimo tinha tomado conta da sua vontade, por isso perambulava, agora, pelas ruas, sem destino.

Num dado trecho do caminho, viu o que pareceu ser uma nota de dinheiro no chão. Não era muito, mas, antes de recolhê-la da calçada, olhou por todos os lados, para ver se ninguém por perto reclamava a falta do dinheiro. Não, não havia ninguém com ar de ter perdido alguma coisa. O homem pensou: 

É bom demais para ser verdade!

Apesar da quantia não ser muita, já serviria para amenizar a fome que sentia naquele dia. Porém, que decepção! Era apenas metade de uma nota. Irritado, rasgou-a em pedacinhos e continuou a caminhada. Contudo, alguns metros adiante, para surpresa sua, encontraria a outra metade da nota!

Os grandes problemas da impaciência são as perdas que o impaciente sofre. 

A primeira delas é, obviamente, a perda da serenidade - sem serenidade, não temos condições de avaliar com frieza as circunstâncias que nos envolvem, de modo que possamos ver as saídas e soluções possíveis.

Perdendo a serenidade,  perdemos também o bom senso - sem o bom senso sentimo-nos impotentes.

Paciência é respeito.

Respeito aos outros e a nós mesmos. Seja paciente você também e verá que é muito mais produtivo trabalharmos pacientemente do que nos irritarmos com o que não será modificado do dia para a noite.

Ademais, quem não sabe esperar, também não sabe usufruir!

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *  
Tomas Edison, o grande inventor, já estava na tentativa número seiscentos e sete para incandescer um filamento e conseguir inventar a lâmpada.

O seu assistente, cansado, insistiu para que ele desistisse. Edison perseverou. 

Resultado: dessa vez, o invento alcançou êxito.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

A pessoa paciente é aquela que aguarda o momento certo de agir, a hora ideal para falar e o instante oportuno de calar. 

Paciência não significa passividade, indolência ou subserviência. 

Paciência é a atitude inteligente de quem compreende que as pessoas nem sempre são como os outros desejariam que fossem.


Kegel - Exercicios para fortalecer a vagina



O fortalecimento dos músculos vaginais oferece grandes benefícios a nível sexual, aumentando a sensibilidade e prazer durante o coito. Mas além disso tem vários benefícios para a saúde, por isso explicamos-lhe como fortalecer a sua vagina, através dos exercícios Kegel com algumas rotinas simples que pode levar a cabo diariamente.

Instruções


Os músculos do pavimento pélvico, localizados na parte interna da vagina, com o passar do tempo, e tal como acontece com o resto dos músculos do corpo, vão perdendo a tonificação. A gravidez e o parto natural também pode conduzir a esta situação, o que faz com que a fricção gerada pela penetração não seja tão intensa como costumava ser, afetando o prazer sexual.

Os exercícios Kegel ajudam a prevenir e a melhorar esta situação, tonificando os músculos da vagina e a melhorar o prazer sexual.

Um dos exercícios do método Kegel mais conhecido e popular é o que podemos realizar cada vez que vamos no banheiro para urinar. Siga estas instruções para o conseguir:
  • Lembre-se que o objetivo é tonificar os músculos da sua vagina, por isso convém localizá-los primeiro. Contraia toda a região vaginal e anal para dentro, imagine que quer que a mesma seja absorvida para dentro do seu corpo, sentirá também como o ânus se contrai. Esse é o movimento que deve fazer.
  • Depois disso, cada vez que for ao banheiro tome um tempinho para exercitar a sua vagina. Aguente durante 3 segundos a urina e depois solte um pouco, repita o processo até ter esvaziado completamente a bexiga. Cada vez que for ao banheiro pode levar a cabo esta rotina.
O fantástico dos exercícios Kegel é que os pode fazer em qualquer momento. Enquanto está no escritório, em casa ou sentado tomando um café pode por em prática este exercício:
  • Sente-se direita com os braços ao lado do corpo
  • Contraia a sua vagina durante 3 segundos, depois relaxe mais 3 segundos. Retome o exercício até fazer 10 repetições.
  • Depois de controlar na perfeição o ritmo com 3 segundos, aumente até 5 e vá subindo pouco a pouco até chegar a 10 segundos.
  • Faça-o com calma, é um processo evolutivo, assim como qualquer outro exercício de tonificação muscular, deve ir com calma.

Outro exercício que pode fazer para fortalecer a sua vagina, é realizar movimentos rápidos soltando e contraindo os músculos do seu pavimento pélvico. Para não perder o ritmo pode acompanhar os exercícios com a sua respiração, inspirando e expirando de forma rápida com cada movimento. Repita 20 vezes.




Um exercício que ajudará a tonificar a sua vagina, e que se faz muito nas aulas de aeróbica, é o seguinte:
  • Deite-se sobre uma colchonete com os braços de lado e as pernas fletidas, os seus ombros e as solas dos pés devem estar completamente apoiadas no solo e de forma firme.
  • Contraia os músculos e levante lentamente o quadril, o seu corpo ficará apoiado no solo apenas na parte superior das suas costas e na sola dos pés.
  • Baixe até à posição inicial. Repita 20 vezes.



Uma excelente alternativa é a utilização de bolas chinesas, estas ajudam a exercitar de forma eficaz o pavimento pélvico melhorando a tonificação dos músculos da sua vagina.


Tenha em conta que os exercícios do método Kegel que se fazem em casa são progressivos, por volta do terceiro mês de prática começa a notar os resultados. Também existe a possibilidade de fazer estes exercícios com máquinas especiais, disponíveis nos consultórios de ginecologia, que oferecem resultados em menos tempo. Consulte o seu médico sobre esta opção.


Adaptado do original de: umcomo


VEJA TAMBÉM:




Divulgacao congresso - Madrastas, Padrastos e Enteados


Fala-se de tanta coisa no mundo, tantos assuntos, tanta conversa, tantas palavras a circularem de um lado para o outro, tantas letras a unirem-se de forma sôfrega , tantas virgulas, tantos pontos de interrogação e tão poucos pontos finais, que nos vimos obrigados também a intervir depois de muito pesquisarmos e percebermos que havia tão pouco – quase nada – acerca de Madrastas, Padrastos, e enteados.

E da ideia ao acto, foi um instante. Vamos erguer o primeiro congresso sobre esta temática, o primeiro grande congresso sobre Madrastas, Padrastos e Enteados. Será nos dias 11 e 12 de Outubro e nele se falará sobre tudo isto. Dos variadíssimos estigmas ligados a cada um deles, do que se pode fazer, do que se já faz, do que sente e quer dizer alguém que assume este papel. Será possível criar novas denominações para as mesmas funções? O que dizem o que com eles vivem? O que está a ser feito noutros países? Que diferenças têm em relação ao nosso? Que dizem as estatísticas? O que pode um congresso como este avançar?

É isto que propomos perguntar e dar respostas e fazer. Será em Outubro, dias 11 e 12. Se tiverem ideias para este congresso, se quiserem participar, não hesitem em fazer chegar as vossas sugestões por aqui ou em:madrastaspadrastosenteados@gmail.com. Mais informações em breve.



Mitos da Gravidez

Basta a mulher engravidar para ouvir uma série de opiniões sobre esse período. Uma boa parte das opiniões são mitos que deixam as futuras mães cheias de dúvidas, mas que não têm explicações científicas. Veja abaixo se os mitos mais comuns das gestações são verdadeiros ou falsos.





1) Formato da barriga indica o sexo do bebê.

Mito. Segundo a Dra. Rosa Maria Neme, doutora em ginecologia e obstetra do Einstein, não é verdade que barriga pontuda indica a chegada de um menino e a barriga mais arredondada uma menina. “O formato do corpo da mãe determina como será a barriga, se mais arredonda ou pontuda.” Simples assim.

2) Enjoar demais é sinal de rejeição ao filho.

Mito. O que determina o enjoo são a intensidade e a sensibilidade materna à progesterona, o hormônio da gravidez. “Mulheres mais sensíveis ao hormônio vão enjoar mais e durante um período maior do que o esperado, que são as primeiras semanas de gestação”, explica a médica. Ou seja, se você está mais mareada do que uma pessoa conhecida é porque seu corpo tolera menos o hormônio. Não tem nada a ver com o amor que você sente pelo bebê.

3) Dizem que enjoar demais no final da gestação significa que o bebê é cabeludo.

Mito. Aqui também vale a mesma explicação dada no item acima: o nível de tolerância da gestante ao hormônio da gravidez é que influencia na intensidade do enjoo. Além do limiar de tolerância, outro fator contribui para o enjoo no final da gestação. Com o crescimento do útero, o estômago fica comprimido e deslocado, fora do normal, o que acaba comprometendo a digestão, propiciando o enjoo e a azia. Ou seja, um bebê cabeludo pode nascer de uma mãe que não ficou nem um pouco mareada. Enquanto outra mãe pode dar à luz um bebê carequinha depois de passar a gestação inteira enjoadíssima.

4) É verdade que grávida precisa ter a vontade de comer algo respeitada caso contrário o bebê pode ter manchas na pele?

Não é verdade. É um mito sem explicação científica. A origem talvez esteja no conceito de que a grávida estaria liberada para comer qualquer coisa, na quantidade que deseja, e sem restrição do cardápio sob o risco de prejudicar o desenvolvimento da criança. Então, se uma criança nascer com uma mancha vermelha na pele em suposto formato de morango, com certeza, não é porque a mãe foi privada de comer a fruta durante a gestação.

5) Ter muitos pesadelos indica rejeição ao bebê.

Também é outro mito. A obstetra explica que, conforme a data do parto se aproxima, a ansiedade materna aumenta, deixando-a mais sensível inclusive durante o sono. “As gestantes sonham mais e com mais intensidade por causa da ansiedade pelo nascimento e todas as mudanças que irão ocorrer a partir de então. Não significa que ela não gosta do filho.”

6) Passar muito estresse na gestação deixa o bebê nervoso.

Outro mito. “O estresse pode estar ligado à maior ocorrência de contrações durante a gravidez”, diz Dra. Rosa. Isso pode acontecer porque ao passarmos por algo estressante o corpo libera uma descarga de adrenalina, que afeta todos os órgãos. “Dependendo do grau de estresse, a quantidade de adrenalina no corpo pode ser alta e provocar contrações que eventualmente podem levar ao trabalho de parto antecipado”, explica. Isso não significa que esse bebê será nervoso por causa da adrenalina.

7) Bebês nascidos de oito meses correm mais risco do que os sete meses.

Mito. Aliás, isso é impossível de acontecer. Quanto mais tempo um bebê fica na barriga, mais maturidade ele terá e, portanto, menos problemas ao nascer.

8) Mães com seios maiores terão mais leite.

Mito. A Dra. Rosa explica que o que determina a quantidade de leite não é o tamanho do seio, mas a quantidade de ductos mamários funcionantes neste período e a pega correta.

9) Mulheres de quadril largo são excelente parideiras.

Meia verdade. Segundo Dra Rosa, se a mulher tiver o osso da bacia largo, sim, as chances de ela ter um parto vaginal são maiores. “Mas é difícil diferenciar, a olho nu, a grávida de quadril largo daquela com bumbum grande”, diz a médica.

10) Sexo durante a gravidez faz mal e pode antecipar o parto.

Mito. A Dra Rosa Neme explica que a origem desse mito pode estar no fato de uma substância presente no sêmen poder, às vezes, causar uma discreta cólica, que acaba sendo confundida com contração do trabalho de parto. O sexo durante a gestação não faz mal. Nem desencadeia o trabalho de parto prematuro.

11) Grávida só pode dormir do lado esquerdo.

Meia verdade. “As gestantes podem dormir do jeito que se sentirem melhores. Indicamos dormir mais do lado esquerdo para evitar a compressão da veia cava, que fica logo atrás do útero, no lado direito da mulher. A compressão pode provocar falta de ar e queda de pressão”, esclarece a médica. Essa recomendação é dada principalmente no final da gravidez, quando a barriga está grande e pesada. Antes desse período, qualquer posição para dormir é aceitável.

12) Tomar canjica e cerveja preta aumenta a produção do leite.

Mito. A produção do leite está relacionada com a quantidade de ductos mamários, a uma pega eficiente e à estimulação feita pelo bebê. A ingestão de líquidos é importante para repor a perda durante a amamentação. Então, melhor que a gestante beba água pura, sempre. Canjica é muito calórica e cerveja tem álcool que pode chegar ao leite.

13) Gengiva de grávida sangra mais.

Verdade. Isso ocorre pelo aumento da vascularização durante a gestação, provocada pelos hormônios da gravidez, especialmente a progesterona.

VEJA TAMBÉM:

Visão do amor e do sexo


Apesar de todos os ensinamentos que recebemos desde que nascemos – família, escola, amigos, religião – nos estimularem a investir a nossa energia sexual numa única pessoa, a prática é bem diferente. Uma percentagem significativa de homens e mulheres casados, ou numa relação estável, dedica grande parte do seu tempo e prazer com outros parceiros.
A antropóloga americana Helen Fisher conclui que a nossa tendência para as ligações extraconjugais parece ser o triunfo da natureza sobre a cultura. “Dezenas de estudos etnográficos, sem mencionar inúmeras obras de história e de ficção, são testemunhos da prevalência das atividades sexuais extraconjugais entre homens e mulheres do mundo inteiro. Embora os seres humanos flertem, apaixonem e casem, também tendem a ser sexualmente infiéis a seus cônjuges.
O professor de ciências sociais Elías Schweber, da Universidade Nacional Autónoma do México, reforça essa ideia. “Na infidelidade influem fatores psicológicos, culturais e genéticos que levam-nos a afastar a ideia romântica da exclusividade sexual. Não existe nenhum tipo de evidência biológica ou antropológica na qual a monogamia é ‘natural’ ou ‘normal’ no comportamento dos seres humanos. Ao contrário, existe evidência suficiente na qual se demonstra que as pessoas tendem a ter múltiplos parceiros sexuais.
Um dos pressupostos mais aceites, na nossa sociedade, é o de que o casal monogâmico é a única estrutura válida de relacionamento sexual humano, sendo tão superior que não necessita ser questionado. Na verdade, a nossa cultura coloca tanta ênfase nisso, que uma discussão séria sobre outro tipo de relações é muito rara.
Entretanto, as sociedades que adotam a monogamia têm dificuldades em comprovar que ela funciona. Ao contrário, parece haver grandes evidências, expressas pelas altas taxas de relações extraconjugais, de que a monogamia não funciona muito bem para os ocidentais. O argumento de que o ser humano é “predestinado'' à monogamia é difícil de sustentar.
Portanto, uma vez que nós humanos nos damos tão mal com a monogamia, outras estruturas de relacionamento livremente escolhidas também devem ser consideradas. E para não haver mágoas e culpas, nas relações amorosas, é fundamental partilhar claramente a nossa visão do amor e do sexo desde o início da relação.

Adaptado do original de: Blog da Regina Navarro Lins

VEJA TAMBÉM: