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Perguntas e Resposta - Preservativo Vs Erecção


"Quando chega a hora de pôr o preservativo, perco a erecção ou ejaculo"

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Desde já muito boa noite

Estou a escrever-lhe porque penso ser a pessoa ideal para me ajudar com o meu problema. Tenho 19 anos e tenho experimentado alguns problemas na minha actividade sexual. Tenho uma namorada linda de morrer mas tenho tido alguns problemas em satisfazê-la sexualmente. O que acontece normalmente é que quando chega a hora de colocar o preservativo, ou perco ligeiramente a erecção, tornando impossível a penetração ou então consigo mantê-la mas ejaculo mal se dá a penetração... Isto tem-me deixado extremamente perturbado, triste e muito frustrado... Adoro a minha namorada e só quero proporcionar-lhe todo o prazer que merece.. Peço-lhe então que me ajude e que me diga se vale a pena marcar uma consulta consigo para me ajudar a ultrapassar este entrave numa relação que noutros níveis é extremamente satisfatória!

Um grande abraço e muito obrigado

xxxxxx

ps: posso descartar algum problema relacionado com os preservativos? tenho alguma dificuldade em pô-los, e sinto-os um bocado apertados, além disso os problemas que mencionei acima dão-se normalmente quando os ponho, mas não sei se será uma explicação plausível..


A nossa Resposta


Caro amigo

segundo o que descreve torna-se evidente a ansiedade e preocupação que sente nos momentos mais intimos. O facto de querer que tudo corra às mil maravilhas só vai fazer com que se sinta muito mais ansioso e que ... inevitávelmente ... as coisas não corram como desejaria. O processo é semelhante ao que acontece durante os exames escolares ou avaliações, se não estivermos confiantes de que sabemos e/ou de que somos capazes de ter uma boa nota, ficamos muito mais ansiosos e isso leva a que a nossa atenção fique focada em pensamentos negativos como "não vou conseguir passar ... vou ter uma péssima nota ... etc." RESULTADO = MÁ NOTA! (mesmo com conhecimentos suficientes para ter uma boa nota).

Na sexualidade passa-se algo de semelhante. As experiências sexuais menos positivas levaram-no a perder a confiança de que é capaz ... logo está muito mais atento aos seus erros, e com pensamentos negativos, do tipo "não vou aguentar...", "vou falhar novamente...", "estou a perder a erecção ..." etc.


- TRATAMENTO


A perda de erecção (ou de alguma rigidez peniana), no momento de colocar o preservativo, é relatada, frequentemente, por alguns homens. O facto de não estarem totalmente à vontade na colocação do preservativo leva a um aumento exponencial da ansiedade que, por sua vez, gera a referida diminuição de rigidez peniana.

Para ultrapassar esta dificuldade,
quando estiver sozinho, procure "treinar" a colocação do preservativo e aproveite para se masturbar com ele colocado, para se habituar às sensações causadas pelo mesmo. Aproveite para fantasiar que está com a sua parceira, imagine-se, por exemplo, a dizer-lhe que pretende colocar o preservativo. O importante é que ganhe confiança de que é capaz de colocar o preservativo, primeiro sozinho, depois com quem deseja e/ou AMA!

Relativamente à questão da ejaculação rápida sugiro que leia algumas das indicações que foram dadas a outros leitores.

Espero, sinceramente, ter conseguido ajudar. Estarei disponível para o ajudar se voltar a considerar necessário.

Um abraço,

Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo/Sexólogo Clínico
Tel: 969091221

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Perguntas e Respostas - Ejaculo muito rápido



"Tive a minha 1ª relação sexual há 3 semanas e correu muito mal"

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Olá sou o XXXXX e tenho 18 anos.


Desde alguns anos que me masturbava muito. Tive a minha 1ª relação sexual há 3 semanas e correu muito mal pois mal inseri o pénis na vagina da minha ex-namorada ejaculei logo, aliás ela acabou comigo por causa disso.


Penso que tenho ejaculação precoce.... e estou sofrendo muito por causa disso. Sou atraente, muitas raparigas têm vindo tentar passar a noite comigo, mas eu nego, com medo que me aconteça da próxima vez, o que me aconteceu na 1ª vez....


Tenho tentado masturbar-me para treinar e aguentar o máximo tempo possível, mas ejaculo muito rápido. Tenho andado muito mal, não sei mesmo o que faça, ando desorientado, muito deprimido.


O que acha que devo fazer para que isto me passe?


Peço a máxima ajuda que me possam dar.

Cumprimentos



A nossa Resposta


Caro amigo

Utiliza-se o termo de Ejaculação Prematura quando um homem ejacula mais rapidamente do que deseja ou quando a ejaculação está fora do seu controlo. Este
é um dos problemas sexuais mais comuns entre os homens, mas também é um dos mais facilmente ultrapassáveis.

Na maioria das vezes, este problema está associado a questões de ansiedade.

Em alguns casos, esta ansiedade estabelece-se muito cedo através da prática de uma masturbação rápida devido ao receio de se ser apanhado, por exemplo pelos pais. Estas pessoas acabam assim por não aprender a controlar a sua ejaculação, uma vez que este padrão acaba por se estabelecer quando é aprendido.

Noutros casos, os homens tornam-se ejaculadores prematuros porque ficam ansiosos em proporcionar prazer ao parceir@ ou porque se sentem criticados – tornando-se inseguros e ansiosos, quer dentro, quer fora da cama.

Existem, ainda, casos de ejaculação prematura quando um homem está zangado com @ parceir@, mas não tem capacidade para exprimir os seus sentimentos de outra forma. Embora estes casos não sejam os únicos que potenciam a ejaculação prematura, são os mais frequentes.


- TRATAMENTO

Embora o tratamento possa envolver alguma medicação, normalmente, é importante o acompanhamento de uma intervenção psicoterapeutica especializada.

Na maioria das situações é importante o recurso à auto-masturbação. O facto de procurar controlar a ejaculação sozinho, permite-lhe diminuir a ansiedade gerada pela presença de uma outra pessoa. Refere que tenta aguentar ao máximo durante a masturbação, "Óptimo", mas procure não ejacular logo, da seguinte forma:

  • Quando estiver a masturbar-se e sentir que está quase a ejacular pare! aguente alguns segundos (até diminuir a sensação de que está próximo a ejacular) e volte a masturbar-se. Repita este processo umas 3 vezes e só depois ejacule. Este exercício permitir-lhe-á tomar maior consciência na eminência ejaculatória e assim vir a conseguir controlar melhor a sua ejaculação.
Caro amigo, este é apenas um dos vários exercícios que lhe podem ser sugeridos por um sexólogo. Existem muitos que devem ser adaptados a cada caso.

Tal como refere, um problema sexual poderá afectar outras áreas da vida, o seu afastamento de novas experiências é disso um sinal o que não é de todo benéfico. Se sentir que estas dificuldades persistem pondere em procurar ajuda.

Devo ainda referir que é muito frequente as primeiras experiências sexuais não correrem como é desejado. Na verdade, é um momento em que quer o homem, quer a mulher, estão bastante ansiosos. Estão a experimentar algo de novo e querem que tudo corra o melhor possível. Porém, nem sempre o local é o mais indicado, as incertezas são muitas, os "nervos" estão ao rubro... e tudo isso só vai tornar as coisas mais complicadas. Uns ejaculam rapidamente, outros perdem erecção. Mas certamente que nas próximas experiências as coisas podem correr melhor.

Espero, sinceramente, ter conseguido ajudar. Estarei disponível para o ajudar se voltar a considerar necessário.

Um abraço,

Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo/Sexólogo Clínico
Tel: 969091221

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Perguntas e Respostas - Ejaculação Prematura


Olá!

Estou muito feliz por poder mandar este e-mail. Queria desabafar, pois estou passando um momento muito difícil e agora tenho acesso à Internet para poder procurar ajuda.

Meu nome é xxxxxx, tenho 30 anos, tenho uma companheira há 12 anos, 8 morando juntos. Somos muito felizes mas tem alguma coisa que não esta bem na relação e por isso gostaria de ajuda.

Tenho um problema de ejacular muito rápido já fiz de tudo quando é jeito para treinar a ejaculação. Exercícios através da contracção do ânus, masturbação 1 vez por dia, já pedi para a minha esposa fazer bastante sexo oral, e não consigo demorar muito, sei lá acho que tenho muito esperma, tesão de mais, minha esposa é muito bonita tem um corpo lindo e quando estamos fazendo amor e ela esta gostando muito (gemendo) eu não aguento e ejaculo. Isto é uma derrota muito grande para mim, não sei mais qual desculpa falar com ela, e é uma frustração muito grande para ela que não consegue chegar ao orgasmo.

Nestes anos todos, que estou com minha esposa, ela poucas vezes conseguiu chegar ao orgasmo e nossa relação já não está como antigamente devido a este problema de ejaculação. Dificilmente ela me procura mas quando eu a procuro transamos normalmente. Eu também não procuro ela frequentemente devido a este problema, fico analisando que vamos namorar, tranzar mas quem vai gozar sou eu e ela vai ficar na mão e decepcionada, ás vezes fico reparando na minha esposa que ela já está cansada disto e que pensa em outros homens para sentir prazer, sempre apoiei minha esposa a se masturbar no chuveiro mas já brigámos por isso, ela me disse que só gozava quando masturbava e não quando transava comigo, amo muito minha mulher e temos um filho.

Tivemos uma briga este dia na nossa lan house, pois acho que ela esta a fim de outro homem, fica com liberdade com homens, tipo pegando orkut, vendo vídeos no celular dele. Acho que uma mulher casada não deve ficar de conversa furada e não estou mais suportando isto, discutimos feio falei muita coisa que mulher não gosta de ouvir, e estamos afastados já há uma semana. Estou dormindo no quarto do meu filho e estou louco para fazer Amor com Ela mas não dou o braço a torcer e nem ela vem me procurar.

Fico pensando que a qualquer momento ela vai me procurar pois se trata de uma pessoa muito boa mas infelizmente não é isto que vem acontecendo. Por esta razão que acho que ela não dá mas importância para tranzar comigo.

Quando comecei a namorar com ela era virgem e eu não, mas era muito inexperiente e ela tinha 7 anos vai velha do que eu, tinha na época 16 anos e estava completamente apaixonado em três meses tivemos nossa primeira relação na casa dela na cozinha escondido e ela não gostou mas transavamos todos os dias mas sempre gozava rápido.

Preciso de uma orientação para demorar mais para ejacular, tenho certeza que não é ejaculação precoce acho que é da minha cabeça mas não sei com resolver isto fico pensando se transar é tão bom acho que não esta sendo e sim me dando dor de cabeça pois estou muito triste em não ter um desempenho melhor.

Estou atravessando um momento financeiro muito difícil estou devendo bastante e acho que isto também esta atrapalhando, pois sou muito preocupado e gosto de honrar meu compromisso e ela me cobra, pois também é muito preocupada.

Alem de Orientação que queria receber vou deixar algumas perguntas para quebrar alguns tabus para ver se me ajuda:

  • Preciso de me masturbar para demorar a ejacular?
  • Tenho que tranzar todos os dias e quantas vezes tenho que tranzar para fazer minha esposa gozar?
  • Por que minha mulher não gosta de sexo Anal?
  • Qual a melhor maneira de tocar no clítoris da mulher por que minha esposa fala que eu não sei tocar?
  • O que preciso fazer para não ejacular tão rápido na primeira tranza? Gostaria sinceramente de fazer minha mulher gozar.

Bom acho que me desabafei quase tudo pois é muita coisa gostaria de ajuda concreta e não teoria, realmente se existe alguns remédios para antidepresivo para me relaxar mais não gozar rápido.

Por favor me responda, pois estarei esperando do fundo meu coração estou muito mal comigo,

atenciosamente,

xxxxxxxx

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Perguntas e Respostas - Sexo pela 1ª vez


Saudações.

Deparei-me com o vosso site numa procura de ajuda na Internet e agradecia a atenção. O meu problema é o seguinte:

Tenho 26 anos, com um apetite sexual mais que saudável, o problema é que sempre que tento ter relações com alguém pela 1a vez fico muito nervoso e, ou ejaculo rápido ou nem obtenho erecção sendo muito frustrante pois é algo que quero muito, após algum tempo ou caso esteja bêbado e portanto mais desinibido as coisas não se passam desta maneira, desconfio que tenha a ver com a vergonha e insegurança mas gostaria de outra opinião. Sempre tive namoros longos, mas sinto vontade de tar com mais pessoas neste momento e não queria passar pelo mesmo constantemente.

Grato pela atenção

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Perguntas e Respostas


boa tarde,

Sou XXXXX e sou casada há quase 7 anos, o meu marido sempre foi muito "rapidinho" e sempre teve complexos disso, eu, por sua vez acho-me um bocadinho dificil de satisfazer, ou seja, quando eu estou quase lá... ele já foi...., e normalmente constumamos dar bem a volta a situação. E acabamos 80% porcento das vezes com satisfação mútua.

Mas o meu marido agora embirrou que o ando a trair, porque ele é muito rapidinho e não me satisfaz, de facto, nem todas as vezes me satisfaz, mas, quando sinto prazer sinto mesmo..., não há cá fingimentos pra nínguem.

A minha questão é a seguinte:
Ele é um homem, normal, certo??? e isto é tudo da cabecinha "oca" dele? pra tiramos estas duvidas será melhor consultar o meu ginecologista ou existe um médico especializado, qual?

Obrigado pela atenção

XXXX
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Prazer no Feminino


Com terapias e drogas que aumentam o desejo e estimulam o orgasmo, a ciência avança no campo até recentemente inexplorado da satisfação sexual das mulheres

O estudo da sexualidade da mulher, até recentemente restrito aos profissionais do divã, começa a avançar impulsionado pela medicina. A cada dia, pesquisadores descobrem novas causas orgânicas para os problemas femininos mais comuns quando o assunto é prazer: falta de desejo, ausência de orgasmo, dificuldade em chegar à excitação e dor durante o sexo convencional.

São queixas que atrapalham, em média, a vida sexual de 54% das mulheres. O que a medicina pode fazer por elas? No campo das promessas, muito, muitíssimo, mas é muito pouco, se a referência for o que a medicina já pode fazer pelos homens.

Tome-se o exemplo do Viagra que ajudou a melhorar a vida sexual de mais de 13 milhões de homens em todo o mundo. A pílula contra a Disfunção Eréctil recuperou casos médicos considerados perdidos, levantou a auto-estima de muitos homens, pôs um brilho nos olhos de idosos que já tinham desistido de certos prazeres da vida. As mulheres assistiram a essa reviravolta com uma ponta de inveja e um bocado de esperança.

É natural que se perguntem por que é que, afinal, ninguém ainda inventou um Viagra para elas. Como o efeito da droga e dos seus similares é, basicamente, aumentar o fluxo sanguíneo para o pénis – procedimento que resulta na erecção –, os "Viagras femininos" procuram seguir o mesmo padrão, intensificando o volume de sangue nos órgãos genitais da mulher. Desta forma, provocariam o intumescimento do clitóris e o aumento da lubrificação vaginal. No entanto, as mulheres têm menos dificuldades em atingir este estado naturalmente do que os homens de conseguir a erecção.

O que a maioria das mulheres quer é algo que:
1) as ajude a ter mais desejo e
2) facilite atingirem o orgasmo.

Para ajudá-las, a ciência tem de ser capaz de resolver mais do que o problema quase mecânico da lubrificação: precisa desvendar os meandros do complexo processo da sexualidade feminina, a começar pela orquestra hormonal que rege o prazer da mulher, muito mais intrincada e flutuante que a masculina. A maioria dos tratamentos pró-sexuais que já existem no mercado visa justamente nas alterações hormonais que podem comprometer a satisfação da mulher. A testosterona que dispara o gatilho do desejo, o estrogénio que prepara o corpo para o sexo – tudo isso, já se sabe, diminui na menopausa. É através da análise destes efeitos que a medicina tem procurado compensar os desequilíbrios hormonais, e os laboratórios têm desenvolvido métodos cada vez mais eficientes de repor o que falta. Os benefícios estendem-se às mulheres com disfunções nessa área em todas as faixas etárias.

Os problemas sexuais da mulher têm uma multiplicidade de causas. As dificuldades de irrigação sanguínea, as descompensações hormonais e outras disfunções fisiológicas têm como agravantes as barreiras psicológicas. Quase meio século depois da revolução de costumes que abriram as portas do prazer sexual à mulher, as "vozes" da repressão instaladas no fundo da psique feminina ainda emperram o caminho da satisfação. Isto sem contar, ainda, com alguns homens que, espantosamente, continuam ignorantes do bê-á-bá do orgasmo feminino.

Uma em cada duas mulheres tem algum tipo de queixa na área da satisfação sexual em determinada fase da vida. Três em cada dez desconhecem o orgasmo na relação sexual – proporção que aparentemente se manteve estável nas últimas décadas. O que mudou, segundo o diagnóstico traçado nos consultórios dos especialistas, foi a disposição feminina de procurar soluções. A diferença é que elas agora reclamam.

Por que é que eles têm mais facilidade em chegar ao prazer do que elas?

Para os especialistas, uma das respostas decorre do facto de que a maioria das mulheres ainda desconhece o seu próprio corpo – situação que, para os homens, ocorre menos vezes. Desde muito cedo, eles têm uma relação muito mais explícita com os seus genitais, já que podem vê-los, tocá-los e senti-los. As mulheres, em compensação, estão destinadas a conviver com uma sexualidade mais oculta sob uma conformação que esconde e dissimula. "Elas só vão saber que têm vagina lá pelos 8 anos, e que têm clitóris por volta dos 13. E, mesmo assim, se forem muito curiosas", afirma a psicóloga Aparecida Favoreto, directora do Instituto Paulista de Sexualidade.

O bombardeio de informações de conteúdo erótico, em vez de ajudar, pode até atrapalhar, especialmente os jovens com pouca ou nenhuma experiência sexual. As repetidas cenas de sexo mostradas no cinema e na televisão parecem o sonho do Ejaculador Prematuro: poucos ou nenhum preliminares e tudo numa questão de trinta segundos, com os dois a alcançarem o prazer. Jaqueline Brendler, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, costuma citar o filme Lendas de Paixão como exemplo crasso da deseducação sexual. No filme, a cunhada do personagem interpretado por Brad Pitt tem com ele a sua primeira relação sexual. Num celeiro, de pé, atinge o orgasmo. Diagnóstico da médica: tudo é completamente improvável. "O orgasmo na primeira relação já é uma ocorrência raríssima", afirma. Sem preliminares, sem estimulação do clitóris e em posição tão pouco confortável, fica praticamente inviável. Nem com Brad Pitt.

Jaqueline Brendler, analisou durante três anos 35 pacientes portadoras de anorgasmia primária, ou seja, que nunca tiveram um orgasmo – nem durante o acto sexual nem por masturbação. Concluiu que, fisiologicamente, nenhuma delas tinha nenhum problema. Em compensação, todas apresentavam um ponto em comum: "Cem por cento delas tinham registos de uma educação familiar opressiva, que vinculava sexo a pecado, dor, sofrimento ou perda do autocontrole", diz a médica.

Com os rapazes, ocorre o inverso. O tio pede ao sobrinho para "mostrar o documento". O pai "atiça" o filho quando vê uma rapariga bonita a passar. Tudo converge para uma espécie de salvo-conduto que permite aos homens exprimirem os seus desejos. Mesmo num ambiente mais liberal, é raríssimo, quase inexistente, que as meninas sejam estimuladas à experimentação sexual. Ao contrário, são alertadas para os riscos da gravidez indesejada, os perigos das doenças sexualmente transmissíveis e os problemas que a troca constante de parceiros pode causar.


PASSO-A-PASSO DE UM ORGASMO (caso de vida)
1. Aos 34 anos de idade, casada há cinco, S. nunca tinha tido um orgasmo. Proveniente de uma família de classe média alta, teve formação católica. "Em casa sempre ouvi os meus pais dizerem que a masturbação era pecado", conta. Casou-se com o primeiro namorado. "Sempre amei o meu marido, mas o sexo com ele era praticamente uma obrigação", conta.

2. O nascimento do primeiro filho desencadeou uma profunda depressão pós-parto. A falta de desejo transformou-se em aversão ao sexo. O casamento ficou tremido. "Eu achava que era anormal ou, então, que todas as minhas amigas eram mentirosas. Não entendia por que é que não conseguia sentir o que elas sentiam."

3. S. decidiu procurar ajuda. Consultou um ginecologista e um terapeuta sexual. O exame clínico revelou que, além de depressão, ela sofria de hipotiroidismo, disfunção que pode afectar o desejo sexual.

4. Juntamente com o tratamento de saúde, S. começou a fazer terapia sexual específica. Numa das primeiras consultas, o terapeuta pediu-lhe para que ela reservasse meia hora por dia, em casa, para observar o seu corpo através de um espelho, procurando identificar a vagina e o clitóris e o que lhe poderia dar prazer.

5. O marido de S. também entrou na terapia. Sempre que iam juntos ao consultório, saíam de lá com "tarefas de casa". Numa delas, deveriam preparar-se caprichosamente para um jantar durante o qual nenhum dos dois falaria de problemas. De regresso a casa, poderiam fazer o que quisessem no campo das carícias, com excepção do acto sexual em si.

6. Durante uma das sessões de terapia de casal, S. decidiu confessar que a obesidade do marido era uma das coisas que contribuíam para a sua falta de desejo. Generoso e compreensivo, o marido começou a fazer dieta.

7. O primeiro orgasmo ocorreu um mês depois do início do tratamento, pelo método mais eficiente. "Estava sozinha em casa a fazer os exercícios de toque. Não queria acreditar quando aconteceu, fiquei louca de alegria. Pensei: é isto o que eu quero."

8. O prazer com o marido ocorreu posteriormente. "Depois de conseguir sozinha, ganhei coragem e comecei a dizer-lhe o que era bom para mim e de que forma gostaria que ele me tocasse."

9. Hoje, S. está curada da depressão e continua a usar os medicamentos para controlar o hipotiroidismo. O marido já perdeu 20 quilos. A vida sexual, diz, melhorou cem por cento. "Mas ainda sou uma aprendiz. Dou graças a Deus por ter tido a coragem de procurar ajuda. Olho para as minhas primas e tias e tenho certeza de que elas estão a perder a mesma coisa que eu perdi durante tanto tempo. Sinto muita pena delas."

Adaptado do original de Thaís Oyama, revista Veja Edição 1 702 de 30Mai2001

O QUE É A EJACULAÇÃO PREMATURA

Do ponto de vista clínico, é extremamente dificil definir a síndrome da Ejaculação Prematura. A sua característica essencial consiste no persistente ou recorrente início do orgasmo e ejaculação com estimulação sexual mínima, antes, durante ou imediatamente após a penetração sem que a pessoa o deseje nesse momento.

A Ejaculação Prematura é a mais frequente das disfunções sexuais masculinas, com uma prevalência que atinge, nos países europeus e norte-americanos, cerca de 30%-35% dos homens, independentemente da idade. Os homens que costumam procurar ajuda, na nossa clínica, devido a este problema estão na faixa dos 18 aos 40 anos de idade.

Antes de ejacular o homem tem uma sensação proprioceptiva (que varia de indivíduo para indivíduo) que "avisa" que "daqui a pouco haverá a ejaculação". No caso dos homens com Ejaculação Prematura, geralmente, ocorreu um erro na aprendizagem destas sensações nas primeiras experiências sexuais.

Com a experiência sexual e com a idade, o homem vai "refinando" a sua capacidade para atrasar a ejaculação. No entanto se essa aprendizagem foi mal feita à partida, deverá haver uma "reaprendizagem", geralmente recorrendo a um terapêuta.

Existem situações de perda da capacidade para atrasar o orgasmo depois de um período de funcionamento adequado. Geralmente esta situação ocorre após uma redução de frequência da actividade sexual, intensa ansiedade de desempenho com o novo parceiro ou perda do controlo da ejaculação relacionada com a dificuldade de atingir ou manter a erecção.

Alguns homens são capazes de atrasar a ejaculação num relacionamento mais prolongado, mas voltam a ter Ejaculação Prematura perante um novo parceiro.

Alguns homens que abandonaram o uso regular de álcool podem desenvolver Ejaculação Prematura porque confiavam nos hábitos alcoólicos para atrasar o orgasmo, em vez de aprenderem estratégias comportamentais.

CAUSAS DA EJACULAÇÃO PREMATURA

Vejamos de seguida aquelas que são apontadas como as principais causas para a Ejaculação Prematura:


Causa psicogénica (psicológica)

Na maioria dos casos a causa da Ejaculação Prematura é psicológica. Há muito que se sabe que a ansiedade acompanha este problema sexual. No entanto, é difícil dizer se a ansiedade é causa ou consequência de Ejaculação Prematura.

Nestes casos a Ejaculação Prematura é provocada por dificuldades psicológicas temporárias, tais como, depressão reactiva, timidez sexual, pressão por desempenho sexual, problemas profissionais e financeiros, problemas anteriores com a erecção durante acontecimentos importantes da vida, como troca de parceiro após uma separação ou períodos de stress.

A primeira experiência sexual é uma experiência crítica para o homem. A introdução do pénis desencadeia um programa gestual instintivo, seguido por movimentos rápidos que culminam na ejaculação. Isto deixa marcas muito importantes. Quanto mais rápida for a primeira experiência sexual, maior é a probabilidade de que este sintoma permaneça estável ao longo da vida do indivíduo.

Pode também ocorrer numa relação sexual eventual e o indivíduo fica tão preocupado que passa a encarar a relação sexual seguinte como uma avaliação do seu desempenho sexual. Torna-se, assim, observador do próprio desempenho sexual e isso resulta num novo fracasso. Surge então o temor de novos fracassos. Este é o início de um círculo vicioso que o condiciona à ejaculação prematura.

Este círculo vicioso tem alguns factos determinantes: a forma como ocorreu a primeira experiência sexual, seja por falta de experiência, ansiedade, medo, desconforto ou simplesmente desconhecimento, é a principal causa de uma resposta ejaculatória prematura. O homem que na sua actividade sexual acredita que se “portou mal” não tem em conta o facto de que se trata de uma primeira experiência sem nenhuma aprendizagem prévia. A ansiedade de desempenho faz com que este indivíduo esqueça que está a percorrer um caminho onde a tentativa, o erro e o acerto são pré-requisitos para um desempenho eficaz.

Alguns homens afirmam que a sua auto-estima foi abalada porque a mulher com quem estavam teceu algum comentário desagradável sobre o seu desempenho sexual.

Numa próxima vez, este homem pretende uma espécie de “vingança”, e isto é feito com insegurança por causa das lembranças da experiência anterior. Em vez de ser prazerosa e relaxante, esta segunda relação sexual torna-se uma cobrança stressante como se fora uma prova escolar. Desta maneira, é reforçada a ansiedade original e, por medo de falha no desempenho, mais uma vez este homem apresenta uma resposta sexual rápida.

Algumas destas pessoas referem ainda que as primeiras experiências sexuais ocorreram de forma traumática:

  • Relações sexuais com prostitutas
  • Relações sexuais rápidas com medo de ser apanhado pelos pais
  • O facto de ter mantido as primeiras experiências no banco de trás do carro, de forma desconfortável e com medo de ser descoberto
  • Masturbação rápida
  • Excesso ou falta de preocupação com o prazer da parceira

Os transtornos do relacionamento:

  • Dificuldades de ajuste interpessoal;
  • Exigências excessivas da parceira;
  • Reacção face a situações de infidelidade;
  • Ciúmes
  • Hipersensibilidade interpessoal;
  • Comunicação deficiente;
  • Expectativas matrimoniais irreias

Causa orgânica

A etiologia orgânica é relativamente rara, quase sempre devido a processos inflamatórios e/ou infecciosos da próstata e vesícula seminal, tais como:

  • Prostatite;
  • Uretrite;

Também pode dever-se a uma glande hipersensível ou a um freio curto.

Há casos de Ejaculação Prematura em indivíduos com:

  • Epilepsia;
  • Esclerose múltipla;
  • Polineurite;
  • Diabetes melito
  • Doenças Tireóideas;
  • Fracturas Pélvicas
  • Submetidos a cirurgia aórtica
  • Espinha bífida
  • Outras doenças medulares

Outros factores

Pode dever-se à acção de certas drogas ou medicamentos, como anfetaminas, cocaína, nicotina e alguns alucinogénios.

Medicamentos que aceleram a ejaculação:
Antagonistas serotoninérgicos:

  • Ciproeptadina
  • Pizotifeno
  • Metisergida
  • Granisetron
  • Iombina
  • DHEA (desidroepiandrosterona)
  • Testosterona
  • Dopamina e agonistas dopaminérgicos

Suspensão abrupta da medicação – a interrupção abrupta de antidepressivos do tipo inibidores selectivos da recaptação da serotonina, como a trifluoperazina e de determinados narcóticos e opiáceos após um período longo de tratamento, podem dar origem a Ejaculação Prematura.

Pode também estar associada a Desejo Sexual Hipoáctivo ou a Disfunção Eréctil

CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO

Na Classificação de Transtornos Mentais (CID-10) a Ejaculação Prematura é definida como:

  • Incapacidade de controlar por tempo suficiente a ejaculação para que os dois parceiros desfrutem da relação sexual.
  • Deverá ter uma duração mínima destes sintomas durante pelo menos 6 meses.

Segundo a American Psychiatric Association (APA) são considerados os seguintes critérios de diagnostico:

  1. Ejaculação com estimulação sexual mínima, persistente ou recorrente, antes, durante ou pouco depois da penetração, e antes que a pessoa o deseje.
  2. A perturbação provoca acentuado mal-estar ou dificuldade interpessoal.
  3. A ejaculação precoce não se deve exclusivamente aos efeitos directos de substâncias (por exemplo, abstinência de opiáceos)

TIPOS

Existem dois tipos de Ejaculação Prematura:

  1. Primária - quando surge no início da actividade sexual. A ejaculação prematura primária é quase sempre devida a um erro na aprendizagem das primeiras relações sexuais. Neste mecanismo cria-se um círculo vicioso: o indivíduo reage mais rápido, aumenta a ansiedade, favorece a ejaculação prematura e bloqueia o potencial que permite o prazer sexual.
  2. Secundária - quando se instala num momento tardio da actividade sexual. Os factores desencadeadores da ejaculação prematura secundária estão relacionados com tudo o que é inerente à terminologia de stress, característica da sociedade actual, em que o prazer erótico se encontra ligado ao sucesso e ao poder. Ou ainda ao tipo de vida consumista, com os seus hábitos tóxicos (álcool; drogas; estimulantes; tabaco; etc), poucas horas de descanso ou falta de exercício físico. O elevado grau de ansiedade desencadeia uma grande frustração, que faz aumentar a ansiedade antecipatória a próximos fracassos.

Tratamento da Ejaculação Prematura

Vários autores afirmam que a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) deve ser aplicada a todas as formas de Ejaculação Prematura. O recurso a fármacos só deve ser prescrito para os casos de Ejaculação Prematura de causa neurológica, decorrentes de traumatismo físico irreversivel, decorrentes de inabilidade psicosexual e, talvez, aqueles com outra disfunção sexual associada.

Embora diversos autores reconheçam que existem medicamentos que poderão retardar o reflexo ejaculatório, é consenso que:

"Nenhum fármaco isolado trata a ejaculação prematura, não existindo um tratamento único que seja plenamente eficaz. Não podemos esquecer que o recurso a medicação prolongará o tempo de latência ejaculatória enquanto o tratamento farmacológico for utilizado, contudo, não há evidências de que a melhora perdurará após a suspensão da mesma. Por outro lado, existe a possibilidade de um efeito adverso, que pode ocorrer após a supressão da medicação, e a recaída é a norma nesses casos."

Os ejculadores prematuros, de modo geral, sabem que na segunda relação sexual, praticada no mesmo dia, existe um tempo ejaculatório mais prolongado e, por isso, alguns deles masturbam-se antes do coito. Esta abordagem, entretanto, tem o inconveniente de que à medida que o homem envelhece, o período refractário absoluto se prolonga, além de ser necessário um grau maior de estimulação para ocorrer a erecção peniana. Assim sendo, o problema é postergado e a mulher pode perder o desejo sexual devido à dificuldade e à pouca retribuição em termos de prazer que obtém do parceiro, somando mais uma difunção sexual.

Objectivos da Terapia da Ejaculação Prematura:
  1. Aprendizagem ou reaprendizagem do controlo ejaculatório;
  2. Diminuição da ansiedade;
  3. Melhorar a comunicação do casal;
  4. Melhorar a auto-estima.