Carla Machado, coordenadora de um projecto nacional sobre este fenómeno, identificou níveis de violência física e psicológica no namoro muito próximos dos encontrados num outro estudo desenvolvido em 2003, no Norte do país, junto de 2900 adultos, mas em contexto conjugal.
Segundo a pesquisa, as agressões durante o namoro são cada vez mais precoces e aceite como «naturais» pelos envolvidos, incluindo a violência sexual, porque para eles «relações sexuais forçadas não são o mesmo que violação, nem sequer são crime».
Dos 4.730 jovens avaliados, dos ensinos secundário, profissional e universitário, 30% admitiram ter agredido o parceiro, pelo menos, uma vez, sendo 23% desses com agressão física, 18% emocional e 3% física severa.
Os rapazes são os que agridem com maior gravidade, com sovas, murros e pontapés, mas na "pequena violência", não há diferença de género e vale tudo, desde insultos, bofetadas, empurrões, puxões de cabelos e até ameaças.
Do total de jovens agredidos, 20% sofreram violência emocional, como insultos ou ameaças, e 14% agressão física, diz o Diário de Notícias desta segunda-feira. Muitos deles «toleram» e chegam a «desculpabilizar» a violência, cujos valores, de resto, são muito parecidos com os identificados nos outros países.
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