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Fetiche - Feederismo



Entre a enorme quantidade de fetiches sexuais, dos menos estranhos até os mais chocantes, um vem se destacando por estar a ganhar bastante popularidade. É o chamado feederismo (pronuncia-se “fiderismo”), aportuguesamento do termo feederism, que vem da palavra feed, alimentar, em inglês.

Pode parecer uma prática absurda, mas vejamos a lógica.
 
A interpretação desse fetiche varia bastante, mas psicólogos geralmente concordam que não se trata de nenhum tipo de distúrbio psicológico. Normalmente, os praticantes relatam que esse desejo, inicialmente confuso, que mistura sexualidade e alimentação, começa já na infância. Alguns afirmam que esse fetiche pode ser uma reação natural à exclusão causada por não se encaixarem no padrão de beleza ou de comportamento estabelecido pela sociedade.

Alguns casais praticantes do feederismo definem metas de peso que querem atingir e fazem de tudo (ou comem de tudo) para atingi-las. Isso proporciona a eles um imenso prazer, assim como tirar medidas de partes do corpo e notar que elas aumentaram de tamanho.

Como toda prática sexual que envolve riscos, como o sadomasoquismo e afins, os adeptos mais preocupados ficam atentos com o bem-estar dos parceiros e, caso esse aumento de peso passe a influenciar negativamente na saúde do indivíduo, tratam de ajudar com a perda de gordura até um nível mais aceitável. Já os mais extremistas não enxergam limites no ganho de peso e definem como meta consquistar o posto de pessoa mais pesada do mundo, como aconteceu com a americana Donna Simpson.

Donna tinha como objetivo atingir 450 kg. Chegou aos 270 kg e decidiu pisar no freio por dois motivos: largou seu marido, que apresentava um comportamento abusivo, e precisou de mais disposição física para cuidar de seus filhos. Conseguiu chegar a “apenas” 210 kg.

Pénis XXL


Stunz usou calças de látex, especialmente feitas para ele usar no Folsom Europe Festival - um festival de bondage e fetiche em Berlim
Micha Stunz é um alemão de 45 anos e tem um pénis de 23 cm de comprimento, 9 cm de largura, que pesa 4,3 kg, segundo ele. Tudo isso graças às injeções de silicone que fez por não se sentir satisfeito com o tamanho do seu órgão sexual. As informações são da versão online do jornal britânico "Daily Mail".
Stunz vive em Berlim e disse em entrevista ao "Vice" que fez tudo isso com o objetivo de se sentir melhor. Curiosamente, os implantes não dão nenhum prazer físico e o sexo tornou-se muito mais difícil para ele - embora não seja impossível.

O alemão não pode ter uma ereção normal e qualquer aumento por excitação não é visível devido ao silicone. Apesar disso, ele afirma que ter o pénis desse tamanho o deixou mais criativo no quarto.

"Há outras coisas que você pode fazer com ele. É preciso apenas estar disposto e se livrar das coisas pré-estabelecidas sobre o sexo", declarou ao "Vice".

Hoje ele tem dificuldades para comprar calças e cuecas que sirvam. Além disso, precisa urinar sentado porque, claro, atrai muito olhares quando fica em pé nos mictórios.

O interesse de Stunz pelas modificações começou quando ele tinha 20 anos e ganhou uma bomba peniana. "Senti-me muito bem depois que a usei pela primeira vez. Tive a sensação de que nasci com um corpo, mas que poderia mudá-lo", contou. 

No entanto, de acordo com o urologista Arefel Seweife, também alemão, a ampliação de pénis pode causar infecções e levar a amputação do órgão.


Fonte: UOL mulher 

Kokigami - já ouviu falar?



Certamente você já ouviu que no amor e na guerra vale tudo e no sexo as condições são as mesmas, por isso deixar os medos e tabus de lado é uma grande forma de desfrutar a experiência, algo que inclusive culturas milenárias como a japonesa aprenderam a fazer. Você duvida? Descubra o que é o Kokigami e o que tem a ver com o sexo.

É algo como o origami?
Sim, pode ser visto como algo do tipo! O kokigami é um preliminar japonês que consiste em fantasiar o pénis com um traje de papel para surpreender e seduzir a/o companheira/o, algo que pode parecer estranho no começo, mas se pensarmos bem as lojas que comercializam produtos sexuais estão cheias de fantasias para o pénis, e embora hoje em dia nós levemos na brincadeira, para esta cultura era um sério assunto de sensualidade.

E de onde vem esta ideia?
Como muitas coisas nesta cultura, o assunto também é milenar, era realizado pela aristocracia japonesa no século VII. O homem envolvia o órgão sexual com lenços de seda e fita, criando diversas formas para depois apresentar para a sua amante, que o desenrolava com desejo e paixão aumentando a "temperatura". A ideia era prolongar o prazer, e era muito comum os homens fazerem embrulhos muito complexos, para que a mulher demorasse mais para conseguir desembrulhar o “presente”.  E foi deste costume que o kokigami, a arte de fantasiar o pénis, nasceu.

E hoje em dia?
Atualmente a prática ainda é comum, mas ao invés de se usar tecidos caros, como antigamente, usa-se papel de seda, e em vez de formas criadas pelo homem são feitas figuras específicas, similares a um origami, mas com uma finalidade bastante diferente. Uma divertida experiência com um toque de erotismo e bastante história.


Mesmo na Internet, a divulgação desta prática é escassa, talvez porque o assunto foge um pouco do tradicional. Mas, se ficou curioso/a, poderá encontrar alguns livros à venda com kokigamis preparados!


 Adaptado do original de Sara Viega, umcomo.com.br

Veja também:

As regras das relações abertas




Apesar das relações abertas permitirem sexo com estranhos,
 nem tudo é permitido

Pensar que as “relações abertas” são totalmente liberais é um mito! É claro que existem exceções, mas, geralmente, este tipo de relações tem regras estabelecidas.

Apesar do fundamento básico, neste tipo de relações, ser a liberdade para a troca de parceiros sexuais, isso não significa que não existam limites na cama (ou fora dela).

Uma das regras básicas de quem pratica sexo casual, fora de casa, é usar preservativo nas relações extraconjugais. É por isso que alguns destes casais dispensam o uso de preservativo entre si, o que apesar de tudo é um risco.

Tudo pode acontecer a qualquer momento e, se para alguns casais esse risco pode ser excitante, para outros é o fim da relação. 

A possibilidade de surgir um rival no plano afetivo é o principal fantasma das relações abertas. Isso leva a que, outra regra frequente seja limitar as aventuras ao âmbito sexual. Por isso, este tipo de relações extraconjugais costuma estar vetado a amigos ou conhecidos. Em alguns casos só são permitidas as relações em viagens e limitadas a um único encontro.

As regras são feitas para serem cumpridas, porém, podem e devem ser mudadas se não forem satisfatórias para um dos lados. É necessário que o casal tenha consciência plena dos seus desejos, necessidades e limites individuais antes de estabelecerem qualquer tipo de “regras”. Apesar de a fidelidade ser um conceito bastante flexível, neste tipo de relações, é preciso terem noção que existem imprevistos…



MITOS E VERDADES DAS RELAÇÕES ABERTAS:
Todas as relações abertas envolvem sexo.
MITO - depende das regras estabelecidas pelo casal. Pode haver liberdade para se envolverem a diversos níveis, segundo o que acordaram: se são permitidos beijos na boca, se podem sair sozinhos com o terceiro elemento, se podem haver relações sexuais sem estarem os dois presentes, se apenas é permitido o flirt com outras pessoas, etc.

As relações abertas estão condenadas a poucos anos.
MITO - a duração das relações depende mais da felicidade, confiança, respeito, comunicação e projetos em comum, no casal, do que se é uma relação aberta ou fechada.

O risco de encontrar "alguém" é maior.
MITO - se a relação não estiver bem, a probabilidade de surgir alguém existe, quer seja uma relação aberta ou fechada.

Há mais ciúmes numa relação aberta.
MITO - os ciúmes têm muito mais a ver com o indivíduo do que com o tipo de relação.


TIPOLOGIA DAS RELAÇÕES ABERTAS:

.:  Egoísta: apenas um dos parceiros pode sair com outros;
.: Pirulito: não pode haver penetração, mas são permitidas as carícias, beijos e  sadomasoquismo; algumas incluem sexo oral;
.: Recheio: o casal escolhe um terceiro elemento para sexo a três;
.: Banquete de casamento: sexo a três, numa orgia com mais pessoas presentes;
.: 7 de setembro: sexo independente, sempre separados; algumas incluem contar para o parceiro; outras não.
.: Tribalista: "eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". Tudo é permitido, no sexo, quer estejam juntos ou separados.
.: Poliamor: é possivel o envolvimento emocional. Pode haver evolução para namoro a três ou mais pessoas.


Existem ainda "subtipos", como relações que vetam algumas práticas sexuais específicas.

Adaptado do original de A CAPA

Infantilismo



"Tenho fetiche em ser tratado como uma criança..."

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Caro Dr., sou solteiro, moro sozinho, com situação financeira estável e já tive experiências sexuais com ambos os sexos. Tenho um fetiche que é o infantilismo. Além disso, estive com uma mulher quando estava a amamentar e acabei por ter prazer com o leite materno. Agora sofro de lactomania. O que poderei fazer?

S.P. - Montijo


A nossa resposta

Caro leitor o infantilismo é uma parafilia que consiste no desejo ou excitação em ser tratado como uma criança, usando fraldas e outros acessórios infantis. A maioria dos casos está associada a traumas de infância ou à falta de afeto e atenção com a presença de um irmão recém-nascido. A lactofilia também é uma parafilia que consiste no prazer em beber o leite dos seios de uma mulher em lactação. 

Muitas vezes as parafilias estão associadas a questões mal resolvidas que impedem o desenvolvimento normal, nas mais diversas áreas da vida social, afetiva, sexual e/ou profissional, de forma saudável. As causas do infantilismo são muitas e estão diretamente ligadas à infância, ao íntimo e ao subconsciente de cada pessoa, cabendo única e exclusivamente a essa pessoa avaliar se isso traz, ou não, algum malefício ou beneficio à sua vida adulta e se ela deseja ou não mudar esse comportamento. 

Sei que apesar de todo o prazer que estas práticas sexuais lhe possam proporcionar, também lhe parecem estranhas, que não são normais e, com isso, tem um sentimento de culpa ou desconforto. Imagino que escreve esta carta porque sente que precisa de ajuda. Parabéns por essa iniciativa! Agora precisa dar mais um passo, que é ir a um psicólogo para que o possa ajudar.

Obrigado pela sua questão


Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221


Também poderá gostar de:
- Sexo com comida
- Love Dolls
- Fetiche Vs Desejo Sexual
- A gravidez excita-me
- Fetiche por pés
- BDSM

Importante: se tiver alguma questão a colocar deverá enviar mail para: psicologiananet@gmail.com

ORGASMO - "La petite mort"



Muitas pessoas acham que ter orgasmo é ver estrelas, fogo de artificio, ou entrar numa outra dimensão cósmica de euforia. No entanto, a forma como é vivido varia de pessoa para pessoa e sofre a influência de fatores intrínsecos (emoções, sentimentos, experiências sexuais passadas) e extrínsecos (ambiente, tempo e parceria sexual).

Conhecido na literatura francesa, da época Victoriana, como “La petite mort”, o orgasmo pode provocar temporariamente uma perda súbita de consciência. Apesar deste fenómeno não ser a norma, existem algumas explicações para que aconteça em algumas situações:
1) Com o aumento da excitação verifica-se uma aceleração na respiração (algumas pessoas chegam a hiperventilar). Quando isto acontece, os níveis normais de dióxido de carbono descem, o que pode causar tonturas ou desmaios. O abuso de substancias alcoólicas pode provocar ou potenciar este efeito.
2) Outra explicação é o facto do cérebro não receber oxigénio e nutrientes suficientes devido à redução de circulação sanguínea. Isto acontece porque a excitação exige uma maior quantidade de sangue nos orgão genitais que assim não vão para o cérebro e isso pode levar à alteração de consciência e alerta.
3) Algumas pessoas praticam uma parafilia chamada de Asfixia auto erótica, ou Asfixiofilia, que se caracteriza pela privação intencional de oxigénio no cérebro, com o intuito de aumentar o prazer do orgasmo. Esta parafilia é responsável por diversas mortes visto que alguns dos seus praticantes podem desmaiar sem que se consigam libertar da constrição (geralmente usam cintos, laços ou toalhas que envolvem o pescoço).
4) Desmaiar, após o orgasmo, pode ser indicador de um problema de saúde mais grave. Pelo que deverá consultar um médico se for algo que acontece frequente.

Sexo com comida


"Gosto de comer enquanto faço sexo"

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“Tenho uma tendência sexual que acho ser pouco comum:
gosto de comer enquanto faço sexo. Será normal?”


F.S.- Almada


A nossa resposta

Caro leitor,

no mundo diversificado da sexualidade, podemos encontrar uma imensidão de comportamentos. Alguns são mais comuns do que outros mas, só por serem diferentes, não significa necessariamente que sejam errados.

Não é raro que a comida entre nos jogos sexuais dos casais ou até que seja usada como afrodisíaco. Visto que os alimentos não fazem parte do acto sexual em si, não é frequente que as pessoas dependam de comer para sentirem prazer sexual.

Se este tipo de comportamento é obsessivo, ou se só consegue ter prazer sexual desta forma, é possível que tenha esse fetiche. Muitos fetichistas não conseguem ter desejo, excitação e prazer se o objecto de desejo, que no seu caso é comer enquanto faz amor, não estiver presente durante a relação sexual.

Se considera que este pode ser o seu caso, se isso o incomoda e se está a interferir na sua vida amorosa e/ou relacional, será importante recorrer uma terapia sexual de forma a dessensibilizar essa dependência.

Obrigado pela sua questão

Psicólogo - Sexólogo Clínico
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Love Dolls

Bonecas de silicone "substituem" mulheres reais

Apesar do seu elevado preço (cerca de 7.000,00 €), as Love Dolls, ou "bonecas do amor", estão a entrar na moda, pelo menos no Japão e nos Estados Unidos.

Estas bonecas são a encarnação moderna das velhas bonecas insuflaveis. No Japão, o negócio cresceu tanto que já foi criada uma revista especializada sobre o tema, a "I-dolid". Numa dessas publicações, é referido que, além do crescente numero de vendas das "love dolls", já existem algumas "inovações" que incluem, por exemplo, alugar quartos e serviços de "acompanhantes", para os que querem ter sexo com estas bonecas.

Num vídeo divulgado pela agência Reuters podemos ver um homem de 45 anos, no Japão, que já gastou cerca de 150 mil euros, em mais de 100 bonecas. "As mulheres de verdade podem trair, estas são 100% minhas", declara o cidadão.




Mas não é só no oriente que a moda pegou. Nos Estados Unidos, a empresa Real Doll vende estas bonecas, por cerca de US$ 6500. Um documentário de 2006, do Chanel 5 americano, refere que existem pelo menos 3 mil bonecas, deste tipo, por todo o planeta. Em 1996, a tal empresa resolveu investir no negócio e hoje vende cerca de 400 modelos por ano, para o mundo todo.

Um dos entrevistados, do documentário, diz que tinha dificuldade nas relações com as mulheres reais e que a boneca veio completar sua vida. "Ela fica 99% do tempo dentro do meu quarto e os meus pais não aceitam que eu tenha uma namorada que não é viva. Mas ela é a minha âncora e sei que estaremos sempre presentes um para o outro", diz um deles. Outro assume que o dinheiro pode mesmo comprar o amor e que a boneca melhorou a sua qualidade de vida. "Pelo menos eu não tenho de me preocupar se ela vai engravidar ou se tem algum tipo de doenças", completa.



No site da Real Doll a empresa explica que as bonecas são dotadas de um mecanismo que provoca um vacuo, no seu interior, dando um poderoso efeito de sucção durante o ato sexual. O efeito é maior durante o sexo oral, mas o vaginal e o anal também podem ser realizados. A textura e forma do corpo das bonecas é especialmente desenvolvida para dar uma sensação mais realista possível.


Atualmente, a empresa começa a pensar trabalhar num modelo masculino...


 

Fetiche Vs Desejo Sexual






“O fetiche pode afetar-lhe o apetite sexual?”


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“Tenho 19 anos, o meu namorado 22. Namoramos há um ano mas só aos 8 meses é que fizemos sexo pela primeira vez, devido a um trauma relacionado com nudez e sexo que ele tinha. O facto de desde pequeno ter um fetiche por pés, fez com que sempre desviasse o objeto sexual para essa zona e não se interessasse por sexo, o que dificultou ainda mais o processo.

Com a ajuda de um psicólogo conseguimos resolver o trauma sexual dele e perdemos a virgindade um com o outro (aos 19 e 21 anos respetivamente). Tudo isto aconteceu em Dezembro.

Ele diz que gosta de estar comigo dessa forma, apesar de achar que as pessoas dão demasiada importância ao assunto. Desde Dezembro até agora, só fizemos sexo umas 5x (aproximadamente 1x por mês). Se considerarmos que vivemos os dois acompanhados e estamos juntos 2 a 3x por semana, talvez seja normal a falta de oportunidade.

No entanto, há um dia em que estamos sempre sozinhos e raras são as vezes em que ele toma essa iniciativa. Tenho de ser sempre eu a tomá-la. Ele não se importa que eu a tome, e até prefere que assim seja, uma vez que prefere fazer as coisas à minha maneira. Até agora todo o nosso namoro tem sido baseado em discussões por sexo: durante uns 5 meses, pelo trauma dele e por eu achar que ele não gostava totalmente de mim; agora, porque eu sinto uma vontade sexual enorme de estar com ele que ele não sente.

O facto de ele ter um fetiche por pés e preferir essa zona do corpo como objeto de prazer pode estar a interferir com o apetite sexual dele? Sempre que estamos juntos dessa forma, apesar de ele conseguir ter erecção sem os meus pés, normalmente usamo-los como preliminares e é algo que funciona bem.

Não consigo deixar de sentir-me culpada por pensar tanto no assunto, que era algo em que não pensava até o ter feito com ele. Muitas das vezes nem tenho vontade disso, mas quero fazê-lo na mesma e não entendo o porquê. O meu namorado diz que não há qualquer problema, que era pior se eu não quisesse fazer, porque significaria que já não gostava dele, mas por vezes sinto que ele faz sexo comigo apenas por favor. E o facto de só o fazermos 1x por mês ou às vezes nem isso, não ajuda e só me faz sentir mal.

Pode dar-me uma opinião?

Obrigada. Cumprimentos. ”

V.M. – Lisboa



A nossa resposta

Cara leitora

o desejo sexual varia de pessoa para pessoa e, na mesma pessoa, por diversos motivos (monotonia, conflitos relacionais, stress do dia-a-dia, falta de comunicação, risco de perder o emprego, ausência de partilha de afetos cansaço, duração e tipo de relação amorosa estabelecida, alterações hormonais, etc.). Alguns homens referem ainda que a existência de um problema sexual (por exemplo, dificuldades de ereção ou do controlo ejaculatório) foram o principal motivo para passarem a evitar os momentos mais íntimos com receio de serem criticados ou, de alguma forma, sentirem-se incapazes de dar prazer sexual suficiente à parceira. Também, não são raros os casos em que alguma medicação, estado de saúde ou desequilíbrio hormonal, afeta o desejo.

Erroneamente, muitas pessoas pensam que a diminuição de desejo sexual é sinónimo de falta de paixão ou amor.

Dentro do mundo diversificado da sexualidade existem muitos tipos de comportamento diferentes. Alguns são mais comuns do que outros, mas só por serem diferentes, não significa necessariamente que sejam errados.

Penso que foi muito importante o passo que o seu namorado deu em partilhar esse fetiche consigo. Muitos fetichistas não conseguem ter desejo, excitação e prazer se o objecto de desejo, que no caso do seu namorado são os pés, não estiver presente durante a relação sexual. Se considera que pode ser o caso do seu namorado, e que isso está a interferir na vossa vida amorosa e/ou relacional, será importante recorrerem a uma terapia sexual de forma a dessensibilizar a dependência dele a esse estímulo.

Como pode ver, existem diversos motivos que podem ser responsáveis pela falta de desejo do seu namorado. Caso as dificuldades persistam, será importante falar com o seu namorado e ponderarem ajuda especializada.

Obrigado pela sua questão


Psicólogo - Sexólogo Clínico
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Viciado em shows de striptease






“Estou viciado em shows de strip”


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“Recentemente, na despedida de solteiro de um colega meu fomos a uma casa de striptease. Desde essa altura que sinto uma vontade enorme de voltar lá e masturbo-me, várias vezes por dia, só de fantasiar com essas mulheres. Será normal?”

P.R. – Matosinhos



A nossa resposta

Caro leitor o seu interesse por casas de striptease é comum a muitos homens, caso contrário não existiriam tantos espaços, deste tipo, espalhados um pouco por todo o lado.

Inversamente ao que se pensou, durante muito tempo, a masturbação não é um acto perverso e prejudicial para a saúde. Pelo contrário, a masturbação é algo inerente à sexualidade humana e deve ser aceite com naturalidade, pois permite conhecer melhor o próprio corpo e como ter mais prazer.

Se é jovem e se fantasia intensamente com esta situação, poderá ser normal masturbar-se uma ou mais vezes por dia. A mente humana e as suas fantasias são o melhor afrodisíaco.

Porém, podemos estar perante um problema, que requer ajuda de um terapeuta sexual, se tiver um comportamento masturbatório compulsivo que lhe tira muito tempo ou o impede de fazer outras coisas, e só procura esta forma de ter prazer sexual mesmo quando existe oportunidade e vontade de mudar.

Obrigado pela sua questão


Psicólogo - Sexólogo Clínico
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"A gravidez excita-me"



“A gravidez dela excita-me”


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“Boa noite!

A minha mulher ficou grávida e à medida que a barriga vai crescendo, só tenho fantasias loucas e sinto-me excitado demais. Não lhe digo nada, porque tenho medo da sua reação. Será normal?"

N.B. – Beja


A nossa resposta

Caro leitor

embora a sexualidade dos casais possa ser afetada pela gravidez não quer dizer que as relações sexuais tenham de desaparecer, neste período. A menos que existam contra indicações médicas, não há razão para se absterem de fazer amor, nem motivo para recear o desejo pela sua mulher. Poderá até ser muito importante para ela ter conhecimento que a deseja sexualmente, pois muitas mulheres sentem-se inseguras relativamente a este aspeto, nestes casos.

Tal como acontece com os homens, algumas mulheres referem sentir um aumento de desejo sexual nesta fase, outras menos. Em geral, os casais costumam sentir algum receio em fazer amor por volta do sexto mês, mas essa decisão é inteiramente do casal, a menos que a gravidez apresente algum tipo de risco.

Importa referir que existem descrições de homens que apresentam fetiche por mulheres grávidas, conhecido pelo termo de pregnofilia ou maieusofilia. Não creio ser o seu caso, pois pelo que refere o foco de desejo é a sua mulher e não as mulheres grávidas em geral, caso contrário já teria dado conta disso há muito mais tempo.

Este é um aspeto muito positivo que apenas revela o forte desejo sexual que sente pela sua mulher e que poderá ser importante partilhar com ela.

Obrigado pela sua questão


Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221



UMA PARCERIA
TERAPIAS SEXUAIS
&




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Roberto Ferri

ERÓTICO, PERVERSO OU SM?

Roberto Ferri, nascido em Fevereiro de 1978, é um pintor italiano, profundamente inspirado pelo estilo Barroco (especialmente Caravaggio) e outros mestres do Romantismo e Simbolismo (David, Ingres, Girodet, Géricault, Gleyre, Bouguereau, Moreau, Redon, Rops, etc).

É considerado por alguns como um pintor grotesco e perverso por radicalizar os seus temas e formas ao erotismo, masoquismo e sadismo. As suas obras já podem ser vistas nas mais importantes coleções de Londres, Paris, Madrid, Barcelona, Miami, Nova York, San Antonio, Roma, Milão, Malta, Dublin e Boston.



Gostou? Visite a página oficial do pintor em:  
                                                   http://www.robertoferri.net/index.html

Perguntas & Respostas - Ménage à Trois





“Será que ele não está fingindo?”


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“Boa noite!

Lendo o site gostaria de esclarecer uma duvida que tenho que tem me deixado sem saber o que pensar. Nunca aconteceu comigo antes, mas estou namorando um homem de 48 anos e já tem 2 meses. Eu tenho 38 anos e nunca tinha passado por isso antes. É o seguinte:

No início antes de me envolver sexualmente com ele, ele me contou um segredo dele, me disse que já tinha tido experiência com outro homem e que foram poucas. Me assustei. No início fiquei chocada. Ele disse que ficou muito confuso quando teve a primeira experiência mas que depois não, que ele tem certeza que gosta e sente prazer com mulheres e que não gosta e nem pensa em se relacionar com homens. Apenas disse que tem o maior tesão em ser penetrado por homem.

Mesmo com tudo isso resolvi investir na relação. Só que além de saber sobre isso tive outra surpresa, ele disse que gostaria de me ver transando com outro homem e ele junto vendo. Achei loucura e deixei passar, mas sempre ele me diz isso que quer me ver transando com outro homem e que respeita se eu não quiser, apenas disse que tem o maior tesão.

E todas as vezes que transamos nesses dois meses que não foram poucas as vezes ele só gozou apenas 2 vezes. Disse que não tinha facilidade em gozar, só que canso, não aguento. Todas as vezes que transamos passamos no mínimo 3 horas e isso me deixa quebrada e ele nada de gozar. Estou começando a ficar neurótica, pois são muitas informações loucas sobre ele.

Me ajude, me oriente me diga alguma coisa. Como devo agir em relação a tudo isso. Gosto muito dele e ele também gosta muito de mim. Nos damos super bem na cama, temos uma ligação e sintonia incrível. Mas será que ele não está fingindo para mim?

Será que por ele ter vontade de ser penetrado por homem e como ele disse que estava a mais de 5 anos sem fazer isso, tem alguma coisa a ver por ele não gozar. Será que ele não se sente realizado plenamente apenas transando com mulher?

Me ajude, obrigada.”

LC - Brasil


A nossa resposta

Cara leitora,

a orientação sexual é vista como um contínuo entre dois pólos, o Heterossexual e o Homossexual, que tem muitas variações. Por exemplo, considera-se que uma pessoa é exclusivamente homossexual quando sente atracão estética, erótica e emocional apenas por pessoas do mesmo sexo e existe a possibilidade de escolha, tanto nos pensamentos e emoções como nos comportamentos sexuais. Porém, algumas pessoas não se enquadram em nenhum destes pólos de exclusividade, o que poderá ser o caso do seu namorado.

A região anal masculina é altamente erógena. A estimulação no ânus, recto e alguns órgãos adjacentes, como é o caso da próstata, muitas vezes, são suficientes para provocar um orgasmo no homem. Num casal heterossexual a mulher pode estimular a região anal do homem (recorrendo por exemplo a um dildo ou strap-on). Portanto, se no casal existir abertura suficiente para este tipo de pratica sexual, não há motivo para que o homem sinta a necessidade de fazê-lo com outros homens, a menos que tenha mais prazer dessa forma.

Embora o instinto natural seja de não querer partilhar alguém que se ama a verdade é que o sexo a 3 (ou “ménage à trois”) é uma das fantasias sexuais mais frequentes nos casais. Alguns homens têm a fantasia de ver a mulher com outro homem, pois ficam excitados por sentirem que ela não é desejada apenas por eles.

Dá-se o nome de “ejaculação retardada” às situações onde existe dificuldade do homem em ejacular. Alguns homens apresentam esta dificuldade em situações muito específicas, por exemplo se têm receio de serem interrompidos durante a actividade sexual ou de acordo com a estimulação que estão a receber (masturbação; sexo oral; penetração vaginal ou sexo anal). Procure avaliar o que acontece, na vossa relação, para que ele consiga ejacular algumas vezes e noutras não. Pergunte-lhe se ele consegue ejacular na masturbação ou com outras pessoas, ou seja, se esta dificuldade surge apenas consigo.

Cara leitora, apesar de muitas questões que possa estar a levantar, neste momento, o que é certo é que o seu namorado confiou em si para lhe confessar não só as fantasias como as experiências sexuais que teve. Ao partilhar algo tão íntimo, o seu namorado, correu o risco de ser mal interpretado. Caso ele não tivesse contado que teve sexo com outros homens, como lidaria com a dificuldade ejaculatória dele? E com as fantasias?

As fantasias e gostos são muito relativos, existem homens que gostam de estimulação anal, outros que acham isso anti-natural, homens que fantasiam estar com duas mulheres, outros ver a mulher com outro homem, etc.

Numa experiência sexual tudo é permitido, desde que ambos estejam suficientemente à vontade e queiram experimentar. Isto quer dizer que não deve sentir-se obrigada a fazer algo que não quer, ou não se sente preparada. Ponderem procurar ajuda de um terapeuta sexual, caso as dificuldades permaneçam.

Obrigado pela sua questão


Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221



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