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Infeção Urinária


Trata-se de uma patologia que afeta qualquer parte do aparelho urinário, desde os rins, a bexiga, até a uretra. É decorrente da presença de agentes infecciosos em alguma parte do sistema urinário, sendo que quando afeta os rins, recebe o nome de pielonefrite; quando acomete a bexiga, é chamada de cistite; quando atinge a uretra, recebe o nome de uretrite

A bactéria que habitualmente é responsável pelas infecções urinárias é a Escherichia coli, que compõe a flora intestinal normal dos seres humanos.

Embora possa afetar indivíduos de ambos os sexos e de todas as idades, é mais comummente observada em mulheres. Todavia, essa relação é invertida durante o primeiro ano de vida, quando esta patologia é mais comum nos meninos.

A infecção urinária afeta mulheres com maior frequência devido a fatores anatómicos, uma vez que a uretra desemboca próximo à entrada da vagina, local onde a flora bacteriana é abundante. Outro ponto que auxilia na ocorrência desse tipo de infecção é o hábito de higiene após defecar ou urinar, levando o papel higiénico na direcção ânus-vagina, facilitando a migração de bactérias intestinais até a vulva. Além disso, a uretra feminina é muito mais curta quando comparada com a masculina, facilitando o caminho desses microrganismos até a bexiga. A estase urinária também é um fator importante no desenvolvimento de infecções urinárias, já que a urina estagnada contribui com a proliferação bacteriana.
Outros fatores que colaboram para o aparecimento de infecções urinárias são:
* Gravidez, pois nessa época da vida da mulher, há uma diminuição da defesa do organismo da mesma, bem como aumento da hormona progesterona, que causa um relaxamento maior da bexiga, favorecendo a estase urinária;
* Diabetes;
* Climatério;
* Obstrução urinária, quando algum fator está impedindo o fluxo urinário;
* Inserção de corpos estranhos na uretra, pois estes podem carregar bactérias para o interior do trato urinário;
* Moléstias neurológicas, pois estas podem interferir no esvaziamento da bexiga;
* Doenças sexualmente transmissíveis;
* Infecções ginecológicas.

Entre as manifestações clínicas observadas em infecções do trato urinário estão:

* Dor e ardor ao urinar;
* Dificuldade para iniciar a micção;
* Urgência miccional;
* Vontade de urinar diversas vezes ao dia e em pequenas quantidades;
* Urina com mau odor e coloração alterada;
* Hematúria (urina com sangue) em certos casos.

Quando a infecção alcança o rim, o quadro é mais preocupante, podendo o paciente apresentar febre, calafrios, dor lombar, náuseas e êmese.

O diagnóstico é feito com base no quadro clínico apresentado pelo paciente, juntamente com exame de urina, o qual pode evidenciar a presença de bactérias na urina e também outros sinais que auxiliam no diagnóstico. A urocultura também costuma ser solicitada, sendo que esta ajuda na identificação da bactéria causadora da infecção.

Em alguns pacientes, especialmente crianças e indivíduos com histórico de infecção urinária, é necessário realizar exames de imagem, como a ultra-sonografia e radiografias com contraste das vias urinárias, entre outros. Estes exames auxiliam na evidenciação de defeitos congénitos que favorecem o desenvolvimento deste tipo de infecção.

O tratamento é feito por meio do uso de antibióticos, sendo este normalmente escolhido de acordo com o resultado da urocultura. A duração do tratamento varia de acordo com o tipo de infecção urinária e o antibiótico de escolha. É de extrema importância que o tratamento seja realizado por completo, de acordo com a prescrição do médico, para evitar recidivas.

A prevenção das infecções urinárias é feita através da adoção de algumas medidas:

* Ingestão de bastantes líquidos ao longo do dia;
* Evitar reter urina, devendo urinar sempre que sentir necessidade;
* Praticar relações sexuais com proteção;
* Urinar após as relações sexuais;
* Não utilizar antibióticos indiscriminadamente.

Para as mulheres, outros cuidados também devem ser tomados, como:

* Limpar-se sempre de frente para trás, após utilizar o toalhete;
* Lavar a região perianal depois de evacuar;
* Evitar o uso por longos períodos de absorvente íntimo;
* Evitar o uso constante de roupas íntimas de tecido sintético.

Fonte: Mega Arquivo

Teria sexo com ...?



Teria sexo com uma pessoa que se recusa a fazer o teste para as
Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)?


A ignorância é apontada como um dos vários obstáculos para a prática de sexo seguro e para a diminuição da transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, ou seja, muitas pessoas nem sequer sabem que estão em risco de contraírem uma IST´s, ou mais.


O que pensar das pessoas que simplesmente se recusam a fazer o teste?

A STD Express (site comercial) divulgou os resultados de uma pesquisa sobre saúde sexual e os testes para doenças sexualmente transmissíveis. A pesquisa verificou que um terço dos entrevistados relataram que têm relações sexuais com alguém que se recusou a fazer o teste de IST´s. A principal limitação deste estudo é o facto de ter sido baseado numa amostra de 100 pessoas que não foram escolhidos de forma aleatória. No entanto, torna-se claro que é necessária uma investigação mais profunda a este problema. Será interessante analisar se as pessoas que disseram que fizeram o teste foram sinceras, bem como, se existem excepções nos casos dos que revelaram ter relações com pessoas mesmo sem saberem o seu estado de saúde.


Ser (Seguro) ou não Ser (Seguro) ... não é a questão para todos


Na sociologia, e provavelmente noutras disciplinas, existe a preocupação da relação entre as diversas forças sociais, às vezes chamadas de estruturas sociais (por exemplo, política, religião, capitalismo), e a agência dos indivíduos, também conhecida como "livre-arbítrio". Embora todos tenhamos algum grau de livre vontade, algumas coisas que fazemos, e até mesmo algumas do que nós somos, são directamente influenciadas pela sociedade - uma vez que estão parcialmente fora do nosso controle.

Algumas pessoas não têm os mesmos recursos e poder que os outros têm, tal como se verifica na prática de sexo seguro e na regularidade dos testes às ISTs.

Por exemplo, tal como a Organização Mundial de Saúde verificou, devido à desigualdade de género, que ainda hoje se verifica em muitos países, as mulheres não têm voz igual na tomada de decisão sobre o uso de preservativos, a regularidade sexual, entre outras coisas, ficando em maior risco de consequências indesejadas e indesejáveis da actividade sexual, tal como contrair uma Infecção Sexualmente Transmissível.

É importante notar que a educação sexual, que permite ter acesso a informações precisas sobre saúde sexual, IST´s, saúde reprodutiva, e práticas de sexo seguro, não está disponível para todos. Devemos todos nós como os estudiosos e defensores da promoção da saúde sexual estar conscientes da relação entre desigualdade e saúde sexual (e da saúde em geral).


VEJA TAMBÉM:



Dr. Fernando Eduardo Mesquita

Psicologia Clínica / Sexologia Clínica
Terapia Cognitivo Comportamental / Terapia EMDR

Avenida Elias Garcia, 137, 4º
1050-099 Lisboa
Tel: 969091221
Tel: 213145309

Avenida Almirante Reis, 186 R/C Esq.
1700-093 Lisboa
Tel: 969091221
Tel: 218477024
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Hipersexualidade: vício por sexo



HIPERSEXUALIDADE 
vício por sexo pode provocar ansiedade e trazer infelicidade


A obsessão incontrolável por sexo atinge cerca de 3% da população mundial e, desses, 70% são homens. O hipersexual deixa de controlar a situação e torna-se "refém do sexo" afetando as suas relações sociais, profissionais e familiares. Em casos extremos, pode existir privação do sono e de uma alimentação correta, para praticar ou pensar em sexo.

A compulsão não é apenas pela relação sexual, mas sim pela masturbação e/ou acesso pornografia, entre outros. A pessoa passa grande parte do seu tempo a pensar em sexo e a procurar situações de cunho erótico. Por causa disso, muitas vezes, existe um aumento na exposição a situações de risco, como fazer sexo sem proteção, correndo risco de contrair DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), ou de uma gravidez indesejada. 

A pessoa procura o sexo como forma de alívio e não por prazer. Então, não importa a quantidade de sexo, pois irá continuar ansioso e infeliz por não acalmar essa angústia que sente. É como se ele tivesse um calo no pé que o incomoda o dia inteiro. Muitos não conseguem manter o emprego, pois são apanhados a ver sites pornográficos. No âmbito familiar, também há preconceito e, muitas vezes, há falta de entendimento, já que os parceiros não compreendem essa necessidade extrema de sexo.

A dependência prejudica principalmente a área profissional, já que, por causa da adição sexual, existe uma dedicação excessiva a planear formas de satisfação sexual

Traumas podem levar à compulsão

Uma das causas mais aceites para explicar a hipersexualidade é o desequilíbrio dos neurotransmissores, que pode ter fundo genético ou simplesmente ser decorrente de um trauma, que provoca reações descontroladas temporariamente. Na maioria dos casos, a disfuncionalidade aparece já na adolescência, mas a tendência é que se torne mais intensa a partir dos 20 aos 30 e poucos anos de idade.

Além da predisposição genética [que ainda requer confirmação por mais estudos], a compulsão por sexo pode estar ligada a algum trauma, como agressão física, quadro de ansiedade exagerada, perda afetiva, problemas tóxicos cerebrais. A demência, por exemplo, pode levar o indivíduo à hipersexualidade.

Tratamento

Geralmente, o paciente procura ajuda médica por "exigência" do parceiro ou familiares que percebem as suas mudanças de comportamento. Como o assunto é “muito estigmatizado”, o indivíduo sente vergonha de relatar o que realmente sente, além do próprio “autopreconceito”.

O que se deve entender é que não depende da pessoa desejar ou não ter sexo. É algo que ela precisa controlar e não consegue. É um impulso real.

O tratamento deve ser combinado com medicação e psicoterapia.

Os medicamentos utilizados são do tipo antidepressivo, que ajudam a inibir a libido, e também estabilizadores de humor. 

A terapia sexual ajuda a investigar as origens do problema e como a pessoa se estruturou em relação ao sexo. Geralmente, a medicação só é usada quando a pessoa tem, além desta disfuncionalidade, outro problema psiquiátrico, como a depressão ou transtorno de ansiedade [comum nos dependentes de sexo]. 

Em casos mais graves, como pedófilos ou agressores sexuais, também é utilizada medicação para tentar bloquear quimicamente alguns comportamentos.



Adaptado do original de  Vanessa Sulina, em Noticias R7



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HIV provoca "suicídio em massa" das células de defesa





Um processo inflamatório seguido por uma forma “explosiva” de morte celular está por trás da destruição do sistema de defesa de quem tem HIV, de acordo com duas pesquisas publicadas recentemente nas revistas “Nature” e “Science”.

Os estudos vão além, ao propor que um anti-inflamatório que já está em testes com humanos para tratar psoríase (doença inflamatória que se manifesta na pele) e epilepsia seja avaliado em pessoas com HIV, para evitar que suas células de defesa CD4 morram.

Os trabalhos, feitos pelo laboratório liderado pelo pesquisador Warner Greene, dos Institutos Gladstone, nos EUA, afirmam ter desvendando pela primeira vez os caminhos químicos exatos que levam a essas reações responsáveis pela morte da maior parte das células de defesa CD4, linfócitos que são o alvo do HIV.

Diferentemente do que se possa pensar, só uma minoria das células CD4 morre por causa da infecção pelo HIV propriamente dita.

Em aproximadamente 95% das células que morrem, a causa foi o “suicidio” após tentativas frustradas do vírus de completar seu ciclo.

O “ideal” para o HIV é ligar-se ao linfócito CD4 e escravizá-lo para produzir novas partículas virais. Mas na maioria dos casos o processo de replicação não se completa, deixando só restos de DNA viral na célula.

Os restos causam uma reação inflamatória que leva à morte da célula. Esse processo “explosivo” espalha o conteúdo do citoplasma da célula morta, que contém substâncias pró-inflamatórias. Elas atraem novas CD4 e o ciclo começa de novo.

Como o próprio nome indica, a SIDA (síndrome da imunodeficiência adquirida) é caracterizada pela redução da capacidade do corpo de manter duas defesas. Hoje, as drogas do coquetel anti-HIV conseguem interferir no processo de replicação do vírus, reduzindo sua presença no corpo, mas não acabam com ela completamente.

Se fosse possível evitar a destruição do sistema imune, a pessoa ficaria só com o vírus em circulação, mas sem sofrer seus efeitos.

Adaptado do Original de Mega Arquivo

O que é "Ter Sexo"?



Um estudo realizado recentemente pelo Instituto Kinsey verificou que os homens gay no Reino Unido e nos E.U.A. diferem no que consideram como “ter sexo”. Neste estudos participaram 180 homens do Reino Unido, com idades entre os 18 e os 56 anos, e 190 homens dos E.U.A com idades entre os 18 e os 74 anos.

Quase todos os inquiridos concordaram que o sexo anal (pénis no ânus) é “ter sexo”. No entanto foram encontradas diferenças noutras práticas sexuais.

No geral, os homens gay do Reino Unido encaram a prática sexual de forma mais lata.

- 84.9% encara o sexo oral (pénis na boca) como “ter sexo”, enquanto apenas 71.6% dos homens gay dos E.U.A. avaliaram como tal;

- a doação e a recepção da estimulação oral-anal é considerado como “ter sexo” por 78.4% dos homens gay do Reino Unido e 61.2% dos homens gay dos E.U.A.;

- dar e receber estimulação manual-anal foi considerado como “ter sexo” por 70.9% dos inquiridos no Reino Unido ao passo que apenas 53.4% dos inquiridos nos E.U.A. concordaram;

- a grande diferença, deste estudo, reside no uso de objectos/brinquedos sexuais (e.g. dildos, vibradores), cerca de 77.1% dos participantes do Reino Unido e apenas 55% dos participantes E.U.A. concordaram que essa prática era uma forma de "ter sexo".

Este tipo de estudos é importante, pois alerta para a necessidade da definição de conceitos como é o caso de “TER SEXO”. Não podemos esquecer que muitos estudos na área da saúde que visam avaliar aspectos tão variados como “comportamentos de risco” e “frequência sexual” não têm em conta estas diferenças culturais.

É também importante que os investigadores e técnicos de saúde (e.g. médicos, psicólogos, enfermeiros) não pressuponham que a sua ideia de “ter sexo” é a mesma que a dos inquiridos, principalmente quando se trata de analisar comportamentos para avaliar o risco de transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis.


Adaptado do original de Celeste Lavin, 28Jul2010

Dia Mundial da Hepatite

Video internacional do Dia Mundial da Hepatite - World Hepatitis Alliance

História real:

"Quando descobri que tinha hepatite C foi um choque pois não me considero uma pessoa de riscos embora tenha tido amigos que pertenciam a essas classes mas nunca os discriminei por tal actos cada um é livre de fazer o que quer ainda mais com a sua vida contudo por vezes falávamos dessas escolhas.

Depois desta sentença revi toda a minha vida a tentar perceber como mas nunca encontrei a resposta para tal; podia ter sido no barbeiro, podia ter sido no dentista por descuido de alguém na esterilização ou até ao mexer na lâmpada que acompanha as consultas ou até mesmo na praia quando me piquei sem saber no quê e mais tarde dei com seringas na água quando a maré desceu. Enfim, com um virus tão antigo e resistente fora do organismo não é de admirar que 3% da população esteja infectada, muitos deles sem saber. Aí reside o perigo desta doença; não querer saber ou desconhecer esta doença. Claro que vasculhei a internet pois a conversa com o médico não foi muito animadora, muitas perguntas e poucas respostas. Com o passar do tempo fui encontrando muita informação e fui ficando mais tranquilo pois como esta é uma doença que podemos considerar silenciosa foi bom a ter descoberto pois não dá sintomas e quando os dá por vezes já é tarde demais.
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Como a hepatite é uma doença discriminatória, acabei por ser mais um a esconder, a quem falava ou nunca mais me falavam ou evitavam passando por vezes para os passeios contrários na rua enfim pessoas, contudo serviu para distinguir os meus verdadeiros amigos que quiseram aprender o que era e me apoiaram.
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Andei um ano e meio de médico em médico até um me dizer ‘vamos avançar com o tratamento’. Deu-me tempo para pensar e como estava numa fase importante da minha vida decidi adiar mas ele deu-me uma conversa e mais tempo para pensar no que tinha dito e lá decidi avançar. Claro, com tanta coisa na cabeça, comecei o tratamento sem saber nada sobre ele; na altura fui experimentar o novíssimo Peg intron e ribavirina que se mantem até a data, já nesse tempo se falava em outro aliado para os dois ou mesmo outro tipo de tratamento mas tal ainda não foi possível para a medicina.
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Nesse dia li a bula ficando bastante preocupado e andei na net até sentir os primeiros sintomas..."
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(Des)uso do preservativo ...

(Des)uso do preservativo nas mulheres que praticam sexo anal

Desde o surgimento do HIV/SIDA, nos anos 80, que as práticas sexuais entre homossexuais e/ou bissexuais têm sido fonte de preocupação em relação à propagação de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Uma grande quantidade de recursos e campanhas têm sido dirigidas a encorajar estas pessoas a usarem preservativo como uma parte normal e regular das suas relações sexuais.

Ultimamente, com o aumento de práticas de "barebacking" - termo normalmente usado para falar de sexo anal sem o uso de preservativo - tem aumentado o receio de uma nova vaga de infecções, em homossexuais e/ou bissexuais, parte de alguns activistas e profissionais de saúde.

Um estudo feito, recentemente, no Departamento de Saúde de Nova York mostrou que menos de um quarto das mulheres heterossexuais (23%) exigem preservativo aos parceiros durante o sexo anal e que também estão menos propensas a realizar testes de HIV. Apenas 11% das mulheres, entre os 18 e os 24 anos, referiu usar preservativo durante o sexo anal, passando para aproximadamente 62,2% nas mulheres com cerca de 45 anos.

Em comparação, cerca de 61% dos gays dizem usar preservativo no sexo anal, 63% afirma realizar frequentemente as análises ao HIV e, entre os homens que praticam sexo anal sem preservativo, 35% dizem fazer o teste regularmente.

Este tipo de investigação leva-nos a enfatizar a importância da utilização de práticas de sexo seguro, independentemente do género e/ou orientação sexual.

É importante relembrar que as várias formas de controle da natalidade, como "a pílula", não protegem as pessoas contra a transmissão de ISTs. Pode ser o caso de muitos heterossexuais que usam o preservativo exclusivamente como método de controle de natalidade, limitando o seu uso à prática de sexo pénis-vagina e, portanto, deixam de tomar as devidas precauções quando praticam sexo anal.

As pessoas devem estar cientes das formas de transmissão das ISTs, e suas consequências, pelo sexo desprotegido quer seja oral, vaginal, anal, ou mesmo noutras formas de sexo sem penetração, e tomarem as medidas necessárias para se protegerem.

Pensa bem ...


Teria sexo com uma pessoa que se recusa a fazer o teste para as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST´s)*?


A ignorância é apontada como uma das muitas barreiras na prática de sexo seguro e para a diminuição da transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis, ou seja, muitas pessoas nem sequer sabem que estão em risco de contraírem uma IST.

O que pensar sobre as pessoas que simplesmente se recusam a fazer o teste?

A Sexually Transmitted Diseases Test Express divulgou, recentemente, os resultados de um estudo sobre a saúde sexual e os testes para as IST´s. A pesquisa verificou que um terço dos entrevistados relataram que tiveram relações sexuais com pessoas que se recusam a fazer o teste de IST´s. A principal limitação deste estudo é o facto de ter sido baseado numa amostra de 100 pessoas que não foram escolhidos de forma aleatória. No entanto, torna-se claro que é necessária uma investigação mais profunda a este problema. Será interessante analisar se as pessoas que disseram que fizeram o teste disseram a verdade, bem como, se existem excepções nos casos dos que revelaram ter relações com pessoas que não sabem o seu estado de saúde.

Ser (Seguro) ou não Ser (Seguro) ... não é a questão para todos

Na Sociologia, e provavelmente noutras disciplinas, existe a preocupação da relação entre as diversas forças sociais, às vezes chamadas de estruturas sociais (por exemplo, política, religião, capitalismo), e a agência dos indivíduos, também conhecida como "livre-arbítrio". Embora todos tenhamos algum grau de livre vontade, algumas das coisas que fazemos, e até mesmo algumas do que nós somos, são directamente influenciadas pela sociedade - uma vez que estão parcialmente fora do nosso controle.

Nem todas as pessoas têm os mesmos recursos e poder, tal como se verifica na prática de sexo seguro e na regularidade dos testes às IST´s . Por exemplo, a Organização Mundial de Saúde verificou que, ainda hoje, existem diferenças na tomada de decisão sobre o uso de preservativo e a regularidade sexual, entre homens e mulheres, em muitos países. Em muitos casos as mulheres ficam sujeitas a um maior risco de consequências indesejadas e indesejáveis da actividade sexual, tal como contrair uma Infecção Sexualmente Transmissível, por não terem um papel activo na tomada de decisão.

É importante notar que a educação sexual, que permite ter acesso a informações precisas sobre saúde sexual, IST´s, saúde reprodutiva e práticas de sexo seguro, não está disponível para todos. Devemos todos nós como defensores da promoção da saúde sexual estar conscientes da relação entre desigualdade e saúde sexual (e da saúde em geral).


Adaptado do original de Eric Anthony Grollman, Kinsey Confidential (16 Março 2010)



* As Infecções Sexualmente Transmissiveis (IST´s) são infecções/doenças que se transmitem através de relações sexuais vaginais, orais e anais, ou de outros contactos íntimos. Possívelmente poderá encontrar, em diversos textos, a designação de Doenças Sexualmente Transmissiveis (DST´s), pois era o termo utilizado anteriormente. Alguns exemplos de IST´s: VIH/SIDA; Clamídia; Gonorreia ou blenorragia ; Herpes genital; Hepatite B; Vírus do Papiloma Humano-HPV; Sífilis e Infecções por tricomonas.

DST´s = Doenças Sexualmente Transmissiveis

SIDA: Situação em Portugal é "alarmante"

A situação do VIH/SIDA em Portugal é "alarmante", dado que o país é o penúltimo da Europa em termos de capacidade de resposta a esta epidemia, afirmou hoje o professor Joaquim Machado Caetano.

"A prevalência da SIDA em Portugal continua a ter os mais altos níveis da Europa e o único país com pior estatística do que o nosso é a Estónia, no Leste europeu, o que significa que não conseguimos pôr em marcha nestes anos todos um projecto nacional seguro e eficaz para reduzir a prevalência dos casos de VIH/SIDA", disse à agência Lusa o presidente das I Jornadas Nacionais Ético-Jurídicas sobre Infecção VIH/SIDA.

Portugal regista, "anualmente, um crescimento muito grande da epidemia, particularmente em jovens e em mulheres, para além do grupo de risco agora muito atingido: o grupo de homossexuais masculinos".

Lisboa, 05 Jan 2010(Lusa)

Preservativos e Bíblia


Uma campanha apresentada terça-feira (22Jul2008) no México utiliza frases do Antigo Testamento para promover o uso do preservativo entre a população do país como meio para combater a expansão da Sida.

"Ama ao teu próximo como a ti mesmo. Usa preservativo" e "Gozar não é pecado. Arriscar a tua vida e a do teu parceiro, sim. Protege-te do HIV e da SIDA" são os lemas desta iniciativa promovida por duas associações: Rede Nacional Católica de Jovens pelo Direito a Decidir (RNCJDD) e Católicas pelo Direito a Decidir (CPDD).

A campanha consistirá em cartazes e folhetos divulgados nos comboios e estações das linhas 2 e 7 do metro da capital mexicana antes e durante a Conferencia Internacional sobre Sida 2008, que se realiza na cidade de 3 a 8 de Agosto.

"Os cartazes já estão expostos", disse em conferência de imprensa a porta-voz de CPDD, Minerva Santamaria, explicando que nestes cartazes, além das palavras de ordem principais, aparecem frases do Antigo Testamento.

As citações "exaltam o amor como sentimento sagrado, exemplificando-o poeticamente na relação entre duas pessoas" para, deste modo, afirmar que "gozar não é pecado", precisou Santamaría.

"Amado meu! que delicioso eras, que delicioso! O nosso leito e só de folhagem", "Serão teus peitos como cachos de uva e a tua respiração como perfume de maçãs" e "Debaixo da tua língua encontra-se leite e mel" são as três referências do "Cântico dos Cânticos".

Este livro do Antigo Testamento, que narra a relação amorosa entre um homem e uma mulher, "consta de 117 versículos que numa Bíblia normal não ocupariam mais de dez páginas", disse na mesma conferência de imprensa o teólogo dominicano Frei Julian Cruzalta.

A Igreja Católica interpretou tradicionalmente este texto de forma simbólica, procurando "uma alegoria do amor de Deus com a sua igreja", disse Cruzalta.

Todavia, o religioso chamou a atenção para o facto de que o actual Papa Bento XVI, ter aludido na sua primeira Encíclica "à sexualidade como dom de Deus", o que supõe uma declaração sem precedentes no Vaticano.

Apesar desta incipiente alteração da atitude na hierarquia católica, os promotores da campanha criticam a sua posição, que se opõe ao uso do preservativo e que defende a abstinência como método para travar a expansão do HIV.

"Precisamos de uma hierarquia mais realista e consciente dos problemas dos seus paroquianos" já que no interior da igreja há muitas pessoas comprometidas com o uso do preservativo", reclamou a porta-voz das jovens católicas.

Por seu lado, o representante do Fundo da População das Nações Unidas no México, Arie Hoekman, defendeu o uso do preservativo "como o único meio para prevenir o avanço da epidemia" e também como método de controlo populacional.

"Com as actuais taxas de natalidade, o México duplicará a sua população em cada 20 anos. Isso é insustentável", disse aquele funcionário internacional.

No México, estima-se que haja 180 mil pessoas infectadas ou doentes com HIV/SIDA e todos os anos são detectados entre 8.000 e 8.500 casos da doença.

Entre os jovens mexicanos que utilizam métodos anticoncepcionais e que têm idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos, 94,5% recorre ao preservativo nas suas relações sexuais.

In Jornal de Notícias Online, 23 Julho 2008