(Des)uso do preservativo nas mulheres que praticam sexo anal
Desde o surgimento do HIV/SIDA, nos anos 80, que as práticas sexuais entre homossexuais e/ou bissexuais têm sido fonte de preocupação em relação à propagação de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Uma grande quantidade de recursos e campanhas têm sido dirigidas a encorajar estas pessoas a usarem preservativo como uma parte normal e regular das suas relações sexuais.
Ultimamente, com o aumento de práticas de "barebacking" - termo normalmente usado para falar de sexo anal sem o uso de preservativo - tem aumentado o receio de uma nova vaga de infecções, em homossexuais e/ou bissexuais, parte de alguns activistas e profissionais de saúde.
Um estudo feito, recentemente, no Departamento de Saúde de Nova York mostrou que menos de um quarto das mulheres heterossexuais (23%) exigem preservativo aos parceiros durante o sexo anal e que também estão menos propensas a realizar testes de HIV. Apenas 11% das mulheres, entre os 18 e os 24 anos, referiu usar preservativo durante o sexo anal, passando para aproximadamente 62,2% nas mulheres com cerca de 45 anos.
Em comparação, cerca de 61% dos gays dizem usar preservativo no sexo anal, 63% afirma realizar frequentemente as análises ao HIV e, entre os homens que praticam sexo anal sem preservativo, 35% dizem fazer o teste regularmente.
Este tipo de investigação leva-nos a enfatizar a importância da utilização de práticas de sexo seguro, independentemente do género e/ou orientação sexual.
É importante relembrar que as várias formas de controle da natalidade, como "a pílula", não protegem as pessoas contra a transmissão de ISTs. Pode ser o caso de muitos heterossexuais que usam o preservativo exclusivamente como método de controle de natalidade, limitando o seu uso à prática de sexo pénis-vagina e, portanto, deixam de tomar as devidas precauções quando praticam sexo anal.
As pessoas devem estar cientes das formas de transmissão das ISTs, e suas consequências, pelo sexo desprotegido quer seja oral, vaginal, anal, ou mesmo noutras formas de sexo sem penetração, e tomarem as medidas necessárias para se protegerem.
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