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Sexo virou Tortura



Aqui fica mais um pedido de ajuda de um leitor do nosso BLOG.
Aproveite e dê o seu apoio através de um comentário!

Estes testemunhos são reais e poderão ajudá-l@ a compreender também os seus problemas...
PARTILHE AS SUAS EXPERIÊNCIAS ... AJUDE OS OUTROS !!!
(Nota: alguns destes pedidos serão publicados na Revista ANA de forma anónima)



"Bom dia, 

tenho 22 anos e até há uns três meses atrás eu demorava bastante na relação (uns 30 a 40 minutos), porém a minha namorada reclamava bastante e dizia que dava vontade de sair de cima e quando terminávamos a relação ela já vestia a roupa e queria ir para casa. Não dava nem a 2°, entendo o motivo, pois o filho dela fica com a mãe e por isso ela tem certa pressa, mas o fato dela simplesmente vestir a roupa logo nem deitar um pouco ou conversar,  criticar a minha demora e dizer que dava vontade de sair de cima, isso me machucava bastante psicologicamente. 

Mesmo sabendo que fazia ela gozar diversas vezes numa relação, certo dia levei ela a um motel pois ela sempre disse que gostaria de ir a um motel comigo e planeei bastante aquele dia pensando em tudo para que fosse a melhor transa dela, porém como não eu estava acostumado ao ambiente, e a ansiedade e nervosismo, tomaram conta de mim e ejaculei precocemente. Não chegando nem a haver penetração. Ela vestiu a roupa, fiquei nervoso, e ela não quis esperar dar a 2°. Me ofendeu com palavras. Ainda disse "pagou para nada". 

Não sei se o fato da minha infância apanhei muito por besteira e sempre sofri bulling. Talvez eu seja uma pessoa que absorve com muita facilidade as criticas. 

Desde esse dia não tenho paz. No inicio me deu vontade até de me suicidar. Sinto arritmias cardíacas, frio na barriga, principalmente quando chega próximo do dia da gente transar me da vários flash back e fico lembrando.

O pior de tudo que ela não entende. Converso com ela. Digo que é ansiedade e nervosismo, porém ela não aceita, acha que é falta de tesão nela e simplesmente quando gozo rápido ela pega fecha a cara e me chama para irmos. Eu peço que ela se deite comigo que espere a 2°, que vai demorar porém isso não acontece.

Teve uma vez que fui e ao chegar lá eu disse que não queria. Ela disse "tudo bem" e me compreendeu e deu tudo certo transámos e demorei uns 20 minutos, porém na outra vez gozei logo ao penetra-la, pois o fato da gente fazer amor uma vez por semana, geralmente final de semana, ás vezes me deixa nervoso. Quando vai chegando o dia, fico toda hora pegando no pénis com medo dele não ficar duro. 

Antigamente me masturbava todo dia porém ela pediu que eu parasse, que era muita secura, que não precisava disso e que eu ficava toda hora pegando nas parte dela. Que eu me segurasse que não tinha necessidade de toda hora estar pegando nela, em bunda, vagina e etc. 

Agora após o fato eu mal sinto excitação. Antigamente me masturbava todo dia, agora eu já voltei a ta me esfregando nela to começando a me excitar no momento. Até teve um dia que eu batia uma com excitação mesmo, ai ela me critica que me masturbo mas com ela eu não faço nada. 

Cheguei a me masturbar 3 vezes no dia, nervoso com medo para tentar segurar, porém dava trabalho para levantar e terminava ejaculando rápido do mesmo jeito.

Me sinto sozinho nesse problema pois ela não tenta entender isso. Acho que torna minha luta contra isso mais difícil. Começámos a sair esta semana, pois chamava ela para sair ir numa pizzaria, ela não queria. Já temos quase 1 ano e ela nunca foi em casa passar final de semana comigo. Já chamei muito porem ela não vai. Chamei ela para ir pró rio ela também nunca foi. Ás vezes vou sozinho pro rio e vejo os casais curtindo abraçadinhos. Aquilo me deixa triste, tanto que não chamo mais ela para esses lugares, mas sempre esperei que um dia, quando eu fosse ela falasse que iria também. 

Tudo o que eu queria era ter minutos mais agradáveis com ela. Deitar, assistir um filme com ela em casa, ou ir pro rio ou pizzaria, pois já que não posso entrar na casa dela, porque o pai dela não quer que eu entre, eu gostaria de passar final de semana com ela abraçadinho, pós já passo a semana no trabalho e faculdade à noite.

Pior que toda vez que vamos e gozo rápido chama para irmos e veste a roupa me sinto mais deprimido. Ela diz que ta se sentindo um lixo também quando isso acontece. 

Sei que terminarei perdendo ela por causa disso. Eu não queria perder ela pois antes de namorarmos ela era minha amiga e considero muito ela, mas já está de um jeito que eu já falei com ela e disse "é melhor agente terminar pois não consigo lhe satisfazer e sempre soube que eu adoro satisfazer minha companheira. Melhor você achar pessoa que lhe satisfaça, pois eu não estou fazendo meu papel, mesmo sabendo que sofrerei muito perdendo você, porém acho que será o Caminho certo". 

Ela não me entende me critica isso só acaba complicando. Não consigo me sentir bem. Sexo para mim invés de prazeroso está virando doloroso meu psicológico tá uma merda.

Estou te pedindo ajuda por favor não sei a quem recorrer, não tenho plano de saúde e psicólogo aqui pelo SUS é quase impossível.

Já ejaculei precoce em outros relacionamentos, porém acho pelo motivo das mulheres não me cobrarem, e agente continuar e fazer a segunda, acho que nunca me abalei e conseguia resolver logo esse problema."



A NOSSA RESPOSTA


Caro leitor, 

muito obrigado pela sua questão. 

A dificuldade no controlo da ejaculação (geralmente conhecida como Ejaculação Prematura) é dos problemas sexuais mais comuns, entre os homens, mas também é dos mais facilmente ultrapassáveis. Geralmente esta dificuldade está associada a questões de ansiedade. 

Acredito que grande parte da ansiedade que sente deve-se às atitudes e comportamentos da sua namorada. Se por um lado ela se queixa quando o leitor demora mais tempo a ejacular, por outro fica irritada e vai embora quando ejacula rapidamente. Afinal o que ela quer? 

Talvez o problema aqui não resida tanto no tempo que o leitor leva a ejacular, mas sim nalguma incompatibilidade na vossa comunicação e intimidade. Talvez o leitor esteja demasiadamente preocupado com a penetração e se esqueça em investir noutras áreas da intimidade (beijos, toques, caricias, sexo oral, etc). Talvez a forma dela reagir seja o modo que ela encontrou para mostrar que algo não vai bem na vossa relação. Talvez o amor que sentem um por outro não seja suficiente para saberem lidar com este problema. Talvez esteja na hora de cada um ir para o seu lado, visto que não se sabem respeitar como dois adultos em geral e como amantes em particular. 

Tudo isto são suposições e que apenas o leitor e a sua namorada saberão dar uma resposta clara. Procure um momento em que estejam os dois à vontade para falarem abertamente sobre a vossa relação e intimidade. Só assim saberão o que será melhor para os dois. 

Quanto ao leitor, para conseguir ultrapassar esta dificuldade deverá procurar ajuda de um sexólogo. O tratamento pode envolver alguma medicação e uma intervenção psicoterapeutica especializada. 

Na maioria dos casos, os tratamentos são centrados na “re-aprendizagem” gradual do controlo de estímulos através de exercícios de masturbação e focos sensoriais. Por exemplo, quando estiver a masturbar-se e sentir que está quase a ejacular pare! Aguente alguns segundos (até diminuir a sensação de que está próximo a ejacular) e volte a masturbar-se. Repita este processo e ejacule após 3 paragens. Este exercício permitir-lhe-á tomar maior consciência da eminência ejaculatória e controlar melhor a sua ejaculação. 

Este é apenas um dos vários exercícios que podem ser sugeridos por um sexólogo. Cada tratamento deve ser adaptado a cada caso e, sempre que possível, deverá incluir o parceiro no processo terapêutico. 

 Até breve,

Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221




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Violência Sexual na Infância



Sabia que 1 em cada 5 crianças sofre de algum tipo de violência sexual na infância?

Muitas pessoas pensam que a violência sexual refere-se apenas à relação sexual propriamente dita com uma criança, mas a definição é muito mais ampla. Com ou sem contacto fisico, as seguintes situações caracterizam algum tipo de violência sexual:

  • Tocar a boca, genitais, bumbum, seios ou outras partes íntimas de uma criança com objetivo de satisfação dos desejos;
  • Forçar ou encorajar a criança a tocar um adulto de modo a satisfazer o desejo sexual;
  • Fazer ou tentar fazer a criança se envolver em ato sexual;
  • Forçar ou encorajar a criança a se envolver em atividades sexuais com outras crianças ou adultos;
  • Expor a criança a ato sexual ou exibições com o propósito de estimulação ou gratificação sexual;
  • Usar a criança em apresentação sexual como fotografia, brincadeira, filmagem ou dança, não importa se o material seja obsceno ou não;
  • Espiar ou olhar a criança se despindo, em momentos íntimos, tomando banho, usando o banheiro, com objetivo de satisfação sexual.

Quem é o abusador?

O abuso sexual, na maioria das vezes, é cometido por uma pessoa da convivência da criança, na qual ela confia e tem sentimentos de afeto.
As estatísticas demonstram que, entre os adultos de convivência, o pai, o padrasto, avô, tio, um amigo da família, vizinho e irmão mais velho são os agressores sexuais mais frequentes, apesar de existirem casos em que os agressores sejam do sexo feminino. Abusos cometidos por estranhos envolvendo violência física extrema são mais raros.
Os casos de abuso sexual infantil começam lentamente, apenas com a prática de "carinhos", trocas de presente, brincadeiras íntimas que raramente deixam lesões físicas, passando mais tarde para outros níveis mais íntimos de contato.
Como perceber se uma criança sofre de algum tipo de violência sexual?
Somente em 40% dos casos existe evidência física. Sendo assim, os principais sinais que a criança pode mostrar e podem ser observados pelos pais ou educadores são comportamentais. Fique de olho nos seguintes sinais:
  • Perda do apetite ou compulsão alimentar;
  • Pesadelos, medos inexplicáveis de pessoas ou lugares;
  • Apatia, afastamento dos amigos;
  • Perda dos antigos hábitos de brincar;
  • Voltar a chupar o dedo, fazer xixi na cama ou cocô nas calças;
  • Agressividade, diminuição do rendimento escolar, dificuldades de aprendizagem;
  • Fuga de casa;
  • Conhecimento ou comportamento sexual fora do esperado (exceto conceitos básicos e saudáveis de educação sexual);
  • Comportamento erotizado;
  • Irritação, sangramento, inchaço, dor, coceira, cortes ou machucados na região genital ou anal.

Como falar sobre violência sexual com crianças a partir de 4 anos? 

Pipo e Fifi é uma ferramenta de comunicação entre adultos/educadores e crianças e está disponível para download gratuito aqui: www.pipoefifi.org.br 

Nele poderá encontrar um livro educativo e um livro de atividades super interessantes!!!

O projeto é uma iniciativa do CORES, uma instituição sem fins lucrativos que desenvolve projetos de educação sexual para infância em todo o território brasileiro desde 2006. o CORES recebeu o Prêmio Paulo Freire do Ministério da Saúde em parceria com a APTA, se destacando com os projetos Crescer e Maternidade / Paternidade, classificados entre os cinco melhores trabalhos de Educação Preventiva do Brasil. 


Veja também:

Apanhadas na Net por vingança


O site Redditor TastyJams perguntou aos usuários sobre a divulgação de fotos nuas na internet, como as imagens chegaram à rede e como isso afetou a vida deles. Vários homens e mulheres afirmaram que partilharam fotografias íntimas online e relataram que  o ato não causou arrependimento ou repercussão na vida pessoal. No entanto, os entrevistados cujas imagens foram publicadas por vingança dos ex-parceiros foram mais propensos a sentirem vergonha, perturbação na vida social e problemas de confiança. As informações são do The Huffington Post.

Em seguida são apresentados cinco sentimentos relatados por vítimas de vingança de ex-parceiros, que viram fotos suas partilhadas na internet.

Humilhação: "o meu ex entrou na minha conta, pegou todas as fotos nuas que eu tinha enviado para o meu novo parceiro pelo messenger e postou para todos verem", contou um usuário. "Minha família e meus amigos viram, meu Facebook foi fechado por conta de nudez e demorou muito para voltar. Agora estou extremamente paranóica sobre minhas senhas e verifico os conteúdos religiosamente", acrescentou.

Preocupação com a segurança pessoal: especialmente quando postagens pornográficas por vingança são acompanhadas de informações pessoais como endereços de e-mail, nomes completos e números de telefone. Uma usuária disse não se sentir segura em sua casa depois de suas fotos nuas e informações serem partilhadas online.

Necessidade de vigilância: uma usuária terminou com o parceiro e ele possuía várias fotos nuas dela. “Eu acordava às 3h para ver meu e-mail, Facebook e pesquisava no Google para poder voltar a dormir. Em 2011, fiquei em pânico depois de ler um e-mail anônimo de que fotos minhas estavam circulando na internet."

Medo de ser observado durante o sexo: uma usuária disse que a preocupação de ser apanhada por alguém durante o sexo prejudicou a vida sexual com o parceiro. Eu confiscava todos os aparelhos eletrônicos, checava se o laptop estava desligado e procurava câmeras antes de ter relações sexuais.

Vergonha do corpo: uma mulher contou que um parceiro, tirou fotos dela de biquíni, sem ela saber, e partilhou com o pessoal da escola, o que a fez sentir vergonha do próprio corpo. Ela sofreu com o gozo dos colegas e sentiu desprezo pelo corpo por muitos anos depois disso.


Adaptado do original de: desejos e fantasias de casal


VEJA TAMBÉM:

Serão os homofóbicos homossexuais?

 
 


Pequeno trecho do documentário

Middle Sexes Redefining He and She

 
Neste pequeno vídeo podemos ver um lado menos conhecido da homofobia...

SINOPSE: Baseando numa pesquisa realizada nos anos 90, o documentário Middle Sexes Redefining He and She, exibido pela HBO, constata uma realidade, no mínimo, curiosa: os homofóbicos têm fortes probabilidades de serem gays não assumidos.

Realizada pela Universidade de Georgia, a pesquisa selecionou 64 universitários e dividiu-os em dois grupos: o primeiro com rapazes que mostravam ser homofóbicos e o segundo grupo com rapazes indiferentes à orientação sexual alheia. Em seguida, ambos os grupos assistiram a um filme gay pornográfico. Todos os rapazes foram ligados a aparelhos que medem o nível de excitação sexual. E o resultado foi, no mínimo, curioso: o grupo dos homofóbicos mostrou maiores níveis de excitação sexual com as imagens homoeróticas. Mesmo com a constatação, eles afirmaram não sentir qualquer tipo de excitação com o filme.

GAYS HOMOFÓBICOS

Segundo o psicólogo e terapeuta sexual João Pedrosa, o gay homofóbico ataca os homossexuais e a homossexualidade como forma de esconder sua verdadeira orientação sexual. É comum ouvirmos a afirmação de que o homofóbico é um gay latente. Não podemos generalizar ao afirmar que todos os homofóbicos são gays, mas parece que em muitos casos esta afirmação é verdadeira.

Muitos homossexuais não vivenciam sua homossexualidade, mesmo que clandestinamente, com medo da punição social. Estas pessoas, procuram assim prevenirem-se dos estímulos aversivos que são gerados pela punição à homossexualidade atacando os homossexuais. Esta contra-agressão é um comportamento de esquiva da sua própria orientação sexual. Estes são os homossexuais latentes. Rigidamente, a maioria, reprime a sua homossexualidade ao extremo. Ligam-se a organizações políticas, grupos reacionários ou religiosos que perseguem os homossexuais.

Para este fenómeno, nós psicólogos analistas do comportamento, usamos o termo fazer uma reação, que é quando uma pessoa se empenha num comportamento que é incompatível com o comportamento que tem consequências tanto reforçadoras (sinto vontade de fazer sexo gay) como aversivas (caso faça sexo gay poderei ser descoberto e punido).

O exemplo a seguir ilustra bem este conceito: um alto comandante do exército do Rio de Janeiro era conhecido no quartel pela feroz perseguição aos homossexuais: declarações homofóbicas; piadas de mau gosto; isolamento dos possíveis gays, dentre outros. Até que um dia, uma conhecida revista brasileira publica que este militar foi surpreendido pela polícia fazendo sexo com um rapaz dentro do seu carro numa rua deserta do subúrbio do Rio de Janeiro. Foi um estrondoso escândalo de caserna.

Outro exemplo recente é a do pastor evangélico americano Ted Haggard, conhecido pela sua cruzada contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ele foi acusado de fazer sexo com um prostituto.

Fazer uma reação pode ser interpretado, também, como um comportamento que remove estímulos que tornam o comportamento punível provável (não farei sexo gay para não ser descoberto e punido). O comportamento de fazer uma reação funciona como autocontrole. Ao fazer uma reação a pessoa controla a tendência de praticar o sexo homossexual, fazendo campanhas públicas contra os homossexuais. Agindo assim, é pouco provável que pratique o sexo gay e se sua campanha homofóbica ganha destaque e aprovação (é reforçada pela comunidade e média) a vontade de praticar o sexo gay será enfraquecida, mas não eliminada.
 
 

Abuso sexual de menores


Como proceder perante um possível caso de abuso sexual?
A pessoa a quem a vítima confia a sua experiência tem obrigação de:
- Acreditar na criança
- Ouvir com calma e sem dramatizar
- Dar-lhe apoio emocional
- Usar as palavras da criança ao falar com ela
- Transmitir confiança
- Dizer-lhe que não tem culpa
- Fazer-lhe sentir-se orgulhoso/a por ter feito a confidência
- Expressar afecto
- Falar do que aconteceu e do agressor
Na escola, deve contactar o/a Director/a de Turma, o Conselho Executivo, o Director/a de Escola ou Coordenador/a de Estabelecimento.
Fora da escola, deve comunicar o abuso à Família ou a uma das instituições seguintes:
- Centro de Saúde
- Comissão de Protecção de Menores - Tel: 21 311 49 00
- Polícia Judiciária
Uma informação do Ministério da Educação
.

Dia Europeu da Vítima de Crime



O Dia Europeu da Vítima de Crime é assinalado esta segunda-feira, dia 22 de Fevereiro, quando se regista um aumento de mulheres afectadas por crimes, principalmente de violência doméstica.

A
Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) assinalou 6539 mulheres afectadas por crime em 2009, uma média de 18 por dia, a maioria entre 26 e 45 anos, num total de 7639 vítimas apoiadas pela entidade.

No balanço da sua actividade no ano passado, a APAV aponta um acréscimo de 1,3 por cento dos processos de apoio, que totalizaram 10 132, com o número de pessoas ajudadas a ultrapassar 20 mil. No total, foram registados 17 628 crimes, a maior parte (90 por cento) de violência doméstica.

O número de idosos vítimas de crime atingiu 642, ou seja, uma média de dois por dia, uma situação próxima da que se regista entre as crianças, com 610 vítimas.

A data será também aproveitada pela APAV para reforçar a campanha nacional «
Se pode complicar, para quê facilitar?», que visa prevenir e sensibilizar os portugueses para os crimes contra o património, «carjacking» (roubo de viaturas com violência) e «homejacking» (roubo de casas com violência), assim como para a segurança pessoal, segurança na rua, nas zonas residenciais e de trabalho, nos transportes e áreas de acesso púbico.



Adaptado do original de diario.iol.pt

Violência doméstica

Se é vítima de violência doméstica dirija-se a qualquer Esquadra da PSP , Posto da GNR, Piquete da Polícia Judiciária ou Tribunal, porque vale a pena denunciar.

É fundamental que as vítimas de crime exerçam o seu direito de apresentação de denúncia crime, para dar início à resolução do problema da violência doméstica.

Se é vítima de violência doméstica procure sempre um hospital, centro de saúde ou médico particular , mesmo que não apresente sinais externos de agressão. Se possível solicite a um familiar ou pessoa amiga que (o) a acompanhe.

Se foi vítima de violação não deve lavar-se até ser observada por um (a) médico (a). Guarde, sem lavar, a roupa que vestia no momento.

Nas áreas de Lisboa, Porto e Coimbra as vítimas devem dirigir-se para exame médico-legal ao respectivo Instituto de Medicina Legal. Fora destas áreas há Gabinetes médico-legais a funcionar continuamente em hospitais.


CONTACTOS ÚTEIS

Veja mais informações em:

* Polícia de Segurança Pública (PSP)

Bullying - Violência Escolar

Há alunos que humilham constantemente os seus colegas, chegando mesmo a ser agressivos ou a recorrer a armas. Este fenómeno de violência nas escolas chamado ‘bullying’ é o novo alvo da luta da Associação Nacional de Professores.

Maria tinha dificuldades de aprendizagem, mas era bem comportada. Até aos 15 anos, quando foi transferida para uma nova turma do 7.º ano e alguns colegas começaram a humilhá-la porque não sabia ler. Tornou-se agressiva com os professores, faltava às aulas, chegava tarde a casa. Começou a andar na companhia de dois alunos com problemas de indisciplina, associados a um gangue de assaltos à mão armada e tráfico de droga.

O que começou como um problema de bullying, transformou-se em caso de polícia e abandono escolar. Por vezes, as vítimas passam a agressores, mas o mais frequente é a relação de poder ser perpetuada pelo silêncio. Para ajudar as vítimas de bullying, a Associação Nacional de Professores (ANP) lançou uma linha telefónica de apoio a alunos e famílias, através do número 808 968 888 e do e-mail bulialuno@anprofessores.pt.

Tudo o que tenha a ver com fenómenos de indisciplina ou problemas de violência tem reflexos no processo educativo”, lembra João Grancho, presidente da ANP. Por isso, o novo projecto da associação, designado Espaço ComVivência nas Escolas, é abrangente: para além da nova linha telefónica para atendimento a alunos e famílias, engloba a já existente linha SOS Professor, lançada em finais de 2006 (808 962 006). Foi, aliás, através deste contacto que alguns professores e pais começaram a falar de bullying.

As histórias que têm chegado à ANP vão “dos casos mais simples, de insulto e diminuição, a casos mais graves, como a perseguição fora da escola”.

Problemas com armas, João Grancho não revela se há. Limita-se a dar razão ao procuradorgeral da República, que há alguns meses alertou para a existência de armas nas escolas. No ano lectivo de 2006/ 2007, o Ministério da Educação registou 140 casos em que houve violência praticada com armas nas escolas. Mas João Grancho fala doutros casos. De tráfico de telemóveis, por exemplo. “Há grupos que fornecem telemóveis a três ou quatro alunos, que por sua vez os alugam a outros. Há miúdos que não têm possibilidade de dispor de telemóvel topo de gama, ou um mp3. Se alugarem, podem exibir-se.

A iniciativa da ANP surgiu no ano lectivo de todas as complicações para professores e alunos – não foi só a avaliação dos docentes que causou tumultos entre a classe: a agressão de uma aluna a uma professora da Escola Secundária Carolina Michäelis, no Porto, trouxe para a ribalta a questão da indisciplina e da violência escolar. E nem o fim das aulas fez esquecer o problema: a realização, em Lisboa, da 4.ª Conferência Internacional sobre Violência Escolar e Políticas Públicas, nos passados dias 23, 24 e 25 de Junho, voltou a lembrar o tema, com a ministra da Educação a considerar a violência escolar como um fenómeno residual.

Mas foi precisamente numa tentativa de reduzir o impacto dos “indicadores crescentes de indisciplina, violência e bullying em contexto escolar”, que a ANP lançou a linha de apoio ao bullying, explica Fátima Marinho, responsável na direcção da ANP pelo projecto. A intenção é envolver toda a comunidade escolar: a iniciativa inclui não só uma linha de apoio a alunos e familiares, mas também “acções concretas de formação e informação dirigidas a toda a comunidade educativa”.

O termo bullying não inclui todas as formas de violência. A definição aponta para a agressão entre pares, de forma continuada e intencional. Está em causa um abuso sistemático de poder, que abrange a violência física e psicológica: o agressor intimida, humilha ou faz circular rumores, cada vez mais através das novas tecnologias.

Maria Beatriz Pereira, do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho, co-autora, com Adelina Paula Pinto, do livro ‘Escola e Criança emRisco: Intervir para Prevenir’, sublinha que o uso de armas nas escolas “não é caso tão raro como às vezes se pensa”. Os alunos usam, sobretudo, armas brancas e fazem-no para intimidar as vítimas. O bullying começa cedo, com alunos de tenra idade, mas, se não for corrigido, evolui. “O bullying é frequente em crianças muito novas, no 4.º, 5.º, ou 6.º ano de escolaridade. A partir daí não é tão frequente, mas os casos graves aumentam”, nota Maria Beatriz Pereira.

O fenómeno está relacionado com a aprendizagem das crianças, ao nível da resolução de conflitos sem recurso à violência. “Logo no primeiro ciclo há situações que a escola pode diagnosticar, pedindo apoio externo nos casos que seja incapaz de resolver sozinha. A partir dos 12 anos já é mais difícil resolver estes problemas no âmbito da aprendizagem natural. E avançase para casos mais graves, em que se arranja um grupo, depois um gangue, uma arma branca e uma arma de fogo”, descreve a investigadora.
Na 4.ª Conferência Internacional sobre Violência Escolar e Políticas Públicas, a investigadora apresentou já resultados de 2008: comparando com 2004, este ano corresponde a um agravamento do envolvimento em bullying no grupo dos alunos com 15 anos, mas este agravamento circunscreve-se aos mais velhos, "sugerindo que o problema não está a ser renovado pelos mais novos", sublinha Margarida Gaspar de Matos.

No ano passado, um relatório do Centro de Pesquisa Innocenti da UNICEF, que mede e compara o bem-estar de crianças e jovens nas economias mais avançadas do mundo, dava sinais de alerta sobre o bullying em Portugal. A par da Suíça e Áustria, Portugal surgia como um dos países onde a prevalência de bullying ascendia a mais de 40% das crianças.

Ana Cristina Gomes, in DESTAK, 14 Jul2008

Maldade e exclusão mais no feminino


Os comportamentos indirectos de “bullying”, como a maldade ou a exclusão, são mais praticados pelas raparigas, contrariando o estereótipo de que o fenómeno está mais associado ao sexo masculino, disse ontem em Coimbra a especialista Sónia Seixas. A autora de uma tese de doutoramento sobre este tipo de violência no contexto escolar defendeu a necessidade de "desmistificar crenças e falsas atitudes” relativamente ao “bullying”, estabelecer regras de conduta e incentivar a supervisão dos adultos, nomeadamente no recreio, onde se verificam muitos dos casos.


in, Jornal Metro, N.º 5, 793 27Junho 2008