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Quero livrar-me do mal da homossexualidade



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Boa noite,

sou homem e fiz esse e-mail, falso para ocultar a minha identidade. 

Olá pessoal, tenho 21 anos de idade e quando era criança tive vários, atos homossexuais com amigos e com um tio que praticava comigo coisas que nem sabia que eram feias, mas gostava e fui crescendo com isso até hoje.

Nunca pratiquei sexo com homem nenhum, e nem com mulheres. 

Já tive 3 namoradas e sempre consigo ter ereção com elas, só que penso que não vou conseguir chegar até a hora de penetrar. Não quero isso para a minha vida, quero ter filhos e esposa, não quero ter relações com homens. 

Até fico com raiva de ver os homossexuais que se vestem como mulheres. 

Não sei o porquê, sinto atração por homens fortes, ou homens que conheço apenas por isso. Tenho o vício de ver pornos gay e depois fico arrependido. Já tentei ficar sem ver, mas o desejo e a tesão é mais forte e sempre voltava a ver os pornos. 

Não sei mais o que eu fazer para me livrar desse mal. 

Eu sinceramente NÃO quero ser isso, não quero isso para a minha vida. 

Isso não é normal. Isso é uma doença que sei que posso me livrar, só não sei como ainda, mais creio que irei conseguir. 

Sou muito católico desde pequeno frequentei a igreja, quando era criança tinha mais amizades com meninas mas quando cheguei à adolescência preferia fazer mais amizades masculinas onde até hoje tenho e sempre conversamos assuntos realmente heteros, pós eles não sabem nada desse meu sofrimento que passo. 

Espero que Deus me possa livrar disso tudo e eu possa ser um novo homem livre desse demónio da homossexualidade."



A NOSSA RESPOSTA


Caro leitor 

pertencer a uma minoria, muitas vezes, significa ter de enfrentar o preconceito que, apesar de descabido, ainda existe. O que é diferente da maioria provoca espanto, sejam elas minorias raciais, sociais, religiosas ou de orientação sexual, porém isso não quer dizer que sejam mais ou menos “normais” que os demais. 

No entanto, pior que viver a homofobia exterior é ter de lidar com a homofobia internalizada, ou seja, aquela que vem da própria pessoa. Alguns homossexuais, muito antes de perceberem a natureza da sua orientação sexual, são invadidos por mensagens negativas face à homossexualidade e iniciam um processo psicológico de auto-rotulação negativa das suas próprias emoções e comportamentos. Este processo leva a que sintam vergonha face à possibilidade de serem identificados como homossexuais. Esta sensação de vergonha pode ser o resultado do confronto com possíveis ameaças externas e internas e o bem-estar emocional do próprio depende da forma como ele as gere. 

Felizmente, desde 1973, a homossexualidade deixou de ser considerada uma perturbação mental, pela generalidade das associações de médicos e profissionais de saúde. Portanto, o conceito de “normalidade” não deve ser utilizado no que diz respeito à orientação sexual. No entanto, infelizmente, a sociedade ainda recorre à orientação sexual como um critério de classificação das pessoas, o que leva a que muitos homossexuais não vivam livremente a sua sexualidade e reprimam a sua atração fisica, emocional, e erótica por pessoas do mesmo sexo. 

Para que consiga viver a sua vida plenamente, procure ajuda de um terapeuta que o ajude a libertar-se da culpa e a aceitar a sua sexualidade como um aspeto positivo da sua identidade.

Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221




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Não quero ser homossexual ...

homofobia internalizada.jpg

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Boa noite. Tenho pesquisado sobre o meu problema na net desde à uns dias e encontrei o seu blog, talvez me pudesse esclarecer ou responder. Agradecia muito que me pudesse ajudar, pois tenho passado muito mal comigo mesmo ultimamente.

Sou um rapaz, 18 anos. Quando era criança (7/8) numa brincadeira parva de criança tive experiências homossexuais, claro que nada de muito sério devido a minha idade na altura, com um colega meu, não sei ainda por que razão (certamente não foi por desejo sexual pois era ainda muito criança), talvez tenha sido só uma brincadeira ou um desafio estúpido que fazemos na inocência da infância. Andava num colégio só de rapazes, mal sabia o que era a homossexualidade, e tudo o que sabia de sexo tinha visto em filmes, televisão, nesses meios acessíveis a todas as idades. De qualquer forma cheguei em pouco tempo a conclusão que o que tinha feito era homossexual. Senti me arrependido e não me contive e tive de desabafar com os meus pais sobre o sucedido. Chorei muito nesse dia, de vergonha, de nojo, enfim, só sei que esse episódio certamente teve influencia na pessoa que sou hoje pela negativa. Os meus pais pareceram aceitar bem o que fiz, dizendo que estavam contentes até por saber que eu não tinha gostado de o fazer.

No entanto, com o passar dos anos sempre vivi bem com isso, ou melhor, sempre ignorei esse acontecimento. Nunca me considerei homossexual, e já tive 2 namoradas. Não sou propriamente muito dotado para arranjar raparigas, mas conheço muitos amigos que sofrem desse problema também.

O meu problema é que quando começei a ver pornografia na minha puberdade (14/15 anos talvez) eu sempre assiti a pornografia heterossexual, ou homossexual feminina. Mas com o passar do tempo acabei por ver algumas vezes pornografia bissexual ou mesmo com travestis (mas com aspecto feminino) e não senti repúdio ao ver.

A minha angústia começou a uns dias quando me veio à cabeça que se calhar eu não sou heterossexual, devido a estes 2 assuntos que referi em cima. Isso para mim é um golpe muito duro, pode parecer parvo, mas é algo que me envergonha e muito. Sempre tive as típicas conversas de rapazes com os meus amigos a gozar com a homossexualidade. Hoje sinto me um hipócrita. O meu problema não é ter gozado com os homossexuais, o meu problema é eu gostar de ver pornografias relacionadas com a homossexualidade, ou mesmo ter experimentado em criança, apesar de não ter tido prazer nenhum em fazê-lo.

Esse problema de criança que lhe falei anteriormente já praticamente o esqueci. Li sobre o assunto e até vi que acontece a muita gente e que não implica que essas pessoas sejam homossexuais, apenas é uma inconsciência que uma criança faz. Porém gostaria de saber a sua opinião sobre isto.

Em relação ao outro da pornografia. Concluo dizendo que eu ja vi praticamente toda a pornografia que há para ver, dentro dos limites do bom censo como é obvio, e é mais aqui que reside o meu problema. Mas o estranho é que em nenhum momento da minha vida me senti homossexual, nunca olhei para um homem da mesma forma que olho para uma rapariga. Nunca me senti atraído por um homem. Porém, quando estou mais excitado, fico praticamente receptivo a todo o tipo de pornografia. Mas dúvido que gostasse de experienciar um ato homossexual ou com um travesti.

Finalizo dizendo que eu não quero ser homossexual de todo, quero ser 100% heterossexual, e não ser 100% heterossexual deixa-me envergonhado comigo mesmo. Já li acerca da escala de Kinsey e gostaria de estar incluido no nivel 0, mas por uma porcaria de uns vídeos acabo por provavelmente não estar. Não tenho dúvidas que a minha preferência são mulheres, e esta situação toda tem sido angustiante para a minha vida

Acha que devia marcar uma consulta? Ou acha apenas que o meu problema reside no facto de ser demasiado viciado em pornografia?

A NOSSA RESPOSTA

Caro leitor

tal como refere, de acordo com a escala de Kinsey, e ao contrário do que muitas pessoas pensam, existem muitas variantes na orientação sexual, não se limitando a uma visão dicotómica e redutora de que ou se é Heterossexual ou Homossexual. Além disso, muitas pessoas não se identificam com nenhum destes “rótulos”.

O que é diferente da maioria provoca espanto, sejam elas minorias raciais, sociais, religiosas ou de orientação sexual, porém isso não quer dizer que sejam mais ou menos “normais” que os demais. Pertencer a uma minoria significa ter que enfrentar esse preconceito que, apesar de descabido, ainda existe.

Felizmente, desde 1973, a homossexualidade deixou de ser considerada uma perturbação mental, pela generalidade das associações de médicos e profissionais de saúde.

Muitos rapazes e raparigas, durante a infância, e mesmo adolescência, sentem atracção sexual e chegam mesmo a ter experiências de cariz homossexual, mas não são gays nem lésbicas. Muitos adultos também sentem atracções ou têm experiências do tipo homossexual, sem que se considerem eles próprios gays ou lésbicas.

Considera-se que uma pessoa será exclusivamente homossexual se, perante possibilidade de escolha, apenas se sente atraída e teve comportamentos sexuais, afetivos e amorosos, com pessoas do mesmo sexo ou género. Independentemente de se encontrar, ou não no nível 0, da escala de Kinsey, o mais importante é que o leitor saiba respeitar o seu organismo e as suas vontades, sem se culpabilizar por isso. Só assim conseguirá conhecer-se realmente e escolher sua verdadeira sexualidade, quer seja homo, hetero ou outra coisa qualquer.

Pior que viver a homofobia exterior é ter de lidar com a homofobia internalizada, ou seja, aquela que vem de dentro da própria pessoa. O que acontece na sua intimidade só a si lhe diz respeito! Pondere procurar ajuda para o orientar a lidar e viver com a sua sexualidade de forma mais saudável.

Fernando Eduardo Mesquita

Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221

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Homossexualidade e Budismo

Visão do budismo sobre a homossexualidade


Esta história foi retirada do facebook de um aluno que presenciou a partilha de opinião sobre a homosexualidade do Precioso Senhor da Dança, S.Ema. Chagdud Tulku Rinpoche. 
Uma senhora, após a palestra do lama sobre a diversidade da vida, perguntou:
- Mestre, o que é um homossexual?
Ele: – Um homossexual é uma pessoa que faz sexo com o mesmo sexo.
Ela: – Acho que o senhor não entendeu… Como o budismo vê o homossexualismo?
Ele: – Nós não vemos o homossexualismo. No budismo, não temos o costume de ver as pessoas fazendo sexo.
Ela [impaciente]: – Mestre, o que eu quero saber é a opinião do budismo sobre pessoas que fazem sexo com o mesmo sexo.
Ele: – Alguém pode dar opinião sobre quem não conhece? Você está falando em “pessoas”. Que pessoas?
Ela [quase louca]: – Qualquer uma! Qualquer uma!
Ele: – Todas as pessoas são milagres.
Ela [começando a espumar]: – O HOMOSSEXUALISMO É CERTO OU ERRADO?
Ele: – Atos homossexuais consensuais são atos de amor.
Tudo isso com a mesma expressão de quem vê um passarinho azul. Seguem-se aplausos e gargalhadas. Rinpoche sorri.
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Dalai Lama também foi questionado sobre as agressões contra lésbicas, gays, bissexuais e a comunidade LGBT. 

Ele respondeu ”Isso é errado”, ”É violar direitos humanos. Se duas pessoas realmente se sentem bem dessa maneira e ambos os lados concordam totalmente, então tudo bem”,  Dalai Lama

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Já Thich Nhat Hanh, quando questionado disse: 

O espírito do Budismo é a inclusividade. Olhando profundamente a natureza de uma nuvem, vemos o cosmos. Uma flor é uma flor, mas se olharmos profundamente para ela, veremos o cosmos. Tudo tem um lugar. A base, o fundamento de tudo, é o mesmo. Quando você olha para o oceano, você vê diferentes tipos de ondas, muitos tamanhos e formas, mas todas as ondas têm a água como seu fundamento e substância. Se você nasceu gay ou lésbica, o fundamento do ser é o mesmo que o meu. Nós somos diferentes, mas compartilhamos o mesmo fundamento do ser.” 

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Original de Leonardo Ota, Sobre Budismo 

VEJA TAMBÉM:
- Serão os homofóbicos homossexuais?
- (Re)conversão de Gays


Dr. Fernando Eduardo Mesquita

Psicologia Clínica / Sexologia Clínica
Terapia Cognitivo Comportamental / Terapia EMDR

Avenida Elias Garcia, 137, 4º
1050-099 Lisboa
Tel: 969091221
Tel: 213145309

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As regras das relações abertas




Apesar das relações abertas permitirem sexo com estranhos,
 nem tudo é permitido

Pensar que as “relações abertas” são totalmente liberais é um mito! É claro que existem exceções, mas, geralmente, este tipo de relações tem regras estabelecidas.

Apesar do fundamento básico, neste tipo de relações, ser a liberdade para a troca de parceiros sexuais, isso não significa que não existam limites na cama (ou fora dela).

Uma das regras básicas de quem pratica sexo casual, fora de casa, é usar preservativo nas relações extraconjugais. É por isso que alguns destes casais dispensam o uso de preservativo entre si, o que apesar de tudo é um risco.

Tudo pode acontecer a qualquer momento e, se para alguns casais esse risco pode ser excitante, para outros é o fim da relação. 

A possibilidade de surgir um rival no plano afetivo é o principal fantasma das relações abertas. Isso leva a que, outra regra frequente seja limitar as aventuras ao âmbito sexual. Por isso, este tipo de relações extraconjugais costuma estar vetado a amigos ou conhecidos. Em alguns casos só são permitidas as relações em viagens e limitadas a um único encontro.

As regras são feitas para serem cumpridas, porém, podem e devem ser mudadas se não forem satisfatórias para um dos lados. É necessário que o casal tenha consciência plena dos seus desejos, necessidades e limites individuais antes de estabelecerem qualquer tipo de “regras”. Apesar de a fidelidade ser um conceito bastante flexível, neste tipo de relações, é preciso terem noção que existem imprevistos…



MITOS E VERDADES DAS RELAÇÕES ABERTAS:
Todas as relações abertas envolvem sexo.
MITO - depende das regras estabelecidas pelo casal. Pode haver liberdade para se envolverem a diversos níveis, segundo o que acordaram: se são permitidos beijos na boca, se podem sair sozinhos com o terceiro elemento, se podem haver relações sexuais sem estarem os dois presentes, se apenas é permitido o flirt com outras pessoas, etc.

As relações abertas estão condenadas a poucos anos.
MITO - a duração das relações depende mais da felicidade, confiança, respeito, comunicação e projetos em comum, no casal, do que se é uma relação aberta ou fechada.

O risco de encontrar "alguém" é maior.
MITO - se a relação não estiver bem, a probabilidade de surgir alguém existe, quer seja uma relação aberta ou fechada.

Há mais ciúmes numa relação aberta.
MITO - os ciúmes têm muito mais a ver com o indivíduo do que com o tipo de relação.


TIPOLOGIA DAS RELAÇÕES ABERTAS:

.:  Egoísta: apenas um dos parceiros pode sair com outros;
.: Pirulito: não pode haver penetração, mas são permitidas as carícias, beijos e  sadomasoquismo; algumas incluem sexo oral;
.: Recheio: o casal escolhe um terceiro elemento para sexo a três;
.: Banquete de casamento: sexo a três, numa orgia com mais pessoas presentes;
.: 7 de setembro: sexo independente, sempre separados; algumas incluem contar para o parceiro; outras não.
.: Tribalista: "eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". Tudo é permitido, no sexo, quer estejam juntos ou separados.
.: Poliamor: é possivel o envolvimento emocional. Pode haver evolução para namoro a três ou mais pessoas.


Existem ainda "subtipos", como relações que vetam algumas práticas sexuais específicas.

Adaptado do original de A CAPA

Será que ele é gay?



"Como posso saber se ele é gay?"

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Namoro há dois meses com um rapaz, mas começo a pensar que ele é gay. Sempre que estamos com os meus amigos, não me liga nenhuma e parece estar sempre a seduzi-los. O que poderei fazer para ter a certeza?

P.G. - Abrantes


A nossa resposta

Cara leitora se espera uma resposta para saber se o seu namorado é heterossexual, gay, bissexual, ou outra coisa qualquer, não vai encontrar em livros ou revistas. No fundo, a única pessoa que consegue responder à sua questão é o seu namorado! 

Procure um momento, em que ambos estejam calmos e que não possam ser interrompidos, para ter uma conversa sincera com ele. Poucas pessoas conseguem ser honestas em situações que se sentem pressionadas, julgadas, atacadas ou até odiadas. 

Aceite que ele pode não ter uma resposta imediata para as suas perguntas. Algumas pessoas não conseguem definir claramente a sua própria orientação sexual. Nem todas sentem que se “encaixam” nos padrões da heterossexualidade ou homossexualidade exclusiva. 

Independentemente da orientação sexual do seu namorado, quando falar com ele, aborde a vossa relação como um todo e não apenas sobre esta questão em particular. Para isso, pense noutras situações da vossa vida (em separado e como casal). 

Por vezes podemos cair na armadilha de procurar um “bode expiatório” para justificar todas as nossas atitudes. As dúvidas que coloca não terão como propósito evitar confrontar-se com outras questões? 

Uma vez que esta questão pode ser emocionalmente complicada para ambos procurem a ajuda de um psicoterapeuta qualificado.

Obrigado pela sua questão


Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221


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Perguntas & Respostas - Ménage à Trois





“Será que ele não está fingindo?”


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“Boa noite!

Lendo o site gostaria de esclarecer uma duvida que tenho que tem me deixado sem saber o que pensar. Nunca aconteceu comigo antes, mas estou namorando um homem de 48 anos e já tem 2 meses. Eu tenho 38 anos e nunca tinha passado por isso antes. É o seguinte:

No início antes de me envolver sexualmente com ele, ele me contou um segredo dele, me disse que já tinha tido experiência com outro homem e que foram poucas. Me assustei. No início fiquei chocada. Ele disse que ficou muito confuso quando teve a primeira experiência mas que depois não, que ele tem certeza que gosta e sente prazer com mulheres e que não gosta e nem pensa em se relacionar com homens. Apenas disse que tem o maior tesão em ser penetrado por homem.

Mesmo com tudo isso resolvi investir na relação. Só que além de saber sobre isso tive outra surpresa, ele disse que gostaria de me ver transando com outro homem e ele junto vendo. Achei loucura e deixei passar, mas sempre ele me diz isso que quer me ver transando com outro homem e que respeita se eu não quiser, apenas disse que tem o maior tesão.

E todas as vezes que transamos nesses dois meses que não foram poucas as vezes ele só gozou apenas 2 vezes. Disse que não tinha facilidade em gozar, só que canso, não aguento. Todas as vezes que transamos passamos no mínimo 3 horas e isso me deixa quebrada e ele nada de gozar. Estou começando a ficar neurótica, pois são muitas informações loucas sobre ele.

Me ajude, me oriente me diga alguma coisa. Como devo agir em relação a tudo isso. Gosto muito dele e ele também gosta muito de mim. Nos damos super bem na cama, temos uma ligação e sintonia incrível. Mas será que ele não está fingindo para mim?

Será que por ele ter vontade de ser penetrado por homem e como ele disse que estava a mais de 5 anos sem fazer isso, tem alguma coisa a ver por ele não gozar. Será que ele não se sente realizado plenamente apenas transando com mulher?

Me ajude, obrigada.”

LC - Brasil


A nossa resposta

Cara leitora,

a orientação sexual é vista como um contínuo entre dois pólos, o Heterossexual e o Homossexual, que tem muitas variações. Por exemplo, considera-se que uma pessoa é exclusivamente homossexual quando sente atracão estética, erótica e emocional apenas por pessoas do mesmo sexo e existe a possibilidade de escolha, tanto nos pensamentos e emoções como nos comportamentos sexuais. Porém, algumas pessoas não se enquadram em nenhum destes pólos de exclusividade, o que poderá ser o caso do seu namorado.

A região anal masculina é altamente erógena. A estimulação no ânus, recto e alguns órgãos adjacentes, como é o caso da próstata, muitas vezes, são suficientes para provocar um orgasmo no homem. Num casal heterossexual a mulher pode estimular a região anal do homem (recorrendo por exemplo a um dildo ou strap-on). Portanto, se no casal existir abertura suficiente para este tipo de pratica sexual, não há motivo para que o homem sinta a necessidade de fazê-lo com outros homens, a menos que tenha mais prazer dessa forma.

Embora o instinto natural seja de não querer partilhar alguém que se ama a verdade é que o sexo a 3 (ou “ménage à trois”) é uma das fantasias sexuais mais frequentes nos casais. Alguns homens têm a fantasia de ver a mulher com outro homem, pois ficam excitados por sentirem que ela não é desejada apenas por eles.

Dá-se o nome de “ejaculação retardada” às situações onde existe dificuldade do homem em ejacular. Alguns homens apresentam esta dificuldade em situações muito específicas, por exemplo se têm receio de serem interrompidos durante a actividade sexual ou de acordo com a estimulação que estão a receber (masturbação; sexo oral; penetração vaginal ou sexo anal). Procure avaliar o que acontece, na vossa relação, para que ele consiga ejacular algumas vezes e noutras não. Pergunte-lhe se ele consegue ejacular na masturbação ou com outras pessoas, ou seja, se esta dificuldade surge apenas consigo.

Cara leitora, apesar de muitas questões que possa estar a levantar, neste momento, o que é certo é que o seu namorado confiou em si para lhe confessar não só as fantasias como as experiências sexuais que teve. Ao partilhar algo tão íntimo, o seu namorado, correu o risco de ser mal interpretado. Caso ele não tivesse contado que teve sexo com outros homens, como lidaria com a dificuldade ejaculatória dele? E com as fantasias?

As fantasias e gostos são muito relativos, existem homens que gostam de estimulação anal, outros que acham isso anti-natural, homens que fantasiam estar com duas mulheres, outros ver a mulher com outro homem, etc.

Numa experiência sexual tudo é permitido, desde que ambos estejam suficientemente à vontade e queiram experimentar. Isto quer dizer que não deve sentir-se obrigada a fazer algo que não quer, ou não se sente preparada. Ponderem procurar ajuda de um terapeuta sexual, caso as dificuldades permaneçam.

Obrigado pela sua questão


Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221



UMA PARCERIA
TERAPIAS SEXUAIS
&




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Perguntas & Respostas - "Serei homossexual?"



"Ficar excitado com imagens de homens nus
é sinal que sou homossexual?"


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"Tenho 20 anos e tenho uma dúvida que me atormenta há algum tempo: ficar excitado com imagens de homens nus é sinal que sou homossexual?

Recordo-me que durante a minha infância sempre fui muito gozado por ser gordinho e que já me chamavam, na altura, de ”bichinha”ou “gay”, etc.

Penso que, desde então, criei na minha mente um padrão de beleza e de corpo masculino a ser alcançado que não tenho, mas que me desperta um interesse muito grande."


A nossa resposta

O fato de se interessar pelo corpo masculino não significa, obrigatoriamente, que seja Gay. A sexualidade humana é muito variada, existem imensas fantasias, desde as mais simples às mais complexas e, na maioria das vezes, não são concretizadas.

Se o leitor sente atração, fantasia, deseja, ou tem relações com homens, e existe a possibilidade de optar por uma pessoa do sexo oposto, ai já é diferente.

Recorde-se que a orientação sexual é vista, socialmente, como um contínuo entre dois pólos: o Heterossexual e o Homossexual e que algumas pessoas não se identificam com nenhum destes “rótulos”.

O importante é que saiba respeitar o seu organismo e as suas vontades, sem se culpabilizar por isso. Aceite a sua sexualidade como um aspecto positivo da sua identidade e não se sinta culpado pela sua orientação sexual.

Só assim conseguirá conhecer-se realmente e escolher sua verdadeira sexualidade, quer seja homo, hetero ou outra coisa qualquer.

Obrigado pela sua questão


Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo - Sexólogo Clínico
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UMA PARCERIA
TERAPIAS SEXUAIS
&




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Perguntas e Respostas - Ela é lésbica




"Tenho medo que ela se atire a mim"

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“Entrei este ano para a Faculdade e divido uma casa com outra colega.
Acontece que descobri ela é lésbica e agora
estou sempre com medo que ela se atire a mim.
O que posso fazer?”


A nossa resposta


O facto de uma pessoa ser homossexual não implica que se “atire” a todas as pessoas do mesmo sexo, tal como um heterossexual não se “atira” a todas as pessoas do sexo oposto. Ou seja, embora a sua colega seja lésbica não significa que ela se vá sentir atraída por si, tal como a leitora não se sente atraída por todos os homens que conhece, pois não?

Muito provavelmente o problema está mais na sua cabeça que na da sua amiga. Quando existe dificuldade em entender a diferença e a particularidade, como é o caso da homossexualidade, com base em referenciais restritos, alimentam-se os medos e aumentam os comportamentos de exclusão, preconceito e homofobia.

Tenha uma conversa sincera com a sua colega e tentem chegar a um acordo que permita que ambas coabitem em harmonia ou, se continuar a sentir-se desconfortável com a presença dela, sempre tem a possibilidade de procurar mudar de casa ... ou de colega!


Obrigado pela questão,


Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo - Sexólogo Clínico
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Perguntas e Respostas - "Ele gosta de Shemales ... será gay?"


"Descobri uma coisa que me assustou um pouco mais,
reparei que ele tinha um fetiche por "shemales""

 

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Depois de me informar e ler algumas entrevistas sobre Dr. Fernando reparei que trabalha também na questão da transexualidade, o que me deixou ainda mais à vontade, pois a minha questão é precisamente sobre isso, é um assunto minucioso que eu acredito que pouca gente saiba dar-me uma resposta. Não tenho problema que a minha questão seja publicada no blog, gostaria unicamente que fosse anónima.

A questão é a seguinte.

Considero-me uma pessoa perspicaz, namoro há um ano, e mesmo antes de conhecer o meu namorado , tem 23 anos, sempre tive a ideia que ele gostasse de homens, começamos a namorar e visto o decorrer da situação deduzi que fosse apenas coisas da minha cabeça.

No entanto, com a amadurecimento da relação a nível sexual, chegámos a momentos em que ele me disse que gostaria de ser penetrado com os meus dedos ou com objectos, sou uma pessoa mente aberta e compreendo que isso seja normal, a estimulação da próstata, não seria por isso que eu ía pensar que ele é homossexual e realizamos essas fantasias.



Mais tarde descobri uma coisa que me assustou um pouco mais, reparei que ele tinha um fetiche por "shemale", ou seja, transexuais, são mulheres sensuais mas que têm um pénis, comecei a achar a coisa um bocado mais suspeita, investiguei e até concluí que há muitos homens que têm esse fetiche, mas já começava a dúvidar de quem seria ele.

O problema principal no meio de todas estas coisas é a sua atitude, quando falamos com ele sobre homossexuais ele tem uma opinião de repulsa, odeia-os de uma maneira exacerbada, aliada ao facto de ele estar sempre a frisar que é bastante engatatão e que tem uma grande lista dos seus engates, esta atitude parece-me apenas um mecanismo de defesa por ele não conseguir assumir quem é .
A minha questão é a seguinte, será que é apenas uma fase? um fetiche? será que ele se sente mulher? será que ele gosta de homens ou de mulheres? não consigo perceber.
Obrigada pela ajuda

XXXX




A nossa resposta

Cara amiga,

A diversidade do comportamento sexual não se esgota na categorização polarizada Heterossexual - Homossexual. Ela é um continuo entre dois extremos - o heterossexual e o homossexual exclusivos. Por exemplo, podemos encontrar pessoas que desejam sexualmente apenas pessoas do outro sexo, do mesmo sexo ou de ambos. Podemos estar com pessoas que podem ter comportamentos sexuais com pessoas do mesmo sexo, do sexo oposto, ou de ambos. Podemos conhecer pessoas cujo seu foco de desejo é com pessoas do sexo oposto mas que, por determinadas circunstâncias, têm comportamentos sexuais com pessoas do mesmo sexo (ou vice-versa), etc.. E por aí adiante...

Quanto à designação de "fetichismo", ou feiticismo, é uma palavra com origem portuguesa que deriva de "feitiço". É comum encontrarmos pessoas atraídas sexualmente por certas peças de vestuário (botas, lingerie, meias, sapatos, etc.) ou por partes do corpo (pés, nádegas, peitos, pénis, etc.), etc. Para um "verdadeiro" fetichista esse objecto de desejo (por exemplo, parte do corpo ou vestuário) tem de estar presente para que exista excitação e/ou orgasmo. Em situações mais extremas, o fetichista pode chegar a substituir o parceiro pelo objecto, masturbando-se com ele. (Veja mais sobre Fetichismo aqui).

Podemos dizer que o fenómeno do travestismo está presente desde tempos imemoriais. Mas será por volta dos anos 90 que se começa a verificar, nas comunidades gay de São Francisco, o surgimento de  pessoas biologicamente masculinas, com um comportamento social feminino, com tratamentos cosméticos, hormonais e alguns cirúrgicos, mas sem cortar o pénis (chamados Shemales). São então vistos, na altura, como "uma espécie de mulher com pénis".

Embora nem todos, muitos shemales acabam por seguir a vida da prostituição. Os seus clientes, maioritariamente homens, procuram-nos, muitas vezes pelo risco, por ser uma questão tabú/proibida,  para experimentar algo sexualmente diferente ou por gostarem da atitude destas pessoas. Na sua maioria, estes homens, procuram shemales com o objectivo de serem penetrados, embora refiram não desejar estar com outros homens para o mesmo efeito. Muitos chegam a referir sentir-se repugnados só com a ideia de poderem estar com outros homens, considerando-se essencialmente heterossexuais.

A estimulação do ânus, recto e alguns órgãos adjacentes, como é o caso da próstata, muitas vezes, é suficiente para provocar um orgasmo, no homem, independentemente da orientação sexual (veja mais informações sobre Pegging aqui).

Refere que no inicio do vosso namoro suspeitava que ele gostava de homens. O que a leva a dizer isso? Que sinais viu para afirmar isso? Se ele for homossexual, o que o leva a procurar shemales? Procure esclarecer as suas duvidas, seja sincera e respeite as respostas que ele lhe for dando. Parece-me que têm bastante abertura na vossa relação para falar sobre sexualidade. Aproveitem esta oportunidade para esclarecer o que o leva a procurar este tipo de actividade sexual. Partilhem com sinceridade as vossas fantasias e desejos. Independentemente de tudo, não se esqueça que o seu namorado poderá desejar estar com shemales sem ser "homossexual", ou desejar ser mulher.

Penso que o mais importante, nisto tudo, é ... e o que ele sente por si?

Espero ter ajudado,
Abraço,

Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo/Sexólogo Clínico
Tel: 969091221

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