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(Nota: alguns destes pedidos serão publicados na Revista ANA de forma anónima)
“Boa noite,
sou homem e fiz esse e-mail, falso para ocultar a minha identidade.
Olá pessoal, tenho 21 anos de idade e quando era criança tive vários, atos homossexuais com amigos e com um tio que praticava comigo coisas que nem sabia que eram feias, mas gostava e fui crescendo com isso até hoje.
Nunca pratiquei sexo com homem nenhum, e nem com mulheres.
Já tive 3 namoradas e sempre consigo ter ereção com elas, só que penso que não vou conseguir chegar até a hora de penetrar. Não quero isso para a minha vida, quero ter filhos e esposa, não quero ter relações com homens.
Até fico com raiva de ver os homossexuais que se vestem como mulheres.
Não sei o porquê, sinto atração por homens fortes, ou homens que conheço apenas por isso. Tenho o vício de ver pornos gay e depois fico arrependido. Já tentei ficar sem ver, mas o desejo e a tesão é mais forte e sempre voltava a ver os pornos.
Não sei mais o que eu fazer para me livrar desse mal.
Eu sinceramente NÃO quero ser isso, não quero isso para a minha vida.
Isso não é normal. Isso é uma doença que sei que posso me livrar, só não sei como ainda, mais creio que irei conseguir.
Sou muito católico desde pequeno frequentei a igreja, quando era criança tinha mais amizades com meninas mas quando cheguei à adolescência preferia fazer mais amizades masculinas onde até hoje tenho e sempre conversamos assuntos realmente heteros, pós eles não sabem nada desse meu sofrimento que passo.
Espero que Deus me possa livrar disso tudo e eu possa ser um novo homem livre desse demónio da homossexualidade."
sou homem e fiz esse e-mail, falso para ocultar a minha identidade.
Olá pessoal, tenho 21 anos de idade e quando era criança tive vários, atos homossexuais com amigos e com um tio que praticava comigo coisas que nem sabia que eram feias, mas gostava e fui crescendo com isso até hoje.
Nunca pratiquei sexo com homem nenhum, e nem com mulheres.
Já tive 3 namoradas e sempre consigo ter ereção com elas, só que penso que não vou conseguir chegar até a hora de penetrar. Não quero isso para a minha vida, quero ter filhos e esposa, não quero ter relações com homens.
Até fico com raiva de ver os homossexuais que se vestem como mulheres.
Não sei o porquê, sinto atração por homens fortes, ou homens que conheço apenas por isso. Tenho o vício de ver pornos gay e depois fico arrependido. Já tentei ficar sem ver, mas o desejo e a tesão é mais forte e sempre voltava a ver os pornos.
Não sei mais o que eu fazer para me livrar desse mal.
Eu sinceramente NÃO quero ser isso, não quero isso para a minha vida.
Isso não é normal. Isso é uma doença que sei que posso me livrar, só não sei como ainda, mais creio que irei conseguir.
Sou muito católico desde pequeno frequentei a igreja, quando era criança tinha mais amizades com meninas mas quando cheguei à adolescência preferia fazer mais amizades masculinas onde até hoje tenho e sempre conversamos assuntos realmente heteros, pós eles não sabem nada desse meu sofrimento que passo.
Espero que Deus me possa livrar disso tudo e eu possa ser um novo homem livre desse demónio da homossexualidade."
A NOSSA RESPOSTA
Caro leitor
pertencer a uma minoria, muitas vezes, significa ter de enfrentar o preconceito que, apesar de descabido, ainda existe. O que é diferente da maioria provoca espanto, sejam elas minorias raciais, sociais, religiosas ou de orientação sexual, porém isso não quer dizer que sejam mais ou menos “normais” que os demais.
No entanto, pior que viver a homofobia exterior é ter de lidar com a homofobia internalizada, ou seja, aquela que vem da própria pessoa. Alguns homossexuais, muito antes de perceberem a natureza da sua orientação sexual, são invadidos por mensagens negativas face à homossexualidade e iniciam um processo psicológico de auto-rotulação negativa das suas próprias emoções e comportamentos. Este processo leva a que sintam vergonha face à possibilidade de serem identificados como homossexuais. Esta sensação de vergonha pode ser o resultado do confronto com possíveis ameaças externas e internas e o bem-estar emocional do próprio depende da forma como ele as gere.
Felizmente, desde 1973, a homossexualidade deixou de ser considerada uma perturbação mental, pela generalidade das associações de médicos e profissionais de saúde. Portanto, o conceito de “normalidade” não deve ser utilizado no que diz respeito à orientação sexual. No entanto, infelizmente, a sociedade ainda recorre à orientação sexual como um critério de classificação das pessoas, o que leva a que muitos homossexuais não vivam livremente a sua sexualidade e reprimam a sua atração fisica, emocional, e erótica por pessoas do mesmo sexo.
Para que consiga viver a sua vida plenamente, procure ajuda de um terapeuta que o ajude a libertar-se da culpa e a aceitar a sua sexualidade como um aspeto positivo da sua identidade.
pertencer a uma minoria, muitas vezes, significa ter de enfrentar o preconceito que, apesar de descabido, ainda existe. O que é diferente da maioria provoca espanto, sejam elas minorias raciais, sociais, religiosas ou de orientação sexual, porém isso não quer dizer que sejam mais ou menos “normais” que os demais.
No entanto, pior que viver a homofobia exterior é ter de lidar com a homofobia internalizada, ou seja, aquela que vem da própria pessoa. Alguns homossexuais, muito antes de perceberem a natureza da sua orientação sexual, são invadidos por mensagens negativas face à homossexualidade e iniciam um processo psicológico de auto-rotulação negativa das suas próprias emoções e comportamentos. Este processo leva a que sintam vergonha face à possibilidade de serem identificados como homossexuais. Esta sensação de vergonha pode ser o resultado do confronto com possíveis ameaças externas e internas e o bem-estar emocional do próprio depende da forma como ele as gere.
Felizmente, desde 1973, a homossexualidade deixou de ser considerada uma perturbação mental, pela generalidade das associações de médicos e profissionais de saúde. Portanto, o conceito de “normalidade” não deve ser utilizado no que diz respeito à orientação sexual. No entanto, infelizmente, a sociedade ainda recorre à orientação sexual como um critério de classificação das pessoas, o que leva a que muitos homossexuais não vivam livremente a sua sexualidade e reprimam a sua atração fisica, emocional, e erótica por pessoas do mesmo sexo.
Para que consiga viver a sua vida plenamente, procure ajuda de um terapeuta que o ajude a libertar-se da culpa e a aceitar a sua sexualidade como um aspeto positivo da sua identidade.
Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221
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