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Aprender a A.M.A.R.



● O amor tem de ser complicado?
● Por que é que, para algumas pessoas, viver a dois parece
tão simples e, para outras, é um verdadeiro calvário?

● Que mitos e crenças limitam a capacidade de amar?
● O que pode um casal fazer face às primeiras dificuldades?
● Qual é o segredo dos casais felizes?

Este não é apenas um livro de auto-ajuda.
É um verdadeiro manual sobre as relações que vai dar
resposta a estas (e outras) questões sobre o AMOR!
 
A partir da experiência como psicoterapeuta sexual e conjugal, o autor
recorre a exemplos de casos reais e a técnicas apoiadas na meditação
Mindfulness, na Terapia Cognitivo Comportamental e na Terapia da
Aceitação e Compromisso, para nos ajudar a identificar e a fortalecer
os quatro pilares das relações amorosas saudáveis:

(A)GIR
(M)OTIVAR
(A)CEITAR
(R)ESPEITAR
 
Não se limite a saber o que está mal na sua relação.
Aprenda a enfrentar e a ultrapassar esses problemas.
Descubra como pode ser mais feliz com aqueles que ama.
Porque nunca é tarde demais para
aprender a AMAR... e ser FELIZ!


Onde comprar:

- FNAC



Quero livrar-me do mal da homossexualidade



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Boa noite,

sou homem e fiz esse e-mail, falso para ocultar a minha identidade. 

Olá pessoal, tenho 21 anos de idade e quando era criança tive vários, atos homossexuais com amigos e com um tio que praticava comigo coisas que nem sabia que eram feias, mas gostava e fui crescendo com isso até hoje.

Nunca pratiquei sexo com homem nenhum, e nem com mulheres. 

Já tive 3 namoradas e sempre consigo ter ereção com elas, só que penso que não vou conseguir chegar até a hora de penetrar. Não quero isso para a minha vida, quero ter filhos e esposa, não quero ter relações com homens. 

Até fico com raiva de ver os homossexuais que se vestem como mulheres. 

Não sei o porquê, sinto atração por homens fortes, ou homens que conheço apenas por isso. Tenho o vício de ver pornos gay e depois fico arrependido. Já tentei ficar sem ver, mas o desejo e a tesão é mais forte e sempre voltava a ver os pornos. 

Não sei mais o que eu fazer para me livrar desse mal. 

Eu sinceramente NÃO quero ser isso, não quero isso para a minha vida. 

Isso não é normal. Isso é uma doença que sei que posso me livrar, só não sei como ainda, mais creio que irei conseguir. 

Sou muito católico desde pequeno frequentei a igreja, quando era criança tinha mais amizades com meninas mas quando cheguei à adolescência preferia fazer mais amizades masculinas onde até hoje tenho e sempre conversamos assuntos realmente heteros, pós eles não sabem nada desse meu sofrimento que passo. 

Espero que Deus me possa livrar disso tudo e eu possa ser um novo homem livre desse demónio da homossexualidade."



A NOSSA RESPOSTA


Caro leitor 

pertencer a uma minoria, muitas vezes, significa ter de enfrentar o preconceito que, apesar de descabido, ainda existe. O que é diferente da maioria provoca espanto, sejam elas minorias raciais, sociais, religiosas ou de orientação sexual, porém isso não quer dizer que sejam mais ou menos “normais” que os demais. 

No entanto, pior que viver a homofobia exterior é ter de lidar com a homofobia internalizada, ou seja, aquela que vem da própria pessoa. Alguns homossexuais, muito antes de perceberem a natureza da sua orientação sexual, são invadidos por mensagens negativas face à homossexualidade e iniciam um processo psicológico de auto-rotulação negativa das suas próprias emoções e comportamentos. Este processo leva a que sintam vergonha face à possibilidade de serem identificados como homossexuais. Esta sensação de vergonha pode ser o resultado do confronto com possíveis ameaças externas e internas e o bem-estar emocional do próprio depende da forma como ele as gere. 

Felizmente, desde 1973, a homossexualidade deixou de ser considerada uma perturbação mental, pela generalidade das associações de médicos e profissionais de saúde. Portanto, o conceito de “normalidade” não deve ser utilizado no que diz respeito à orientação sexual. No entanto, infelizmente, a sociedade ainda recorre à orientação sexual como um critério de classificação das pessoas, o que leva a que muitos homossexuais não vivam livremente a sua sexualidade e reprimam a sua atração fisica, emocional, e erótica por pessoas do mesmo sexo. 

Para que consiga viver a sua vida plenamente, procure ajuda de um terapeuta que o ajude a libertar-se da culpa e a aceitar a sua sexualidade como um aspeto positivo da sua identidade.

Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221




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Não quero ser homossexual ...

homofobia internalizada.jpg

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Boa noite. Tenho pesquisado sobre o meu problema na net desde à uns dias e encontrei o seu blog, talvez me pudesse esclarecer ou responder. Agradecia muito que me pudesse ajudar, pois tenho passado muito mal comigo mesmo ultimamente.

Sou um rapaz, 18 anos. Quando era criança (7/8) numa brincadeira parva de criança tive experiências homossexuais, claro que nada de muito sério devido a minha idade na altura, com um colega meu, não sei ainda por que razão (certamente não foi por desejo sexual pois era ainda muito criança), talvez tenha sido só uma brincadeira ou um desafio estúpido que fazemos na inocência da infância. Andava num colégio só de rapazes, mal sabia o que era a homossexualidade, e tudo o que sabia de sexo tinha visto em filmes, televisão, nesses meios acessíveis a todas as idades. De qualquer forma cheguei em pouco tempo a conclusão que o que tinha feito era homossexual. Senti me arrependido e não me contive e tive de desabafar com os meus pais sobre o sucedido. Chorei muito nesse dia, de vergonha, de nojo, enfim, só sei que esse episódio certamente teve influencia na pessoa que sou hoje pela negativa. Os meus pais pareceram aceitar bem o que fiz, dizendo que estavam contentes até por saber que eu não tinha gostado de o fazer.

No entanto, com o passar dos anos sempre vivi bem com isso, ou melhor, sempre ignorei esse acontecimento. Nunca me considerei homossexual, e já tive 2 namoradas. Não sou propriamente muito dotado para arranjar raparigas, mas conheço muitos amigos que sofrem desse problema também.

O meu problema é que quando começei a ver pornografia na minha puberdade (14/15 anos talvez) eu sempre assiti a pornografia heterossexual, ou homossexual feminina. Mas com o passar do tempo acabei por ver algumas vezes pornografia bissexual ou mesmo com travestis (mas com aspecto feminino) e não senti repúdio ao ver.

A minha angústia começou a uns dias quando me veio à cabeça que se calhar eu não sou heterossexual, devido a estes 2 assuntos que referi em cima. Isso para mim é um golpe muito duro, pode parecer parvo, mas é algo que me envergonha e muito. Sempre tive as típicas conversas de rapazes com os meus amigos a gozar com a homossexualidade. Hoje sinto me um hipócrita. O meu problema não é ter gozado com os homossexuais, o meu problema é eu gostar de ver pornografias relacionadas com a homossexualidade, ou mesmo ter experimentado em criança, apesar de não ter tido prazer nenhum em fazê-lo.

Esse problema de criança que lhe falei anteriormente já praticamente o esqueci. Li sobre o assunto e até vi que acontece a muita gente e que não implica que essas pessoas sejam homossexuais, apenas é uma inconsciência que uma criança faz. Porém gostaria de saber a sua opinião sobre isto.

Em relação ao outro da pornografia. Concluo dizendo que eu ja vi praticamente toda a pornografia que há para ver, dentro dos limites do bom censo como é obvio, e é mais aqui que reside o meu problema. Mas o estranho é que em nenhum momento da minha vida me senti homossexual, nunca olhei para um homem da mesma forma que olho para uma rapariga. Nunca me senti atraído por um homem. Porém, quando estou mais excitado, fico praticamente receptivo a todo o tipo de pornografia. Mas dúvido que gostasse de experienciar um ato homossexual ou com um travesti.

Finalizo dizendo que eu não quero ser homossexual de todo, quero ser 100% heterossexual, e não ser 100% heterossexual deixa-me envergonhado comigo mesmo. Já li acerca da escala de Kinsey e gostaria de estar incluido no nivel 0, mas por uma porcaria de uns vídeos acabo por provavelmente não estar. Não tenho dúvidas que a minha preferência são mulheres, e esta situação toda tem sido angustiante para a minha vida

Acha que devia marcar uma consulta? Ou acha apenas que o meu problema reside no facto de ser demasiado viciado em pornografia?

A NOSSA RESPOSTA

Caro leitor

tal como refere, de acordo com a escala de Kinsey, e ao contrário do que muitas pessoas pensam, existem muitas variantes na orientação sexual, não se limitando a uma visão dicotómica e redutora de que ou se é Heterossexual ou Homossexual. Além disso, muitas pessoas não se identificam com nenhum destes “rótulos”.

O que é diferente da maioria provoca espanto, sejam elas minorias raciais, sociais, religiosas ou de orientação sexual, porém isso não quer dizer que sejam mais ou menos “normais” que os demais. Pertencer a uma minoria significa ter que enfrentar esse preconceito que, apesar de descabido, ainda existe.

Felizmente, desde 1973, a homossexualidade deixou de ser considerada uma perturbação mental, pela generalidade das associações de médicos e profissionais de saúde.

Muitos rapazes e raparigas, durante a infância, e mesmo adolescência, sentem atracção sexual e chegam mesmo a ter experiências de cariz homossexual, mas não são gays nem lésbicas. Muitos adultos também sentem atracções ou têm experiências do tipo homossexual, sem que se considerem eles próprios gays ou lésbicas.

Considera-se que uma pessoa será exclusivamente homossexual se, perante possibilidade de escolha, apenas se sente atraída e teve comportamentos sexuais, afetivos e amorosos, com pessoas do mesmo sexo ou género. Independentemente de se encontrar, ou não no nível 0, da escala de Kinsey, o mais importante é que o leitor saiba respeitar o seu organismo e as suas vontades, sem se culpabilizar por isso. Só assim conseguirá conhecer-se realmente e escolher sua verdadeira sexualidade, quer seja homo, hetero ou outra coisa qualquer.

Pior que viver a homofobia exterior é ter de lidar com a homofobia internalizada, ou seja, aquela que vem de dentro da própria pessoa. O que acontece na sua intimidade só a si lhe diz respeito! Pondere procurar ajuda para o orientar a lidar e viver com a sua sexualidade de forma mais saudável.

Fernando Eduardo Mesquita

Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221

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SEXISMO



Sexismo - "Formas de comportamento e ideologias nas quais são atribuídas determinadas disposições e capacidades a indivíduos ou grupos simplesmente por causa do sexo a que pertencem. Trata-se de uma forma de discriminação, que conduz à subalternização, à marginalização ou mesmo à exclusão de pessoas ou grupos com base no seu sexo. Resulta, no fundo, da tendência para estabelecer estereótipos pretensamente fundamentados na Biologia, reflete a forma como o poder é distribuído e quais os grupos com acesso ao discurso definidor de identidades.Então, sexismo é basicamente o conjunto de teorias e ações que favorecem um gênero – ou mesmo uma orientação sexual – em detrimento a outro. Como vivemos em um mundo predominantemente machista, o vocábulo quase sempre possui a mesma conotação." 



Então, sexismo é básicamente o conjunto de teorias e ações que favorecem um género - ou mesmo uma orientação sexual - em detrimento a outro. Como vivemos num mundo predominantemente machista, o vocábulo quase sempre possuí a mesma conotação.

Mas são tantos e tantos anos de paradigmas e estereótipos que se formaram, uma cultura inteira sedimentada por preconceito e intolerância. E de quem é a culpa?

Questões como essas não são novidade entre sociólogos e não estamos nem perto de solucioná-las, o processo de transformação é lento e o choque entre opiniões que divergem entre si é inevitável.

Embora a mulher tenha conquistado cada vez mais seu espaço e importância na sociedade, se comparada a algumas décadas atrás, ainda é muito pouco. Ela já pode votar, já assumiu cargos importantes dentro de grandes corporações, já virou até presidenta, mas ainda assim, não recebe o mesmo tratamento que um “homem”. 

Se ela não está disposta a sair com alguém, é tachada de difícil, por outro lado, se ela toma a atitude é considerada desesperada e “fácil”. Além disso, o machismo não é prejudicial somente para as mulheres, ele constantemente serve para avaliar o “homem de verdade”, o viril, o alpha, tanto que se você parar para pensar, a maioria de xingamentos que servem para desmoralizar um individuo do sexo masculino estão associados a sua sexualidade.













Fonte: Minilua


VEJA TAMBÉM:
- Brinquedos para meninos e meninas




Dr. Fernando Eduardo Mesquita

Psicologia Clínica / Sexologia Clínica
Terapia Cognitivo Comportamental / Terapia EMDR

Avenida Elias Garcia, 137, 4º
1050-099 Lisboa
Tel: 969091221
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Avenida Almirante Reis, 186 R/C Esq.
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Homossexualidade e Budismo

Visão do budismo sobre a homossexualidade


Esta história foi retirada do facebook de um aluno que presenciou a partilha de opinião sobre a homosexualidade do Precioso Senhor da Dança, S.Ema. Chagdud Tulku Rinpoche. 
Uma senhora, após a palestra do lama sobre a diversidade da vida, perguntou:
- Mestre, o que é um homossexual?
Ele: – Um homossexual é uma pessoa que faz sexo com o mesmo sexo.
Ela: – Acho que o senhor não entendeu… Como o budismo vê o homossexualismo?
Ele: – Nós não vemos o homossexualismo. No budismo, não temos o costume de ver as pessoas fazendo sexo.
Ela [impaciente]: – Mestre, o que eu quero saber é a opinião do budismo sobre pessoas que fazem sexo com o mesmo sexo.
Ele: – Alguém pode dar opinião sobre quem não conhece? Você está falando em “pessoas”. Que pessoas?
Ela [quase louca]: – Qualquer uma! Qualquer uma!
Ele: – Todas as pessoas são milagres.
Ela [começando a espumar]: – O HOMOSSEXUALISMO É CERTO OU ERRADO?
Ele: – Atos homossexuais consensuais são atos de amor.
Tudo isso com a mesma expressão de quem vê um passarinho azul. Seguem-se aplausos e gargalhadas. Rinpoche sorri.
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Dalai Lama também foi questionado sobre as agressões contra lésbicas, gays, bissexuais e a comunidade LGBT. 

Ele respondeu ”Isso é errado”, ”É violar direitos humanos. Se duas pessoas realmente se sentem bem dessa maneira e ambos os lados concordam totalmente, então tudo bem”,  Dalai Lama

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Já Thich Nhat Hanh, quando questionado disse: 

O espírito do Budismo é a inclusividade. Olhando profundamente a natureza de uma nuvem, vemos o cosmos. Uma flor é uma flor, mas se olharmos profundamente para ela, veremos o cosmos. Tudo tem um lugar. A base, o fundamento de tudo, é o mesmo. Quando você olha para o oceano, você vê diferentes tipos de ondas, muitos tamanhos e formas, mas todas as ondas têm a água como seu fundamento e substância. Se você nasceu gay ou lésbica, o fundamento do ser é o mesmo que o meu. Nós somos diferentes, mas compartilhamos o mesmo fundamento do ser.” 

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Original de Leonardo Ota, Sobre Budismo 

VEJA TAMBÉM:
- Serão os homofóbicos homossexuais?
- (Re)conversão de Gays


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Visão do amor e do sexo


Apesar de todos os ensinamentos que recebemos desde que nascemos – família, escola, amigos, religião – nos estimularem a investir a nossa energia sexual numa única pessoa, a prática é bem diferente. Uma percentagem significativa de homens e mulheres casados, ou numa relação estável, dedica grande parte do seu tempo e prazer com outros parceiros.
A antropóloga americana Helen Fisher conclui que a nossa tendência para as ligações extraconjugais parece ser o triunfo da natureza sobre a cultura. “Dezenas de estudos etnográficos, sem mencionar inúmeras obras de história e de ficção, são testemunhos da prevalência das atividades sexuais extraconjugais entre homens e mulheres do mundo inteiro. Embora os seres humanos flertem, apaixonem e casem, também tendem a ser sexualmente infiéis a seus cônjuges.
O professor de ciências sociais Elías Schweber, da Universidade Nacional Autónoma do México, reforça essa ideia. “Na infidelidade influem fatores psicológicos, culturais e genéticos que levam-nos a afastar a ideia romântica da exclusividade sexual. Não existe nenhum tipo de evidência biológica ou antropológica na qual a monogamia é ‘natural’ ou ‘normal’ no comportamento dos seres humanos. Ao contrário, existe evidência suficiente na qual se demonstra que as pessoas tendem a ter múltiplos parceiros sexuais.
Um dos pressupostos mais aceites, na nossa sociedade, é o de que o casal monogâmico é a única estrutura válida de relacionamento sexual humano, sendo tão superior que não necessita ser questionado. Na verdade, a nossa cultura coloca tanta ênfase nisso, que uma discussão séria sobre outro tipo de relações é muito rara.
Entretanto, as sociedades que adotam a monogamia têm dificuldades em comprovar que ela funciona. Ao contrário, parece haver grandes evidências, expressas pelas altas taxas de relações extraconjugais, de que a monogamia não funciona muito bem para os ocidentais. O argumento de que o ser humano é “predestinado'' à monogamia é difícil de sustentar.
Portanto, uma vez que nós humanos nos damos tão mal com a monogamia, outras estruturas de relacionamento livremente escolhidas também devem ser consideradas. E para não haver mágoas e culpas, nas relações amorosas, é fundamental partilhar claramente a nossa visão do amor e do sexo desde o início da relação.

Adaptado do original de: Blog da Regina Navarro Lins

VEJA TAMBÉM:

As regras das relações abertas




Apesar das relações abertas permitirem sexo com estranhos,
 nem tudo é permitido

Pensar que as “relações abertas” são totalmente liberais é um mito! É claro que existem exceções, mas, geralmente, este tipo de relações tem regras estabelecidas.

Apesar do fundamento básico, neste tipo de relações, ser a liberdade para a troca de parceiros sexuais, isso não significa que não existam limites na cama (ou fora dela).

Uma das regras básicas de quem pratica sexo casual, fora de casa, é usar preservativo nas relações extraconjugais. É por isso que alguns destes casais dispensam o uso de preservativo entre si, o que apesar de tudo é um risco.

Tudo pode acontecer a qualquer momento e, se para alguns casais esse risco pode ser excitante, para outros é o fim da relação. 

A possibilidade de surgir um rival no plano afetivo é o principal fantasma das relações abertas. Isso leva a que, outra regra frequente seja limitar as aventuras ao âmbito sexual. Por isso, este tipo de relações extraconjugais costuma estar vetado a amigos ou conhecidos. Em alguns casos só são permitidas as relações em viagens e limitadas a um único encontro.

As regras são feitas para serem cumpridas, porém, podem e devem ser mudadas se não forem satisfatórias para um dos lados. É necessário que o casal tenha consciência plena dos seus desejos, necessidades e limites individuais antes de estabelecerem qualquer tipo de “regras”. Apesar de a fidelidade ser um conceito bastante flexível, neste tipo de relações, é preciso terem noção que existem imprevistos…



MITOS E VERDADES DAS RELAÇÕES ABERTAS:
Todas as relações abertas envolvem sexo.
MITO - depende das regras estabelecidas pelo casal. Pode haver liberdade para se envolverem a diversos níveis, segundo o que acordaram: se são permitidos beijos na boca, se podem sair sozinhos com o terceiro elemento, se podem haver relações sexuais sem estarem os dois presentes, se apenas é permitido o flirt com outras pessoas, etc.

As relações abertas estão condenadas a poucos anos.
MITO - a duração das relações depende mais da felicidade, confiança, respeito, comunicação e projetos em comum, no casal, do que se é uma relação aberta ou fechada.

O risco de encontrar "alguém" é maior.
MITO - se a relação não estiver bem, a probabilidade de surgir alguém existe, quer seja uma relação aberta ou fechada.

Há mais ciúmes numa relação aberta.
MITO - os ciúmes têm muito mais a ver com o indivíduo do que com o tipo de relação.


TIPOLOGIA DAS RELAÇÕES ABERTAS:

.:  Egoísta: apenas um dos parceiros pode sair com outros;
.: Pirulito: não pode haver penetração, mas são permitidas as carícias, beijos e  sadomasoquismo; algumas incluem sexo oral;
.: Recheio: o casal escolhe um terceiro elemento para sexo a três;
.: Banquete de casamento: sexo a três, numa orgia com mais pessoas presentes;
.: 7 de setembro: sexo independente, sempre separados; algumas incluem contar para o parceiro; outras não.
.: Tribalista: "eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". Tudo é permitido, no sexo, quer estejam juntos ou separados.
.: Poliamor: é possivel o envolvimento emocional. Pode haver evolução para namoro a três ou mais pessoas.


Existem ainda "subtipos", como relações que vetam algumas práticas sexuais específicas.

Adaptado do original de A CAPA

Será que ele é gay?



"Como posso saber se ele é gay?"

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Namoro há dois meses com um rapaz, mas começo a pensar que ele é gay. Sempre que estamos com os meus amigos, não me liga nenhuma e parece estar sempre a seduzi-los. O que poderei fazer para ter a certeza?

P.G. - Abrantes


A nossa resposta

Cara leitora se espera uma resposta para saber se o seu namorado é heterossexual, gay, bissexual, ou outra coisa qualquer, não vai encontrar em livros ou revistas. No fundo, a única pessoa que consegue responder à sua questão é o seu namorado! 

Procure um momento, em que ambos estejam calmos e que não possam ser interrompidos, para ter uma conversa sincera com ele. Poucas pessoas conseguem ser honestas em situações que se sentem pressionadas, julgadas, atacadas ou até odiadas. 

Aceite que ele pode não ter uma resposta imediata para as suas perguntas. Algumas pessoas não conseguem definir claramente a sua própria orientação sexual. Nem todas sentem que se “encaixam” nos padrões da heterossexualidade ou homossexualidade exclusiva. 

Independentemente da orientação sexual do seu namorado, quando falar com ele, aborde a vossa relação como um todo e não apenas sobre esta questão em particular. Para isso, pense noutras situações da vossa vida (em separado e como casal). 

Por vezes podemos cair na armadilha de procurar um “bode expiatório” para justificar todas as nossas atitudes. As dúvidas que coloca não terão como propósito evitar confrontar-se com outras questões? 

Uma vez que esta questão pode ser emocionalmente complicada para ambos procurem a ajuda de um psicoterapeuta qualificado.

Obrigado pela sua questão


Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221


Veja outras questões dos nossos leitores aqui.

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Serão os homofóbicos homossexuais?

 
 


Pequeno trecho do documentário

Middle Sexes Redefining He and She

 
Neste pequeno vídeo podemos ver um lado menos conhecido da homofobia...

SINOPSE: Baseando numa pesquisa realizada nos anos 90, o documentário Middle Sexes Redefining He and She, exibido pela HBO, constata uma realidade, no mínimo, curiosa: os homofóbicos têm fortes probabilidades de serem gays não assumidos.

Realizada pela Universidade de Georgia, a pesquisa selecionou 64 universitários e dividiu-os em dois grupos: o primeiro com rapazes que mostravam ser homofóbicos e o segundo grupo com rapazes indiferentes à orientação sexual alheia. Em seguida, ambos os grupos assistiram a um filme gay pornográfico. Todos os rapazes foram ligados a aparelhos que medem o nível de excitação sexual. E o resultado foi, no mínimo, curioso: o grupo dos homofóbicos mostrou maiores níveis de excitação sexual com as imagens homoeróticas. Mesmo com a constatação, eles afirmaram não sentir qualquer tipo de excitação com o filme.

GAYS HOMOFÓBICOS

Segundo o psicólogo e terapeuta sexual João Pedrosa, o gay homofóbico ataca os homossexuais e a homossexualidade como forma de esconder sua verdadeira orientação sexual. É comum ouvirmos a afirmação de que o homofóbico é um gay latente. Não podemos generalizar ao afirmar que todos os homofóbicos são gays, mas parece que em muitos casos esta afirmação é verdadeira.

Muitos homossexuais não vivenciam sua homossexualidade, mesmo que clandestinamente, com medo da punição social. Estas pessoas, procuram assim prevenirem-se dos estímulos aversivos que são gerados pela punição à homossexualidade atacando os homossexuais. Esta contra-agressão é um comportamento de esquiva da sua própria orientação sexual. Estes são os homossexuais latentes. Rigidamente, a maioria, reprime a sua homossexualidade ao extremo. Ligam-se a organizações políticas, grupos reacionários ou religiosos que perseguem os homossexuais.

Para este fenómeno, nós psicólogos analistas do comportamento, usamos o termo fazer uma reação, que é quando uma pessoa se empenha num comportamento que é incompatível com o comportamento que tem consequências tanto reforçadoras (sinto vontade de fazer sexo gay) como aversivas (caso faça sexo gay poderei ser descoberto e punido).

O exemplo a seguir ilustra bem este conceito: um alto comandante do exército do Rio de Janeiro era conhecido no quartel pela feroz perseguição aos homossexuais: declarações homofóbicas; piadas de mau gosto; isolamento dos possíveis gays, dentre outros. Até que um dia, uma conhecida revista brasileira publica que este militar foi surpreendido pela polícia fazendo sexo com um rapaz dentro do seu carro numa rua deserta do subúrbio do Rio de Janeiro. Foi um estrondoso escândalo de caserna.

Outro exemplo recente é a do pastor evangélico americano Ted Haggard, conhecido pela sua cruzada contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ele foi acusado de fazer sexo com um prostituto.

Fazer uma reação pode ser interpretado, também, como um comportamento que remove estímulos que tornam o comportamento punível provável (não farei sexo gay para não ser descoberto e punido). O comportamento de fazer uma reação funciona como autocontrole. Ao fazer uma reação a pessoa controla a tendência de praticar o sexo homossexual, fazendo campanhas públicas contra os homossexuais. Agindo assim, é pouco provável que pratique o sexo gay e se sua campanha homofóbica ganha destaque e aprovação (é reforçada pela comunidade e média) a vontade de praticar o sexo gay será enfraquecida, mas não eliminada.