HIPERSEXUALIDADE
vício por sexo pode provocar ansiedade e trazer infelicidade
A obsessão incontrolável por sexo atinge cerca de 3% da população mundial e, desses, 70% são homens. O hipersexual deixa de controlar a situação e torna-se "refém do sexo" afetando as suas relações sociais, profissionais e familiares. Em casos extremos, pode existir privação do sono e de uma alimentação correta, para praticar ou pensar em sexo.
A compulsão não é apenas pela relação sexual, mas sim pela masturbação e/ou acesso pornografia, entre outros. A pessoa passa grande parte do seu tempo a pensar em sexo e a procurar situações de cunho erótico. Por causa disso, muitas vezes, existe um aumento na exposição a situações de risco, como fazer sexo sem proteção, correndo risco de contrair DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), ou de uma gravidez indesejada.
A pessoa procura o sexo como forma de alívio e não por prazer. Então, não importa a quantidade de sexo, pois irá continuar ansioso e infeliz por não acalmar essa angústia que sente. É como se ele tivesse um calo no pé que o incomoda o dia inteiro. Muitos não conseguem manter o emprego, pois são apanhados a ver sites pornográficos. No âmbito familiar, também há preconceito e, muitas vezes, há falta de entendimento, já que os parceiros não compreendem essa necessidade extrema de sexo.
A dependência prejudica principalmente a área profissional, já que, por causa da adição sexual, existe uma dedicação excessiva a planear formas de satisfação sexual.
Traumas podem levar à compulsão
Uma das causas mais aceites para explicar a hipersexualidade é o desequilíbrio dos neurotransmissores, que pode ter fundo genético ou simplesmente ser decorrente de um trauma, que provoca reações descontroladas temporariamente. Na maioria dos casos, a disfuncionalidade aparece já na adolescência, mas a tendência é que se torne mais intensa a partir dos 20 aos 30 e poucos anos de idade.
Além da predisposição genética [que ainda requer confirmação por mais estudos], a compulsão por sexo pode estar ligada a algum trauma, como agressão física, quadro de ansiedade exagerada, perda afetiva, problemas tóxicos cerebrais. A demência, por exemplo, pode levar o indivíduo à hipersexualidade.
Tratamento
Geralmente, o paciente procura ajuda médica por "exigência" do parceiro ou familiares que percebem as suas mudanças de comportamento. Como o assunto é “muito estigmatizado”, o indivíduo sente vergonha de relatar o que realmente sente, além do próprio “autopreconceito”.
O que se deve entender é que não depende da pessoa desejar ou não ter sexo. É algo que ela precisa controlar e não consegue. É um impulso real.
O tratamento deve ser combinado com medicação e psicoterapia.
Os medicamentos utilizados são do tipo antidepressivo, que ajudam a inibir a libido, e também estabilizadores de humor.
A terapia sexual ajuda a investigar as origens do problema e como a pessoa se estruturou em relação ao sexo. Geralmente, a medicação só é usada quando a pessoa tem, além desta disfuncionalidade, outro problema psiquiátrico, como a depressão ou transtorno de ansiedade [comum nos dependentes de sexo].
Em casos mais graves, como pedófilos ou agressores sexuais, também é utilizada medicação para tentar bloquear quimicamente alguns comportamentos.
Adaptado do original de Vanessa Sulina, em Noticias R7
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Dr. Fernando Eduardo Mesquita
Psicologia Clínica / Sexologia Clínica
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