Teria sexo com ...?



Teria sexo com uma pessoa que se recusa a fazer o teste para as
Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)?


A ignorância é apontada como um dos vários obstáculos para a prática de sexo seguro e para a diminuição da transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, ou seja, muitas pessoas nem sequer sabem que estão em risco de contraírem uma IST´s, ou mais.


O que pensar das pessoas que simplesmente se recusam a fazer o teste?

A STD Express (site comercial) divulgou os resultados de uma pesquisa sobre saúde sexual e os testes para doenças sexualmente transmissíveis. A pesquisa verificou que um terço dos entrevistados relataram que têm relações sexuais com alguém que se recusou a fazer o teste de IST´s. A principal limitação deste estudo é o facto de ter sido baseado numa amostra de 100 pessoas que não foram escolhidos de forma aleatória. No entanto, torna-se claro que é necessária uma investigação mais profunda a este problema. Será interessante analisar se as pessoas que disseram que fizeram o teste foram sinceras, bem como, se existem excepções nos casos dos que revelaram ter relações com pessoas mesmo sem saberem o seu estado de saúde.


Ser (Seguro) ou não Ser (Seguro) ... não é a questão para todos


Na sociologia, e provavelmente noutras disciplinas, existe a preocupação da relação entre as diversas forças sociais, às vezes chamadas de estruturas sociais (por exemplo, política, religião, capitalismo), e a agência dos indivíduos, também conhecida como "livre-arbítrio". Embora todos tenhamos algum grau de livre vontade, algumas coisas que fazemos, e até mesmo algumas do que nós somos, são directamente influenciadas pela sociedade - uma vez que estão parcialmente fora do nosso controle.

Algumas pessoas não têm os mesmos recursos e poder que os outros têm, tal como se verifica na prática de sexo seguro e na regularidade dos testes às ISTs.

Por exemplo, tal como a Organização Mundial de Saúde verificou, devido à desigualdade de género, que ainda hoje se verifica em muitos países, as mulheres não têm voz igual na tomada de decisão sobre o uso de preservativos, a regularidade sexual, entre outras coisas, ficando em maior risco de consequências indesejadas e indesejáveis da actividade sexual, tal como contrair uma Infecção Sexualmente Transmissível.

É importante notar que a educação sexual, que permite ter acesso a informações precisas sobre saúde sexual, IST´s, saúde reprodutiva, e práticas de sexo seguro, não está disponível para todos. Devemos todos nós como os estudiosos e defensores da promoção da saúde sexual estar conscientes da relação entre desigualdade e saúde sexual (e da saúde em geral).


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Dr. Fernando Eduardo Mesquita

Psicologia Clínica / Sexologia Clínica
Terapia Cognitivo Comportamental / Terapia EMDR

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