Infidelidade emocional (parte 4)


(continuação)

Deverá um casal partilhar tudo? Desde as mensagens de telemóvel às senhas de e-mail, como incentivo para uma relação aberta e honesta?

Mesmo numa relação amorosa, as pessoas têm direito a ter alguma privacidade. Partilhar tudo pode ser demasiado.

Dito isto, o acesso às contas de e-mail individuais, das mensagens do telemóvel e contas bancárias, como forma de controlo do parceiro pode revelar-se contraproducente para estabelecer a confiança. Há uma mensagem subjacente no querer ter acesso total aos domínios protegido por senha que diz: "Estou à espera de te apanhar em algo errado."

Além disso, o parceiro/a poderá sentir que está a ser "controlado/a" ou gerido como se fosse uma criança. Isto não é saudável para a relação, nem para a vida sexual, uma vez que faz crescer as acusações mútuas no casal.

Como fomentar uma atmosfera de confiança na sua relação?

- Mantenha as senhas e outras informações essenciais, como registos bancários, num local seguro mas que o seu parceiro possa ter acesso em caso de emergência. Se você não se sentir confortável com essa situação, escolha um amigo ou membro da família para manter essas informações.

- Deixe o seu e-mail aberto, às vezes, no computador para mostrar que não tem nada a esconder. Deixe-o/a ficar com o seu telemóvel quando vai correr ou tomar um duche. Isto cria um ambiente de abertura e confiança.

- Acabe com os chat´s, e-mails, ou chamadas de telefone, de ex-relações e que sinta que poderá ainda haver algo de intenso entre vocês. Diga: "Neste momento estou numa relação que prezo muito. Desejo-te o melhor…"

É normal andar a "bisbilhotar" o parceiro?

Quem já não teve a tentação de saber o conteúdo das mensagens de telemóvel ou de e-mail do parceiro? A curiosidade é normal.

No entanto, passar à acção e começar a “bisbilhotar” as mensagens do seu parceiro porque desconfia que está a ser traído/a é uma questão completamente diferente. Geralmente, se isso acontece é porque você suspeita que alguma coisa não vai bem na relação. Há dois resultados possíveis:

- Você descobre provas de infidelidade.

- Você não encontra nada mas, mesmo assim, continua a sentir-se desconfiado/a.

Como abordar um parceiro quando encontra provas de infidelidade

Independentemente de já desconfiar, ou não, que algo está mal na relação, o confronto com as provas de infidelidade é sempre um choque emocional associado a sentimentos de raiva, tristeza e tudo mais.

Certamente que é uma fase difícil, mas o melhor para si (e para a sua relação) será esperar até se sentir calmo/a para confrontar o/a seu/sua parceiro/a com as respectivas provas.

Eis algumas dicas que poderão ser úteis para quando se sentir preparado/a:

- Aponte os seus pensamentos e objectivos para a conversa;

- Escolha um tempo para falar quando estiverem apenas os dois e sem distracções;

- Admita o que descobriu - não procure “encurralá-lo/a” com perguntas do tipo “tens alguma coisa para me contar?”;

- Diga-lhe como essa descoberta o/a fez sentir. Concentre-se nos seus sentimentos, em vez procurar acusações ou culpas;

- Aceite a possibilidade de existir uma explicação razoável;

- Se o/a seu/sua parceiro/a admitir o comportamento ou a infidelidade, agradeça-lhe a sua honestidade e peça-lhe para continuarem a conversa mais tarde, pois nesse momento deverá sentir uma escalada das suas emoções que não ajudarão a clarificar a situação. Não tente obter todos os detalhes nesse momento;

- Se o/a seu/sua parceiro/a negar ou tentar racionalizar a sua descoberta, continue atenta/o até ter novas provas. Se acredita que sua saúde está em risco, por causa de doenças sexualmente transmissíveis e práticas sexuais inseguras, tome precauções (por exemplo, use preservativo) ou fale com o/a seu/sua parceiro/a directamente dizendo-lhe que está preocupada/o com sua saúde sexual.

Limpar o passado: que detalhes da infidelidade devem partilhar?

Muitos dos parceiros traídos têm um desejo enorme em saber o ínfimo detalhe da situação. O parceiro infiel poderá, por seu lado, procurar evitar dar respostas a estas questões para evitar ainda mais dor e raiva.

Tentar minimizar, esconder ou não revelar a verdade de um caso apenas irá causar mais danos à relação, talvez de forma irremediavel:

Esclareçam, com detalhe, os seguintes pontos;

- Quando começou;

- Quem iniciou;

- Existiu contacto sexual?

- Que tipo de comunicação foi (e como foi) partilhada, e-mails, chat´s, mensagens, chamadas telefónicas ou cartas?

- Que “omissões” foram feitas: dizia que estava a trabalhar, ou no computador, até tarde?

- Inventou histórias para estar com essa pessoa?

- Terminou, ou pretende terminar, essa relação extra-conjugal?

Top 10 das emoções de um parceiro traído

As emoções andam à solta depois da descoberta de uma traição. Muitas pessoas descrevem a sensação como irreal, como se estivessem a viver a vida de alguém, uma vez que tanta coisa é posta em causa depois de descobrirem que o/a parceiro/a foi infiel.

Mais comummente, os parceiros traídos sentem:

- Extrema ansiedade e/ou pânico;

- Depressão (incluindo as alterações do sono e do apetite);

- Raiva

- Tristeza;

- Medo de perder o/a parceiro/a;

- O desejo de divórcio ou de deixar a relação;

- Mudanças repentinas de emoções;

- Pensamento obsessivo sobre o assunto;

- Aumento do desejo sexual pelo/a parceiro/a;

- Desgosto com a possibilidade de vir a haver sexo com o/a parceiro/a;

- Falta de confiança no/a parceiro/a

Embora estas emoções possam surgir de forma poderosa e esmagadora, é importante saber que elas vão diminuir com o tempo. Evite fazer decisões precipitadas nas primeiras semanas. Além disso, evite dizer palavras desagradáveis de que poderá vir a arrepender-se.


Adaptado do original de GoodInBed.com.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bom dia, não seria um comentário nem sei se estou no setor correto no entanto após ler perguntas e respostas e temas corriqueiros pra mim resolvi agradecer e expor nosso drama tenho 36 anos sou casada há quase 1 ano, e meu atual marido tem 28 anos venho de outros relacionamentos(4º casamento) com uma certa experiência no convíveo,porém a cerca de 45 dias não temos mais vida sexual ativa pois tive um problema na adolescência(fui estuprada) que ainda me atrapalha sexualmente quanto aos outros relacionamentos nunca foi problema,porem este me faz lembrar da cena(estupro)
Não me sinto atraída pelo meu companheiro,pra dar um pouquinho de tesão ele tem k estar bem vestido,muito cheiroso e um hálito agradável,coisa que não acontece ai resolvi não fazer mais pq ele ker e sim quando começar a me notar,quando conversamos sobre o assunto ele chega a falar k nunca ninguém reclamou do tal desempenho dele na cama mais eu não consigo continuar a relação só porque ele tá gostando e tem mais ele demora demais,chega a parecer esforço demais pra conseguir chegar a finalizar o ato sexual.Nos anmamos sei que DEus colocou em minha vida pra tudo mais já estou ao ponto de deixa-lo.Eu o Amo demais masi viver praticamente como irmãos não dá mais,os beijos são de criança(sem desejo)eu sinto o quanto ele sofre por não poder me tocar sei que me ama,mais se reclamo ele acha ruim,estou tentando salvar nossa relação... pode nos ajudar?