Pénis XXL


Stunz usou calças de látex, especialmente feitas para ele usar no Folsom Europe Festival - um festival de bondage e fetiche em Berlim
Micha Stunz é um alemão de 45 anos e tem um pénis de 23 cm de comprimento, 9 cm de largura, que pesa 4,3 kg, segundo ele. Tudo isso graças às injeções de silicone que fez por não se sentir satisfeito com o tamanho do seu órgão sexual. As informações são da versão online do jornal britânico "Daily Mail".
Stunz vive em Berlim e disse em entrevista ao "Vice" que fez tudo isso com o objetivo de se sentir melhor. Curiosamente, os implantes não dão nenhum prazer físico e o sexo tornou-se muito mais difícil para ele - embora não seja impossível.

O alemão não pode ter uma ereção normal e qualquer aumento por excitação não é visível devido ao silicone. Apesar disso, ele afirma que ter o pénis desse tamanho o deixou mais criativo no quarto.

"Há outras coisas que você pode fazer com ele. É preciso apenas estar disposto e se livrar das coisas pré-estabelecidas sobre o sexo", declarou ao "Vice".

Hoje ele tem dificuldades para comprar calças e cuecas que sirvam. Além disso, precisa urinar sentado porque, claro, atrai muito olhares quando fica em pé nos mictórios.

O interesse de Stunz pelas modificações começou quando ele tinha 20 anos e ganhou uma bomba peniana. "Senti-me muito bem depois que a usei pela primeira vez. Tive a sensação de que nasci com um corpo, mas que poderia mudá-lo", contou. 

No entanto, de acordo com o urologista Arefel Seweife, também alemão, a ampliação de pénis pode causar infecções e levar a amputação do órgão.


Fonte: UOL mulher 

Amor platónico e a baixa auto-estima


Quando pensamos em amor platónico, geralmente voltamos à nossa adolescência, àquela paixão pelo professor ou professora, pelo garoto ou garota mais popular da escola ou pelos ídolos da TV e do cinema. Um amor idealizado, com um tom de glamour, ilustrado por cenas e beijos imaginários.

Crescemos, e esses sonhos ficam no passado. Porém, quantas vezes não acabamos reproduzindo os antigos amores platónicos de uma nova maneira? Eles passam a ser direcionados a pessoas mais próximas, são amores aparentemente mais "possíveis". Porém, ainda assim, mantêm a inviabilidade da concretização do vínculo amoroso. Uma distância do ser amado que se manifesta em diferenças que podem ocorrer no âmbito social, de idade, hierárquico, por meio de uma relação proibida, ou simplesmente por um bloqueio em demonstrar o sentimento, que acaba tornando a pessoa amada inalcançável. Assim, percebemos que todas as manifestações do amor platónico guardam a mesma característica: a impossibilidade.

A PESSOA DESEJADA SIMBOLIZA ALGO QUE NOS FALTA

Esses amores impossíveis costumam refletir algo que admiramos: a beleza, a inteligência, o charme ou alguma habilidade especial de certa pessoa que nos faz desejá-la. Ao olharmos para essa profunda admiração, que pode chegar à idolatria, é interessante perceber que aquilo que tanto apreciamos no outro é na verdade aquilo que, de alguma forma, não conseguimos enxergar em nós mesmos.

Se pensarmos bem, a adolescência é uma fase em que a autoestima e a individualidade passam a ser mais decisivas na nossa vida. O amor platónico adolescente representa esse referencial daquilo que queremos ser e ter, podendo ser positivo ao estimular a busca por aquilo que se deseja - a princípio visto como algo externo, em outra pessoa.

O fator platónico do amor torna inalcançável externamente aquilo que, na realidade, buscamos dentro de nós mesmos.

Projetamos externamente as possibilidades para conquistar aquilo que só será alcançado dentro de nós, mas que colocamos fora do nosso alcance, de alguma forma nos distanciando de nossa própria realização. A pergunta a se fazer é: por que continuamos a tornar inalcançável justamente o que mais desejamos, projetando isso no outros?

O LADO CÓMODO DAS ILUSÕES

Viver as ilusões de um amor platónico faz parte de nosso amadurecimento afetivo. Porém, a repetição dessa situação requer a compreensão do que está por trás dessa busca inconsciente pelo impossível. É fácil perceber que esse tipo de amor traz implícito um medo, uma fuga. Alimentar-se da ilusão, ainda que não traga a tão sonhada concretização do amor, é mais seguro e confortável do que encarar a realidade e todos os confrontos inevitáveis na vivência dos relacionamentos. A vida real é muito mais sem graça, menos glamourosa e bem mais trabalhosa do que o amor idealizado. O final feliz dos filmes e contos de fadas não é a regra geral para a maioria das relações afetivas.

POR QUE TEMOS MEDO DE ENCARAR OS MEDOS?

Muitas vezes ficamos prisioneiros da nossa dificuldade de nos mostrar, de nos expor e de nos colocar para o outro. Com medo de nos sentirmos expostos, submissos, e até mesmo humilhados por uma possível rejeição, fechamo-noss em nós mesmos. O nosso maior desejo é viver o amor, porém, o nosso maior medo é demonstrá-lo para quem amamos. Assim o que mais queremos passa a ser nosso maior medo.

Os motivos que criam o medo de viver o amor real podem ter as mais variadas raízes: vivenciar quando criança um relacionamentos nocivo dos pais, vivenciar pessoalmente, e/ou ver a sua volta experiências afetivas traumáticas, situações traumáticas de rejeição e abandono que ficam gravadas no campo emocional (ainda que hoje possam não parecer um problema). A rejeição traz sempre uma dor muito intensa. Porém, essa dor geralmente tem raízes mais profundas, e é nelas que devemos nos focar para encontrar caminhos para viver o amor de maneira mais verdadeira e saudável.

A dor da rejeição representa uma fragilidade, criando uma ferida que nos faz deixar de acreditar em nós mesmos, enfraquecendo a autoestima e poder pessoal.

O AMOR PLATÔNICO COMO UMA OPORTUNIDADE

Por meio dos amores platónicos a vida desafia-nos a vencer os nossos medos, e com isso fortalecer a autoestima e o poder pessoal. Tais experiências convidam-nos a superar a nós mesmos, para assim estarmos aptos para viver o amor de verdade!

Reflexões:
Você tende a apaixonar-se por pessoas inalcançáveis?
Você tem preguiça de interagir socialmente?
Você tem dificuldades em lidar com as diferenças pessoais?
A intensa admiração por alguém faz você ignorar outras características da pessoa não tão positivas assim?

Quanto maior o número de respostas positivas, maior a probabilidade de você sentir atração por amores platónicos. Procure refletir e perceber, de acordo com os aspetos abordados no artigo, quais medos podem estar lhe afastando da vivência real dos relacionamentos afetivos. Caso sinta dificuldade, a orientação terapêutica pode ser de grande ajuda.

Fonte: Personare

Disfunção eretil e estilo de vida

Disfunção erétil pode ser tratada com algumas mudanças no estilo de vida


A disfunção erétil é a incapacidade de obter e manter uma ereção firme o suficiente para realizar uma relação sexual. A excitação sexual masculina que provoca a ereção é um processo complexo que envolve cérebro, nervos, vasos sanguíneos, músculos, hormonas e emoções. A disfunção erétil pode ser o resultado de um problema com qualquer um destes fatores ou uma combinação deles. De modo que o stress, preocupações e saúde mental podem causar ou agravar a disfunção erétil.

Portanto, a disfunção erétil é uma importante causa de diminuição da qualidade de vida dos homens. Hábitos saudáveis como evitar o tabagismo, o etilismo (consumo de bebidas alcoólicas), o consumo de drogas, somado a prática regular de atividade física melhoram o desempenho e a capacidade aeróbica. Como a ereção é em parte decorrente de uma boa circulação vascular ao nível do pénis, o estilo de vida tem impacto direto na qualidade da ereção. Também é notória a redução do estresse causado pela atividade física.

Uma variedade de causas pode contribuir para a disfunção erétil, mas é amplamente reconhecido que a doença cardiovascular tem um papel importante. Ela tanto pode ser a causa quanto o resultado. Dessa forma, homens com disfunção erétil devem ser avaliados quanto ao risco de problemas cardiovasculares, e todas as alterações identificadas devem ser tratadas adequadamente.

Um estudo publicado no The Journal of Sexual Medicine revelou que hábitos pouco saudáveis, como problemas com peso, inatividade física, alto consumo de álcool, tabagismo e uso de drogas, aumentam as chances de disfunções sexuais nos homens. Ao mesmo tempo, os pesquisadores liderados por um estudioso do Statens Serum Institut, na Dinamarca, perceberam que tal estilo de vida é mais comum em pessoas sexualmente inativas.

A análise contou com informações médicas de 5.552 homens e mulheres entre 16 e 97 anos. A partir dos dados, foi possível quantificar a percentagem de indivíduos com riscos de saúde e disfunção ou inatividade sexual.

Os resultados apontaram que 78% dos homens e 91% das mulheres com hábitos de vida não saudáveis mantinham tal estilo por não terem um parceiro sexual. Já entre aqueles que tinham parceiros, os riscos de apresentar disfunções sexuais foi representativo apenas no caso dos homens, com probabilidade de 71%.

De acordo com os cientistas, há muitas razões para a disfunção sexual, incluindo algumas sobre as quais a pessoa não tem controle, como após tratamentos de cancro. Entretanto, os hábitos analisados na pesquisa faziam parte de escolhas individuais e, portanto, cabe a esses mesmos indivíduos decidir melhorar a sua vida sexual.

Peso e vida sexual

E manter o peso saudável também é importante para a saúde sexual do homem. Estudos sugerem alterações da função endotelial em homens obesos com disfunção erétil. A obesidade é um estado de stress oxidativo crónico e inflamatório. Homens com um índice de massa corporal (IMC, calculado com o peso em quilos dividido pelo quadrado da altura em metros) maior que 28,7 têm um risco 30% maior em apresentar disfunção erétil do que aqueles com um IMC normal (igual ou menor a 25). A prevalência de excesso de peso ou obesidade em homens com disfunção erétil é de aproximadamente 80%.
O aumento do estresse oxidativo associado à obesidade pode aumentar a formação de radicais livres, o que poderia desativar o óxido nítrico, reduzindo a sua disponibilidade para as células-alvo. Homens obesos que participaram de programas de perda de peso com modificações dietéticas e aumento da atividade física tiveram uma redução do estresse oxidativo, associado a uma melhora do óxido nítrico. Como a atividade de óxido nítrico prejudicada parece desempenhar um papel importante na patogênese da disfunção erétil, a maior disponibilidade de óxido nítrico associada com a perda de peso pode estar relacionada com a melhoria da função erétil em homens obesos.

Trabalhando a musculatura

No controle da disfunção erétil, os exercícios de Kegel podem colaborar. Eles consistem na contração e relaxamento dos músculos do assoalho pélvico. O objetivo é restaurar o tônus e força muscular de modo a prevenir ou reduzir problemas do pavimento pélvico. Alguns estudos sugerem que os exercícios de Kegel podem beneficiar alguns homens que têm disfunção erétil. No entanto, são necessárias mais pesquisas de cunho científico.
Além disso, os exercícios de Kegel podem ser também benéficos no tratamento da incontinência urinária, tanto em homens como em mulheres. Para homens podem fortalecer os músculos do assoalho pélvico, que suportam a bexiga e o intestino e consequentemente afetam a função sexual.

Fonte: Minha Vida


O mal de Amar demais



Amar demais em geral é sinónimo de fazer tudo pelo outro. Deixar de dar para si mesmo por amor ao outro. Privar-se, doar-se, entregar-se totalmente e sem reservas, deixar de dizer coisas para não magoar, passar a mão na cabeça para amenizar sofrimentos que a vida traz, diminuir as verdades na tentativa de suavizar dores, engolir sapos e lagartos e tudo isto como sinal de amor, ou pior de amar demais. 
Bem, vamos repensar isto. Amar não é nada disto. Amar é cuidar do outro sim, é estar junto, é apoiar, acompanhar e valorizar o outro, mas em nenhum momento é auto abando. Amar alguém não é obscurecer as verdades e nem passar por cima dos seus princípios, pois isto é falta de amor próprio. E de uma grande inversão de valores.

Amar demais é desvalorizar-se em nome do amor e ficar à espera que, magicamente, o outro o valorize. Será isto possível?
Quem se valoriza é valorizado.
Quem se impõe é respeitado.
E o contrário é verdadeiro na mesma intensidade.
Temos medo do sofrimento e por isso tentamos aplacá-lo para não alcançar quem amamos, contudo isto não ajuda em nada. Ao contrário, só prejudica. Acabamos por criar um mundo fantasioso e irreal. 

Os pais tendem a ser as maiores “vítimas” neste sentido, pois já viveram mais e sabem que a vida é feita de dores e que algumas são bastante intensas. Um desejo imenso que os pais têm é de impedir que seus filhos passem por tais emoções. Contudo, ao tentar privá-los disto, impedem-nos de amadurecer. Pois só se aprende a enfrentar a vida com a verdade, ou seja, encarando a realidade. A cada momento em que os pais tentam amenizar o sofrimento estão a impedir os filhos de desenvolver capacidades de enfrentamento. Não é abrandar a sua dor mas sim estar ao lado para enfrentar junto, não é enfrentar por ele, é ajuda-lo a pensar em alternativas ou quando não houver é chorar e viver a dor em companhia, aliás, que grande aprendizagem é saber que nas horas difíceis temos com quem contar. Os pais esquecem muito facilmente que venceram os seus próprios sofrimentos. Não será isto um indicio de que os filhos também são capazes?
Depois quando os filhos crescem e já não se pode mais protegê-los a dor alcança-os e, neste momento, os filhos percebem o quanto são incapazes de se defender. E o que eles fazem? Voltam-se contra os pais acusando-os como se fossem culpados pelos seus males, pois todo o ódio que sentem projetam-no em quem mais os ama. Injusto não é? Sim, muito!!!  Mas a uma determinada altura eles precisam amadurecer, não há como impedir, só adiar.
Nas relações amorosas o amar demais aparece na forma de fazer tudo pelo outro, aceitar tudo, perdoar tudo, estar sempre disponível e, aqui também, há a expectativa de que o outro o valorize. Quem fica muito à disposição deixa de ser gente para ser visto como objeto. Pode ser um lindo objeto e até bastante necessário, mas não será entendido como alguém com valores e necessidades próprias. Afinal, os objetos não falam. Quem quer ser valorizado, precisa antes de se valorizar. Quem quer ser amado, precisa antes de se amar. E isto não se conquista com discussões ou pedidos mas sim com novas condutas. 
Talvez por isso Jesus tenha deixado dois importantes mandamentos: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.
Não é possível amar o outro sem nos amarmos a nós mesmos! E aqui cabe uma reflexão muito importante: Como você se ama? Conhece as suas qualidades, tem clareza dos seus princípios, valoriza os seus desejos, lida bem com os seus erros e defeitos? Como cuida de si mesmo? Espera que sejam os outros a satisfazer as suas necessidades? Como se vê em relação aos outros? Demonstra as suas vontades, entendendo-as como dignas de serem valorizadas ou sem importância? Enfim, como se vê a si mesmo?
É como você se ama que determinará como se colocará diante dos outros. 

Amar demais alguém na verdade pode ser um grande sinal de que se ama pouco a si.

Adaptado do original de Fernanda Rossi


Impulsos para que vos quero


Muito lhes devemos, mas é-nos quase sempre pedido que os controlemos, sob pena de sermos considerados selvagens ou pouco sãos. Autocensuramo-nos, mas não queremos perder a espontaneidade ou renunciar ao prazer. Há quem diga que «não se pode servir a dois amos», mas, neste caso, é no equilíbrio entre ouvir os impulsos e praticar o autocontrolo que se consegue o melhor de dois mundos.
Um murro na mesa, um beijo apaixonado, a compra de um chocolate e a cleptoma­nia podem ter mais em comum do que se imagina à partida. São, ou podem ser, impulsos. Dos adultos é esperado que os controlem. A bem da civilidade, do deco­ro ou mesmo da saúde. Nem sempre é fácil, mas também nem sempre é útil. Evolutivamente, pelo menos, têm-nos sido benéficos, na luta pela sobrevivência, in­dividual e da espécie.
E, hoje, mesmo sendo os nossos desafios mais so­fisticados do que aqueles que enfrentávamos no tem­po das cavernas, continuam a ser centrais. «São fun­damentais na nossa vida. São os impulsos que nos le­vam a procurar o prazer e, no fundo, a satisfazer as necessidades de foro biológico», diz o psiquiatra Dio­go Guerreiro.
Mas o que são afinal? «Necessidades ou desejos fortes, súbitos, muitas vezes irracionais, que levam a compor­tamentos para os satisfazer de forma imediata, visando uma de duas coisas: a procura de prazer ou o evitamento de situações de perigo.» É assim que o psiquiatra Diogo Guerreiro define os impulsos, acrescentando que po­dem ser de vários tipos, mas que os sexuais, alimenta­res e agressivos são os mais comuns.

Nenhuma narrativa sobre impulsos pode passar ao lado de Freud, o pai da psicanálise, e da história que muitos de nós se lembrarão vagamente de ter estudado na escola: Freud chamava-lhes pulsões e defendia que nasciam no id, o seu reino no nosso inconsciente, regi­do pelo princípio do prazer, habitado pelo nosso lado menos civilizado e povoado de desejos, sobretudo liga­dos à libido. Nesta história, o ego desempenha o papel de polícia: regido pelo princípio da realidade, é a parte de nós que tenta reprimir aquilo que lhe parece inade­quado. Mas não tudo, é certo. Porque os impulsos são necessários e porque dificilmente há um ego suficientemente grande e zeloso para abafar todos os desejos que moram em nós.
O impulso é inato, o autocontrolo adquirido. Vamo-lo desenvolvendo à medida que se apura a relação de causa-efeito e se estabelece o processo educativo e de socialização. Aprendemos a pensar antes de agir. Os que não aprendem e têm grande insuficiência do controlo de impulsos acabam muitas vezes por cair na patologia psi­quiátrica. «Por várias razões, incluindo a educação, mas também fatores genéticos ou alterações da neurotrans­missão cerebral, pode existir uma perturbação do con­trolo dos impulsos. As mais conhecidas são a cleptoma­nia, a perturbação explosiva intermitente [explosões de raiva e agressividade], o jogo patológico, algumas for­mas de compulsão alimentar ou o controlo dos impulsos sexuais», esclarece Diogo Guerreiro.
E se é verdade que a sexualidade é um terreno on­de se quer mais espontaneidade do que racionalidade, o caso é que sempre que a impulsividade se sobrepõe demasiado à razão acabamos em maus lençóis. Trai­ções, flirts ou casos fortuitos constantes ou mergulhos de cabeça numa relação podem ser exemplos claros da falta de controlo de impulsos. «Apesar de o sexo poder despertar alguns dos instintos mais primitivos, ten­dencialmente a racionalidade continua a sobrepor-se à impulsividade», diz o psicólogo e sexólogo Fernando Mesquita. «É normal cruzarmo-nos com pessoas que nos despertam desejo sexual, mas salvo raras exceções existe a capacidade de controlar esses impulsos e fan­tasias. Quando existe uma incapacidade em perceber a diferença entre o mundo da fantasia e a realidade, sem que se consiga controlar os impulsos, podemos estar perante um problema.»

A LUTA IMPULSOS VERSUS AUTOCONTROLO é muitas ve­zes um dilema: de um dos lados está o que queremos, do outro também. É uma questão de recompensa e, sobre­tudo, de quando a podemos ter. O impulso oferece-nos uma recompensa imediata, o autocontrolo uma recom­pensa no futuro. Por norma, a recompensa a que tere­mos acesso no futuro é muito maior do que aquela que nos proporciona o imediato: o prazer de comer mais chocolateversus não engordar; o prazer de fumar um cigarro versus não adoecer; o prazer de ter um um caso de uma noite versus manter a relação com a pessoa que amamos. Tudo escolhas que parecem óbvias e lineares, se não introduzimos na equação uma variável que baralha tudo: o tempo. É que não estamos preparados para considerar importantes as recompensas tardias, gosta­mos ter a cenoura em frente do nariz.
Nos seus livros (Previsivelmente Irracional e O Lado Bom da Irracionalidade) e investigações, o economis­ta comportamental Dan Ariely explica-o muito bem: a escolha transforma-se em poder ter uma coisa que nos vai dar prazer agora ou uma que nos vai dar prazer daqui a muito tempo. E, assim como para a nossa vi­são as coisas mais distantes parecem mais pequenas, o mesmo acontece com as recompensas. A distância muda-lhe a proporção: a que está à mão torna-se gi­gante, o mais distante fica pequeno. Por isso, o profes­sor de Duke defende que introduzir uma recompen­sa no imediato pode ser eficaz quando os benefícios da escolha que pensamos ser correta só vão ser senti­dos passado muito tempo. Substituir a perspetiva da recompensa futura por outra, também ela imediata, tornará mais fácil resistir à tentação.
De resto, o próprio Dan Ariely, quando jovem, con­frontado com a necessidade de se submeter a um tra­tamento para a hepatite, usou o método. Cumpriu todo o tratamento (foi o único de todos os participantes no ensaio clínico) porque se recompensava com um filme nos dias em que tinha de dar a si próprio a injeção, que lhe provocava efeitos secundários violentos. E sim, é ri­dículo comparar o prazer de ver um filme com a perspetiva de não morrer demasiado cedo, mas é assim que para nós faz sentido, alega Ariely. «É fazer as pessoas portarem-se da forma certa pela razão erra­da. Mas funciona.»
Precisamos de nos autorregular, mas isso é sempre menos fácil de fazer do que de admitir. E fazê-lo po­de requerer técnicas apuradas. «Um dos aspetos prin­cipais é a motivação, sem ela não há ferramentas que funcionem. E muitas vezes a motivação está associa­da a uma provável “punição” caso não exista autocon­trolo. Por exemplo, muitos compulsivos sexuais pro­curam ajuda quando veem a sua relação conjugal em risco. Nestes casos podemos sugerir que andem sem­pre acompanhados por um objeto com uma simbologia emocional muito forte que os faça recordar da família», defende o sexólogo Fernando Mesquita.

APESAR DE O AUTOCONTROLO ser geralmente visto como sinónimo de força de vontade e poder interior, muitos investigadores defendem que pode ser definido como a manipulação que fazemos do ambiente à volta, de for­ma a alterar o nosso comportamento em função de uma consequência. Porque, segundo vários investigadores, o autocontrolo não é o forte do ser humano. No caminho para o trabalho, juramos que não vamos perder tempo no Facebook, mas quando nos sentamos à secretária é a primeira página que abrimos. Numa saída à noite, pro­metemos que não vamos beber demasiado, mas no fim da noite não temos outro remédio senão chamar um táxi porque não estamos em condições de conduzir. Claro que podemos e devemos tentar encontrar recom­pensas que possam ajudar-nos a fazer o que está certo, ter monólogos interiores para nos relembrarmos das consequências de uma má escolha, mas muitas vezes nada disto é suficiente. E isso tem levado muitos a contar com a tecnologia para se obrigarem a cumprir promes­sas e a ter maior controlo sobre si próprios.
A SelfControl, por exemplo, é uma aplicação grátis através da qual é possível bloquearmos durante um certo período de tempo o nosso próprio acesso aos sites que achamos que nos distraem. Enquanto o tempo estipulado não acabar, será impossível aceder ao que lis­támos como os buracos negros da nossa produtividade: nem apagar a aplicação ou reiniciar o computador re­sulta. Ficamos reféns da escolha que fizemos.
Nos EUA, a tecnologia e o software para nos obrigar­mos a ser pessoas melhores tem vendido como pãezi­nhos quentes: despertadores com rodas que se movem pelo quarto, obrigando-nos mesmo a sair da cama pa­ra os desligar; bloqueadores da ignição do automóvel li­gados a um alcoolímetro que só deixam o carro traba­lhar se estivermos em condições para conduzir; aplica­ções que bloqueiam as chamadas do telemóvel depois de uma noite de copos; software que não permite que o cartão de crédito funcione uma vez atingido um cer­to plafond. Conhecedores da nossa fraqueza, aqueles que somos hoje, agora, longe da tentação, tomam precauções contra o que previsivelmente seremos daqui a pouco ou amanhã, quando nos depararmos com a dita e estivermos prontos a ceder.
Nada disto implica que a espontaneidade seja per­dida ou que não nos deixemos tomar pelos impulsos quando isso faz sentido. Até porque ser excessivamen­te rígido e racionalizar de mais pode ser tão negativo como ser demasiado impulsivo. «Temos de encontrar uma espontaneidade saudável que permite satisfazer a nossa procura por prazer, mas que tem em considera­ção os resultados das nossas ações. E devemos afastar-nos dos extremos», aconselha Diogo Guerreiro. Não se trata de escolher entre uma coisa ou outra, mas antes de saber equilibrá-las e tirar partido de cada uma na al­tura certa. «É como nos carros: o que é melhor, o travão ou o acelerador?»

Fonte: Notícias Magazine, por Sofia Teixeira

As melhores horas para fazer sexo




Se falamos de relações sexuais é claro que as preferências são muitas e de certeza que cada pessoa terá as suas, mas o nosso corpo é uma máquina perfeita que reage de forma diferente aos estímulos dependendo do momento do dia em que nos encontramos e a situação à nossa volta. 

Certamente que já se interrogou sobre quais as melhores horas para ter sexo. Ou, noutras palavras, em que períodos do dia o nosso corpo está mais ativo e disposto a dar e receber prazer?  



Das 8h00 às 10h00: Uma boa hora para elas


Neste período existe um aumento de endorfinas, no corpo feminino, que facilitam o processo de excitação sexual. No caso dos homens esta é uma hora aceitável, mas não a melhor, os seus níveis de testosterona são regulares mas mentalmente podem estar concentrados em assuntos que devem atender durante o dia.

  • Das 10h00 às 12h00: Ponto médio para ambos


    Durante estas horas ambos podem ter alguma disposição para o sexo, no caso delas estarão sempre abertas a experimentar especialmente ao nível do sexo oral, carícias e masturbação e eles podem concentrar-se em dar e receber prazer.

  • Das 12h00 às 14h00: Eles querem fantasiar, elas nem tanto


    Antes do almoço alguns homens ativam a sua mente e se encontram a sua parceira disposta apetece-lhes ter sexo, incluindo algumas fantasias e preliminares. Mas, elas não estão tão abertas e durante estas horas têm a mente concentrada em outras coisas, podem ceder mas de certeza que não será um encontro demasiado notável.

  • Das 16h00 às 18h00: O ponto alto deles


    Durante estas horas o homem regista os melhores níveis para ter sexo, apesar do dia de trabalho costuma apetecer-lhes um encontro longo e cheio de desejo e ação. Para elas também é um momento agradável, mas querem receber uma boa atenção, nada de sexo rápido, preferem um encontro longo para obter o clímax.

  • Das 22h00 às 24h00: Relaxados mas dispostos?


    Para os casais com filhos a partir desta hora os pequenos dormem e eles têm tempo para descansar e compartilhar um pouco. Nelas a hormona da melatonina aumenta gerando sono, no entanto sentem-se românticas e dispostas a ser queridas, eles estão mais relaxados mas também não tão sonolentos, ambos podem encontrar-se se o cansaço não for demasiado e ter uma ronda de sexo delicioso.

  • Durante a madrugada, sexo atípico, mas interessante


    Durante estas horas ambos dormem profundamente, mas se ele acordar para ir ao chuveiro e a vir semi nua pode ficar excitado e tentar um movimento. Entre acordada e a dormir ela poderá recebê-lo e obter um bom orgasmo com essa mistura de sono e sensações. Se a situação for ao contrário, a verdade é que lhe custará mais a ele acordar, a menos que tenha a sorte de contar com uma ereção mesmo nesse momento, assim o sexo interessante pode quebrar a rotina.

  • Cada um no seu próprio momento


    Muitos casais escolhem a hora do sexo segundo distintos factores: disponibilidade, ausência das crianças, etc, no entanto é interessante ter em conta a atividade do nosso corpo pois isto pode influenciar em obter orgasmos de mais prazer. 

  • Juntos experimentem e determinem.

    Qual é a melhor hora para ter sexo na vossa opinião?



    Fonte: umcomo

    Um dia ejaculei antes da hora...

    ejaculacao prematura.jpg


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    Bom dia

    namoro há 6 meses, preciso da ajuda de vocês, no começo nosso sexo era perfeito, ate que um dia eu ejaculei antes da hora ai comecei a me preocupar e ate hoje não paro de pensar se vou conseguir ou não.

    É o dia inteiro pensando ai chega de noite e as vezes beleza dá tudo certo mas ai no outro dia de tanto me preocupar já não dá certo e é assim que eu estou...

    Ás vezes não fica erecto ai tentamos depois que eu me acalmar e beleza ...

    O que eu tenho por favor pode me ajudar?

      
    A NOSSA RESPOSTA


    Caro leitor

    utiliza-se o termo de Ejaculação Prematura quando um homem ejacula mais rapidamente do que deseja ou quando a ejaculação está fora do seu controlo. Este é um dos problemas sexuais mais comuns entre os homens, mas também é um dos mais facilmente ultrapassáveis.

    Geralmente esta dificuldade está associada a questões de ansiedade. Em alguns casos esta ansiedade estabelece-se através da prática de uma masturbação rápida ou uma educação sexual repressiva.

    Noutros casos, os homens tornam-se ejaculadores prematuros porque ficam ansiosos ou inseguros pelo receio de serem criticados por não conseguirem dar prazer suficiente ao parceiro.

    Existem, ainda, casos de ejaculação prematura quando um homem está zangado com a parceira, mas não tem capacidade para expressar de outra forma os seus sentimentos.

    Embora estes casos não sejam os únicos que potenciam a ejaculação prematura, são os mais frequentes.

    O tratamento pode envolver alguma medicação e uma intervenção psicoterapêutica especializada. Na maioria dos casos, os tratamentos são centrados na “re-aprendizagem” gradual do controlo de estímulos através de exercícios de masturbação e focos sensoriais. Por exemplo, quando estiver a masturbar-se e sentir que está quase a ejacular pare! Aguente alguns segundos (até diminuir a sensação de que está próximo a ejacular) e volte a masturbar-se. Repita este processo e ejacule após 3 paragens. Este exercício permitir-lhe-á tomar maior consciência da eminência ejaculatória e controlar melhor a sua ejaculação.

    Este é apenas um dos vários exercícios que podem ser sugeridos por um sexólogo. Cada tratamento deve ser adaptado a cada caso. Devo ainda referir que, sempre que possível, o parceiro é incluído no processo terapêutico. Se sentir que estas dificuldades persistem pondere procurar ajuda.


    Relativamente às dificuldades de ereção, que sente às vezes, podem estar associadas à ansiedade que tem por receio de não conseguir controlar a ejaculação o tempo suficiente. Portanto, muito provavelmente, se conseguir ultrapassar a ejaculação prematura esta dificuldade irá desaparecer.  

    Psicólogo - Sexólogo Clínico
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    Não sinto nada no sexo ...

    anorgasmia.jpg

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    Boa tarde

    sou a Maria e tenho 20 anos tenho namorado há dois anos e praticamos a nossa vida sexual há mais de um ano.

    Infelizmente nunca tive qualquer tipo de prazer sexual. Sinto vontade de fazer e de estar com ele mas nunca ate hoje aconteceu algo. As vezes sinto que tenho algum problema.. porque não é normal.

    Na penetração inicialmente ainda sentia qualquer coisinha mas agora não sinto nada mesmo nada...sinto que a minha relação com ele está a cair aos poucos porque por vezes a vontade de estar com ele e lhe beijar não é a mesma sei que a culpa não é dele mas sim minha sou jovem e quero poder ter uma vida sexual normal.

    Mas no entanto tenho me masturbado sozinha pois é a única forma de sentir algo mais ou menos bom.. quando faço com o meu namorado as vezes finjo gemidos mas ele sabe como me sinto em relação a tudo isto.

    Quando existe sexo oral também sinto alguma coisinha boa mas de resto nada.

    Peço por favor que me ajude a salvar esta relação e que também me ajude a sentir prazer pois já não sei o que fazer! Aguardo pela resposta continuação de uma boa tarde

      
    A NOSSA RESPOSTA


    Cara leitora

    existem múltiplas razões para a ausência de orgasmo na mulher. Em primeiro lugar é importante saber como, e de que forma, gosta de ser estimulada.

    Cada mulher tem uma forma própria para alcançar o orgasmo. Muitas não conseguem ter orgasmo porque nunca exploraram o seu próprio corpo, logo, também não sabem o que pedir ao parceiro para terem mais prazer.

    O trabalho na percepção do corpo e a revisão de valores e crenças relacionadas à sexualidade tendem a ajudar neste tipo de dificuldades. Como ninguém nasce ensinado, deverá primeiro descobrir por si própria como ter mais prazer, por exemplo, através da auto-masturbação. Aprenda como gosta de ser tocada e que fantasias a ajudam a ter orgasmo, para depois comunicar ao parceiro.

    Estar a fingir o orgasmo só irá criar um cenário ilusório e empobrecido da vossa sexualidade. Esse fingimento transmite uma falsa mensagem de que o que aconteceu foi suficiente para atingir o clímax sexual levando a que o seu parceiro pense que lhe proporciona prazer dessa forma e tenderá a repetir o mesmo padrão sexual.

    O melhor caminho é dizer a verdade! Uma vez que a leitora consegue ter prazer, quando está sozinha, é sinal que sabe o tipo de estimulação que a excita mais, procure adotar esse tipo de toque aos momentos em que está com o seu namorado e, aos poucos, vá dizendo como ele pode fazer para que consiga ser ele a dar-lhe prazer!

    Encare o orgasmo como uma conquista e não uma obrigação a ser alcançada a todo custo. O processo de aprendizagem visando a obtenção de orgasmo também pode ser bastante gratificante e prazeroso.

    Psicólogo - Sexólogo Clínico
    Tel: 969091221
      

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    Não quero ser homossexual ...

    homofobia internalizada.jpg

    Aqui fica mais um pedido de ajuda de um leitor do nosso BLOG.

    Aproveite e dê o seu apoio através de um comentário!

    Estes testemunhos são reais e poderão ajudá-l@ a compreender também os seus problemas...
    PARTILHE AS SUAS EXPERIÊNCIAS ... AJUDE OS OUTROS !!!
    (Nota: alguns destes pedidos serão publicados na Revista ANA de forma anónima)

    Boa noite. Tenho pesquisado sobre o meu problema na net desde à uns dias e encontrei o seu blog, talvez me pudesse esclarecer ou responder. Agradecia muito que me pudesse ajudar, pois tenho passado muito mal comigo mesmo ultimamente.

    Sou um rapaz, 18 anos. Quando era criança (7/8) numa brincadeira parva de criança tive experiências homossexuais, claro que nada de muito sério devido a minha idade na altura, com um colega meu, não sei ainda por que razão (certamente não foi por desejo sexual pois era ainda muito criança), talvez tenha sido só uma brincadeira ou um desafio estúpido que fazemos na inocência da infância. Andava num colégio só de rapazes, mal sabia o que era a homossexualidade, e tudo o que sabia de sexo tinha visto em filmes, televisão, nesses meios acessíveis a todas as idades. De qualquer forma cheguei em pouco tempo a conclusão que o que tinha feito era homossexual. Senti me arrependido e não me contive e tive de desabafar com os meus pais sobre o sucedido. Chorei muito nesse dia, de vergonha, de nojo, enfim, só sei que esse episódio certamente teve influencia na pessoa que sou hoje pela negativa. Os meus pais pareceram aceitar bem o que fiz, dizendo que estavam contentes até por saber que eu não tinha gostado de o fazer.

    No entanto, com o passar dos anos sempre vivi bem com isso, ou melhor, sempre ignorei esse acontecimento. Nunca me considerei homossexual, e já tive 2 namoradas. Não sou propriamente muito dotado para arranjar raparigas, mas conheço muitos amigos que sofrem desse problema também.

    O meu problema é que quando começei a ver pornografia na minha puberdade (14/15 anos talvez) eu sempre assiti a pornografia heterossexual, ou homossexual feminina. Mas com o passar do tempo acabei por ver algumas vezes pornografia bissexual ou mesmo com travestis (mas com aspecto feminino) e não senti repúdio ao ver.

    A minha angústia começou a uns dias quando me veio à cabeça que se calhar eu não sou heterossexual, devido a estes 2 assuntos que referi em cima. Isso para mim é um golpe muito duro, pode parecer parvo, mas é algo que me envergonha e muito. Sempre tive as típicas conversas de rapazes com os meus amigos a gozar com a homossexualidade. Hoje sinto me um hipócrita. O meu problema não é ter gozado com os homossexuais, o meu problema é eu gostar de ver pornografias relacionadas com a homossexualidade, ou mesmo ter experimentado em criança, apesar de não ter tido prazer nenhum em fazê-lo.

    Esse problema de criança que lhe falei anteriormente já praticamente o esqueci. Li sobre o assunto e até vi que acontece a muita gente e que não implica que essas pessoas sejam homossexuais, apenas é uma inconsciência que uma criança faz. Porém gostaria de saber a sua opinião sobre isto.

    Em relação ao outro da pornografia. Concluo dizendo que eu ja vi praticamente toda a pornografia que há para ver, dentro dos limites do bom censo como é obvio, e é mais aqui que reside o meu problema. Mas o estranho é que em nenhum momento da minha vida me senti homossexual, nunca olhei para um homem da mesma forma que olho para uma rapariga. Nunca me senti atraído por um homem. Porém, quando estou mais excitado, fico praticamente receptivo a todo o tipo de pornografia. Mas dúvido que gostasse de experienciar um ato homossexual ou com um travesti.

    Finalizo dizendo que eu não quero ser homossexual de todo, quero ser 100% heterossexual, e não ser 100% heterossexual deixa-me envergonhado comigo mesmo. Já li acerca da escala de Kinsey e gostaria de estar incluido no nivel 0, mas por uma porcaria de uns vídeos acabo por provavelmente não estar. Não tenho dúvidas que a minha preferência são mulheres, e esta situação toda tem sido angustiante para a minha vida

    Acha que devia marcar uma consulta? Ou acha apenas que o meu problema reside no facto de ser demasiado viciado em pornografia?

    A NOSSA RESPOSTA

    Caro leitor

    tal como refere, de acordo com a escala de Kinsey, e ao contrário do que muitas pessoas pensam, existem muitas variantes na orientação sexual, não se limitando a uma visão dicotómica e redutora de que ou se é Heterossexual ou Homossexual. Além disso, muitas pessoas não se identificam com nenhum destes “rótulos”.

    O que é diferente da maioria provoca espanto, sejam elas minorias raciais, sociais, religiosas ou de orientação sexual, porém isso não quer dizer que sejam mais ou menos “normais” que os demais. Pertencer a uma minoria significa ter que enfrentar esse preconceito que, apesar de descabido, ainda existe.

    Felizmente, desde 1973, a homossexualidade deixou de ser considerada uma perturbação mental, pela generalidade das associações de médicos e profissionais de saúde.

    Muitos rapazes e raparigas, durante a infância, e mesmo adolescência, sentem atracção sexual e chegam mesmo a ter experiências de cariz homossexual, mas não são gays nem lésbicas. Muitos adultos também sentem atracções ou têm experiências do tipo homossexual, sem que se considerem eles próprios gays ou lésbicas.

    Considera-se que uma pessoa será exclusivamente homossexual se, perante possibilidade de escolha, apenas se sente atraída e teve comportamentos sexuais, afetivos e amorosos, com pessoas do mesmo sexo ou género. Independentemente de se encontrar, ou não no nível 0, da escala de Kinsey, o mais importante é que o leitor saiba respeitar o seu organismo e as suas vontades, sem se culpabilizar por isso. Só assim conseguirá conhecer-se realmente e escolher sua verdadeira sexualidade, quer seja homo, hetero ou outra coisa qualquer.

    Pior que viver a homofobia exterior é ter de lidar com a homofobia internalizada, ou seja, aquela que vem de dentro da própria pessoa. O que acontece na sua intimidade só a si lhe diz respeito! Pondere procurar ajuda para o orientar a lidar e viver com a sua sexualidade de forma mais saudável.

    Fernando Eduardo Mesquita

    Psicólogo - Sexólogo Clínico
    Tel: 969091221

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