Em Portugal, há cerca de 92 mil pessoas com demência e a tendência é para aumentar o número de doentes devido ao envelhecimento da população. A doença de Alzheimer, a mais comum das demências, afecta 70 mil portugueses. Os especialistas acreditam que o número subirá para os 2,5 milhões em 2030.
A doença de Alzheimer é caracterizada pela degradação lenta, gradual e irreversível das funções cerebrais. Perda de memória e dificuldade na realização de tarefas são sinais de alerta da doença, que é confundida com a arteriosclerose.
Esta demência primária afecta 90 por cento das pessoas com mais de 65 anos. As demências secundárias são resultado de uma doença (tumor ou lesão cerebral ou doença cardiovascular) ou devido ao consumo de medicamentos, drogas e álcool.
Para evitar a perda de memória, para além do recurso a medicamentos farmacológicos, deve-se estimular a actividade cerebral dos doentes: ler, pintar, jogar e participar em várias actividades, são alguns exemplos.
"SÍFILIS E SIDA SÃO CAUSA" (Vitorina Passão, Neurologista)
Correio da Manhã – Porque é que há mais doentes com Alzheimer?
Vitorina Passão – A demência degenerativa tem maior prevalência nos países desenvolvidos, onde temos uma população envelhecida. Nos países subdesenvolvidos, a esperança média de vida não ultrapassa os 40 anos. Aí não há prevalência de demências.
– As causas da demência são conhecidas?
– Esta doença indica a morte de células do cérebro. Há várias causas para a morte das células, como idade avançada e algumas infecções.
– Quais?
– A sífilis e a sida, por exemplo.
– As demências só afectam os idosos?
– Não, há casos de pessoas com demência aos 30 anos, em que a doença é provocada por infecções, álcool e drogas.
Adaptado do original de Cristina Serra, Correio da Manhã 07Set2008
Sem comentários:
Enviar um comentário