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SEXISMO



Sexismo - "Formas de comportamento e ideologias nas quais são atribuídas determinadas disposições e capacidades a indivíduos ou grupos simplesmente por causa do sexo a que pertencem. Trata-se de uma forma de discriminação, que conduz à subalternização, à marginalização ou mesmo à exclusão de pessoas ou grupos com base no seu sexo. Resulta, no fundo, da tendência para estabelecer estereótipos pretensamente fundamentados na Biologia, reflete a forma como o poder é distribuído e quais os grupos com acesso ao discurso definidor de identidades.Então, sexismo é basicamente o conjunto de teorias e ações que favorecem um gênero – ou mesmo uma orientação sexual – em detrimento a outro. Como vivemos em um mundo predominantemente machista, o vocábulo quase sempre possui a mesma conotação." 



Então, sexismo é básicamente o conjunto de teorias e ações que favorecem um género - ou mesmo uma orientação sexual - em detrimento a outro. Como vivemos num mundo predominantemente machista, o vocábulo quase sempre possuí a mesma conotação.

Mas são tantos e tantos anos de paradigmas e estereótipos que se formaram, uma cultura inteira sedimentada por preconceito e intolerância. E de quem é a culpa?

Questões como essas não são novidade entre sociólogos e não estamos nem perto de solucioná-las, o processo de transformação é lento e o choque entre opiniões que divergem entre si é inevitável.

Embora a mulher tenha conquistado cada vez mais seu espaço e importância na sociedade, se comparada a algumas décadas atrás, ainda é muito pouco. Ela já pode votar, já assumiu cargos importantes dentro de grandes corporações, já virou até presidenta, mas ainda assim, não recebe o mesmo tratamento que um “homem”. 

Se ela não está disposta a sair com alguém, é tachada de difícil, por outro lado, se ela toma a atitude é considerada desesperada e “fácil”. Além disso, o machismo não é prejudicial somente para as mulheres, ele constantemente serve para avaliar o “homem de verdade”, o viril, o alpha, tanto que se você parar para pensar, a maioria de xingamentos que servem para desmoralizar um individuo do sexo masculino estão associados a sua sexualidade.













Fonte: Minilua


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Dr. Fernando Eduardo Mesquita

Psicologia Clínica / Sexologia Clínica
Terapia Cognitivo Comportamental / Terapia EMDR

Avenida Elias Garcia, 137, 4º
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Problemas quotidianos transformados em patologias

Ex-coordenador do DSM, a ‘bíblia’ da psiquiatria, admite: “Transformamos problemas cotidianos em transtornos mentais”


Allen Frances (Nova York, 1942) dirigiu durante anos o Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM), documento que define e descreve as diferentes doenças mentais. Esse manual, considerado a bíblia dos psiquiatras, é revisado periodicamente para ser adaptado aos avanços do conhecimento científico. Frances dirigiu a equipe que redigiu o DSM IV, ao qual se seguiu uma quinta revisão que ampliou enormemente o número de transtornos patológicos. Em seu livro Saving Normal (inédito no Brasil), ele faz uma autocrítica e questiona o fato de a principal referência acadêmica da psiquiatria contribuir para a crescente medicalização da vida.
Pergunta. No livro, o senhor faz um mea culpa, mas é ainda mais duro com o trabalho de seus colegas do DSM V. Por quê?
Resposta. Fomos muito conservadores e só introduzimos [no DSM IV] dois dos 94 novos transtornos mentais sugeridos. Ao acabar, nos felicitamos, convencidos de que tínhamos feito um bom trabalho. Mas o DSM IV acabou sendo um dique frágil demais para frear o impulso agressivo e diabolicamente ardiloso das empresas farmacêuticas no sentido de introduzir novas entidades patológicas. Não soubemos nos antecipar ao poder dos laboratórios de fazer médicos, pais e pacientes acreditarem que o transtorno psiquiátrico é algo muito comum e de fácil solução. O resultado foi uma inflação diagnóstica que causa muito dano, especialmente na psiquiatria infantil. Agora, a ampliação de síndromes e patologias no DSM V vai transformar a atual inflação diagnóstica em hiperinflação.
P. Seremos todos considerados doentes mentais?
R. Algo assim. Há seis anos, encontrei amigos e colegas que tinham participado da última revisão e os vi tão entusiasmados que não pude senão recorrer à ironia: vocês ampliaram tanto a lista de patologias, eu disse a eles, que eu mesmo me reconheço em muitos desses transtornos. Com frequência me esqueço das coisas, de modo que certamente tenho uma demência em estágio preliminar; de vez em quando como muito, então provavelmente tenho a síndrome do comedor compulsivo; e, como quando minha mulher morreu a tristeza durou mais de uma semana e ainda me dói, devo ter caído em uma depressão. É absurdo. Criamos um sistema de diagnóstico que transforma problemas cotidianos e normais da vida em transtornos mentais.
”Os laboratórios estão enganando o público, fazendo acreditar que os problemas se resolvem com comprimidos.”
P. Com a colaboração da indústria farmacêutica…
R. É óbvio. Graças àqueles que lhes permitiram fazer publicidade de seus produtos, os laboratórios estão enganando o público, fazendo acreditar que os problemas se resolvem com comprimidos. Mas não é assim. Os fármacos são necessários e muito úteis em transtornos mentais severos e persistentes, que provocam uma grande incapacidade. Mas não ajudam nos problemas cotidianos, pelo contrário: o excesso de medicação causa mais danos que benefícios. Não existe tratamento mágico contra o mal-estar.
P. O que propõe para frear essa tendência?
R. Controlar melhor a indústria e educar de novo os médicos e a sociedade, que aceita de forma muito acrítica as facilidades oferecidas para se medicar, o que está provocando além do mais a aparição de um perigosíssimo mercado clandestino de fármacos psiquiátricos. Em meu país, 30% dos estudantes universitários e 10% dos do ensino médio compram fármacos no mercado ilegal. Há um tipo de narcótico que cria muita dependência e pode dar lugar a casos de overdose e morte. Atualmente, já há mais mortes por abuso de medicamentos do que por consumo de drogas.
P. Em 2009, um estudo realizado na Holanda concluiu que 34% das crianças entre 5 e 15 anos eram tratadas por hiperatividade e déficit de atenção. É crível que uma em cada três crianças seja hiperativa?
R. Claro que não. A incidência real está em torno de 2% a 3% da população infantil e, entretanto, 11% das crianças nos EUA estão diagnosticadas como tal e, no caso dos adolescentes homens, 20%, sendo que metade é tratada com fármacos. Outro dado surpreendente: entre as crianças em tratamento, mais de 10.000 têm menos de três anos! Isso é algo selvagem, desumano. Os melhores especialistas, aqueles que honestamente ajudaram a definir a patologia, estão horrorizados. Perdeu-se o controle.
P. E há tanta síndrome de Asperger como indicam as estatísticas sobre tratamentos psiquiátricos?
R. Esse foi um dos dois novos transtornos que incorporamos no DSM IV, e em pouco tempo o diagnóstico de autismo se triplicou. O mesmo ocorreu com a hiperatividade. Calculamos que, com os novos critérios, os diagnósticos aumentariam em 15%, mas houve uma mudança brusca a partir de 1997, quando os laboratórios lançaram no mercado fármacos novos e muito caros, e além disso puderam fazer publicidade. O diagnóstico se multiplicou por 40.
P. A influência dos laboratórios é evidente, mas um psiquiatra dificilmente prescreverá psicoestimulantes a uma criança sem pais angustiados que corram para o seu consultório, porque a professora disse que a criança não progride adequadamente, e eles temem que ela perca oportunidades de competir na vida. Até que ponto esses fatores culturais influenciam?
”Os melhores especialistas, aqueles que honestamente ajudaram a definir a patologia, estão horrorizados. Perdeu-se o controle.”
R. Sobre isto tenho três coisas a dizer. Primeiro, não há evidência em longo prazo de que a medicação contribua para melhorar os resultados escolares. Em curto prazo, pode acalmar a criança, inclusive ajudá-la a se concentrar melhor em suas tarefas. Mas em longo prazo esses benefícios não foram demonstrados. Segundo: estamos fazendo um experimento em grande escala com essas crianças, porque não sabemos que efeitos adversos esses fármacos podem ter com o passar do tempo. Assim como não nos ocorre receitar testosterona a uma criança para que renda mais no futebol, tampouco faz sentido tentar melhorar o rendimento escolar com fármacos. Terceiro: temos de aceitar que há diferenças entre as crianças e que nem todas cabem em um molde de normalidade que tornamos cada vez mais estreito. É muito importante que os pais protejam seus filhos, mas do excesso de medicação.
P. Na medicalização da vida, não influi também a cultura hedonista que busca o bem-estar a qualquer preço?
R. Os seres humanos são criaturas muito maleáveis. Sobrevivemos há milhões de anos graças a essa capacidade de confrontar a adversidade e nos sobrepor a ela. Agora mesmo, no Iraque ou na Síria, a vida pode ser um inferno. E entretanto as pessoas lutam para sobreviver. Se vivermos imersos em uma cultura que lança mão dos comprimidos diante de qualquer problema, vai se reduzir a nossa capacidade de confrontar o estresse e também a segurança em nós mesmos. Se esse comportamento se generalizar, a sociedade inteira se debilitará frente à adversidade. Além disso, quando tratamos um processo banal como se fosse uma enfermidade, diminuímos a dignidade de quem verdadeiramente a sofre.
P. E ser rotulado como alguém que sofre um transtorno mental não tem consequências também?
R. Muitas, e de fato a cada semana recebo emails de pais cujos filhos foram diagnosticados com um transtorno mental e estão desesperados por causa do preconceito que esse rótulo acarreta. É muito fácil fazer um diagnóstico errôneo, mas muito difícil reverter os danos que isso causa. Tanto no social como pelos efeitos adversos que o tratamento pode ter. Felizmente, está crescendo uma corrente crítica em relação a essas práticas. O próximo passo é conscientizar as pessoas de que remédio demais faz mal para a saúde.
P. Não vai ser fácil…
R. Certo, mas a mudança cultural é possível. Temos um exemplo magnífico: há 25 anos, nos EUA, 65% da população fumava. Agora, são menos de 20%. É um dos maiores avanços em saúde da história recente, e foi conseguido por uma mudança cultural. As fábricas de cigarro gastavam enormes somas de dinheiro para desinformar. O mesmo que ocorre agora com certos medicamentos psiquiátricos. Custou muito deslanchar as evidências científicas sobre o tabaco, mas, quando se conseguiu, a mudança foi muito rápida.
P. Nos últimos anos as autoridades sanitárias tomaram medidas para reduzir a pressão dos laboratórios sobre os médicos. Mas agora se deram conta de que podem influenciar o médico gerando demandas nos pacientes.
R. Há estudos que demonstram que, quando um paciente pede um medicamento, há 20 vezes mais possibilidades de ele ser prescrito do que se a decisão coubesse apenas ao médico. Na Austrália, alguns laboratórios exigiam pessoas de muito boa aparência para o cargo de visitador médico, porque haviam comprovado que gente bonita entrava com mais facilidade nos consultórios. A esse ponto chegamos. Agora temos de trabalhar para obter uma mudança de atitude nas pessoas.
P. Em que sentido?
R. Que em vez de ir ao médico em busca da pílula mágica para algo tenhamos uma atitude mais precavida. Que o normal seja que o paciente interrogue o médico cada vez que este receita algo. Perguntar por que prescreve, que benefícios traz, que efeitos adversos causará, se há outras alternativas. Se o paciente mostrar uma atitude resistente, é mais provável que os fármacos receitados a ele sejam justificados.
P. E também será preciso mudar hábitos.
R. Sim, e deixe-me lhe dizer um problema que observei. É preciso mudar os hábitos de sono! Vocês sofrem com uma grave falta de sono, e isso provoca ansiedade e irritabilidade. Jantar às 22h e ir dormir à meia-noite ou à 1h fazia sentido quando vocês faziam a sesta. O cérebro elimina toxinas à noite. Quem dorme pouco tem problemas, tanto físicos como psíquicos.

Fonte: ElPaís e BudaVirtual


Dr. Fernando Eduardo Mesquita
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8 sinais da depressão


Entenda como a doença se manifesta 
e como você pode identificar alguém que esteja em crise


Apesar do acesso facilitado a informações e do crescente esclarecimento das pessoas quanto à educação, ainda é comum quem pense que depressão se trata de algo fictício, criado para justificar atos preguiçosos e desinteressados. Acontece, no entanto, que milhares de pessoas sofrem com a doença todos os dias e, por mais que tentem levar uma vida normal, não conseguem progresso, uma vez que se encontram com o emocional e o psicológico abalado.

Mas, como saber se uma pessoa realmente está depressiva? O diagnóstico, claro, precisa ser dado por um profissional habilitado, mas há sintomas comuns à doença que podem ser os primeiros sinais de que algo anda errado com você ou com seus conhecidos.

Confira, na lista abaixo, quais são esses 8 sintomas mais corriqueiros:

1. Alteração do humor - O principal sintoma da depressão é o humor deprimido, que pode envolver sentimentos como tristeza, indiferença e desânimo. Mas, como esses sentimentos são naturais do ser humano, nem sempre são sinônimo de depressão. É preciso perceber esse sintoma persiste na maior parte do dia por se está presente no seu cotidiano a pelo menos duas semanas. Quem está assim não consegue se animar mesmo se acontece algo de bom em sua vida.

2. Desinteresse - Perder o interesse por atividades que antes eram prazerosas é outro sintoma importante da depressão. O desinteresse pode acontecer com relação a diversas coisas, como à familiar, à vida profissional e até mesmo ao sexo e às atividades de lazer. Deixar de brigar por projetos por achar que eles já não valem mais o esforço também pode não ser sinal de preguiça.

3. Problemas com o sono - Normalmente quem está com depressão tende a ter o sono descontrolado. Mas não é só com relação a dormir demais. Quem passa a dormir menos também pode estar com o problema.

4. Mudanças no apetite - Há quem apresenta um apetite descontrolado quando está depressivo, especialmente quando o assunto são massas e doces. Mas a falta de vontade de comer também é possível de acontecer. Conforme os especialistas, somado a outros sintomas da doença, a alteração do apetite que persiste por no mínimo duas semanas aumenta as chances de um paciente ser diagnosticado com depressão.

5. Perda ou ganho de peso - Essa consequência, claro, aparece em decorrência da mudança de apetite. Assim, é bom ficar de olho na balança e analisar como anda a vida para saber se isso tem a ver ou não com o estado psicológico da pessoa.

6. Falta de concentração - Concentração, raciocínio são pontos bastantes prejudicados em quem está depressivo. Em consequência, pode ser muito difícil tomar decisões. Com isso, o indivíduo pode perder o rendimento no trabalho ou nos estudos.

7. Cansaço - Diminuição de energia, cansaço frequente e fadiga são comuns em pacientes depressivos, mesmo quando elas não realizaram esforço físico. Coisas simples passam a ser exaustivas, como o simples ato de vestir a roupa de manhã.

8. Pensamentos constantes sobre morte - Nem todo mundo que tem depressão pensa em morrer, mas em casos mais graves esse tipo de pensamento pode se tornar recorrente. Em muitos casos, o suicídio passa a ser uma ideia bastante chamativa, especialmente quando a tentativa é acabar com o estado emocional que se mostra doloroso. Mas, como dissemos antes, isso varia de acordo com o paciente e com o grau em que a doença está se manifestando.

Fique de olho nessas dicas e não deixe que procurar quem entende do assunto, caso você mesmo ou um conhecido apresente esses sintomas. Combinado?


Fonte: Thamyris Fernandes in Fatos desconhecidos

Veja também:
- Homens sofrem depressão pós-parto
- Médicos estudam influência da depressão paterna nos filhos


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Violência Sexual na Infância



Sabia que 1 em cada 5 crianças sofre de algum tipo de violência sexual na infância?

Muitas pessoas pensam que a violência sexual refere-se apenas à relação sexual propriamente dita com uma criança, mas a definição é muito mais ampla. Com ou sem contacto fisico, as seguintes situações caracterizam algum tipo de violência sexual:

  • Tocar a boca, genitais, bumbum, seios ou outras partes íntimas de uma criança com objetivo de satisfação dos desejos;
  • Forçar ou encorajar a criança a tocar um adulto de modo a satisfazer o desejo sexual;
  • Fazer ou tentar fazer a criança se envolver em ato sexual;
  • Forçar ou encorajar a criança a se envolver em atividades sexuais com outras crianças ou adultos;
  • Expor a criança a ato sexual ou exibições com o propósito de estimulação ou gratificação sexual;
  • Usar a criança em apresentação sexual como fotografia, brincadeira, filmagem ou dança, não importa se o material seja obsceno ou não;
  • Espiar ou olhar a criança se despindo, em momentos íntimos, tomando banho, usando o banheiro, com objetivo de satisfação sexual.

Quem é o abusador?

O abuso sexual, na maioria das vezes, é cometido por uma pessoa da convivência da criança, na qual ela confia e tem sentimentos de afeto.
As estatísticas demonstram que, entre os adultos de convivência, o pai, o padrasto, avô, tio, um amigo da família, vizinho e irmão mais velho são os agressores sexuais mais frequentes, apesar de existirem casos em que os agressores sejam do sexo feminino. Abusos cometidos por estranhos envolvendo violência física extrema são mais raros.
Os casos de abuso sexual infantil começam lentamente, apenas com a prática de "carinhos", trocas de presente, brincadeiras íntimas que raramente deixam lesões físicas, passando mais tarde para outros níveis mais íntimos de contato.
Como perceber se uma criança sofre de algum tipo de violência sexual?
Somente em 40% dos casos existe evidência física. Sendo assim, os principais sinais que a criança pode mostrar e podem ser observados pelos pais ou educadores são comportamentais. Fique de olho nos seguintes sinais:
  • Perda do apetite ou compulsão alimentar;
  • Pesadelos, medos inexplicáveis de pessoas ou lugares;
  • Apatia, afastamento dos amigos;
  • Perda dos antigos hábitos de brincar;
  • Voltar a chupar o dedo, fazer xixi na cama ou cocô nas calças;
  • Agressividade, diminuição do rendimento escolar, dificuldades de aprendizagem;
  • Fuga de casa;
  • Conhecimento ou comportamento sexual fora do esperado (exceto conceitos básicos e saudáveis de educação sexual);
  • Comportamento erotizado;
  • Irritação, sangramento, inchaço, dor, coceira, cortes ou machucados na região genital ou anal.

Como falar sobre violência sexual com crianças a partir de 4 anos? 

Pipo e Fifi é uma ferramenta de comunicação entre adultos/educadores e crianças e está disponível para download gratuito aqui: www.pipoefifi.org.br 

Nele poderá encontrar um livro educativo e um livro de atividades super interessantes!!!

O projeto é uma iniciativa do CORES, uma instituição sem fins lucrativos que desenvolve projetos de educação sexual para infância em todo o território brasileiro desde 2006. o CORES recebeu o Prêmio Paulo Freire do Ministério da Saúde em parceria com a APTA, se destacando com os projetos Crescer e Maternidade / Paternidade, classificados entre os cinco melhores trabalhos de Educação Preventiva do Brasil. 


Veja também:

Interpretação dos sonhos eróticos

 

  Muitos sonhos podem ter simbologia erótica, 
mas não um significado sexual

O sonho ajuda a psique a compensar, equilibrar e a realizar desejos inconscientes. Estas três funções do sonho também são aplicadas aos sonhos eróticos, que podem ser prazerosos ou assustadores, dependendo de com quem se divide a cama. Diferentemente do que a maioria das pessoas pensa, os sonhos eróticos não significam, necessariamente, um desejo sexual subconsciente.

Enquanto sonhamos o nosso inconsciente está livre de tabus e de censuras internas. Geralmente, os sonhos trazem aquilo que se viveu no passado, mas não se soube lidar, e a sua interpretação depende muito do momento que a pessoa está a viver. 
Para o antropólogo Darrell Champlin, autor de "O Portal dos Sonhos – A Fantástica Viagem da Mente Além do Limiar do Sono" (Ed. Publisher), muitos sonhos podem ter simbologia erótica, mas não um significado sexual. "Mesmo se houver sexualidade envolvida, eles simbolizam outras áreas da vida", afirma. "Inquietações são parte do conteúdo dos sonhos, pois elas podem trazer algum tipo de revelação sobre como lidar com um problema específico que estamos tendo", diz.

Apesar de não haver fórmulas para decifrar os sonhos, muitas das interpretações levam-nos a perceber que são avisos para a nossa vida: problemas ou alegrias, quer no plano amoroso ou profissional. Veja algumas interpretações possíveis dos sonhos eróticos:

COM "EX"
Sonhar que teve uma noite de sexo com o "ex" ou a "ex" não é certeza de saudade ou desejo por essa pessoa. Pode apenas significar que sente falta de alguma característica dela. 
COM O CHEFE
Sonhar com o chefe pode mostrar como lida com a autoridade, revelar um desejo pelo cargo que ele ocupa ou demonstrar carência, projetada em alguém que admira (que, por acaso, é ele). Pensar que você pode ter se apaixonado só porque teve um sonho erótico é um erro. Você pode querer alguém atencioso e educado e, ao se deparar com um chefe assim, sonha com ele.

COM UM COLEGA DE TRABALHO
É possível que esteja a associar a atenção que esse colega lhe dá com uma necessidade sexual. Pondere até que ponto essa pessoa realmente a atrai ou se apenas está encantada pela sua cordialidade.
COM ALGUÉM DO MESMO SEXO
Ter um sonho erótico com alguém do mesmo sexo, sendo que você não tem essa prática na vida real, não é sinónimo de desejo homossexual. Pode significar que está a passar por um conflito profundo, representado nos sonhos pela sexualidade. Se não é homossexual, analise o que está a fazer no dia-a-dia que o incomoda, seja no trabalho ou no amor.

COM UM DESCONHECIDO
Sonhar que tem relações sexuais com um desconhecido pode significar que deseja algo novo. Este sonho pode ser a manifestação da necessidade de viver coisas novas e correr riscos, até mesmo profissionais.

COM UM FAMILIAR PRÓXIMO

Está entre os sonhos eróticos mais perturbadores e costuma provocar nojo em quem o teve. Pode indicar que a pessoa está numa relação, amorosa ou no trabalho, que a faz sentir-se mal ou enojada. Há ainda a possibilidade de que a pessoa tenha admiração por esse familiar, sem qualquer desejo oculto. 

RELAÇÕES SEXUAIS COM UMA CELEBRIDADE
Significa que tem vivido muito na fantasia e deseja algo que não está ao seu alcance.
SEXO À FORÇA
Sonhar que está a ser forçado a fazer sexo, pode indicar que algo o está a agredir no dia-a-dia e sente que não tem condições para reagir. Geralmente, não é um sonho erótico mas sim um trauma. Sinal de que se sente forçado a fazer coisas que não quer ou que está em lugares onde não gostaria de estar.

SEXO EM GRUPO
Geralmente, cada pessoa que contracena consigo nesse sonho é uma representação da sua própria vida, por isso, cada um que participa do sexo grupal pode contar algo importante da sua história. É preciso analisar os personagens e quais os sentimentos que estes lhe despertaram. Se a experiência vivida no sonho é de excitação, pode significar que deseja aprofundar mais a experiência sexual. 
SEXO EM PÚBLICO
Os sonhos de sexo em público podem ter uma função compensatória. Pode ocorrer em pessoas que se sentem amarradas a algo mas que desejam arriscar.

APANHADOS EM FLAGRANTE
Pode significar que está a ultrapassar uma crise sexual, pois tem dificuldade em mostrar livremente os seus desejos mais íntimos.
SEXO INTERROMPIDO POR ALGUÉM
Se está numa fase da sua vida em que acredita que pode conquistar algum objetivo, tende a ter sonhos com orgasmo. Por isso, as interrupções são um sinal de que não está a conseguir chegar onde gostaria. O clímax interrompido é símbolo de uma decepção ou frustração. Quando este tipo de sonhos é recorrente, pode estar associado a sentimentos de culpa. Por isso, é frequente entre aqueles que têm relações extraconjugais. Nesse caso, a sensação ao acordar é a de ter sido "apanhado".

OUTROS SIGNIFICADOS DOS SONHOS ERÓTICOS

1) Sonhar que está a beijar as costas do seu parceiro(a): tenha muita atenção, porque alguém vai tentar enganá-lo(a). 
2) Beijo no rosto: sucesso no amor.
3) Zangas entre namorados: sinal que o amor de ambos é correspondido. 
4) Ciúmes do namorado(a): representa que se está zangado(a) com alguém, tudo se vai resolver. 
5) Receber aliança da pessoa amada: significa que vai ter momentos de muita paixão com o seu par. 
6) Traição da cara--metade: obstáculos e infelicidade na sua vida. 
7) Sonhar com o ex-namorado(a): espera-o muito êxito nos negócios e muito sucesso entre o sexo oposto.


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Lidar com o MEDO




O clima do planeta pode ter desandado de vez, com consequências terríveis para a humanidade. A inflação pode voltar e levar o seu dinheiro. Você pode apanhar da polícia – ou ser incendiado por black blocs. Pode pegar gripe suína e morrer em dias. Os agrotóxicos da comida podem estar envenenando você. O seu avião pode cair. Você pode ser rejeitado. Fracassar na vida. Aquela dorzinha na barriga… pode ser câncer. E, pior ainda, tudo isso pode acontecer com as pessoas que você mais ama. Nunca houve tantos motivos para sentir medo. E isso está nos afetando. 

Segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, 20,8% das pessoas têm transtorno de ansiedade, ou seja, passam o tempo inteiro com medo de alguma coisa (pois a ansiedade nada mais é do que medo antecipado, de algo que pode ou não ocorrer). É dez vezes mais do que na década de 1980. Mesmo que você não seja uma delas, certamente já se sentiu incomodado por algum tipo de medo. Ele se tornou o maior problema psicológico do nosso tempo – e virou parte do dia a dia de todo mundo.


Nós só estamos aqui, afinal, porque nossos antepassados eram medrosos e viviam fugindo do perigo. O cérebro humano evoluiu para ser extremamente sensível a ele. Mas isso aconteceu há milhares de anos, quando a vida era muito diferente. Hoje, a quantidade de situações e estímulos que podem nos causar receio é incalculavelmente maior. Daí a explosão de medo na cabeça das pessoas. Não precisa ser desse jeito.

O cérebro humano quase triplicou ao longo da evolução. Passou de 600 cm3 no Homo habilis (há 2 milhões de anos) aos 1.400 cm3 do Homo sapiens, 150 mil anos atrás. Nossa massa cinzenta foi crescendo e ganhando camadas, cada uma mais complexa que a anterior, até chegar ao neocórtex – sua parte mais externa, enrolada como uma linguiça, responsável por funções mentais como pensamento e linguagem. Tudo o que você tem de racional está ali. Só que mais para dentro, no miolo do cérebro, existe outra coisa: o chamado sistema límbico. É uma parte mais primitiva, que coordena reações instintivas. Seu pedaço mais importante é a amígdala, que detona as sensações de medo. “Você está caminhando por um bosque, vê uma cobra, se assusta e imediatamente pula para trás, sem sequer pensar a respeito. A amígdala é a responsável por essa resposta”, explica Raül Andero, neurocientista da Emory University, nos EUA. Como as cobras eram um perigo constante para nossos ancestrais, a evolução moldou o cérebro para ter medo delas. Prova disso é que macacos criados em laboratório, que nunca viram uma cobra, se assustam se forem colocados diante de uma (em compensação, se eles tiverem a amígdala retirada, deixam de sentir todos os tipos de medo). Os medos são disparados pela parte primitiva do cérebro.



Quando você anda pela rua pensando nas férias, o seu cérebro avançado está decidindo para onde quer viajar. Mas o cérebro instintivo, sem que você perceba, também está a todo o vapor, de olho nas ameaças imediatas (um buraco no chão, por exemplo). Os dois são interligados, se comunicam, influenciam um ao outro. Por isso, os psicólogos preferem dividir a mente em dois sistemas: o Sistema 1 e o Sistema 2. Cada um é um conjunto de processos mentais envolvendo várias regiões do cérebro.

O Sistema 1 é intuitivo, rápido, emotivo, inconsciente, automático. Sabe aquele pressentimento que você tem quando conhece alguém? É o Sistema 1 em ação. Ou quando volta para casa de forma automática, sem precisar relembrar o caminho? Sistema 1. Tudo o que você faz sem pensar – inclusive sentir medo – é obra do Sistema 1. Já o Sistema 2 é o contrário: ele é o pensamento, lento, consciente, racional. A sua consciência mora dentro dele. “Mas o Sistema 1 é o autor secreto de muitas escolhas e julgamentos que você faz”, explica o psicólogo israelense Daniel Kahneman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia e autor de Rápido e Devagar, livro que discute a relação entre os dois sistemas.

O Sistema 1 é essencial para a sobrevivência. É o instinto que nos permite reagir rapidamente a ameaças – seja uma cobra ou um ônibus que avança sobre a faixa de pedestres bem na hora que você está atravessando. O problema é que o Sistema 1 usa regras rudimentares, muitas vezes erradas, para dosar o medo que vamos sentir das coisas. Por exemplo. Quanto mais você se lembra (ou é lembrado) de uma ameaça, mais medo o Sistema 1 produzirá, independente do real perigo envolvido. E ele também é fortemente influenciado pelo medo que outras pessoas sentem (medo é contagioso). Tudo isso nos leva a receios exagerados e errados.

Após os atentados de 11 de Setembro, por exemplo, os americanos ficaram com medo de andar de avião. Muito mais gente decidiu viajar de carro. E, por isso, morreram 1.600 pessoas a mais em acidentes de trânsito nos EUA ao longo de um ano. Avião era, e é, estatisticamente muito mais seguro do que carro. Só que as pessoas se lembraram dos atentados, que tinham sido exaustivamente mostrados pela imprensa, e tomaram a decisão errada. Se tivessem superado o medo, e andado de avião, praticamente todas estariam vivas. “Temos pavor de morrer de repente, junto com outras pessoas”, diz o psicólogo Gerd Gigerenzer, do Instituto Max Planck, na Alemanha, que analisou números fornecidos pelo Ministério dos Transportes dos EUA. “Aí tomamos a decisão errada, e pulamos da frigideira para o fogo.

Há inúmeros exemplos assim, de medo irracional. Como a mãe que tem medo que seu filho fume maconha, mas não vê problema se ele encher a cara – sendo que o álcool é comprovadamente mais prejudicial à saúde. A pessoa que tem medo de usina nuclear, mas adora ir à praia se expor à radiação solar, algo muito mais arriscado (só o Brasil registra 120 mil casos de câncer de pele por ano). E você tem mais medo de diabetes, aids, ou acidentes de trânsito? No Brasil, a aids (71%) e os acidentes (58%) lideram com folga. E a diabetes nem é citada em pesquisas sobre temores. Mas, pensando racionalmente, é dela que você deveria ter mais medo: em 2010, essa doença matou 54 mil brasileiros, o mesmo que os acidentes de trânsito (42 mil) e a aids (12 mil) somados. Ocorre que os acidentes aparecem todo dia na TV e nos jornais. E o que você acha que terá mais destaque na imprensa, uma celebridade morrer de diabetes ou de aids?

A mídia escolhe as coisas para chamar sua atenção. E as coisas que mais chamam a atenção do cérebro são, justamente, as que mais assustam.

E esse medo nunca foi tão forte. Nunca estivemos tão ligados uns aos outros, mas, ao mesmo tempo, nunca sentimos tanto medo de não sermos aceitos. Você já deve ter percebido isso quando postou alguma coisa nas redes sociais – e imediatamente ficou ansioso sobre quantos likes aquilo iria ter ou deixar de ter. Um estudo feito pela agência de publicidade JWT com 1.270 americanos e ingleses constatou que 40% dos usuários do Facebook têm medo de não serem incluídos nas conversas online dos amigos. “O mundo exige cada vez mais de nós. Não conseguimos nos desconectar, e aí sentimos mais ansiedade”.

Políticos espalham temores para arrebanhar votos, jornalistas faturam em cima de catástrofes, biólogos citam vírus letais quando querem obter fundos para desenvolver vacinas… Todo mundo propaga o medo. Mas não faz isso só por maldade ou interesse próprio. “Se eu disser que há uma doença mortal se espalhando na sala onde você está, você sairá dela mesmo sem saber se é verdade. E vai avisar as outras pessoas”, diz Lindstrom. “Milhares de anos atrás, também espalhávamos a notícia de uma planta venenosa, porque isso aumentava a chance de sobrevivência do grupo.” Ou seja: conforme cada pessoa absorve mais medo, ela também se torna propagadora, espalha esse medo para os outros. É uma reação instintiva.

Ok, sentimos cada vez mais medo porque nosso pobre cérebro é imperfeito – e o mundo moderno explora seus defeitos como nunca.

Em situações normais, como no cinema ou no parque, a parte avançada do cérebro permanece no comando. Você se diverte porque mantém o controle. O seu instinto de medo é ativado, mas a consciência sabe que não se trata de um perigo real. Então acontece uma descarga de adrenalina acompanhada de dopamina – neurotransmissor associado ao prazer. E você sente aquele gostoso friozinho na barriga.



Mas, em situações de perigo real, como um assalto, isso não acontece. A amígdala passa por cima de todo o resto e impõe um temor incontrolável. Quando alguém desenvolve medo crônico, fobias ou transtorno de estresse pós-traumático, situações cada vez mais comuns no mundo moderno, a amígdala fica disparando o tempo inteiro. “Por isso, a pessoa apresenta grande ansiedade no dia a dia”, explica o neurocientista Raül Andero, da Universidade Emory. Já estão sendo criados medicamentos que podem aliviar ou suprimir o medo (mais sobre isso daqui a pouco), mas, na maioria dos casos, a principal solução é terapia. Não só a terapia feita em consultório. Há coisas que você mesmo pode fazer.
A principal delas se chama Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Ela nos ensina a mudar os pensamentos ruins que ficam estimulando a amígdala e gerando ansiedade. “A forma como pensamos influencia a maneira como sentimos. Portanto, mudar o modo como pensamos pode mudar como nos sentimos”, resume o psiquiatra Aaron T. Beck, pai da TCC, no livro The Anxiety and Worry Workbook (“O Manual da Ansiedade e da Preocupação”, inédito no Brasil). Se antes da entrevista de emprego você pensa “Não tenho ideia do que dizer; eles acharão que sou um idiota”, vai se sentir tenso e ansioso. Mas se em vez disso você pensar “Estou bem preparado para a entrevista e vou causar uma boa impressão”, ficará mais calmo e confiante. Pode parecer banal, mas funciona. Tem efeitos neurologicamente comprovados.

A psicanálise e diversas outras terapias também têm se mostrado eficientes para lidar com o medo e a ansiedade. O sucesso não depende da linha terapêutica em si, até porque tudo depende da relação entre o terapeuta e o paciente. Mas existe uma condição básica para que uma terapia dê certo. “O bom atendimento é aquele que não se limita a combater os sintomas. É o que procura entender a causa do problema no cotidiano de cada pessoa”, diz o psicólogo Luís Fernando Saraiva. Faz sentido: você pode tomar calmantes para dormir. Mas se não entender o que está tirando seu sono, pouco adianta.

A maioria de nós passa por algum trauma na vida – assalto, sequestro, acidente, desastre natural, abuso ou a perda repentina de alguém querido. E cerca de 10% dos que vivem um trauma (até 14% no caso das mulheres) vão desenvolver o chamado Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Eles revivem a cena em pesadelos e flashbacks aterradores. Sentem tanto medo que chegam a se isolar do convívio social. Muitos conseguem se curar total ou parcialmente com terapia. Mas algumas pessoas nunca se recuperam. Nesses casos, a grande promessa são os estudos voltados à prevenção do medo. Eles buscam evitar que a emoção negativa seja gravada no cérebro. Fazendo pesquisas em ratos, cientistas descobriram que injeções de substâncias como cortisol reduzem a chance de sofrer os transtornos. Cortisol é o hormônio do estresse. Quanto mais estresse você tem, mais a memória é fixada. No entanto, por um motivo que ainda não é bem compreendido, tomar uma grande dose de cortisol reduz a fixação do trauma.

MEDO DE PERDER AS PESSOAS QUE AMA

O que fazer – Apelar à razão.
Como – É o maior medo social dos brasileiros. Esse receio está enraizado no cérebro humano (pois a espécie é extremamente social, depende da família e do grupo). Não temos como eliminá-lo, mas podemos aprender a conviver com ele. Sempre que você sentir esse temor, lembre-se: ele é inútil, pois não ajuda em nada a proteger quem você ama. E pode atrapalhar a relação entre vocês.

MEDO DA SOLIDÃO

O que fazer – Ficar um dia offline. Ou terapia sistêmica.
Como – Experimente ficar um dia inteiro quietinho, sem falar com nenhum amigo via Facebook, WhatsApp e coisas do tipo. Você verá que a solidão não é tão assustadora quanto parece. Para casos mais intensos, pode valer a pena procurar um psicólogo especializado em terapia sistêmica (linha de análise que estuda a pessoa a partir das relações que ela tem com outras).

MEDO DE LEVAR PÉ NA BUNDA
O que fazer – Mudar o foco.
Como – Ter medo de ser largado pela pessoa amada é uma profecia autorrealizável: quanto mais medo você sente, mais paranoico fica, sem aproveitar os momentos bons a dois. Vira uma pessoa chata – e acaba afastando o outro. Faça de conta que o medo não existe, por mais absurdo que isso possa parecer. Dá resultado.

MEDO DE PERDER O EMPREGO OU FICAR SEM DINHEIRO

O que fazer – Terapia cognitivo-comportamental.
Como – Mentalize o contrário do que dá medo. Sempre que lhe ocorrerem coisas do tipo “vou ser demitido” ou “meu chefe me odeia”, pense em frases contrárias – como “sou bem preparado” e “meu trabalho tem valor”. Pode parecer simplório, mas tem efeito comprovado – e poderoso – sobre o cérebro.

VIOLÊNCIA

Sim, você pode sofrer violências terríveis. mas não faz sentido antecipá-las.

MEDO DE CRIME

O que fazer – Ignorar estímulos negativos.
Como – Já reparou como a TV e os jornais estão cheios de notícias sobre violência? É que esse tipo de coisa ativa a parte primitiva do cérebro – e tem um poder fortíssimo de chamar sua atenção. Mas também faz você sentir que o mundo é mais violento do que realmente é. Evite consumir esse tipo de informação.



Você quer fugir das suas fobias. Mas, para se libertar, tem de abraçá-las.
CRISES DE PÂNICO
O que fazer – Respirar… e buscar ajuda.
Como – Ataque de pânico é uma manifestação extrema de medo, que requer ajuda de um especialista. Há algumas terapias que fazem efeito – como a hipnose, que auxilia o indivíduo a sair do pânico aproveitando os próprios recursos mentais.
MEDO DE ALTURA, INSETOS, LUGARES FECHADOS/LOTADOS
O que fazer – Dessensibilização.
Como – O segredo é se expor gradualmente à situação ou ao objeto ameaçador. Se você tem medo de barata, por exemplo, baixe algumas fotos do inseto na internet, salve no seu computador e se obrigue a olhar uma por dia. Você verá como o medo diminui (quando estiver mais confiante, aumente a exposição – veja um vídeo de baratas no YouTube). A mesma técnica vale para situações como medo de altura e de lugares fechados. Procure se expor um pouco a eles. Mas, nesses casos, leve um amigo junto.
MEDO DE DIRIGIR
O que fazer – Dessensibilização.
Como – O segredo é enfrentar, mas aos poucos. Experimente começar dirigindo aos domingos, quando há menos trânsito, levando um amigo junto. Se você sofreu um acidente e ficou com trauma, vale a pena procurar um analista ou instrutor (há autoescolas especializadas em gente com medo de guiar).
MEDO DE DOENÇA
Todos vamos morrer. Alguns, com sofrimento. Mas isso não é relevante.
MEDO DE ADOECER
O que fazer – Não dar ouvidos à internet.
Como – Se você entrar no Google e começar a pesquisar sintomas, com certeza vai terminar achando que aquela coceira no seu braço esquerdo é sinal de um câncer incurável. Desconfie das coisas escritas na internet (mesmo em fontes confiáveis, pois o que elas dizem não necessariamente se aplica a você). Nada melhor do que marcar uma consulta médica para esclarecer tudo e acabar com as preocupações.
MEDO DE SOFRER
O que fazer – Aceitar. Ou análise.
Como – Todo mundo tem esse medo. É normal. Se ele for muito intenso, e ocupar grande parte do seu tempo, pode valer a pena fazer psicanálise – que tentará encontrar as raízes do temor. Outra opção é o psicodrama, técnica que trabalha as vivências da pessoa por meio de dramatizações, como se fosse uma peça de teatro.

Fonte: Mega Arquivo
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