Do ponto de vista clínico, é extremamente dificil definir a síndrome da Ejaculação Prematura. A sua característica essencial consiste no persistente ou recorrente início do orgasmo e ejaculação com estimulação sexual mínima, antes, durante ou imediatamente após a penetração sem que a pessoa o deseje nesse momento.
A Ejaculação Prematura é a mais frequente das disfunções sexuais masculinas, com uma prevalência que atinge, nos países europeus e norte-americanos, cerca de 30%-35% dos homens, independentemente da idade. Os homens que costumam procurar ajuda, na nossa clínica, devido a este problema estão na faixa dos 18 aos 40 anos de idade.
Antes de ejacular o homem tem uma sensação proprioceptiva (que varia de indivíduo para indivíduo) que "avisa" que "daqui a pouco haverá a ejaculação". No caso dos homens com Ejaculação Prematura, geralmente, ocorreu um erro na aprendizagem destas sensações nas primeiras experiências sexuais.
Com a experiência sexual e com a idade, o homem vai "refinando" a sua capacidade para atrasar a ejaculação. No entanto se essa aprendizagem foi mal feita à partida, deverá haver uma "reaprendizagem", geralmente recorrendo a um terapêuta.
Existem situações de perda da capacidade para atrasar o orgasmo depois de um período de funcionamento adequado. Geralmente esta situação ocorre após uma redução de frequência da actividade sexual, intensa ansiedade de desempenho com o novo parceiro ou perda do controlo da ejaculação relacionada com a dificuldade de atingir ou manter a erecção.
Alguns homens são capazes de atrasar a ejaculação num relacionamento mais prolongado, mas voltam a ter Ejaculação Prematura perante um novo parceiro.
Alguns homens que abandonaram o uso regular de álcool podem desenvolver Ejaculação Prematura porque confiavam nos hábitos alcoólicos para atrasar o orgasmo, em vez de aprenderem estratégias comportamentais.
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