Um homem de 29 anos tornou-se notícia nos Estados Unidos ao processar o fabricante de um suplemento sexual que, segundo conta, lhe terá causado uma fractura no pénis, no ano passado, causando-lhe Disfunção Eréctil.
No entanto, de acordo com a opinião de três urologistas, entrevistados na TV americana ABC, este tipo de fractura está associado a sexo violento, e não ao medicamento em causa.
Adrian Carter, do estado do Texas, disse que comprou um suplemento sexual "VirilisPro" e, após tomá-lo nas primeiras horas da manhã, teve relações sexuais com a "amante" no mesmo dia, tal como é sugerido pelo referido rótulo do medicamento. Mais tarde, durante a relação sexual, Carter refere ter sentido alguma dor e observou uma grande quantidade de sangue a esguichar sobre os lençóis, paredes e espelhos.
Segundo o próprio, o procedimento utilizado pelos médicos causou-lhe infertilidade e Disfunção Eréctil, e os mesmos acusaram o VirilisPro de ser "defeituoso e irracionalmente perigoso para o uso dos consumidores."
Segundo o próprio, o procedimento utilizado pelos médicos causou-lhe infertilidade e Disfunção Eréctil, e os mesmos acusaram o VirilisPro de ser "defeituoso e irracionalmente perigoso para o uso dos consumidores."
De acordo com Melissa Moore, advogada de Carter, este é um jovem totalmente saudável que não usava outros medicamentos para o mesmo efeito.
Segundo uma divulgação, no site da empresa responsável pelo VirilisPro, este produto é "feito apenas com ingredientes naturais, para evitar efeitos prejudiciais" e os homens devem ingerir no máximo uma cápsula a cada 36 horas, além de consultarem um médico. O site avisa, no entanto, que estas recomendações não passaram pela FDA – agência que aprova medicamentos, cosméticos e alimentos nos Estados Unidos.
Carter exige receber as despesas médicas e danos por negligência, violação de garantia, publicidade enganosa, angústia mental, dor e sofrimento. O médico que o acompanha terá declarado que a fractura esteve associada ao uso do suplemento. Mas, segundo outro especialista, o médico Chad Ritenour, professor de urologia da Emory University School of Medicine, em Atlanta, esta versão pode não estar totalmente correta “Nunca ouvi falar de alguém exposto a risco de fractura por causa de uma receita ou um medicamento à base de plantas", disse Carney à ABC.
Comentário:
Embora o pénis não tenha osso, e por isso não se parta, pode ocorrer uma situação muito semelhante.
Quando flácido, o pénis é bastante maleável, podendo ser virado ou entortado sem qualquer problema. Porém, no estado eréctil torna-se pouco flexível e, portanto, sujeito a fracturas.
Se, quando erecto, o pénis for dobrado de forma brusca pode ocorrer a fractura dos corpos cavernosos, que são cavidades localizadas na lateral do pénis. Durante a fractura, geralmente, ouve-se um estalo causado pelo rompimento de uma membrana relativamente elástica que envolve os corpos cavernosos. Mediante a lesão causada, muitas vezes o pénis e o escroto ficam com uma cor roxeada causada pela hemorragia interna. Após um ou dois dias essa zona pode ficar com uma cor totalmente negra.
Normalmente, este problema resolve-se por si, porém, só deve ter sexo depois de um mês. A aplicação de gelo no local, diminui a dor e estanca o sangramento interno. Porém, deverá consultar um urologista se verificar um aumento da hemorragia e das deformidades do pénis ou se sentir dor ao urinar e esta vier acompanhada de sangue, pois é indicativo de que a uretra foi lesada.
Mais informações:
http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_21/2012/08/30/ficha_verpracrer/id_sessao=21&id_noticia=57578/ficha_verpracrer.shtml
http://abcnews.go.com/Health/texas-man-fractures-penis-taking-sex-supplement/story?id=17106956
Fernando Mesquita
Psicólogo/Sexólogo Clínico
Tel: 969091221
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