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Aprender a A.M.A.R.



● O amor tem de ser complicado?
● Por que é que, para algumas pessoas, viver a dois parece
tão simples e, para outras, é um verdadeiro calvário?

● Que mitos e crenças limitam a capacidade de amar?
● O que pode um casal fazer face às primeiras dificuldades?
● Qual é o segredo dos casais felizes?

Este não é apenas um livro de auto-ajuda.
É um verdadeiro manual sobre as relações que vai dar
resposta a estas (e outras) questões sobre o AMOR!
 
A partir da experiência como psicoterapeuta sexual e conjugal, o autor
recorre a exemplos de casos reais e a técnicas apoiadas na meditação
Mindfulness, na Terapia Cognitivo Comportamental e na Terapia da
Aceitação e Compromisso, para nos ajudar a identificar e a fortalecer
os quatro pilares das relações amorosas saudáveis:

(A)GIR
(M)OTIVAR
(A)CEITAR
(R)ESPEITAR
 
Não se limite a saber o que está mal na sua relação.
Aprenda a enfrentar e a ultrapassar esses problemas.
Descubra como pode ser mais feliz com aqueles que ama.
Porque nunca é tarde demais para
aprender a AMAR... e ser FELIZ!


Onde comprar:

- FNAC



Sexo oral é para mulheres vulgares



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"Tenho 35 anos, sou casado e tenho três filhos. Eu e a minha esposa temos discutido muito, principalmente, por incompatibilidade na nossa vida sexual. 

Ela quer fazer-me sexo oral, mas eu recuso. 

Penso que não é decente a minha esposa, mãe dos meus filhos, desejar práticas típicas de mulheres vulgares. 

Esse tipo de comportamento é completamente contra os meus princípios. 

Só de pensar nisso fico deprimido. Como ultrapassar esta situação?"




A NOSSA RESPOSTA


Caro leitor acredita-se que na Era Egípcia, o sexo oral era uma prática comum entre as meretrizes que pintavam a boca como se fosse uma vulva para excitar os clientes. Desde então a prática sexual, que estimula os órgãos genitais com a boca, continua a ser alvo do preconceito pelas pessoas mais conversadoras, embora, hoje em dia, seja uma das atividades sexuais mais comuns entre os casais. 

A textura, a temperatura, e humidade da boca e da língua podem provocar sensações altamente prazerosas nos órgãos genitais. 

Porém, o que é altamente excitante para algumas pessoas pode não ser para outras. Uma percentagem significativa de mulheres e homens não se sente à vontade com o sexo oral. Na maioria destes casos, muitas vezes podemos encontrar uma visão distorcida da sexualidade baseada numa educação sexual rígida que acaba por provocar sentimentos de nojo e aversão. 

Mesmo com toda a abertura sexual, que se vive nos dias de hoje, algumas pessoas encaram as práticas sexuais, que não tenham relação com a reprodução, como pecaminosas ou nojentas. Ao sexo oral acresce ainda o facto de implicar o contacto da boca com os genitais, partes do corpo muitas vezes vistas como impuras ou sujas. 

Gostar ou não de uma prática sexual é algo pessoal, que depende da intimidade do casal e da capacidade de se permitir a vivenciar a experiência. O mais importante é que a intimidade seja um momento prazeroso para ambos.

Obrigado pela sua questão,

Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221




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Não o amo ... mas não quero perdê-lo




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"Num período em que me afastei do meu namorado conheci outra pessoa. Essa relação não resultou mas marcou-me profundamente a forma como nos dávamos sexualmente. 

Voltei para o meu namorado e, apesar da relação ser praticamente perfeita, sinto pouca vontade sexual, pois tenho um termo de comparação que não consigo apagar. 

Questiono-me se, eu e o meu namorado, não passamos de bons amigos mas, ao mesmo tempo, não consigo imaginá-lo com outra mulher."




A NOSSA RESPOSTA


A questão que coloca é complexa e não é fácil dar uma orientação precisa. Dificilmente alguém poderá dar-lhe uma orientação, ou indicar-lhe um caminho, visto que nem a própria leitora compreende o que vai no seu coração. 

Resta-me alertá-la que as comparações, apesar de inevitáveis, são perigosas. 

Não existem relações perfeitas. Temos sim de tentar encontrar a nossa felicidade numa relação que nos faça sentir mais próximos daquilo que desejamos e, neste aspecto, somos todos muito diferentes. Cada pessoa deve avaliar as prioridades que estabelece para uma relação amorosa. 

É óbvio que o sexo é muito importante, mas não é a única variável importante numa relação. Dedique algum tempo para avaliar o que sente. Não se culpabilize se verificar que já não sente o mesmo pelo seu namorado actual. 

Evite ficar presa a pensamentos onde o imagina com outra pessoa. Essa é uma postura egoísta e que, ao mesmo tempo, está impedi-la de também poder ser feliz. Se verificar que já não sente amor por esse homem, que sentido faz permanecer numa relação, onde se sente infeliz, só para que ele não possa seguir também o seu caminho?

 Pense nisso!

Obrigado pela sua questão,


Psicólogo - Sexólogo Clínico
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Casamento sem SEXO


Casamento sem sexo? 
Existe mesmo? 

Para alguns, pode parecer estranho... 
Mas, para outros, é extremamente familiar, pois vivem exatamente isso: 
um casamento sem sexo! 

É difícil saber com exatidão quantos casais vivem sem manter relações sexuais. Algumas pesquisas referem que aproximadamente 11% dos casais não tem relações sexuais há mais de um ano. Na prática clínica, é possível ouvir relatos de casais que não têm relações há anos. 

O que leva um casal a permanecer junto nestas circunstâncias?

Alguns permanecem casados pelo desejo de manter a família, outros pela cumplicidade afetiva, outros, ainda, pelo medo de viverem sozinhos. Existem aqueles também, que ficam juntos pelos filhos. O fato é que, mesmo quando dizem que há amor, muitos casais não praticam sexo.

O desgaste promovido pela rotina,  o stress e  o cansaço do dia a dia são os principais vilões  nestes  casos.  Muitas pessoas acomodam-se e vão espaçando a atividade sexual. E quanto menos sexo fazem menos desejo sexual têm, pois está comprovado que a baixa frequência sexual leva à diminuição do desejo.

Alguns casais têm uma vida sexual pouco intensa desde o início da relação e, com o passar do tempo, a ausência de momentos de sexo é cada vez maior. É lógico que existem diversos motivos para o fato. Muitos pares relatam que após a chegada dos filhos passaram a vivenciar apenas o papel de pai e mãe, deixando adormecer o homem e a mulher dentro de si. Outros, com o passar do tempo deslocam a libido para a profissão e para a vida familiar.

É muito comum também que, após algum tempo de casados, os parceiros engordem. As mulheres que sempre foram cobradas pela sociedade para ter um corpo perfeito evitam mostrar o corpo aos parceiros. Isso acaba por ter um impacto negativo não só no seu desempenho, como também na frequência sexual.

Na verdade, todos estes exemplos podem ser apenas a manifestação de uma causa muito mais profunda. Cada um dos cônjuges pode ter conflitos intrapsíquicos que interferem negativamente no seu desejo sexual.

Outro fator que merece ser citado e considerado é a história do sexo no casamento. Assim, poderemos entender o porquê de tanta falta de desejo, erotismo, tesão e namoro entre os casais.

A instituição casamento foi criada na idade média para atender os interesses políticos e económicos daquela época. Era comum os noivos conhecerem-se no dia da cerimónia, portanto não havia nenhum vínculo afetivo, nem sexual, entre eles. O objetivo do sexo no casamento era meramente a procriação. Assim, os filhos cresciam vendo o distanciamento afetivo e sexual dos pais. Desta forma, este  hábito foi-se prolongando de geração em geração, fazendo parte do inconsciente coletivo de homens e mulheres. Assim, muitos casais acabam  por repetir este padrão de comportamento.

Hoje muitas pessoas desejam e procuram conscientemente viver um casamento onde o amor e o prazer sexual caminham juntos. É a primeira vez na história da sexualidade que o ser humano tenta criar relações duradouras onde haja paixão, desejo e prazer sexual. Esse é um grande desafio para os casais modernos.

É importante lembrar que a ausência, ou a baixa frequência, das relações sexuais num casamento só é considerada como problema se um dos cônjuges estiver insatisfeito.

Para a sexologia não existe uma frequência normal ou ideal, o importante é que o casal esteja adequado e satisfeito com o seu próprio ritmo sexual. Se a insatisfação existir, é interessante que o casal busque uma terapia sexual para resolver a questão e desfrutar  de uma vida sexual com muito mais prazer! 

Adaptado do original de ne10.uol.com.br

Voltei para ele mas quero acabar tudo de vez




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“Dr. Fernando 

estive divorciada durante 2 anos de um homem devido ao abuso de drogas, álcool e faltas de respeito. Mas com as promessas de que ia mudar, acabei por largar o meu emprego, família e voltei para ele.

Mas aos poucos ele voltou aos comportamentos antigos. 

Agora desejo terminar tudo de vez só que estou em casa dele, não tenho emprego, e afastei-me de toda a família para voltar para ele. Não sei o que fazer.”




A NOSSA RESPOSTA


Cara leitora, 

muitas vezes, por muito que se deseje, o parceiro não satisfaz nem preenche as necessidades afetivas e sexuais. E o fim da relação, por mais doloroso que seja, pode ser a saída mais sensata. 

Na maioria dos casos, a separação surge após a constatação da impossibilidade da concretização dos sonhos e fantasias idealizadas com o outro. A dor de desfazer essas fantasias leva a que muitas pessoas permaneçam em relações doentes, e tentem restabelecer vínculos antigos, mesmo sabendo que são muito poucas as possibilidades de que as coisas melhorem ou sejam diferentes. 

Muitas vezes, mesmo perante as maiores evidências, interpretamos as situações segundo as nossas expectativas. E pode ter sido isso que levou a leitora a creditar nas palavras desse homem, a ponto de se afastar de familiares e a largar uma vida profissional estável. 

Acontece que agora, apesar de insatisfeita, a leitora ainda não acredita plenamente que pode ter uma vida melhor. Quando tiver a coragem de olhar-se ao espelho e confiar nas suas capacidades, irá ganhar energia para enfrentar o que é preciso enfrentar e, então, tomar conta da sua própria vida!

Obrigado pela sua questão,

Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221




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Quero livrar-me do mal da homossexualidade



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Boa noite,

sou homem e fiz esse e-mail, falso para ocultar a minha identidade. 

Olá pessoal, tenho 21 anos de idade e quando era criança tive vários, atos homossexuais com amigos e com um tio que praticava comigo coisas que nem sabia que eram feias, mas gostava e fui crescendo com isso até hoje.

Nunca pratiquei sexo com homem nenhum, e nem com mulheres. 

Já tive 3 namoradas e sempre consigo ter ereção com elas, só que penso que não vou conseguir chegar até a hora de penetrar. Não quero isso para a minha vida, quero ter filhos e esposa, não quero ter relações com homens. 

Até fico com raiva de ver os homossexuais que se vestem como mulheres. 

Não sei o porquê, sinto atração por homens fortes, ou homens que conheço apenas por isso. Tenho o vício de ver pornos gay e depois fico arrependido. Já tentei ficar sem ver, mas o desejo e a tesão é mais forte e sempre voltava a ver os pornos. 

Não sei mais o que eu fazer para me livrar desse mal. 

Eu sinceramente NÃO quero ser isso, não quero isso para a minha vida. 

Isso não é normal. Isso é uma doença que sei que posso me livrar, só não sei como ainda, mais creio que irei conseguir. 

Sou muito católico desde pequeno frequentei a igreja, quando era criança tinha mais amizades com meninas mas quando cheguei à adolescência preferia fazer mais amizades masculinas onde até hoje tenho e sempre conversamos assuntos realmente heteros, pós eles não sabem nada desse meu sofrimento que passo. 

Espero que Deus me possa livrar disso tudo e eu possa ser um novo homem livre desse demónio da homossexualidade."



A NOSSA RESPOSTA


Caro leitor 

pertencer a uma minoria, muitas vezes, significa ter de enfrentar o preconceito que, apesar de descabido, ainda existe. O que é diferente da maioria provoca espanto, sejam elas minorias raciais, sociais, religiosas ou de orientação sexual, porém isso não quer dizer que sejam mais ou menos “normais” que os demais. 

No entanto, pior que viver a homofobia exterior é ter de lidar com a homofobia internalizada, ou seja, aquela que vem da própria pessoa. Alguns homossexuais, muito antes de perceberem a natureza da sua orientação sexual, são invadidos por mensagens negativas face à homossexualidade e iniciam um processo psicológico de auto-rotulação negativa das suas próprias emoções e comportamentos. Este processo leva a que sintam vergonha face à possibilidade de serem identificados como homossexuais. Esta sensação de vergonha pode ser o resultado do confronto com possíveis ameaças externas e internas e o bem-estar emocional do próprio depende da forma como ele as gere. 

Felizmente, desde 1973, a homossexualidade deixou de ser considerada uma perturbação mental, pela generalidade das associações de médicos e profissionais de saúde. Portanto, o conceito de “normalidade” não deve ser utilizado no que diz respeito à orientação sexual. No entanto, infelizmente, a sociedade ainda recorre à orientação sexual como um critério de classificação das pessoas, o que leva a que muitos homossexuais não vivam livremente a sua sexualidade e reprimam a sua atração fisica, emocional, e erótica por pessoas do mesmo sexo. 

Para que consiga viver a sua vida plenamente, procure ajuda de um terapeuta que o ajude a libertar-se da culpa e a aceitar a sua sexualidade como um aspeto positivo da sua identidade.

Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221




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Amor platónico e a baixa auto-estima


Quando pensamos em amor platónico, geralmente voltamos à nossa adolescência, àquela paixão pelo professor ou professora, pelo garoto ou garota mais popular da escola ou pelos ídolos da TV e do cinema. Um amor idealizado, com um tom de glamour, ilustrado por cenas e beijos imaginários.

Crescemos, e esses sonhos ficam no passado. Porém, quantas vezes não acabamos reproduzindo os antigos amores platónicos de uma nova maneira? Eles passam a ser direcionados a pessoas mais próximas, são amores aparentemente mais "possíveis". Porém, ainda assim, mantêm a inviabilidade da concretização do vínculo amoroso. Uma distância do ser amado que se manifesta em diferenças que podem ocorrer no âmbito social, de idade, hierárquico, por meio de uma relação proibida, ou simplesmente por um bloqueio em demonstrar o sentimento, que acaba tornando a pessoa amada inalcançável. Assim, percebemos que todas as manifestações do amor platónico guardam a mesma característica: a impossibilidade.

A PESSOA DESEJADA SIMBOLIZA ALGO QUE NOS FALTA

Esses amores impossíveis costumam refletir algo que admiramos: a beleza, a inteligência, o charme ou alguma habilidade especial de certa pessoa que nos faz desejá-la. Ao olharmos para essa profunda admiração, que pode chegar à idolatria, é interessante perceber que aquilo que tanto apreciamos no outro é na verdade aquilo que, de alguma forma, não conseguimos enxergar em nós mesmos.

Se pensarmos bem, a adolescência é uma fase em que a autoestima e a individualidade passam a ser mais decisivas na nossa vida. O amor platónico adolescente representa esse referencial daquilo que queremos ser e ter, podendo ser positivo ao estimular a busca por aquilo que se deseja - a princípio visto como algo externo, em outra pessoa.

O fator platónico do amor torna inalcançável externamente aquilo que, na realidade, buscamos dentro de nós mesmos.

Projetamos externamente as possibilidades para conquistar aquilo que só será alcançado dentro de nós, mas que colocamos fora do nosso alcance, de alguma forma nos distanciando de nossa própria realização. A pergunta a se fazer é: por que continuamos a tornar inalcançável justamente o que mais desejamos, projetando isso no outros?

O LADO CÓMODO DAS ILUSÕES

Viver as ilusões de um amor platónico faz parte de nosso amadurecimento afetivo. Porém, a repetição dessa situação requer a compreensão do que está por trás dessa busca inconsciente pelo impossível. É fácil perceber que esse tipo de amor traz implícito um medo, uma fuga. Alimentar-se da ilusão, ainda que não traga a tão sonhada concretização do amor, é mais seguro e confortável do que encarar a realidade e todos os confrontos inevitáveis na vivência dos relacionamentos. A vida real é muito mais sem graça, menos glamourosa e bem mais trabalhosa do que o amor idealizado. O final feliz dos filmes e contos de fadas não é a regra geral para a maioria das relações afetivas.

POR QUE TEMOS MEDO DE ENCARAR OS MEDOS?

Muitas vezes ficamos prisioneiros da nossa dificuldade de nos mostrar, de nos expor e de nos colocar para o outro. Com medo de nos sentirmos expostos, submissos, e até mesmo humilhados por uma possível rejeição, fechamo-noss em nós mesmos. O nosso maior desejo é viver o amor, porém, o nosso maior medo é demonstrá-lo para quem amamos. Assim o que mais queremos passa a ser nosso maior medo.

Os motivos que criam o medo de viver o amor real podem ter as mais variadas raízes: vivenciar quando criança um relacionamentos nocivo dos pais, vivenciar pessoalmente, e/ou ver a sua volta experiências afetivas traumáticas, situações traumáticas de rejeição e abandono que ficam gravadas no campo emocional (ainda que hoje possam não parecer um problema). A rejeição traz sempre uma dor muito intensa. Porém, essa dor geralmente tem raízes mais profundas, e é nelas que devemos nos focar para encontrar caminhos para viver o amor de maneira mais verdadeira e saudável.

A dor da rejeição representa uma fragilidade, criando uma ferida que nos faz deixar de acreditar em nós mesmos, enfraquecendo a autoestima e poder pessoal.

O AMOR PLATÔNICO COMO UMA OPORTUNIDADE

Por meio dos amores platónicos a vida desafia-nos a vencer os nossos medos, e com isso fortalecer a autoestima e o poder pessoal. Tais experiências convidam-nos a superar a nós mesmos, para assim estarmos aptos para viver o amor de verdade!

Reflexões:
Você tende a apaixonar-se por pessoas inalcançáveis?
Você tem preguiça de interagir socialmente?
Você tem dificuldades em lidar com as diferenças pessoais?
A intensa admiração por alguém faz você ignorar outras características da pessoa não tão positivas assim?

Quanto maior o número de respostas positivas, maior a probabilidade de você sentir atração por amores platónicos. Procure refletir e perceber, de acordo com os aspetos abordados no artigo, quais medos podem estar lhe afastando da vivência real dos relacionamentos afetivos. Caso sinta dificuldade, a orientação terapêutica pode ser de grande ajuda.

Fonte: Personare