Como é que se esquece alguém que se ama?


Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está? 

As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguém antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar. 

É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução. 

Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha. 

Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado. 

O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.


Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'


Será que ele é gay?



"Como posso saber se ele é gay?"

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Namoro há dois meses com um rapaz, mas começo a pensar que ele é gay. Sempre que estamos com os meus amigos, não me liga nenhuma e parece estar sempre a seduzi-los. O que poderei fazer para ter a certeza?

P.G. - Abrantes


A nossa resposta

Cara leitora se espera uma resposta para saber se o seu namorado é heterossexual, gay, bissexual, ou outra coisa qualquer, não vai encontrar em livros ou revistas. No fundo, a única pessoa que consegue responder à sua questão é o seu namorado! 

Procure um momento, em que ambos estejam calmos e que não possam ser interrompidos, para ter uma conversa sincera com ele. Poucas pessoas conseguem ser honestas em situações que se sentem pressionadas, julgadas, atacadas ou até odiadas. 

Aceite que ele pode não ter uma resposta imediata para as suas perguntas. Algumas pessoas não conseguem definir claramente a sua própria orientação sexual. Nem todas sentem que se “encaixam” nos padrões da heterossexualidade ou homossexualidade exclusiva. 

Independentemente da orientação sexual do seu namorado, quando falar com ele, aborde a vossa relação como um todo e não apenas sobre esta questão em particular. Para isso, pense noutras situações da vossa vida (em separado e como casal). 

Por vezes podemos cair na armadilha de procurar um “bode expiatório” para justificar todas as nossas atitudes. As dúvidas que coloca não terão como propósito evitar confrontar-se com outras questões? 

Uma vez que esta questão pode ser emocionalmente complicada para ambos procurem a ajuda de um psicoterapeuta qualificado.

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HIV provoca "suicídio em massa" das células de defesa





Um processo inflamatório seguido por uma forma “explosiva” de morte celular está por trás da destruição do sistema de defesa de quem tem HIV, de acordo com duas pesquisas publicadas recentemente nas revistas “Nature” e “Science”.

Os estudos vão além, ao propor que um anti-inflamatório que já está em testes com humanos para tratar psoríase (doença inflamatória que se manifesta na pele) e epilepsia seja avaliado em pessoas com HIV, para evitar que suas células de defesa CD4 morram.

Os trabalhos, feitos pelo laboratório liderado pelo pesquisador Warner Greene, dos Institutos Gladstone, nos EUA, afirmam ter desvendando pela primeira vez os caminhos químicos exatos que levam a essas reações responsáveis pela morte da maior parte das células de defesa CD4, linfócitos que são o alvo do HIV.

Diferentemente do que se possa pensar, só uma minoria das células CD4 morre por causa da infecção pelo HIV propriamente dita.

Em aproximadamente 95% das células que morrem, a causa foi o “suicidio” após tentativas frustradas do vírus de completar seu ciclo.

O “ideal” para o HIV é ligar-se ao linfócito CD4 e escravizá-lo para produzir novas partículas virais. Mas na maioria dos casos o processo de replicação não se completa, deixando só restos de DNA viral na célula.

Os restos causam uma reação inflamatória que leva à morte da célula. Esse processo “explosivo” espalha o conteúdo do citoplasma da célula morta, que contém substâncias pró-inflamatórias. Elas atraem novas CD4 e o ciclo começa de novo.

Como o próprio nome indica, a SIDA (síndrome da imunodeficiência adquirida) é caracterizada pela redução da capacidade do corpo de manter duas defesas. Hoje, as drogas do coquetel anti-HIV conseguem interferir no processo de replicação do vírus, reduzindo sua presença no corpo, mas não acabam com ela completamente.

Se fosse possível evitar a destruição do sistema imune, a pessoa ficaria só com o vírus em circulação, mas sem sofrer seus efeitos.

Adaptado do Original de Mega Arquivo

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Porque se diz "Ele tem tomates"?


Porque se diz que uma pessoa corajosa "Tem tomates"?

A relação entre coragem e testículos não é evidente, a priori. A maioria dos homens ja deve ter reparado que, em situação de fraqueza devido ao frio ou ao medo, os testículos encolhem e se recolhem no corpo.

Muito provavelmente a descoberta da castração ocorreu por acaso, na sequência de um acidente que teria castrado a vitima. É verdade que a castração é conhecida desde a Antiguidade. Não sei quem foi que teve a ideia de castrar um homem ou um touro. Seja como for, descobriu-se que um animal sem testículos era mais dócil, desenvolvia mais gordura e interessava-se menos pelo deboche, o que era prático, tanto para os animais de quinta como para os guardas de haréns.

Como é evidente, a endocrinologia não era conhecida. Serão necessários muitos séculos até a biologia demonstrar que os testículos produzem uma hormona masculina, a testosterona. Esta hormona actua sobre o corpo, contribuindo para produzir músculo, mas também sobre o cérebro e o pénis, por intermédio da sua acção na libido e na erecção. Estes efeitos são visíveis nos homens submetidos a castração por razões médicas: a libido diminui bruscamente devido à quebra da testosterona. Não obstante, este facto não permite deduzir a existência de uma relação simples entre a testosterona e a sexualidade.

É conhecido, por exemplo, o efeito de retroalimentação no circuito da testosterona: a testosterona aumenta a actividade sexual, mas também aumenta graças a esta última (os homens segregam mais testosterona enquanto vêem um filme pornográfico). É por isso que é difícil dizer se os engatatões vão para a cama mais vezes porque têm mais testosterona, ou se têm mais testosterona porque vão para a cama mais vezes.

Algumas investigações mostram que a testosterona induz uma certa forma de agressividade: aumentaria, por exemplo, imediatamente antes de uma competição desportiva. Mas esta associação entre a testosterona e o "ter tomates" pode levar a cometermos pelo menos 3 erros:

O primeiro consiste em fazer da coragem uma característica relacionada com a testosterona. É verdade que aumenta a libido e, talvez, em certa medida, a agressividade, mas nada tem que ver com o carácter. Um indivíduo pode ser corajoso sem ser megalómano ou maníaco do sexo, e, inversamente, o cobarde agressivo e libidinoso é uma realidade.

Mesmo que a testosterona aumentasse a coragem, o segundo erro está em transformá-la numa característica exclusivamente masculina. Com efeito, as mulheres também produzem testosterona nos seus ovários - em menor quantidade que os homens nos seus testículos, mas produzem. Na mulher, de resto, é a subida da testosterona que aumenta o desejo quando a ovulação se aproxima.

E, em terceiro lugar, o poder da testosterona deve ser relativizado. Como demonstraram algumas investigações,a testosterona, para actuar, transforma-se, em certas situações, numa hormona feminina - o estradiol.

Acabámos de apresentar boas razões para repor no seu devido lugar o velho mito que situa as virtudes masculinas nos "penduricalhos". Homens e mulheres possuem hormonas masculinas e femininas simultâneamente, e é tempo de acabar com esse mito de uma dualidade psicológica baseada nas hormonas.

O mito gerou muitos absurdos, como o de alimentar a ideia de uma "força de carácter" instalada nos testículos. Apesar da sua popularidade, a expressão "ter tomates" é machista e infundada.

Adaptado do original de "A angústia do chato antes do coito", Antonio Fischetti

Testosterona vs Calvície


"Não quero perder o desejo sexual
mas também não quero ficar careca"

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Sempre tive uma vida sexual muito ativa. Acontece que agora aos 40 anos comecei a notar que estou com queda de cabelo. Os meus colegas dizem-me que é sinal que tenho excesso de testosterona. Será verdade? Não quero perder o desejo sexual mas também não quero ficar careca. O que posso fazer para evitar isso?
R.S. - Aveiro


A nossa resposta

Caro leitor a ideia de que os homens com mais testosterona têm maior queda de cabelo e que ficam carecas precocemente não passa de um mito. Essa ideia vem da expressão “é dos carecas que elas gostam mais”, já que o alto nível desta hormona está associada ao desempenho sexual. 

É verdade que o crescimento de pêlos, em algumas zonas do corpo, está diretamente ligado à produção de testosterona, tanto nos homens como nas mulheres. Por exemplo, é por volta dos 12 anos de idade que esta hormona começa a ser produzida e surgem os primeiros pêlos no rosto, tronco, nádegas, virilha e monte púbico. 

Porém, outras zonas do corpo como braços e pernas não são afetadas pela maior ou menor produção de testosterona, por isso denominam-se de pêlos independentes. 

No entanto, o que se relaciona com a queda de cabelo é a diidrotestosterona, que é uma transformação da testosterona. Essa é a hormona que aumenta a queda de cabelo nos homens e a sua produção depende de fatores locais do couro cabeludo, e não da quantidade de testosterona que circula no sangue. As pessoas calvas têm enzimas, no couro cabeludo, com uma maior capacidade de transformar a testosterona do sangue em diidrotestosterona para agir no folículo capilar. 

Existem vários fatores determinantes para a queda de cabelo, mas que devem ser avaliados de acordo com cada pessoa. A genética muitas vezes pode ser a causa da queda e, neste caso, poucas vezes há precaução, mas há vários tratamentos estéticos que revertem esta situação, pelo que deverá consultar um dermatologista.

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Brinquedos para meninos e meninas



O Natal está à porta e a azafama das compras, principalmente para os mais pequenos, já começou.  Mas uma preocupação bastante frequente e que, na minha cabeça e de muita gente, não faz sentido é a relação dos brinquedos com a sexualidade da criança. Na melhor — ou pior? - linha de pensamento "azul é para os meninos e o rosa para as meninas", os pais acreditam que os filhos nem podem tocar numa boneca e não é permitido às meninas brincarem com carrinhos.
Calma, vamos tentar entender... 

Primeiro de tudo, rosa e azul nem sempre foram cores de meninos e meninas, respectivamente. Na década de 1910, por exemplo, o rosa era uma cor de macho. Isso mesmo. Na época as pessoas acreditavam que a dramaticidade e força do rosa eram a cara do homem.
Isto quer dizer que seu avô ou bisavô passou a infância vestido de cor de rosa. E isso mudou alguma coisa na forma dele se relacionar com o mundo ou em sua orientação sexual? Não! E, sim, existiam gays naqueles tempos.
A seguinte imagem, que discutia o assunto dos brinquedos, fez sucesso no Facebook. Olha só:


A explicação faz sentido e as imagens, de meninos e meninas a brincarem com o mesmo tipo de brinquedo, também. Infelizmente ainda há muitas escolas que não adotaram a postura de não reprimir a escolha das crianças na hora da brincarem e o resultado são crianças mais frustradas e inseguras.
Homens têm filhos, portanto não há problema em brincar com bonecas, assim como arrumam a casa, passam roupa, cozinham e levam o cão à rua. Por outro lado, as mulheres conduzem, consertam as coisas em casa e praticam desporto. Qual é o problema de "treinarem" tudo isso desde crianças?
Na Suécia, uma empresa criou um catálogo de brinquedos sem distinção de género. O mesmo ainda não acontece por cá, e talvez este seja o caminho para que serviços domésticos sejam divididos equitativamente e o respeito entre os géneros se fortaleça.


Hoje, uma das maiores dificuldades apontadas pelas mulheres na hora de explicar por que perdem o toda aquela libido do namoro é a falta de divisão das tarefas domésticas. Que tal ajudarmos os nossos filhos a terem uma vida mais feliz e sem amarras?


Adaptado do original de Yahoo.mulher

Manter o desejo sexual nas relações



O desejo sexual é uma equação complexa. Numa relação de longa duração, é natural que o desafio seja ainda mais complexo. Mas a solução é possível. Veja como é que um casal pode começar já a resolver esta equação.

Os relacionamentos íntimos são um aspecto central da vida adulta. Sabemo-lo não só por uma questão cultural mas também com algum suporte científico: a qualidade dos relacionamentos tem implicações não só na saúde mental, mas também na saúde física e até na vida profissional de homens e mulheres.

Quando pensamos numa relação a longo prazo, pensamos na possibilidade de um projeto conjunto. A procura da estabilidade é uma das grandes lutas que enfrentamos quando queremos constituir família. Mas a vida de casal não vive apenas de objetivos. E a estabilidade não pode ser o seu único suporte.

Uma relação longa é uma relação em transformação. E é natural que o nível de satisfação também varie com o decorrer dos anos de convívio. A vida sexual não é imune a isto. Num mundo em constante aceleração, por vezes torna-se difícil o casal conseguir dedicar espaço e tempo da sua vida ao erotismo. Mas é importante lutar por isso. A bem do desejo e da relação.


Uma relação em transformação

A ideia de casamento sempre serviu para piadas sobre a vida sexual. Ou a falta dela. Mas as piadas servem também para denunciar um pouco os nossos receios. Afinal de contas, quem assume uma relação de longa duração até pode estar "avisado" para as dificuldades que poderão surgir. Mas há uma genuína vontade de fazer com que a relação continue, feliz – e que a vida sexual dos primeiros tempos não se transforme em frustração.

Fernando Mesquita é psicólogo clínico e sexólogo e explica-nos que "é esperado que existam variações de desejo sexual ao longo do ciclo de vida de um casal". É frequente no início da relação, os casais sentirem uma vontade enorme de fazer amor em qualquer oportunidade. No entanto, diz-nos, "com o passar dos anos verifica-se, em muitos casais, um maior desinvestimento na componente sexual. Corre-se assim o risco de o desejo sexual ficar submerso pelas questões do dia-a-dia, como as contas para pagar ou a educação dos filhos".

O psicólogo explica-nos que os problemas no desejo sexual podem ter três origens diferentes: fisiológicas, psicológicas ou diádicas (ou seja, dizem respeito aos dois elementos do casal).
  
Entre os problemas de origem fisiológica podem contar-se fatores como alterações hormonais, como é o caso da diminuição da 'famosa' hormona associada ao desejo, a testosterona (um problema que ocorre principalmente nos homens, embora as mulheres também possam estar sujeitas à sua variação no organismo), ou de estrogénio (nas mulheres); efeitos secundários de alguma medicação; o consumo de tabaco, álcool e outras substâncias mas também doenças que podem ter impacto na vida sexual do individuo, como é o caso da diabetes ou da hipertensão arterial – cuja incidência aumenta também com a idade.

Entre os fatores psicológicos encontram-se questões tão distintas como uma baixa autoestima, o cansaço, a ansiedade, o stress do dia-a-dia, a depressão e tabus ou crenças que possam condicionar a relação de um com a sua sexualidade.

Em entrevista ao MSN Saúde, Ana Carvalheira, psicóloga e antiga presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, adiantava-nos as conclusões de um estudo que envolveu 4 mil portugueses, a propósito da sua vida sexual. Quando se questionou sobre os principais condicionantes ao desejo sexual entre os homens portugueses, o stress profissional e cansaço surgiam nos dois primeiros lugares, com as questões relacionais a serem referidas em terceiro lugar.

Estas questões relacionais fazem parte daquilo a que Fernando Mesquita designa como fatores diádicos. E neste caso podem encontrar-se questões como o desgaste da relação, a ausência de partilha de afetos, dificuldades comunicacionais ou conflitos não resolvidos na relação, a monotonia, a perda da atratividade pelo/a parceiro/a, que pode decorrer de mudanças físicas, entre outros.

Como vimos, o tempo de relação e a idade são fatores que devem ser tidos em conta. Mas convém evitar assumir generalizações. Como nos explica Fernando Mesquita, mesmo após a menopausa «algumas mulheres chegam mesmo a experienciar uma melhoria na vida sexual, pois não receiam uma gravidez indesejada e, geralmente, os filhos já saíram de casa, o que lhes permite estar mais "à vontade"».

Aprender e aceitar diferenças

Fernando Mesquita esclarece que não há diferenças significativas, entre homens e mulheres, quanto ao apetite sexual no período de paixão. No entanto, nas relações a longo prazo verifica-se por vezes uma diminuição da iniciativa sexual, nas mulheres, após o aparecimento dos filhos. Atualmente, ainda são a mulheres quem apresenta uma maior incidência de queixas devido à diminuição do desejo sexual. Ainda assim, tem-se verificado um aumento no número de homens que procura ajuda por este problema.

A satisfação de um casal (uma relação feliz, se preferirem) é, sem dúvida, um conceito subjetivo. Implica a forma como os nossos desejos e necessidades são recebidos pelo outro. Mas também o que somos capazes de dar ("Dar e Receber / Devia ser a nossa forma de viver" já cantava António Variações).

O desejo sexual é uma questão complexa. Pode até ser mais flutuante nas mulheres do que nos homens, mas o desafio existe para os dois membros do casal. Erroneamente, alerta Fernando Mesquita, "muitas pessoas pensam que a diminuição de desejo sexual é sinónimo de falta de paixão ou amor".

A vida atual é feita de correrias. Há uma pressão constante para nos sentirmos realizados nas mais diversas esferas da nossa vida. Assente na ideia de que é assim que as coisas são, corremos à procura da realização nas mais diversas áreas: a profissional, a económica, a social, a cultural, a intelectual... e fazemos isto tudo num mundo competitivo em que o sexo muitas vezes é falado como se de uma performance atlética se tratasse. Se em tempos o sexo era sinónimo dos mais diversos tabus, hoje em dia corremos o risco daquilo que Ana Carvalheira refere como "a banalização do sexo". Este ritmo de vida pode perturbar o erotismo de uma relação. É por isso que há que saber contrariá-lo.
  
O que fazer?

Manter o desejo sexual dependerá muito do tipo de relação existente. Fernando Mesquita esclarece que "com as fantasias, a vida sexual ganha uma diversidade que seria impossível no dia-a-dia e permite, em muitos casos, estimular ou recuperar a intensidade do desejo. Saber lidar e aceitar, as fantasias sexuais, pode ser o melhor afrodisíaco para estimular e recuperar a intensidade do desejo numa relação".

Não existem receitas absolutas. Mas existem conselhos imprescindíveis. A comunicação deve ser prioritária. É com ela que vamos conhecendo o outro. E no que ao desejo sexual diz respeito, é importante uma espécie de back to basics: como nos diz o psicólogo, deve-se "encarar o sexo como uma forma de ter e dar prazer". E a partir daqui temos muito que podemos fazer.

O desejo e o erotismo apreciam sempre alguma novidade. Daí que seja importante variar a vida sexual. "O casal deve partilhar fantasias e conversas que estimulem o desejo sexual", aconselha o psicólogo. "É importante que se recordem que podem haver interesses sexuais diferentes e que a razão não pertence exclusivamente a um dos elementos do casal".

A este propósito, Fernando Mesquita adianta ainda que "diversos estudos têm mostrado que a capacidade orgástica das mulheres está relacionada positivamente com um relacionamento mais afetivo com o companheiro e com a prática da masturbação".

A não obrigatoriedade do coito pode também por isso ser útil em certos momentos. A sexualidade não é apenas o momento da penetração. Não é uma questão de mecânica a precisar de afinação. Numa relação longa, a sexualidade depende de toda a envolvente. E pode começar numa simples carícia pela manhã, continuar com a conversa à hora de jantar, antes de chegar aos lençóis da cama.

Fernando Mesquita sugere mesmo que os casais "estipulem que pelo menos um em cada cinco encontros sexuais não há penetração para que tenham prazer doutras formas". É uma forma de variar a vida sexual, sem ter receio de "brincar" com a própria intimidade do casal.

A prática de exercício físico também não deve ser descurada. O exercício físico, além dos efeitos físicos que facilmente sentimos, aumenta também os níveis de energia e, consequentemente, a autoestima e o desejo sexual. O mesmo se aplica a uma alimentação equilibrada, que fortaleça a líbido.

E caso o problema seja mesmo a diminuição da atracão pelo/a parceiro/a, Fernando Mesquita aconselha os membros do casal a procurar identificar o que levou a essa diminuição, para que o problema possa ser trabalhado em conjunto. O que também nos recorda do ponto fulcral que um casal tem de desenvolver, para defender a própria relação: a comunicação.

É certo que já existem fármacos que podem ajudar. Mas na química do amor há mais a ter em conta do que a simples resposta física. Daí que o psicólogo faça questão de recordar a utilidade da terapia conjugal/sexual.

E o maior erro que se pode cometer é deixar adiar o problema, esperando que o tempo o resolva. É um passo em falso porque no que ao desejo diz respeito, o tempo nem sempre é bom conselheiro. "Os casais cujos conflitos conjugais são mais recentes são aqueles que tendem a apresentar melhores resultados na terapia conjugal", recorda o psicólogo.

Acima de tudo, é importante ir quebrando os receios e pequenas vergonhas que muitas vezes nos limitam. E isto diz respeito não só ao desejo sexual, mas também à disponibilidade para procurar ajuda. Porque se é de amor que se trata, se é o que se deseja, vai valer a pena.

  

Uma questão de tamanhos ... do pénis



Certamente que já reparou que, o seu “principezinho” tende a diminuir em diversas situações como por exemplo quando é exposto a baixas temperaturas, quando faz exercício físico, ou quando você apanha um valente susto. Isto acontece porque, nestes casos, existe uma contração da musculatura cavernosa que o preenche, tal como quando apanha bastante frio e os seus músculos se contraem para minimizar essa sensação. A grande diferença é que o corpo está estruturado por ossos que limitam o encolhimento da musculatura, enquanto que o seu “garotão” é, digamos, "invertebrado". Outra explicação para que isto aconteça é que, quando sente frio, a pele tende a reduzir a superfície para perder o mínimo de calor. Isso também acontece no resto do corpo, mas uma vez que a pele que cobre o pénis é bastante elástica, ela fica toda enrugada e a diminuição do “bilau” torna-se ainda mais evidente.

Efeito sanfona - O comprimento do pénis varia de pessoa para pessoa. Conheça os tamanhos médios:

Em ereção (duro)
Peso - 150 g
Diâmetro - 3 a 4 cm
Circunferência - 9,5 a 12,5 cm
Comprimento - 12 a 18 cm

Flácido (mole)
Peso - 75 g
Diâmetro - 2 a 2,5 cm
Circunferência - 6,5 a 8 cm
Comprimento - 5 a 10 cm

Micro pénis
O pénis mais pequeno registado pelo Instituto Kinsey, da Universidade de Indiana, media 4,8 cm ereto. São considerados pénis pequenos os que tiverem menos de 4 cm quando flácidos e menos de 6 cm em ereção.

Micropênis* - Menos de 6 cm
Muito pequeno - 6 a 10 cm
Pequeno - 10 a 12 cm
Médio - 12 a 18 cm
Grande - Mais de 18 cm

Mini-me
Com jeitinho, os pénis pequenos podem dar bastante prazer às mulheres, afinal as vaginas costumam ter apenas 8 centímetros de profundidade (da vulva ao colo do útero) e a zona de maior sensibilidade fica nos primeiros 4 centímetros.

Meio metro sexual

O maior pénis registado é do ator pornográfico americano Long Dong Silver: 47,5 centímetros em estado flácido. Este é um exemplo evidente de que tamanho "não é documento", uma vez que, afinal o membro de quase meio metro nunca ficou totalmente ereto. Um em cada 500 mil homens no mundo é ultra-avantajado, alcançando mais de 30 centímetros durante a ereção.

Diferença raciais
Segundo o estudo "Diferenças raciais no comportamento sexual", publicado no Journal of Research in Personality, o comprimento médio dos pénis orientais eretos varia de 10 a 13,9 cm, enquanto o dos negros fica entre 15,8 e 20,3. Os caucasianos ficam no meio-termo: 13,9 a 15,2.

Adaptado do original de: mundo estranho



Veja também:
- "Pénis pequeno e musculação"
- "Micropénis e pénis pequeno"
- "Mito: os dotados dão mais prazer"
- "Tamanho do pénis"
- "Fractura do pénis"
- "Ciclo de vida do pénis"
- "Curiosidades sobre o pénis"
- "Bizarrias sexuais"