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Priapismo



PRIAPISMO - SABE O QUE É?

O nome vem do deus Priapo da mitologia grega, que tinha um pénis exageradamente grande e que permanecia sempre ereto.

O priapismo é uma emergência médica, geralmente dolorosa e potencialmente danosa, na qual o pénis ereto não retorna ao seu estado flácido, apesar da ausência de estimulação física e psicológica. A ereção dura em média 4 horas, e pode levar à disfunção erétil definitiva.

Os mecanismos que causam o priapismo são pouco compreendidos mas envolvem complexos fatores neurológicos e vasculares.

O priapismo pode estar associado a distúrbios hematológicos, especialmente a anemia falciforme e outras condições como a leucemia, talassemia e doença de Fabry, e distúrbios neurológicos como lesões e traumas à medula espinal (o priapismo já foi relatado em vítimas de enforcamento).

O priapismo também pode ser causado por medicamentos. Os medicamentos mais comuns que causam priapismo são as injeções intravenosas para o tratamento da disfunção erétil (papaverina, alprostadil). Outros grupos relatados são os antihipertensivos, antipsicóticos (por exemplo chlorpromazina, clozapina), antidepressivos (mais notavelmente a trazodone), anticoagulantes, e drogas recreacionais (álcool e cocaína). Os inibidores da fosfodiesterase tipo-5 (PDE5) como a sildenafila (popularmente conhecida como Viagra), a tadalafila e a vardenafila provavelmente não causam priapismo. Também pode ser causada por picada de aranha como por exemplo a aranha “armadeira”.

Lesão venosa

É a situação onde o sangue que chega ao pénis através das artérias, não consegue retornar ao corpo por uma obstrução no conjunto de veias que drenam o pénis. Por este motivo, a pressão do sangue dentro do pénis é elevada, com pouco oxigénio e a dificuldade do sangue chegar até as fibras sensitivas do pénis, gera um quadro doloroso.

Anemia falciforme, substâncias que provocam ereção artificial quando injetadas no pénis (papaverina), doenças neurológicas que geram um quadro de lesão de fibras nervosas envolvidas no mecanismo de ereção (hérnia de disco intervertebral, por exemplo) e algumas situações de utilização de medicamentos como hipotensores (prazosin), anti-depressivos (p.ex: fluoxetine = Prozac), anticoagulantes (heparina), bebidas alcoólicas e drogas como cocaína. Acidentes com grande lesão do períneo e hemorragia local podem também comprometer a drenagem do sangue peniano por compressão e gerar um quadro de priapismo.


Lesão arterial

É a situação onde há a ruptura de uma ou mais artérias que levam o sangue até o pénis. Nessa situação, o sangue chega em grande volume e de forma rápida ao pénis, enquanto o escoamento é lento, gerando assim o estado de ereção prolongada.

Condições que gerem ruptura das artérias que levam o sangue para o pénis como trauma perineal e/ou peniano. A grande diferença estará na consistência do pénis que nessa condição, não é de tanta rigidez como no caso da lesão venosa uma vez que mesmo que de forma mais lenta que à chegada do sangue, o sangue consegue deixar o pénis e por esse motivo, pode gerar um estado parcial de ereção e que pode perdurar por um longo período, sem causar dor e muitas vezes sem prejudicar o ato sexual.

As potenciais complicações incluem isquemia, coagulação do sangue retido no pénis (trombose) e o dano aos vasos sanguíneos do pénis podem resultar em disfunção eréteis ou impotência no futuro. Em casos mais graves, a isquemia pode resultar em gangrena, o que pode fazer com que a remoção do pénis seja necessária.

O tratamento do priapismo muitas vezes necessita de atendimento médico urgente. No caso da lesão venosa, a primeira conduta é puncionar o pénis para aspirar o sangue que se encontra estagnado dentro de pénis e pela mesma punção, introduzir substâncias como noradrenalina que ajudariam na detumescência (regressão da ereção) peniana. Caso essa manobra não solucione o problema, há necessidade de intervenção cirúrgica, para se criar uma comunicação de escape do sangue (chamada de shunt) e com isso, permitir a saída do sangue estagnado no interior do pénis. Na lesão arterial, muitas vezes a ligadura cirúrgica da artéria sangrante ou a obstrução dessa artéria por cateterismo (embolização) pode resolver o problema.
Adaptado do original de Mega Arquivo

Como aumentar a Lubrificação Vaginal



Durante a gravidez, a amamentação, a menopausa, e inclusive devido a diferentes alterações hormonais, a lubrificação vaginal pode ser afetada, tornando a penetração menos prazerosa. Muitas mulheres procuram lidar com esta situação recorrendo a lubrificantes disponíveis no mercado, mas existem alguns hábitos do dia a dia que podem ajudar a melhorar esta situação. Veja de seguida algumas medidas simples que facilitam a lubrificação vaginal:

1) Beba água - manter-se hidratada é fundamental para aumentar a lubrificação vaginal. Consumir pelo menos dois litros de água entre as bebidas e o líquido dos alimentos, é importante para o correto funcionamento do nosso corpo e para a produção de lubrificante de forma  natural.

2) Cuidado com a alimentação - refeições muito baixas em gordura afetam a produção de lubrificante vaginal, pois o estrogénio que influencia este processo precisa de colesterol para ser produzido. Se você tiver uma alimentação com pouca ou nenhuma gordura, provavelmente terá os seus níveis de estrogénio afetados, ocasionando problemas como secura vaginal e diminuição da lubrificação.

3) Higiene da zona íntima - existem produtos especialmente preparados para manter o equilíbrio do PH nesta delicada zona, sem ressecá-la, o que sem dúvida ajudará a favorecer a lubrificação vaginal.

4) Cuidado com o detergente para lavar a roupa intima - é melhor que seja sem perfume e especial para peles delicadas.

5) Preliminares, preliminares + preliminares - dedique tempo aos preliminares para conseguir uma boa lubrificação vaginal - mesmo que algumas situações específicas possam levar ao sexo rápido, em condições normais é importante que ambos estejam suficientemente excitados e, no caso das mulheres, isto passa por uma ótima lubrificação vaginal para desfrutar mais da penetração durante o sexo.

6) Deixe o estresse e a tensão fora do quarto - se estiver constantemente a pensar em mil e uma coisas será difícil ficar excitada, por isso o casal deve procurar situações de relaxamento, desfrutar dos beijos e carícias, explorar-se e excitar-se mutuamente, desligando-se de tudo o que acontecer do lado de fora. 

7) Consulte o seu ginecologista - se, apesar de sentir um bom nível de excitação, estas dificuldades procovarem outros incómodos como ardor ou comichão de forma persistente.


Perguntas & Respostas - Dor no sexo anal






"Sexo anal ... por vezes, sinto alguma dor."


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"Recentemente, comecei a praticar sexo anal com o meu namorado.
Confesso que não me sinto totalmente confortável pois, por vezes, sinto alguma dor. A minha questão é se essa dor vai deixar de existir, com a prática?"


A nossa resposta

Cara leitora,

o ânus é uma zona altamente concentrada de terminações nervosas. A prática do sexo anal não tem de ser, obrigatoriamente dolorosa. Acontece que o medo, de sentir dor, muitas vezes leva a que as pessoas não consigam relaxar e isso aumenta a possibilidade de desconforto real.

Se o sexo anal for acompanhado por desejo, à vontade, comunicação e confiança entre os parceiros, bem como muito lubrificante, pode ser completamente indolor, extremamente agradável e excitante.

A abertura da entrada do ânus é controlada por dois músculos do esfíncter: os esfíncteres interno e externo. O esfíncter anal interno é controlado pelo sistema nervoso autónomo, enquanto o esfíncter anal externo é de controlo voluntário.

A tensão pode diminuir pela estimulação do clítoris e preparações graduais para a penetração com o pénis. Poderá pedir ao seu namorado que estimule a sua zona perianal, com um dedo, antes de passar à penetração. Já que é uma zona sem humidade natural deverá utilizar bastante lubrificante (por exemplo, gel de base aquosa).

Se sentir dor, o seu corpo está a tentar dizer-lhe que está a fazer algo errado e que é melhor parar e tentar noutra altura. Se ignorar o seu corpo, pode magoar-se e a experiência vai impedi-la de relaxar e desfrutar, noutra ocasião.

Uma tensão anal crónica por obstipação, fissuras anais ou hemorróidas inflamadas são as causas mais comuns de desconforto durante o sexo anal.

Obrigado pela sua questão


Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221



UMA PARCERIA
TERAPIAS SEXUAIS
&




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Fractura do pénis




Um homem de 29 anos tornou-se notícia nos Estados Unidos ao processar o fabricante de um suplemento sexual que, segundo conta, lhe terá causado uma fractura no pénis, no ano passado, causando-lhe Disfunção Eréctil.

No entanto, de acordo com a opinião de três urologistas, entrevistados na TV americana ABC, este tipo de fractura está associado a sexo violento, e não ao medicamento em causa.

Adrian Carter, do estado do Texas, disse que comprou um suplemento sexual "VirilisPro" e, após tomá-lo nas primeiras horas da manhã, teve relações sexuais com a "amante" no mesmo dia, tal como é sugerido pelo referido rótulo do medicamento. Mais tarde, durante a relação sexual, Carter refere ter sentido alguma dor e observou uma grande quantidade de sangue a esguichar sobre os lençóis, paredes e espelhos.

Segundo o próprio, o procedimento utilizado pelos médicos causou-lhe infertilidade e Disfunção Eréctil, e os mesmos acusaram o VirilisPro de ser "defeituoso e irracionalmente perigoso para o uso dos consumidores."

De acordo com Melissa Moore, advogada de Carter, este é um jovem totalmente saudável que não usava outros medicamentos para o mesmo efeito.

Segundo uma divulgação, no site da empresa responsável pelo VirilisPro, este produto é "feito apenas com ingredientes naturais, para evitar efeitos prejudiciais" e os homens devem ingerir no máximo uma cápsula a cada 36 horas, além de consultarem um médico. O site avisa, no entanto, que estas recomendações não passaram pela FDA – agência que aprova medicamentos, cosméticos e alimentos nos Estados Unidos.

Carter exige receber as despesas médicas e danos por negligência, violação de garantia, publicidade enganosa, angústia mental, dor e sofrimento. O médico que o acompanha terá declarado que a fractura esteve associada ao uso do suplemento. Mas, segundo outro especialista, o médico Chad Ritenour, professor de urologia da Emory University School of Medicine, em Atlanta, esta versão pode não estar totalmente correta “Nunca ouvi falar de alguém exposto a risco de fractura por causa de uma receita ou um medicamento à base de plantas", disse Carney à ABC.

Comentário:

Embora o pénis não tenha osso, e por isso não se parta, pode ocorrer uma situação muito semelhante.

Quando flácido, o pénis é bastante maleável, podendo ser virado ou entortado sem qualquer problema. Porém, no estado eréctil torna-se pouco flexível e, portanto, sujeito a fracturas.

Se, quando erecto, o pénis for dobrado de forma brusca pode ocorrer a fractura dos corpos cavernosos, que são cavidades localizadas na lateral do pénis. Durante a fractura, geralmente, ouve-se um estalo causado pelo rompimento de uma membrana relativamente elástica que envolve os corpos cavernosos. Mediante a lesão causada, muitas vezes o pénis e o escroto ficam com uma cor roxeada causada pela hemorragia interna. Após um ou dois dias essa zona pode ficar com uma cor totalmente negra.

Normalmente, este problema resolve-se por si, porém, só deve ter sexo depois de um mês. A aplicação de gelo no local, diminui a dor e estanca o sangramento interno. Porém, deverá consultar um urologista se verificar um aumento da hemorragia e das deformidades do pénis ou se sentir dor ao urinar e esta vier acompanhada de sangue, pois é indicativo de que a uretra foi lesada.

Mais informações:

http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_21/2012/08/30/ficha_verpracrer/id_sessao=21&id_noticia=57578/ficha_verpracrer.shtml
http://abcnews.go.com/Health/texas-man-fractures-penis-taking-sex-supplement/story?id=17106956


Fernando Mesquita
Psicólogo/Sexólogo Clínico
Tel: 969091221

Perguntas & Respostas - Fimose





"Ele tem dores durante o acto ..."

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"A pele que cobre a cabeça do pénis, do meu namorado, parece uma anilha quando fica com erecção. Ele diz que quando puxa a pele toda para trás, nos contactos mais íntimos, por vezes lhe dói. O que podemos fazer?"
Existe algum tipo de risco?"


A nossa resposta


Em princípio, a situação que descreve, trata-se de uma fimose, que consiste na existência de um prepúcio (pele que cobre o pénis) com diâmetro insuficiente para deixar passar a glande (cabeça do pénis) para fora, quando o pénis fica erecto (ou em casos extremos mesmo flácido).
Esta é uma condição frequente em muitos homens, mas que deve ser corrigida, pois pode causar dores, ou até fissuras, durante as relações sexuais, a masturbação ou em situações em que se faça uma tracção mais forte.

Na maioria dos casos, a solução passa por fazer uma pequena cirurgia, chamada circuncisão, em que se retira o excesso de prepúcio. Existem muitos homens circuncidados e, em alguns países, essa cirurgia é praticada mesmo sem haver uma necessidade fisiológica.

Entretanto, para que esta condição não seja um entrave na vossa sexualidade, procurem recorrer a um gel lubrificante, mesmo que não haja penetração, para que o atrito não seja tão forte.  

Como o esperado, numa relação sexual, é que se tenha prazer, a fimose pode ser um entrave para a qualidade da vida sexual.

Obrigado pela sua questão,


Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo - Sexólogo Clínico
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Ciclo de vida do Pénis


"As mudanças no tamanho do pénis,
aparência e função sexual do homem"

Não é segredo que com o avançar da idade existe um declínio da função sexual masculina. Associada à diminuição dos níveis de Testosterona está a necessidade de uma maior estimulação para a presença de uma erecção. O homem passa a necessitar de mais tempo para obter uma erecção e para atingir o orgasmo e, após o orgasmo, para ficar novamente excitado (ou seja, o chamado período refractário aumenta). Com a idade existe, ainda, uma queda acentuada do volume de sémen e da qualidade do esperma. Dos 40 aos 70 anos, a percentagem de homens com problemas de erecção sobe dos 30% para os 60%.

Os homens também podem experimentar um declínio gradual da função urinária. Diversos estudos mostram que, no homem, o fluxo de urina enfraquece ao longo do tempo, a causa está no enfraquecimento dos músculos da bexiga e, em muitos casos, no aumento da próstata.

Mas isto não é tudo...

O próprio pénis sofre alterações significativas com o envelhecimento. Eis alguns exemplos:


Aparência - estão presentes duas grandes mudanças. A glande (normalmente chamada de cabeça do pénis) perde gradualmente a sua cor púrpura devido à diminuição do fluxo sanguíneo. Poderá, também, haver uma perda de pêlos púbicos como que um retorno ao estádio pré-púbere, devido à diminuição dos níveis de Testosterona, tal como refere Irwin Goldstein, do The Journal of Sexual Medicine.
.
O tamanho do pénis - com o avançar da idade existe a tendência para um aumento de peso no homem. Com o acumular de gordura no abdómen, existe uma mudança na aparência do tamanho do pénis. "A existência de gordura pré-púbica faz com que o pénis pareça mais curto", diz Ira Sharlip, urologista da Universidade da Califórnia. "Uma forma de motivar os meus pacientes obesos a perderem peso é dizer-lhes irá parecer que o seu pénis ganhou um centímetro", refere Ronald Tamler, da Men's Health Program Mount Sinai Hospital, em Nova York.

Para além desta aparente redução (que é reversível), o pénis tende a sofrer uma diminuição real de tamanho (e irreversível). A redução - tanto em comprimento como em espessura - normalmente não é dramática, mas pode ser notada. "Se o pénis erecto é de 15 centímetros de comprimento quando um homem tem cerca de 30 anos, pode diminuir para 14 ou 14,5 centímetros aos 60 ou 70 anos", diz Goldstein.

O que faz o pénis encolher?
.
Existem, pelo menos dois mecanismos envolvidos. Um é a deposição lenta de substâncias gordurosas (placas) no interior das artérias penianas, o que prejudica o fluxo sanguíneo no pénis. Este processo, conhecido como arterosclerose, é o mesmo que contribui para os bloqueios dentro das artérias coronárias - uma das principais causas de ataque cardíaco. Goldstein explica que outro mecanismo envolve a acumulação gradual de colágenio.

Como muda o tamanho do pénis, assim como os testículos?

Segundo Goldstein "se por volta dos 30 anos os testículos podem ter cerca de três centímetros de diâmetro, aos 60 podem ter 2 centímetros". Na realidade depois dos 40 anos existe uma diminuição no tamanho testícular.

Curvatura -
poderá existir a presença da doença de Peyronie que leva a uma curvatura, por vezes bastante acentuada, do pénis. Esta situação pode ser causa de erecções dolorosas, sendo necessário, em algumas situações uma intervenção cirurgica

Sensibilidade - o
pénis torna-se menos sensível com o passar do tempo. Isso pode causar dificuldades de erecção e orgasmo.

Mas há esperança!

Todas estas mudanças não precisam de arruinar a sua vida erótica. Num estudo recente, com cerca de 2.213 homens do estado de Minnesota, verificou-se que embora estivessem presentes estas alterações significativas na função eréctil, na libido e na função ejaculatória - a satisfação sexual não teve grandes alterações.

Tal como refere Goldstein, "O ingrediente mais importante para uma vida sexual satisfatória é a capacidade de satisfazer o parceiro, não sendo para tal necessário um pénis grande nem um desempenho sexual exagerado. Enquanto o homem sentir que o/a parceiro/a gosta de ter relações sexuais com ele, sente-se como um Deus."

Texto adaptado do original de David Freeman, WebMD


Veja ainda:

Doença de La Peyronie



A doença de La Peyronie (DLP) - também referida como cavernite fibrosa, fibroesclerose do pénis ou induração plástica do pénis - é uma doença benigna do pénis, caracterizada pelo aparecimento de áreas de endurecimento na albugínea cavernosa, que podem determinar o aparecimento de encurvamento peniano e disfunção eréctil.

Diversos estudos têm demonstrado que esta doença é mais vulgar do que se pensa. Os atingidos por esta doença são geralmente homens adultos, com idades compreendidas entre os 45 e os 65 anos, embora existam casos em homens mais novos. Ainda não se sabe ao certo a sua causa.

Os sintomas da DLP surgem habitualmente de forma combinada:
  • dor peniana, especialmente quando em erecção, e que pode ser o primeiro de todos os sintomas;
  • encurvamento, notado sobretudo quando o pénis se encontra erecto;
  • placa endurecida, geralmente palpável no lado côncavo da curvatura;
  • diminuição da capacidade eréctil, devido a vários factores, como perturbação da circulação arterial , esclerose difusa do tecido eréctil, alterações da drenagem venosa, dobradura do pénis devido ao encurvamento ou razões psicológicas.

É frequente que os homens procurem ajuda médica já com encurvamentos penianos com mais de 45º, podendo mesmo atingir 90º. Nesses casos, a dificuldade ou impossibilidade de penetração, devida ao encurvamento ou à disfunção eréctil, são o seu principal motivo de preocupação.

Se suspeita que tem um problema semelhante deverá consultar um médico urologista.

Prazer no Feminino


Com terapias e drogas que aumentam o desejo e estimulam o orgasmo, a ciência avança no campo até recentemente inexplorado da satisfação sexual das mulheres

O estudo da sexualidade da mulher, até recentemente restrito aos profissionais do divã, começa a avançar impulsionado pela medicina. A cada dia, pesquisadores descobrem novas causas orgânicas para os problemas femininos mais comuns quando o assunto é prazer: falta de desejo, ausência de orgasmo, dificuldade em chegar à excitação e dor durante o sexo convencional.

São queixas que atrapalham, em média, a vida sexual de 54% das mulheres. O que a medicina pode fazer por elas? No campo das promessas, muito, muitíssimo, mas é muito pouco, se a referência for o que a medicina já pode fazer pelos homens.

Tome-se o exemplo do Viagra que ajudou a melhorar a vida sexual de mais de 13 milhões de homens em todo o mundo. A pílula contra a Disfunção Eréctil recuperou casos médicos considerados perdidos, levantou a auto-estima de muitos homens, pôs um brilho nos olhos de idosos que já tinham desistido de certos prazeres da vida. As mulheres assistiram a essa reviravolta com uma ponta de inveja e um bocado de esperança.

É natural que se perguntem por que é que, afinal, ninguém ainda inventou um Viagra para elas. Como o efeito da droga e dos seus similares é, basicamente, aumentar o fluxo sanguíneo para o pénis – procedimento que resulta na erecção –, os "Viagras femininos" procuram seguir o mesmo padrão, intensificando o volume de sangue nos órgãos genitais da mulher. Desta forma, provocariam o intumescimento do clitóris e o aumento da lubrificação vaginal. No entanto, as mulheres têm menos dificuldades em atingir este estado naturalmente do que os homens de conseguir a erecção.

O que a maioria das mulheres quer é algo que:
1) as ajude a ter mais desejo e
2) facilite atingirem o orgasmo.

Para ajudá-las, a ciência tem de ser capaz de resolver mais do que o problema quase mecânico da lubrificação: precisa desvendar os meandros do complexo processo da sexualidade feminina, a começar pela orquestra hormonal que rege o prazer da mulher, muito mais intrincada e flutuante que a masculina. A maioria dos tratamentos pró-sexuais que já existem no mercado visa justamente nas alterações hormonais que podem comprometer a satisfação da mulher. A testosterona que dispara o gatilho do desejo, o estrogénio que prepara o corpo para o sexo – tudo isso, já se sabe, diminui na menopausa. É através da análise destes efeitos que a medicina tem procurado compensar os desequilíbrios hormonais, e os laboratórios têm desenvolvido métodos cada vez mais eficientes de repor o que falta. Os benefícios estendem-se às mulheres com disfunções nessa área em todas as faixas etárias.

Os problemas sexuais da mulher têm uma multiplicidade de causas. As dificuldades de irrigação sanguínea, as descompensações hormonais e outras disfunções fisiológicas têm como agravantes as barreiras psicológicas. Quase meio século depois da revolução de costumes que abriram as portas do prazer sexual à mulher, as "vozes" da repressão instaladas no fundo da psique feminina ainda emperram o caminho da satisfação. Isto sem contar, ainda, com alguns homens que, espantosamente, continuam ignorantes do bê-á-bá do orgasmo feminino.

Uma em cada duas mulheres tem algum tipo de queixa na área da satisfação sexual em determinada fase da vida. Três em cada dez desconhecem o orgasmo na relação sexual – proporção que aparentemente se manteve estável nas últimas décadas. O que mudou, segundo o diagnóstico traçado nos consultórios dos especialistas, foi a disposição feminina de procurar soluções. A diferença é que elas agora reclamam.

Por que é que eles têm mais facilidade em chegar ao prazer do que elas?

Para os especialistas, uma das respostas decorre do facto de que a maioria das mulheres ainda desconhece o seu próprio corpo – situação que, para os homens, ocorre menos vezes. Desde muito cedo, eles têm uma relação muito mais explícita com os seus genitais, já que podem vê-los, tocá-los e senti-los. As mulheres, em compensação, estão destinadas a conviver com uma sexualidade mais oculta sob uma conformação que esconde e dissimula. "Elas só vão saber que têm vagina lá pelos 8 anos, e que têm clitóris por volta dos 13. E, mesmo assim, se forem muito curiosas", afirma a psicóloga Aparecida Favoreto, directora do Instituto Paulista de Sexualidade.

O bombardeio de informações de conteúdo erótico, em vez de ajudar, pode até atrapalhar, especialmente os jovens com pouca ou nenhuma experiência sexual. As repetidas cenas de sexo mostradas no cinema e na televisão parecem o sonho do Ejaculador Prematuro: poucos ou nenhum preliminares e tudo numa questão de trinta segundos, com os dois a alcançarem o prazer. Jaqueline Brendler, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, costuma citar o filme Lendas de Paixão como exemplo crasso da deseducação sexual. No filme, a cunhada do personagem interpretado por Brad Pitt tem com ele a sua primeira relação sexual. Num celeiro, de pé, atinge o orgasmo. Diagnóstico da médica: tudo é completamente improvável. "O orgasmo na primeira relação já é uma ocorrência raríssima", afirma. Sem preliminares, sem estimulação do clitóris e em posição tão pouco confortável, fica praticamente inviável. Nem com Brad Pitt.

Jaqueline Brendler, analisou durante três anos 35 pacientes portadoras de anorgasmia primária, ou seja, que nunca tiveram um orgasmo – nem durante o acto sexual nem por masturbação. Concluiu que, fisiologicamente, nenhuma delas tinha nenhum problema. Em compensação, todas apresentavam um ponto em comum: "Cem por cento delas tinham registos de uma educação familiar opressiva, que vinculava sexo a pecado, dor, sofrimento ou perda do autocontrole", diz a médica.

Com os rapazes, ocorre o inverso. O tio pede ao sobrinho para "mostrar o documento". O pai "atiça" o filho quando vê uma rapariga bonita a passar. Tudo converge para uma espécie de salvo-conduto que permite aos homens exprimirem os seus desejos. Mesmo num ambiente mais liberal, é raríssimo, quase inexistente, que as meninas sejam estimuladas à experimentação sexual. Ao contrário, são alertadas para os riscos da gravidez indesejada, os perigos das doenças sexualmente transmissíveis e os problemas que a troca constante de parceiros pode causar.


PASSO-A-PASSO DE UM ORGASMO (caso de vida)
1. Aos 34 anos de idade, casada há cinco, S. nunca tinha tido um orgasmo. Proveniente de uma família de classe média alta, teve formação católica. "Em casa sempre ouvi os meus pais dizerem que a masturbação era pecado", conta. Casou-se com o primeiro namorado. "Sempre amei o meu marido, mas o sexo com ele era praticamente uma obrigação", conta.

2. O nascimento do primeiro filho desencadeou uma profunda depressão pós-parto. A falta de desejo transformou-se em aversão ao sexo. O casamento ficou tremido. "Eu achava que era anormal ou, então, que todas as minhas amigas eram mentirosas. Não entendia por que é que não conseguia sentir o que elas sentiam."

3. S. decidiu procurar ajuda. Consultou um ginecologista e um terapeuta sexual. O exame clínico revelou que, além de depressão, ela sofria de hipotiroidismo, disfunção que pode afectar o desejo sexual.

4. Juntamente com o tratamento de saúde, S. começou a fazer terapia sexual específica. Numa das primeiras consultas, o terapeuta pediu-lhe para que ela reservasse meia hora por dia, em casa, para observar o seu corpo através de um espelho, procurando identificar a vagina e o clitóris e o que lhe poderia dar prazer.

5. O marido de S. também entrou na terapia. Sempre que iam juntos ao consultório, saíam de lá com "tarefas de casa". Numa delas, deveriam preparar-se caprichosamente para um jantar durante o qual nenhum dos dois falaria de problemas. De regresso a casa, poderiam fazer o que quisessem no campo das carícias, com excepção do acto sexual em si.

6. Durante uma das sessões de terapia de casal, S. decidiu confessar que a obesidade do marido era uma das coisas que contribuíam para a sua falta de desejo. Generoso e compreensivo, o marido começou a fazer dieta.

7. O primeiro orgasmo ocorreu um mês depois do início do tratamento, pelo método mais eficiente. "Estava sozinha em casa a fazer os exercícios de toque. Não queria acreditar quando aconteceu, fiquei louca de alegria. Pensei: é isto o que eu quero."

8. O prazer com o marido ocorreu posteriormente. "Depois de conseguir sozinha, ganhei coragem e comecei a dizer-lhe o que era bom para mim e de que forma gostaria que ele me tocasse."

9. Hoje, S. está curada da depressão e continua a usar os medicamentos para controlar o hipotiroidismo. O marido já perdeu 20 quilos. A vida sexual, diz, melhorou cem por cento. "Mas ainda sou uma aprendiz. Dou graças a Deus por ter tido a coragem de procurar ajuda. Olho para as minhas primas e tias e tenho certeza de que elas estão a perder a mesma coisa que eu perdi durante tanto tempo. Sinto muita pena delas."

Adaptado do original de Thaís Oyama, revista Veja Edição 1 702 de 30Mai2001