Fui a uma prostituta e não tive ereção



"Olá Fernando, 

desde já agradeço o seu tempo e disponibilidade, acho que é a única pessoa que me pode ajudar, ou que pelo menos eu expor o meu problema. 

Perdi hoje a virgindade, aos 20 anos, com uma prostituta. 

Tive uma rapariga na adolescência que brincou comigo literalmente, passei dois anos a recuperar mais um nas drogas, e quando comecei a falar com raparigas outra vez tinha 18 anos e tinha perdido toda a minha confiança (que tinha antes de conhecer a rapariga). 

Hoje sou muito mais confiante, mas tinha vergonha de me envolver com uma rapariga que de certeza que era muito mais experiente do que eu e dizer-lhe que era virgem, cheguei a "fugir" algumas vezes quando começou a aquecer. 

Por isso decidi ir a uma prostituta, de longe a mulher mais atraente que já estive. Mas não fiquei erecto, fiquei um pouco no oral que me estava a saber muito bem, e estava a ver um mulherão mas não ficou duro, o oral também não durou muito tempo. Depois ainda tentamos mas não deu. 

Nunca pensei que isto acontecesse pois quando beijo uma rapariga na noite e "comemos-nos" fico erecto muito facilmente e rápido. 

Gostava de ter respostas, pois neste momento estou muito confuso. 

Nunca contei nada disto tudo que lhe escrevi a ninguém, nem a historia da rapariga, embora algumas pessoas saibam de leve. 

Muito obrigado,"


Aqui fica mais um pedido de ajuda de um leitor do nosso BLOG.
Aproveite e dê o seu apoio através de um comentário!

Estes testemunhos são reais e poderão ajudá-l@ a compreender também os seus problemas...
PARTILHE AS SUAS EXPERIÊNCIAS ... AJUDE OS OUTROS !!!

(Nota: alguns destes pedidos serão publicados na Revista ANA de forma anónima)


Caro leitor 

existem causas físicas, psíquicas/psicológicas, ou conjuntas, apontadas para as dificuldades de ereção. Pelo relato que faz, parece-me tratar-se de um problema essencialmente psicológico, associado a altos níveis de ansiedade. 

Muito provavelmente, muitos homens teriam a mesma dificuldade em situações semelhantes. Em primeiro lugar porque ainda está a recompor-se de uma situação traumática que ocorreu há algum tempo. Depois, apesar do recurso à prostituição parecer mais fácil, pois limita-se a pagar um serviço sem que exista qualquer envolvimento emocional, aumenta a ansiedade por estar com alguém muito mais experiente sexualmente e que é totalmente desconhecida. 

Além disso procurar esse tipo de serviço, geralmente, existe apenas um propósito que é sexual! O que aumenta toda a pressão que possa sentir no momento, principalmente para alguém que não é muito experiente. 

Tudo isto vai fazer aumentar a ansiedade exponencialmente, principalmente para alguém que já é ansioso por natureza. E isto é meio caminho para que as coisas não corram como deseja! 

Esse é o motivo para que consiga ter ereções facilmente noutras situações, pois não existe este tipo de “pressão” e ansiedade. Quanto mais exigente for consigo mesmo, para ter uma ereção, mais difícil será que ela surja e que se mantenha.

Obrigado pela sua questão,



Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221


VEJA AINDA:


Importante: se tiver alguma questão a colocar deverá enviar mail para: psicologiananet@gmail.com

Nomofobia


Medo de viver sem telemóveis está a transformar-se 

numa patologia


Novo medo afecta cerca de 66% dos jovens adultos



Os novos distúrbios emocionais são o reflexo do estilo de vida cada vez mais autocentrado que levamos. Nos últimos anos, a tecnologia aproximou as pessoas, mas também as tem afastado.

Nos dias que correm, imperam a carreira profissional, o estatuto social, as relações virtuais e as gratificações fáceis e imediatas, pelo que importa conhecê-los.
E se há atitudes que conseguem incomodar profundamente, pegar num smartphone para enviar um SMS ou espreitar o que está a acontecer nas redes sociais durante um jantar entre amigas, é uma delas.
Já perdi conta ao número de vezes em que deparei com a minha amiga Catarina Pires (nome fictício) a distanciar-se da conversa do grupo para enviar (mais) um SMS, ler um e-mail ou para responder a um dos amigos que está online numa das várias aplicações de conversação que tem instaladas no seu smartphone.
Eu só dou por mim a questionar-me, mas porquê tantos chats? Se a melhor forma de comunicar com alguém continua a ser através de um simples telefonema ou, sempre que possível, cara a cara. Pelo menos, para mim. Mas, parece que para a Catarina Pires, não. Nem para ela, nem para uma grande maioria. Estudos internacionais recentes revelam que mais de metade da população receia ficar sem telemóvel.
Falamos de nomofobia, um novo medo que afecta cerca de 66 por cento dos jovens adultos, sobretudo mulheres e que se enquadra no âmbito das perturbações do controlo dos impulsos, tal como a compulsão por compras ou a compulsão sexual. Perturbações cada vez mais relatadas dentro dos consultórios de psicologia, que podem ter consequências nefastas.
O aumento da utilização dos smartphones e a necessidade de ligação constante às redes sociais acentuou a prevalência da nomofobia, «um desconforto causado pela incapacidade de comunicar por telemóvel, que pode dar origem a um medo patológico de ficar incontactável, que se enquadra nas perturbações do controlo dos impulsos», refere Cláudia Sousa, psicóloga clínica.
«Pode surgir associado a quadros de depressão ou ansiedade generalizada, mas também em pessoas saudáveis», alerta a psicóloga. Um estudo recente, realizado no Reino Unido, revelou que mais de metade das pessoas confessam que têm medo de perder o telemóvel (cerca de 66 por cento). Os adolescentes e os jovens adultos (principalmente mulheres) são os mais afectados.
Os sinais do medo
Caracteriza-se por uma sensação de pânico e de impotência, tremores, suores frios, falta de ar, náuseas, taquicardia e dores de cabeça. «Nos casos mais graves, pode chegar à depressão e à perturbação de pânico», alerta a psicóloga clínica Cláudia Sousa.
Actualmente, todos nós estamos permanentemente ligados, pelo telemóvel ou pelas redes sociais, mas, como acontece com qualquer outra perturbação psiquiátrica, o comportamento passa a ser patológico, quando interfere significativamente com os compromissos da pessoa.

De acordo com a especialista, os primeiros sinais que indiciam esta fobia são a necessidade de estar constantemente a olhar para o telemóvel, verificar obsessivamente se existem chamadas perdidas, sms ou emails, deixar de fazer algo importante para atender uma chamada e, caso se esqueça do telemóvel em casa, voltar atrás para o ir buscar, pondo em causa um compromisso importante.


Original em: Mulher.sapo
Texto: Sofia Cardoso com Ana Cristina Almeida (psicóloga clínica e directora clínica da Clínica Psicronos em Lisboa), Cláudia Sousa (psicóloga clínica no Instituto Cuf) e Fernando Mesquita (psicólogo clínico e sexólogo)
Edição internet: Luis Batista Gonçalves

Dependencia Emocional


Se sente que não consegue viver sem a pessoa amada e que a sua vida não faz sentido sem ela por perto, este artigo é para si!

Cada relação tem as suas próprias características, regras, costumes, hábitos, e formas de expressão. Em algumas ocasiões, pode suceder que uma das pessoas experimente uma necessidade afetiva extrema com o seu parceiro, mostrando um padrão de submissão e idealização do mesmo. 

São pessoas que mesmo sofrendo ao lado dos seus companheiros permanecem presas nessas relações. Que aturam traições, desprezo, acusações ou são humilhadas das mais diversas formas. 

A pergunta que fica é por que motivo não conseguem separar-se de alguém que só lhes causa sofrimento? 

Se conhece alguma pessoa dependente de uma substância (droga, álcool, tabaco, etc), provavelmente terá notado que quando se vê longe dessa substância ela fica ansiosa, triste, desanimada e com a sensação de que está desprotegida e indefesa. 

Os dependentes emocionais passam exatamente pelos mesmo sintomas, porém ao invés de substâncias temos uma pessoa que pode ser um cônjuge, namorado(a), amigo(a) ou familiar.

A dependência emocional é um problema muito sério que afeta a maneira como uma pessoa se relaciona com o meio ambiente, não apenas com o parceiro - apesar de ser o cenário mais comum - e também com amigos e familiares. Querer não é mau, mas quando queremos em excesso e quando absorvemos demasiado o outro e não conseguimos fazer nada sem essa pessoa, começamos a ter uma experiência de amor de forma diferente. 

Origem


As pessoas que sofrem de dependência emocional estabelecem relações de conflito e de natureza viciante no seu meio envolvente, devido a vários factores, entre os quais destaca-se o meio familiar problemático que produz nessa pessoa carências e necessidades de afeto exageradas. A extrema insegurança e a imaturidade emocional também desencadeiam este tipo de comportamentos.

Sinais gerais


Uma pessoa emocionalmente dependente só costuma mostrar sinais claros de um comportamento perturbador quando se relaciona no seu meio ambiente, em especial com os seus parceiros. Há uma necessidade excessiva de afeto, idealiza-se a outra pessoa como sendo perfeita, o que leva a uma atitude submissa em que se aceita qualquer tipo de humilhação. Há também um medo horrível de solidão e rejeição, pelo que preferem estar numa relação tempestuosa do que sozinhos.

Envolvem-se facilmente e intensamente


Uma das características mais claras de um dependente emocional é a sua necessidade extrema de afeto, e por isso conseguem envolver-se rapidamente e de forma muito intensa com qualquer pessoa que manifeste interesse, o que faz com que as suas relações se convertam numa montanha russa de emoções. Conseguem idealizar de tal forma a outra pessoa ao ponto de apagarem as suas qualidades e atribuírem as imaginárias, por isso este tipo de pessoas geralmente vive prematuramente fases da sua relação, que pouco tempo depois de terminada a união ficam desolados.

Não faço nada sem o outro


Quem é emocionalmente dependente não vê claramente a linha que marca o início do seu espaço e o início do espaço da outra pessoa, para este tipo de pessoas está tudo misturado, por isso é difícil aceitar que o seu parceiro queira fazer atividades sozinho, esta situação gera uma enorme insegurança e desconforto. Tudo deve ser feito com a outra pessoa e, cai novamente no padrão de vida com muita intensidade na relação, estas pessoas não suportam a ideia de ficarem sozinhas e também não entendem o desejo da outra pessoa.

Problemas de casal


Há uma tendência nos dependentes emocionais para escolher parceiros com conflitos de todos os géneros: vícios, problemas psicológicos ou comportamentais, pessoas com traumas ou com vidas muito dramáticas, isto vem da necessidade de se sentir útil e valorizado estendendo a mão a alguém que precisa da sua ajuda, de alguma forma "salvá-lo". O problema é que esta dupla transforma-se numa bomba relógio que leva inevitavelmente a uma relação conflituosa.

A saída


A dependência emocional é um problema sério que requer atenção e ajuda, se pretender ter uma vida mais estável. Este comportamento pode desencadear vários tipos de problemas de saúde tanto físicos como mentais, por isso é recomendável consultar um especialista o quanto antes. Se considera que é uma pessoa emocionalmente dependente, veja algumas recomendações que podem ajudar a superar essa situação.

Instruções
1) Recupere o seu espaço -  é importante que procure recuperar aqueles espaços pessoais e individuais. Reúna-se com amigos sem o seu companheiro/a, faça atividades que lhe dão prazer.

2) Realismo -  evite idolatrar o seu companheiro/a, ele é um ser humano, e como tal, tem defeitos e virtudes. Nem tudo o que faz e diz é correto. Deve trabalhar a humanização do seu companheiro para poder superar a dependência emocional.

3) Expressão -  o que você pensa e diz é igualmente importante, tal como o que o seu companheiro pensa. Quando não estiver de acordo com algo, diga-lhe. Não aceite tudo o que ele diz com medo de o perder. Através das diferenças, também se constrói e consolida uma relação.

4) Trabalhe a sua autoestima - uma baixa autoestima é um dos fatores que conduz à dependência emocional, é por isso, que deve trabalhar a sua autoestima. Deve valorizar-se e cuidar mais de si.

5) Repensar -  tome um tempo para pensar no seu relacionamento. Reflita sobre como era antes de o conhecer e todas as coisas que abdicou pela relação. Talvez seja tempo de fazer umas mudanças na relação para que ambos se sintam melhor.

6) Faça terapia -  se considera que não pode fazer estas mudanças por si só, vá a um terapeuta para que o oriente neste processo.




                                                                                  Adaptado do original de Sara Viega em umcomo

Sexualidade de pessoas com deficiência

Se a sexualidade é um tabu, a vida sexual das pessoas com deficiência é um assunto ainda mais delicado.
Para romper esse preconceito, o projeto dinamarquês LigeLyst promove a educação sexual de jovens com paralisia cerebral, amputados, cadeirantes e outras condições.
A ideia é trabalhar especificamente a dificuldade de cada um, por meio de palestras e aconselhamento, para desenvolver uma sexualidade saudável e segura.
Para estimular esse debate e inspirar educadores a tratarem o tema de forma mais consciente, o LigeLyst apresentou uma exposição sobre a sexualidade de pessoas com deficiência. Confira:
Julie é autista e tem Transtorno do Déficit de Atenção

Kasper é surdo desde os 6 anos

Mie perdeu boa parte da visão
Mulle, que nasceu com paralisia cerebral, teve um filho com Sonny
Stine tem paralisia cerebral
Tina nasceu sem a mão direita e perna direita
Vickie e Thomas têm paralisia cerebral
O casal namora há cerca de um ano e planeia casar

Original em: Catraca Livre

O segredo dos casais felizes

Apesar da ciência comportamental não ser a mais exata das ciências, isso não significa que as pesquisas realizadas não revelem dados bastante interessantes. Veja alguns dos resultados mais surpreendentes de alguns destes estudos:

TAXA DE INTERAÇÕES POSITIVAS




Os casais mais felizes têm 5 interações positivas por cada interação negativa. Já os casais que se divorciam têm apenas 0.8 encontros felizes por cada interação negativa.


Antes de gastar dinheiro numa grande festa, avalie como está a vossa relação – vocês são bons amigos ou passam o tempo todo a discutir? Não adianta insistir na ilusão de que tudo vai melhorar. Tem que ser bom agora.


Não é tão difícil ter mais interações positivas do que negativas numa relação; mas é preciso um pouco de esforço de ambas as partes.

COMPARTILHE


Positiva ou negativa, uma nova interação também pode ser igualmente eficiente.

Compartilhar novos momentos é muito simples: os casais podem fazer coisas fáceis que nunca fizeram juntos, como caminhar à noite ou ir a um restaurante que ainda não conhecem na sua própria cidade, bem como planear coisas mais elaboradas, como viajar para um lugar novo ou fazer um curso juntos.

Rir em conjunto pode ajudar mais ainda. Numa pesquisa, os casais que precisaram de se lembrar de uma história que envolveu “risada compartilhada” relataram estar mais satisfeitos com seu relacionamento do que casais que tiveram que lembrar apenas interações positivas da relação.

ENTRE QUATRO PAREDES


A intimidade do casal desempenha um grande papel na felicidade do casamento. Como diversos estudos já mostraram, o sexo tem inúmeras vantagens – inclusive deixar um relacionamento mais bem sucedido.

APOIO CRUCIAL


As pesquisas indicam que a forma como as pessoas celebram as boas novidades do parceiro é crucial para fortalecer os laços numa relação. Isso significa, na prática, que queremos estar com alguém que deseje o melhor para nós, que nos apoie e que fique feliz com nossas conquistas.

Quando ouvem uma boa notícia do seu(ua) parceiro(a), os casais felizes:
  • Mostram entusiasmo;
  • Fazem perguntas;
  • Elogiam e parabenizam;
  • Revivem sua experiência ao lado da pessoa.

Um estudo mostrou que as pessoas que tiverem essa atitude 3 vezes por dia durante uma semana se sentiram mais felizes e menos deprimidas ao final desse período.
Apoiar seu parceiro vai além de ajudar o outro – é bom para ambos.

DISCUTIR OU BRIGAR?
O “estilo” com que os casais discutem também importa – e muito – na felicidade da relação.
Quando os casais felizes brigam, eles tendem a diminuir a tensão
  • Usando o humor;
  • Expressando carinho;
  • Cedendo a alguns argumentos de seu(ua) parceiro(a).
Quando casais infelizes brigam, eles
  • Criticam;
  • Mostram desprezo;
  • Reviram os olhos;
  • Agem defensivamente;
  • Partem para ofensas;
  • Ignoram.
ESTATISTICAS


Segundo um estudo britânico de 20 anos, as pessoas mais felizes no casamento:
  • Estavam casadas por 5 anos ou menos;
  • Não tinham filhos;
  • Tinham diploma universitário;
  • O homem estava empregado.
Independentemente desses fatores, no entanto, outra pesquisa mostrou que casais que sabem ver o lado positivo do seu casamento têm 94% mais chances de ter um futuro feliz juntos.

FILHOS


Por ser uma parte tão importante da vida dos casais, eles também influenciam bastante na felicidade do relacionamento. 

Adaptado do original de HypeScience


Síndrome do Principe Encantado



A síndrome do Príncipe Encantado afeta mulheres geralmente com mais de 30 anos, e costuma apresentar-se em 6 de cada 10 mulheres. Tem a ver com a crença ou ilusão de que existe um homem ideal e perfeito que as tornará completamente felizes. No entanto, quando estão perante homens de carne e osso, com seus defeitos e virtudes, sentem-se frustradas e decepcionadas. 

A seguir, são apresentadas algumas características da síndrome do Príncipe Encantado.
Instruções
1) Relações curtas. As relações não costumam durar muito tempo, já que rapidamente encontram defeitos no seu parceiro. Por mais superficiais e pequenos que sejam os defeitos, geram um sentimento de decepção que as levam a terminar a relação.

2) Exigências. Durante o período que dura a relação amorosa, são muito exigentes em relação a questões banais. Não admitem que seu parceiro esqueça nenhum detalhe, por menor que seja.

3) Ressentimento para com os homens. Consideram que todos os homens são iguais e costumam cultivar e reforçar um forte ressentimento em relação a eles.

4) Modelo paternal. Costumam procurar um homem que tenha as mesmas características que o pai. Há uma forte identificação com o modelo parental considerado o homem ideal.

5) Homens inatingíveis. Tendem a procurar relações com homens que estão casados ou que moram longe, considerando-os ideais para elas.

6) Sentimento de solidão. As mulheres que têm a síndrome do Príncipe Encantado costumam sentir-se muito sozinhas e têm medo de conhecer novos homens pelo medo de que não cumpram com suas expectativas.



                                                               Adaptado do original de Sara Viega em umcomo


Como esquentar o sexo

A relação com o seu parceiro pode ser melhor que uma nova paixão. 

Basta vontade e um pouco de criatividade.







Um entende o olhar do outro. São capazes de completar a frase do parceiro. O tempo de relação aumentou o amor e a cumplicidade. Mas a vida sexual não beneficiou de tamanha familiaridade. A questão não é a intimidade. O problema é a repetição, a rotina e os pequenos aborrecimentos do dia a dia que acham seu lugar num canto da cama.

O atraso do cinema, a demora para responder à ligação e qualquer discussão banal viram motivo para desanimar o casal e adiar o sexo – ou minar a sua qualidade. O desafio não é encontrar novas posições nem uma maneira mais gostosa de fazer massagens. É descobrir em que momento o cotidiano prejudica o erotismo. 

Os ingredientes que nutrem o amor, como reciprocidade, proteção, preocupação e responsabilidade com o outro, às vezes são os mesmos que sufocam o desejo”, diz a terapeuta especialista em sexo Esther Perel

O que acontece fora do quarto afeta o que acontece dentro dele. Vale a pena investir na relação que se tem. Quando os casais estão sexualmente conectados, a relação torna-se vibrante. Muito melhor que qualquer nova paixão.diz o psicólogo IanKerner. 

O filósofo Alain de Botton, diz que ninguém precisa de um novo parceiro para fugir da mesmice e do tédio: “O caminho é identificar o que há de aventureiro, impetuoso, atrevido e inteligente embaixo da camada de hábito e rotina da relação”.



DICAS PARA RENOVAR A SUA VIDA SEXUAL

Pense mais sobre sexo 
Pensar em sexo funciona como um estímulo para fazer mais, afirmam os sexólogos. Uma forma bem simples de obter isso é relacionar qualquer objeto a algo erótico. Você pode combinar com o parceiro que sempre que olharem para um determinado quadro no quarto ou no escritório pensarão em sexo. No começo é engraçado, mas funciona. E rápido.

Agende uma massagem 
Marque a massagem após o trabalho. O relaxamento ajuda a aumentar os níveis de ocitocina, a hormona do bem-estar. Escolha aromas afrodisíacos, como canela, cravo ou baunilha. Quem quer ousar pode optar pela massagem tântrica. Nela, o massagista trabalha os pontos de prazer presentes em todo o corpo. Não raro, homens e mulheres alcançam o orgasmo antes do fim da sessão.

Memória curta faz bem para o sexo
Não guarde ressentimentos do que acontece fora da relação sexual. Deixe os pequenos aborrecimentos do dia lá no momento em que ocorreram. Tente não levá-los para o quarto. Essa é uma das principais armadilhas contra o sexo para quem vive junto ou se relaciona há muito tempo. Não guarde ressentimentos do que acontece durante o sexo também. Sexo nunca é igual. Existem ótimos momentos, momentos razoáveis e desempenhos sofríveis. O bom é saber disso e não ficar esperando um desempenho olímpico ou sentir-se menos querido pelo parceiro quando isso ocorre. Pode ser apenas cansaço ou uma bronca do chefe ainda não digerida.

Invista na sessão pipoca
No seu livro Uma sedução por semana (Editora Fontanar), a professora inglesa Betty Herbert sugere que o casal assista a um filme usando apenas roupas íntimas. Ela diz que o frio que se pode sentir vale a pena. É difícil chegar ao final do filme.
Retome o prazer sozinho
Em outras palavras, masturbe-se. É um dos caminhos eficazes para fazer com que o sexo a dois fique melhor e mais frequente. Os homens, mesmo casados e com uma frequência sexual ótima, continuam se masturbando. Para muitos, é uma atividade prazerosa e solitária, sem preo­cupação com o prazer da parceira, só com o seu. Outros falam que é uma fidelidade a si mesmo. As mulheres têm mais dificuldade para assumir que se masturbam. Muitas têm dificuldade em fazê-lo. O fantasma da repressão sexual ainda ronda o corpo feminino, dizem os sexólogos. Masturbação é um recurso de prazer legítimo, uma forma de realização sexual que ajuda o casal.

Pratique Ioga
Um estudo publicado pelo Jornal de Medicina Sexual mostrou que as mulheres que praticam ioga pelo menos duas vezes por semana notaram uma melhoria na lubrificação, no desejo e na satisfação. A explicação é que a prática combate a tensão, que prejudica o prazer feminino.



Não tenha medo de brincar
O vibrador pode ser um companheiro divertido e útil para usar só ou pelo casal. Há opções com design sofisticado, à prova d’água ou que imitam outros objetos, como batom. Para quem vai comprar pela primeira vez, convém escolher um que dê várias opções de uso e seja barato. Esclareça as dúvidas com a vendedora da sex shop. Depois de descobrir o tipo de que mais gosta, vale a pena investir num modelo melhor.

Seja íntimo sem forçar a barra
Parece contraditório, mas foi confirmado por pesquisas: pessoas que estão juntas há muito tempo tendem a se esquecer de ficar juntas. Vale a pena prestar atenção e fazer mais companhia ao parceiro. Para 60,3% das 2 mil pessoas entrevistadas pelo site GoodinBed, passar mais tempo com seus pares em atividades diversas aumenta a frequência do sexo. Não tente a intimidade a todo custo. Homens não precisam ir ao salão de beleza feminino nem mulheres precisam ir ao jogo de futebol toda semana, se essa não for a praia delas.

Troque abraços muitas vezes por dia
Essa é uma das dicas de Ian Kerner e Lisa Rinna em The big, fun, sexy sex book. Quando você abraça, aumentam os níveis de ocitocina (hormona do prazer) no organismo. Uma pesquisa feita pela Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, mostrou que abraçar reduz o stresse. É uma oportunidade de trocar carinho com o parceiro. A dica é abraçar três vezes por dia, de 20 a 30 segundos. No começo, parece uma eternidade. Concentre-se no corpo do parceiro. Perceba o cheiro, a intensidade da respiração e do abraço. Lembre-se das boas histórias que vocês construíram. É um exercício que aumenta a libido e as doses diárias de afeto. Deveria ser recomendado pelo Ministério da Saúde Mental, se houvesse um. Vocês notarão os resultados em poucos dias.

Combine uma sedução nova por semana
Essa foi a sugestão que Betty Herbert deu ao marido para reencontrar o desejo perdido em 15 anos de casamento. Cada um teria de sugerir e colocar em prática uma ideia nova por semana. As experiências relatadas num blog deram origem ao seu livro. Um bilhete carinhoso ou erótico descoberto no meio do livro de cabeceira, um elogio num momento inesperado ou uma viagem rápida, feita para comemorar um dia qualquer, são eficazes. Betty conta que, quando se conheceram, mal conseguiam tirar as mãos um do outro. “Depois, o sexo parecia tão distante que lutava para lembrar para que servia.” A experiência deles mostra como dicas aparentemente banais melhoram a relação e a vida do casal.

Fale sobre suas fantasias e vontades
O escritor Alain de Botton escreve que homens e mulheres não partilham seus desejos por medo de gerar repulsa em seus parceiros. “Achamos mais fácil morrer sem ter certas conversas”, diz. Infelizmente, contar as fantasias ainda é tabu, mesmo para casais juntos há muito tempo. Mariana Yamaba, gerente de uma agência de relacionamentos, afirma que a maioria não divide seus desejos nos relacionamentos, embora todos tenham fantasias sexuais. “O que atrapalha é o romantismo e a visão de sexo como angelical”, afirma o psiquiatra Alexandre Saadeh. “Poder falar e realizar as fantasias, sem que o outro se sinta desconfortável, é uma forma de recuperar a sexualidade desgastada do casal.” Se não há espaço para essas revelações, não há espaço para a intimidade.

Avise quando pensar em sexo
É uma brincadeira saudável que pode ser feita sem colocar ninguém numa saia justa. Funciona assim: toda vez que pensar no assunto, mande uma mensagem para o celular do parceiro. Em vez de escrever algo picante, combine uma palavra que faça sentido para os dois. A ideia é estimular o cérebro a pensar mais no assunto e dividir isso com quem você gosta. Não se preocupe em contar quantas mensagens recebeu e não se preocupe se não chegar nenhuma: é bom ser pego de surpresa.

Familiarize-se com a pornografia
Ninguém está a sugerir para ver um filme em que a câmera mostre detalhes de penetrações violentas ou encenadas por contorcionistas de circo. Há muitos tipos de pornografia. Escolha aquela que a deixa mais à vontade. É um instrumento divertido, acessível e, em boa parte das vezes, eficaz para apimentar a relação. “O pornô pode ajudar a explorar fantasias que o casal talvez não tivesse coragem de identificar de outra maneira”, afirma Saadeh.

Agende um horário para transar
Não é exagero. Quando você marca como compromisso, é como se estivesse afirmando para si que aquilo é tão importante como qualquer outra atividade do dia a dia. Durante o namoro, muita gente faz isso com frequência e não é ruim, não é?


Compre acessórios molhados
Escolha um sabonete aromático e uma esponja macia. Faça uma seleção de músicas que lembrem momentos de entrega. Vocês decidem onde e como usar tudo isso. Não se preocupe em parecer sexy. “O que importa é quanto você está excitado”, afirma Lisa Rinna. Só não demore. A água acaba com a lubrificação e pode levar ao relaxamento do corpo, tudo o que vocês não precisam antes de transar.
Invista nos preliminares 
Um estudo da Universidade de New Brunswick, no Canadá, mostrou que as preliminares duram, em média, 12 minutos, e as mulheres gostariam de que durassem pelo menos 18. As mulheres gostam e precisam de mais tempo para aquecer. Quanto melhores preliminares, melhor o orgasmo. É o que sugere outra pesquisa. Se vocês podem ter um orgasmo "excelente", por que se contentarem com um "suficiente"?
Não precisa ser certinho
Meninos bonzinhos não beijam dessa maneira.” Assim Bridget Jones descreve a pegada de Mark Darcy, personagem do filme O diário de Bridget Jones. O estereótipo do cafajeste sedutor é ativado por um ato mais ousado e excita muita gente. Pode ser um beijo inesperado na nuca ou um amasso surpresa num canto da casa dos pais – tudo em nome dos velhos tempos.
Use lubrificante à base de água
Há muitas mulheres com boa lubrificação que, ainda assim, gostam de produtos que aumentem a sensação de umidade. Sentem mais prazer. O lubrificante à base de água não causa ressecamento na pele. Como o organismo absorve a água com agilidade, é preciso passar o lubrificante à base de água com mais frequência. 
Mude o cenário
É a sugestão do escritor Alain de Botton. Novos espaços encorajam a reconexão com o parceiro, porque em nada lembram a inércia do ambiente familiar. “Não há limite para o que um mergulho a dois numa banheira diferente pode nos ajudar a fazer”, diz. 
Crie seus próprios jogos
Podem ser bem simples, como escrever um bilhete sensual. Betty Herbert recebeu um do marido. “Vá para o quarto e tire a roupa. Há uma echarpe sobre a cama. Coloque-a como se fosse uma venda e se deite. Quando estiver pronta, eu vou entrar.” Ela e Herbert juram que esse tipo de teatro de alcova dá muito resultado.

Seja generoso
Avise que aquele será o dia do parceiro fazer o que quiser, que você não espera nada em troca, nem mesmo um orgasmo. No livro 50 Sombras de Grey, a submissão é retratada como um fetiche. Para a psicanalista Diana Corso, isso acontece porque, hoje, as mulheres não se sentem submissas. “Ali, elas estão representando um papel”, afirma. Antigamente, ser submissa na cama não fazia sentido, porque a mulher se encontrava nessa situação no dia a dia. Agora cai bem, para os dois.
Livre-se dos preconceitos
Sexo anal ainda é um tabu, mas pesquisas sugerem que muita gente gosta e pratica. Para quem ainda não conhece as inclinações da parceira, o ideal é sugerir e testar a sua receptividade. Se não acontecer agora, a conversa continua. Não são todas as mulheres que aceitam e gostam, porém. Muitas têm medo da dor, além de preocupações higiênicas. O homem sempre deve usar preservativo e lubrificante de base aquosa. 
Fale durante o sexo
Diga como se sente mais à vontade, qual seu ritmo favorito, como o parceiro pode conseguir aquele orgasmo. Falar é uma forma de tornar o assunto casual, desde que não vire a narração de um jogo de futebol. 
Cuidado com a troca de posição
Mulheres alcançam o orgasmo por meio de uma estimulação contínua e rítmica. Se ela estiver chegando lá e o parceiro trocar de posição sem consulta prévia, será frustrante.
Relaxe
Não se preocupe demais com a frequência com que faz sexo. Só a personagem Samantha, do filme Sex and the city, acha ruim fazer sexo “apenas” quatro vezes por semana. A quantidade ideal é aquela considerada boa pelo casal.