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Perguntas & Respostas - Ménage à Trois





“Será que ele não está fingindo?”


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“Boa noite!

Lendo o site gostaria de esclarecer uma duvida que tenho que tem me deixado sem saber o que pensar. Nunca aconteceu comigo antes, mas estou namorando um homem de 48 anos e já tem 2 meses. Eu tenho 38 anos e nunca tinha passado por isso antes. É o seguinte:

No início antes de me envolver sexualmente com ele, ele me contou um segredo dele, me disse que já tinha tido experiência com outro homem e que foram poucas. Me assustei. No início fiquei chocada. Ele disse que ficou muito confuso quando teve a primeira experiência mas que depois não, que ele tem certeza que gosta e sente prazer com mulheres e que não gosta e nem pensa em se relacionar com homens. Apenas disse que tem o maior tesão em ser penetrado por homem.

Mesmo com tudo isso resolvi investir na relação. Só que além de saber sobre isso tive outra surpresa, ele disse que gostaria de me ver transando com outro homem e ele junto vendo. Achei loucura e deixei passar, mas sempre ele me diz isso que quer me ver transando com outro homem e que respeita se eu não quiser, apenas disse que tem o maior tesão.

E todas as vezes que transamos nesses dois meses que não foram poucas as vezes ele só gozou apenas 2 vezes. Disse que não tinha facilidade em gozar, só que canso, não aguento. Todas as vezes que transamos passamos no mínimo 3 horas e isso me deixa quebrada e ele nada de gozar. Estou começando a ficar neurótica, pois são muitas informações loucas sobre ele.

Me ajude, me oriente me diga alguma coisa. Como devo agir em relação a tudo isso. Gosto muito dele e ele também gosta muito de mim. Nos damos super bem na cama, temos uma ligação e sintonia incrível. Mas será que ele não está fingindo para mim?

Será que por ele ter vontade de ser penetrado por homem e como ele disse que estava a mais de 5 anos sem fazer isso, tem alguma coisa a ver por ele não gozar. Será que ele não se sente realizado plenamente apenas transando com mulher?

Me ajude, obrigada.”

LC - Brasil


A nossa resposta

Cara leitora,

a orientação sexual é vista como um contínuo entre dois pólos, o Heterossexual e o Homossexual, que tem muitas variações. Por exemplo, considera-se que uma pessoa é exclusivamente homossexual quando sente atracão estética, erótica e emocional apenas por pessoas do mesmo sexo e existe a possibilidade de escolha, tanto nos pensamentos e emoções como nos comportamentos sexuais. Porém, algumas pessoas não se enquadram em nenhum destes pólos de exclusividade, o que poderá ser o caso do seu namorado.

A região anal masculina é altamente erógena. A estimulação no ânus, recto e alguns órgãos adjacentes, como é o caso da próstata, muitas vezes, são suficientes para provocar um orgasmo no homem. Num casal heterossexual a mulher pode estimular a região anal do homem (recorrendo por exemplo a um dildo ou strap-on). Portanto, se no casal existir abertura suficiente para este tipo de pratica sexual, não há motivo para que o homem sinta a necessidade de fazê-lo com outros homens, a menos que tenha mais prazer dessa forma.

Embora o instinto natural seja de não querer partilhar alguém que se ama a verdade é que o sexo a 3 (ou “ménage à trois”) é uma das fantasias sexuais mais frequentes nos casais. Alguns homens têm a fantasia de ver a mulher com outro homem, pois ficam excitados por sentirem que ela não é desejada apenas por eles.

Dá-se o nome de “ejaculação retardada” às situações onde existe dificuldade do homem em ejacular. Alguns homens apresentam esta dificuldade em situações muito específicas, por exemplo se têm receio de serem interrompidos durante a actividade sexual ou de acordo com a estimulação que estão a receber (masturbação; sexo oral; penetração vaginal ou sexo anal). Procure avaliar o que acontece, na vossa relação, para que ele consiga ejacular algumas vezes e noutras não. Pergunte-lhe se ele consegue ejacular na masturbação ou com outras pessoas, ou seja, se esta dificuldade surge apenas consigo.

Cara leitora, apesar de muitas questões que possa estar a levantar, neste momento, o que é certo é que o seu namorado confiou em si para lhe confessar não só as fantasias como as experiências sexuais que teve. Ao partilhar algo tão íntimo, o seu namorado, correu o risco de ser mal interpretado. Caso ele não tivesse contado que teve sexo com outros homens, como lidaria com a dificuldade ejaculatória dele? E com as fantasias?

As fantasias e gostos são muito relativos, existem homens que gostam de estimulação anal, outros que acham isso anti-natural, homens que fantasiam estar com duas mulheres, outros ver a mulher com outro homem, etc.

Numa experiência sexual tudo é permitido, desde que ambos estejam suficientemente à vontade e queiram experimentar. Isto quer dizer que não deve sentir-se obrigada a fazer algo que não quer, ou não se sente preparada. Ponderem procurar ajuda de um terapeuta sexual, caso as dificuldades permaneçam.

Obrigado pela sua questão


Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221



UMA PARCERIA
TERAPIAS SEXUAIS
&




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Perguntas & Respostas - "Serei homossexual?"



"Ficar excitado com imagens de homens nus
é sinal que sou homossexual?"


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"Tenho 20 anos e tenho uma dúvida que me atormenta há algum tempo: ficar excitado com imagens de homens nus é sinal que sou homossexual?

Recordo-me que durante a minha infância sempre fui muito gozado por ser gordinho e que já me chamavam, na altura, de ”bichinha”ou “gay”, etc.

Penso que, desde então, criei na minha mente um padrão de beleza e de corpo masculino a ser alcançado que não tenho, mas que me desperta um interesse muito grande."


A nossa resposta

O fato de se interessar pelo corpo masculino não significa, obrigatoriamente, que seja Gay. A sexualidade humana é muito variada, existem imensas fantasias, desde as mais simples às mais complexas e, na maioria das vezes, não são concretizadas.

Se o leitor sente atração, fantasia, deseja, ou tem relações com homens, e existe a possibilidade de optar por uma pessoa do sexo oposto, ai já é diferente.

Recorde-se que a orientação sexual é vista, socialmente, como um contínuo entre dois pólos: o Heterossexual e o Homossexual e que algumas pessoas não se identificam com nenhum destes “rótulos”.

O importante é que saiba respeitar o seu organismo e as suas vontades, sem se culpabilizar por isso. Aceite a sua sexualidade como um aspecto positivo da sua identidade e não se sinta culpado pela sua orientação sexual.

Só assim conseguirá conhecer-se realmente e escolher sua verdadeira sexualidade, quer seja homo, hetero ou outra coisa qualquer.

Obrigado pela sua questão


Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221



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Perguntas e Respostas - Ela é lésbica




"Tenho medo que ela se atire a mim"

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“Entrei este ano para a Faculdade e divido uma casa com outra colega.
Acontece que descobri ela é lésbica e agora
estou sempre com medo que ela se atire a mim.
O que posso fazer?”


A nossa resposta


O facto de uma pessoa ser homossexual não implica que se “atire” a todas as pessoas do mesmo sexo, tal como um heterossexual não se “atira” a todas as pessoas do sexo oposto. Ou seja, embora a sua colega seja lésbica não significa que ela se vá sentir atraída por si, tal como a leitora não se sente atraída por todos os homens que conhece, pois não?

Muito provavelmente o problema está mais na sua cabeça que na da sua amiga. Quando existe dificuldade em entender a diferença e a particularidade, como é o caso da homossexualidade, com base em referenciais restritos, alimentam-se os medos e aumentam os comportamentos de exclusão, preconceito e homofobia.

Tenha uma conversa sincera com a sua colega e tentem chegar a um acordo que permita que ambas coabitem em harmonia ou, se continuar a sentir-se desconfortável com a presença dela, sempre tem a possibilidade de procurar mudar de casa ... ou de colega!


Obrigado pela questão,


Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221



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Perguntas & Respostas - Carícias no ânus dele





"O meu namorado gosta que eu lhe acaricie o ânus"

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"O meu namorado gosta que eu lhe acaricie o ânus.

Recuso-me a fazer isso pois acho um absurdo.

Ele terá tendências homossexuais?"





A nossa resposta

 
Erroneamente, as pessoas associam a estimulação anal, nos homens, como uma prática exclusiva dos homossexuais, porém, o prazer sentido com esta prática não tem nada a ver com a orientação sexual.

A região anal masculina é altamente erógena. A estimulação no ânus, recto e alguns órgãos adjacentes, como é o caso da próstata, muitas vezes, é suficiente para provocar um orgasmo no homem.

Seria interessante saber se o seu incómodo se deve a essa dúvida ou se é porque não se sente à vontade para o estimular dessa forma? Procure falar com ele tranquilamente sobre o assunto.

Numa experiência sexual tudo é permitido, desde que ambos estejam suficientemente à vontade e queiram experimentar.

Obrigado pela sua questão,

Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo - Sexólogo Clínico
Tel: 969091221



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Perguntas e Respostas - "Ele gosta de Shemales ... será gay?"


"Descobri uma coisa que me assustou um pouco mais,
reparei que ele tinha um fetiche por "shemales""

 

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Depois de me informar e ler algumas entrevistas sobre Dr. Fernando reparei que trabalha também na questão da transexualidade, o que me deixou ainda mais à vontade, pois a minha questão é precisamente sobre isso, é um assunto minucioso que eu acredito que pouca gente saiba dar-me uma resposta. Não tenho problema que a minha questão seja publicada no blog, gostaria unicamente que fosse anónima.

A questão é a seguinte.

Considero-me uma pessoa perspicaz, namoro há um ano, e mesmo antes de conhecer o meu namorado , tem 23 anos, sempre tive a ideia que ele gostasse de homens, começamos a namorar e visto o decorrer da situação deduzi que fosse apenas coisas da minha cabeça.

No entanto, com a amadurecimento da relação a nível sexual, chegámos a momentos em que ele me disse que gostaria de ser penetrado com os meus dedos ou com objectos, sou uma pessoa mente aberta e compreendo que isso seja normal, a estimulação da próstata, não seria por isso que eu ía pensar que ele é homossexual e realizamos essas fantasias.



Mais tarde descobri uma coisa que me assustou um pouco mais, reparei que ele tinha um fetiche por "shemale", ou seja, transexuais, são mulheres sensuais mas que têm um pénis, comecei a achar a coisa um bocado mais suspeita, investiguei e até concluí que há muitos homens que têm esse fetiche, mas já começava a dúvidar de quem seria ele.

O problema principal no meio de todas estas coisas é a sua atitude, quando falamos com ele sobre homossexuais ele tem uma opinião de repulsa, odeia-os de uma maneira exacerbada, aliada ao facto de ele estar sempre a frisar que é bastante engatatão e que tem uma grande lista dos seus engates, esta atitude parece-me apenas um mecanismo de defesa por ele não conseguir assumir quem é .
A minha questão é a seguinte, será que é apenas uma fase? um fetiche? será que ele se sente mulher? será que ele gosta de homens ou de mulheres? não consigo perceber.
Obrigada pela ajuda

XXXX




A nossa resposta

Cara amiga,

A diversidade do comportamento sexual não se esgota na categorização polarizada Heterossexual - Homossexual. Ela é um continuo entre dois extremos - o heterossexual e o homossexual exclusivos. Por exemplo, podemos encontrar pessoas que desejam sexualmente apenas pessoas do outro sexo, do mesmo sexo ou de ambos. Podemos estar com pessoas que podem ter comportamentos sexuais com pessoas do mesmo sexo, do sexo oposto, ou de ambos. Podemos conhecer pessoas cujo seu foco de desejo é com pessoas do sexo oposto mas que, por determinadas circunstâncias, têm comportamentos sexuais com pessoas do mesmo sexo (ou vice-versa), etc.. E por aí adiante...

Quanto à designação de "fetichismo", ou feiticismo, é uma palavra com origem portuguesa que deriva de "feitiço". É comum encontrarmos pessoas atraídas sexualmente por certas peças de vestuário (botas, lingerie, meias, sapatos, etc.) ou por partes do corpo (pés, nádegas, peitos, pénis, etc.), etc. Para um "verdadeiro" fetichista esse objecto de desejo (por exemplo, parte do corpo ou vestuário) tem de estar presente para que exista excitação e/ou orgasmo. Em situações mais extremas, o fetichista pode chegar a substituir o parceiro pelo objecto, masturbando-se com ele. (Veja mais sobre Fetichismo aqui).

Podemos dizer que o fenómeno do travestismo está presente desde tempos imemoriais. Mas será por volta dos anos 90 que se começa a verificar, nas comunidades gay de São Francisco, o surgimento de  pessoas biologicamente masculinas, com um comportamento social feminino, com tratamentos cosméticos, hormonais e alguns cirúrgicos, mas sem cortar o pénis (chamados Shemales). São então vistos, na altura, como "uma espécie de mulher com pénis".

Embora nem todos, muitos shemales acabam por seguir a vida da prostituição. Os seus clientes, maioritariamente homens, procuram-nos, muitas vezes pelo risco, por ser uma questão tabú/proibida,  para experimentar algo sexualmente diferente ou por gostarem da atitude destas pessoas. Na sua maioria, estes homens, procuram shemales com o objectivo de serem penetrados, embora refiram não desejar estar com outros homens para o mesmo efeito. Muitos chegam a referir sentir-se repugnados só com a ideia de poderem estar com outros homens, considerando-se essencialmente heterossexuais.

A estimulação do ânus, recto e alguns órgãos adjacentes, como é o caso da próstata, muitas vezes, é suficiente para provocar um orgasmo, no homem, independentemente da orientação sexual (veja mais informações sobre Pegging aqui).

Refere que no inicio do vosso namoro suspeitava que ele gostava de homens. O que a leva a dizer isso? Que sinais viu para afirmar isso? Se ele for homossexual, o que o leva a procurar shemales? Procure esclarecer as suas duvidas, seja sincera e respeite as respostas que ele lhe for dando. Parece-me que têm bastante abertura na vossa relação para falar sobre sexualidade. Aproveitem esta oportunidade para esclarecer o que o leva a procurar este tipo de actividade sexual. Partilhem com sinceridade as vossas fantasias e desejos. Independentemente de tudo, não se esqueça que o seu namorado poderá desejar estar com shemales sem ser "homossexual", ou desejar ser mulher.

Penso que o mais importante, nisto tudo, é ... e o que ele sente por si?

Espero ter ajudado,
Abraço,

Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo/Sexólogo Clínico
Tel: 969091221

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O que é "Ter Sexo"?



Um estudo realizado recentemente pelo Instituto Kinsey verificou que os homens gay no Reino Unido e nos E.U.A. diferem no que consideram como “ter sexo”. Neste estudos participaram 180 homens do Reino Unido, com idades entre os 18 e os 56 anos, e 190 homens dos E.U.A com idades entre os 18 e os 74 anos.

Quase todos os inquiridos concordaram que o sexo anal (pénis no ânus) é “ter sexo”. No entanto foram encontradas diferenças noutras práticas sexuais.

No geral, os homens gay do Reino Unido encaram a prática sexual de forma mais lata.

- 84.9% encara o sexo oral (pénis na boca) como “ter sexo”, enquanto apenas 71.6% dos homens gay dos E.U.A. avaliaram como tal;

- a doação e a recepção da estimulação oral-anal é considerado como “ter sexo” por 78.4% dos homens gay do Reino Unido e 61.2% dos homens gay dos E.U.A.;

- dar e receber estimulação manual-anal foi considerado como “ter sexo” por 70.9% dos inquiridos no Reino Unido ao passo que apenas 53.4% dos inquiridos nos E.U.A. concordaram;

- a grande diferença, deste estudo, reside no uso de objectos/brinquedos sexuais (e.g. dildos, vibradores), cerca de 77.1% dos participantes do Reino Unido e apenas 55% dos participantes E.U.A. concordaram que essa prática era uma forma de "ter sexo".

Este tipo de estudos é importante, pois alerta para a necessidade da definição de conceitos como é o caso de “TER SEXO”. Não podemos esquecer que muitos estudos na área da saúde que visam avaliar aspectos tão variados como “comportamentos de risco” e “frequência sexual” não têm em conta estas diferenças culturais.

É também importante que os investigadores e técnicos de saúde (e.g. médicos, psicólogos, enfermeiros) não pressuponham que a sua ideia de “ter sexo” é a mesma que a dos inquiridos, principalmente quando se trata de analisar comportamentos para avaliar o risco de transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis.


Adaptado do original de Celeste Lavin, 28Jul2010

Países aceitam melhor a homossexulidade

.
Baseado nos dados dos últimos 25 anos da World Values Survey, Will Wilkinson, verificou uma diminuição da intolerância face à homossexualidade em todo o mundo - no entanto, o mesmo não se passou relativamente às
atitudes face à prostituição.


Atitudes face à Homossexualidade
De 1981 e 2006, Wilkinson estudou sete nações democráticas e constatou que existe uma redução significativa no número de pessoas que acreditam que a "homossexualidade não é justificável". Dentro dos países estudados, foi nos Estados Unidos que se verificou uma atitude mais conservadora.


Atitudes face à prostituição
Por outro lado, Wilkinson encontrou um padrão nestes países face às atitudes dos indivíduos relativamente à prostituição. No entanto, verifica-se também uma tendência para uma maior tolerância face aos profissionais do sexo, mas os padrões ainda são difíceis de discernir dentro de cada país.

Perguntas e Respostas - Será homossexual?


Pedido de ajuda de um dos nossos leitores

"Boa tarde...

Estou a escrever-vos porque estou um bocado desesperada, vivo na zona interior do País, uma zona um bocado limitada em termos de médicos e especialistas em algumas áreas, onde temas como os que quero tratar continuam a ser "tabus" e não merecem sequer grande relevância...

Namoro há cerca de 1 ano e meio com um rapaz que amo muito, ultimamente ele teve uma situação um bocado estranha com um rapaz mais novo que ele, em que houve uma troca de mensagens de teor homossexual, o meu namorado jurou-me que não houve contacto físico, mas disse-me que se tivesse oportunidade não sabe como agiria...

Ele tem 34 anos, já não está na fase da adolescência em que as pessoas ficam confusas e por vezes não sabem bem o que querem, embora ele já me tenha confessado que nessa fase teve algumas experiências "normais" para a idade entre amigos, de estimulação em conjunto...

Acontece que estamos a pensar casar para o ano e estas coisas não me saem da cabeça, o meu pedido de ajuda é no sentido de me indicar se existe algum meio de saber a orientação do meu namorado, ou melhor, se existe uma forma de através de conversa ou testes poder determinar isso, é um passo muito importante e não gostaria de o dar sem ter a convicção e a certeza que aquele episódio que ele viveu não passou apenas de uma fantasia ou se poderá ser algum desejo escondido...não sei se me faço entender...

Peço que me dê todas as informações e contactos que julgar necessários para que possamos fazer algo, estou meio desorientada é uma situação nova e não sei nem a quem recorrer para ser sincera...

Estou desesperada, peço-vos encarecidamente que me ajudem! Desde já obrigada pela vossa ajuda."


Veja as respostas a este pedido de ajuda nos comentários

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Veja informações sobre Homossexualidade aqui e Bissexualidade aqui

amplos bring out - Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual



Sábado, dia 09 Outubro 2009, será o dia do primeiro encontro e da apresentação oficial da "amplos bring out"

A AMPLOS – Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual é a primeira iniciativa portuguesa a mobilizar as famílias de pessoas com uma orientação sexual diferente. A AMPLOS propõem-se a combater as múltiplas formas de discriminação relacionadas com a orientação sexual.

A AMPLOS visa ainda:
- ser um grupo de pais que se oiçam, esclareçam, acompanhem;
- ser um grupo de apoio a jovens homossexuais que tenham dificuldade na sua relação com os pais;
- constituir um grupo de acção cívica ao lado dos seus filhos e de todas as organizações que defendem os seus direitos;



Para mais informações consulte o BLOG da "amplos bring out "aqui


(Re)Conversão de GAYs

Para os mais distraídos talvez o video ajude alguma coisa...


Associação Americana de Psicologia (APA) ... e eu...

repudiamos a hipótese de (re) conversão


A Associação Americana de Psicologia (APA) desaconselha os profissionais de saúde mental a dizerem aos seus clientes homossexuais que se podem tornar heterossexuais através de terapia ou outros tratamentos. Numa resolução aprovada pelo conselho executivo da APA e num relatório anexo, a associação emitiu o seu "mais amplo repúdio" face à terapia da reconversão, um conceito defendido por um pequeno mas insistente grupo de terapeutas norte-americanos, muitas vezes aliados a grupos religiosos.

Em Portugal, este tema esteve na origem de uma petição dirigida ao bastonário da Ordem dos Médicos (OM) por centenas de técnicos de saúde mental, exigindo um esclarecimento da direcção e uma tomada de posição do Colégio da Especialidade de Psiquiatria. A petição foi lançada em Maio, na sequência de um artigo em que o presidente do Colégio de Psiquiatria da OM, José Marques Teixeira, considerava possível dar resposta a um homossexual que pedisse ajuda médica para mudar de orientação sexual. F

Forçar a mudança pode levar à depressão e ao suicídio "Não há qualquer evidência sólida de que essa mudança seja possível", lê-se na resolução, aprovada pelo conselho executivo da APA, por 124 votos a favor e quatro contra. Alguma investigação sugere mesmo que os esforços para produzir essa mudança podem ser prejudiciais, induzindo à depressão e a tendências suicidas, acrescenta.

A associação assumiu como ponto de partida para o seu relatório a convicção de que a homossexualidade é uma variante normal da sexualidade humana, apesar de continuar a ser estigmatizada de formas que podem ter consequências negativas.

Em vez de tentarem mudar os “gays”, a entidade exorta os terapeutas a considerarem múltiplas opções - desde o celibato à escolha de outras igrejas - para ajudar os seus clientes a viverem vidas espiritualmente compensadoras em instâncias em que a orientação sexual entre em conflito com a confissão religiosa.

"A fé religiosa e a psicologia não têm de ser encaradas como opostas", afirma-se no relatório, que apoia abordagens "que integrem conceitos da psicologia da religião e da psicologia moderna da orientação sexual".

Fonte: http://www.cienciahoje.pt

O casal deve partilhar fetiches?


Para chegar junto do parceiro e confidenciar-lhe que quer experimentar uma ménage à trois ou participar numa orgia é preciso, acima de tudo, coragem. O risco de alguém ser mal interpretado perante fantasias desta ordem é enorme, sendo necessária uma cumplicidade muito grande entre o casal.

Mais arriscado ainda é reconhecer que só se obtém prazer em determinadas circunstâncias, como é o caso dos fetiches. Pés, sapatos de salto alto, determinada lingerie, vestir-se com roupa do sexo oposto ou até mesmo o uso de fraldas são apenas alguns exemplos.

"As fantasias eróticas, se a intimidade obtida permite a sua partilha, são potentes afrodisíacos, sem prejuízo de cada um dos parceiros poder albergar algumas que não deseja revelar. Quanto aos fetiches, no sentido patológico, a partilha não resolve o problema. Em geral, ao fim de algum tempo o parceiro/a do fetichista sente-se relegado para segundo plano e mal desejado", explicou ao CM Júlio Machado Vaz, reconhecido sexólogo, acrescentando que só existe vantagens na partilha de fantasias eróticas entre o casal: "Desde que, obviamente, as fantasias e os actos delas decorrentes sejam consensuais. No caso do fetiche, a partilha do problema pode, pelo menos, pacificar angústias e desaguar num pedido de ajuda."

Para a autora de ‘Fantasias Eróticas’, livro que contém o testemunho de cerca de cem mulheres, "a fantasia é algo muito íntimo que mora na imaginação de cada um". Isabel Freire revela que durante a pesquisa realizada teve várias mulheres a recusarem partilhar as suas fantasias: "Muitos desses casos diziam que transformar essas fantasias em palavras ou a sua concretização iria retirar--lhe todo o sentido."

Muitas mulheres optaram por manter os desejos sexuais em segredo por receio: "Algumas diziam que estava fora de questão partilhar essas fantasias eróticas com o parceiro, porque sabiam de antemão que não iam ser bem aceites."

CASAIS CHAMAM PROFISSIONAIS PARA FANTASIAS

As acompanhantes são muitas vezes chamadas para realizar as fantasias sexuais de casais. Maria Porto, jovem conhecida por ter um dos blogues mais visitados em Portugal e por ser autora do livro ‘A Tua Amiga – Confissões de uma Acompanhante’, explicou ao CM que "os casais costumam procurar os seus serviços para concretizar o fetiche de show lésbico". A grande maioria são "homens casados, entre os 35 e os 50 anos", que se soltam após o primeiro encontro com relações sexuais normais: "Há uma enorme timidez. Depois sentem-se na obrigação de explicar as razões do fetiche, devido ao receio de poderem ser considerados anormais".

EXEMPLOS
SHOW LÉSBICO
A fantasia mais vezes colocada em prática. Acompanhantes ou, por vezes, amigas ajudama concretizar este desejo.

PERSONAGENS
Conhecido por ‘role playing’, consiste em pedir à outra pessoa que actue segundo um certo papel: polícia, enfermeira, cowgirl etc.

INVERSÃO DE PAPÉIS
A mulher assume o papel do homem, penetrando-o com objectos fálicos.

BOTÃO DE ROSA
A estimulação oral do ânus é um dos fetiches mais difíceis de assumir por parte do homem.

"FANTASIA REFORÇA A RELAÇÃO" (Júlio Machado Vaz, Sexólogo)
Correio da Manhã – Quais as diferenças entre fetiche e fantasia?
Júlio Machado Vaz – Falamos de fetiche e fetichista quando alguém (em princípio homem) só obtém satisfação sexual na presença de um determinado objecto ou parte do corpo da parceira/o. Isso restringe em muito a vida sexual da pessoa e, em geral, provoca problemas na relação. As fantasias permitem ao casal construir cenários que reforçam a relação sexual.

– Quais as principais preocupações de um casal nas consultas?
– As fantasias só são problemáticas quando um dos parceiros se sente pressionado pelo outro a aceitar comportamentos que colidem com os seus princípios. No caso do fetiche, o pedido habitual é o de ajuda para que o funcionamento sexual do fetichista se liberte do espartilho e não fique dependente de um cenário repetitivo que é a negação da liberdade erótica.

– Quando assume contornos patológicos?
– O fetichismo a que me refiro é patológico por se tratar de um comportamento compulsivo sem alternativa. Completamente diversas e normais são as pequenas preferências que apimentam uma relação sexual. Uma coisa é não conseguir funcionar na ausência, por exemplo, de sapatos pretos, outra é preferir essa cor mas aceitar sem problemas outras variantes cromáticas.
André Pereira, in Correio da Manhã Online, 05Jul2008

União civil registada divide AR e partidos


Casamento 'gay' discutido na AR na próxima sessão

As palavras de Manuela Ferreira Leite sobre o casamento de homossexuais são criticadas à esquerda, mas parecem ter aberto uma via que não desagrada a alguns deputados, sobretudo à direita. Em causa está um modelo semelhante ao que vigora em Inglaterra - que, em vez do casamento homossexual, instituiu uma espécie de união civil registada. Ou seja, com direitos similares aos do casamento, mas sem o nome.

Em entrevista à TVI, na última terça-feira, a líder social-democrata disse aceitar as relações homossexuais, mas manifestou-se contra o seu reconhecimento como casamento. "Admito que esteja a fazer uma discriminação porque é uma situação que não é igual. A sociedade está organizada e tem determinado tipo de privilégios, de regalias e até de medidas fiscais no sentido de promover a família como algo que tem por objectivo a procriação. É uma realidade", afirmou Manuela Ferreira Leite. Para concluir: "Chame-lhe o que quiser, não chame é o mesmo nome. Uma coisa é casamento, outra coisa é qualquer outra coisa."

A posição de Ferreira Leite é contrariada quer no PS, quer no BE. Pedro Nuno Santos, deputado e líder da Juventude Socialista (JS), contesta o argumento da família enquanto entidade que tem por objectivo a procriação, referindo que esta tese entra em contradição mesmo com o casamento heterossexual, quando esteja em causa, por exemplo, um casal infértil. Se Ferreira Leite recusa o casamento entre pessoas do mesmo sexo, deixa espaço aberto a outra forma de reconhecimento de uma união homossexual. Pedro Nuno Santos recusa esta hipótese: "É absolutamente inaceitável. Era criar um gueto jurídico para os homossexuais". José Moura Soeiro, do BE, diz o mesmo: "Não é admissível criar um gueto legal, isso é criar a ideia de que há cidadãos de segunda, que não têm direito a uma plena igualdade".

A ideia de uma solução semelhante à inglesa é, no entanto, bem recebida à direita do hemiciclo. O CDS não tem posição oficial, mas esta hipótese não é rejeitada. Já no PSD a palavra de ordem foi ontem o silêncio face às declarações da líder, mas seria seguramente uma solução mais bem acolhida que o casamento homossexual. No PS também há quem admita que esta pode ser uma solução. Para Vítor Baptista esta está longe de ser uma questão fechada: o deputado invoca o princípio da liberdade para admitir o casamento gay. Mas diz também, a título pessoal, ter uma "maior simpatia por uma figura jurídica que não seja a do casamento".


Fora da agenda... por agora

Se este é um tema que, por agora, não está na agenda política, esta é uma situação que pode mudar em breve. O BE pretende avançar, na próxima sessão legislativa, com um projecto de lei (que já está entregue no Parlamento) que consagra o casamento homossexual. Um projecto que deverá merecer a rejeição à direita (até porque prevê a hipótese de adopção, uma questão ainda mais polémica) e também do PS - José Sócrates já disse que a questão só será abordada na próxima legislatura. Esta não deixará de ser, no entanto, uma questão melindrosa para o PS, que tem nas suas fileiras apoiantes e críticos do casamento homossexual. Até por se tratar de uma matéria de consciência, onde uma situação de disciplina de voto será inevitavelmente mal recebida.

Susete Francisco, in Diário de Noticias Online, 03JUl2008

Manuela Ferreira Leite acusada de discriminação



A Associação ILGA considera que a dirigente social-democrata Manuela Ferreira Leite fez declarações discriminatórias, numa entrevista concedida terça-feira à TVI, e pretende que os «restantes partidos clarifiquem se também querem discriminar».

Em nota de imprensa, a ILGA Portugal - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero afirma que Manuela Ferreira Leite «admitiu sem hesitações que discriminava gays e lésbicas, defendendo a manutenção do "apartheid" legal no acesso ao casamento civil».

Na terça-feira à noite, numa entrevista à TVI, a primeira desde que foi eleita presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite disse aceitar as ligações homossexuais mas estar contra o seu reconhecimento como casamento.

«Eu não sou suficientemente retrógrada para ser contra as ligações homossexuais, aceito-as, são opções de cada um, é um problema de liberdade individual sobre o qual não me pronuncio. Pronuncio-me, sim, sobre o tentar atribuir o mesmo estatuto àquilo que é uma relação de duas pessoas do mesmo sexo igualmente ao estatuto de pessoas de sexo diferente», disse a presidente do PSD.

«Admito que esteja a fazer uma discriminação porque é uma situação que não é igual. A sociedade está organizada e tem determinado tipo de privilégios, de regalias e até de medidas fiscais no sentido de promover a família como algo que tem por objectivo a procriação. É uma realidade. Chame-lhe o que quiser, não chame é o mesmo nome. Uma coisa é casamento, outra coisa é qualquer outra coisa», acrescentou.

Reagindo a estas declarações, a direcção e o grupo de intervenção política da ILGA, que assinam o comunicado, sublinham que a Constituição proíbe a discriminação com base na orientação sexual desde 2004 - «aliás, a revisão do artigo 13º (Princípio da Igualdade) fez-se com os votos favoráveis do PSD» - pelo que «não é possível manter por isso um "apartheid" legal como o que Manuela Ferreira Leite defende».

A ILGA assinala ainda que «Manuela Ferreira Leite, que se apresenta como conhecedora de aspectos fiscais, parece ignorar que a Lei de Uniões de Facto de 2001 - que abrange casais de pessoas do mesmo sexo - concede exactamente o mesmo estatuto fiscal a unidos de facto e a cônjuges, pelo que as famílias constituídas por casais de pessoas do mesmo sexo já usufruem das referidas "medidas fiscais"».

A presidente do PSD «parece julgar que existe uma única família a promover. Esperamos que se aperceba rapidamente de que existem muitas famílias em Portugal e que, se tem como objectivo que o seu partido se apresente como uma alternativa de governo, terá que contar com o apoio de muitas delas. Seria também importante compreender que o casamento não implica procriação e que a procriação não implica casamento», adianta a ILGA.

Quanto à posição de Manuela Ferreira Leite acerca da designação a usar para a união de duas pessoas do mesmo sexo, a Associação diz que é comparável ao que sucedeu no alargamento do casamento a escravos.

«Porque estes viriam sujar o nome do casamento, optou-se por um nome diferente: "contubérnio". Como Manuela Ferreira Leite partilha esta ideia de que, tal como os escravos, lésbicas e gays não são cidadãs e cidadãos de pleno direito, o nome do casamento para escravos será talvez o que melhor se adequa à sua visão do mundo», escreve a Associação na nota de imprensa.

Para a ILGA, «a imagem de alternativa política para o país» que a líder social-democrata «tenta construir também não se coaduna com a promoção da desigualdade, ao arrepio dos movimentos que atravessam os países mais desenvolvidos, a começar pela vizinha Espanha» e as suas declarações «vêm provar uma vez mais que fracturante não é a reivindicação de igualdade; fracturante é a discriminação».

Também em reacção às declarações de Manuela Ferreira Leite, o presidente da associação Opus Gay, António Serzedelo, afirmou hoje à Lusa que «existe uma diferença entre o matrimónio e o casamento» e que «o que Manuela Ferreira Leite não entende é que as pessoas não se casam só para ter filhos mas porque amam o seu parceiro».

«O mais importante é antes de tudo a concessão de direitos aos casais. O que acontece hoje é que se tem direitos sem a atribuição do nome casamento, embora seja muito importante para nós ter esse reconhecimento», acrescentou o dirigente da Opus Gay, uma organização cívica de carácter social criada para promover a solidariedade entre todos os membros da comunidade gay, lésbica, bissexual e transgénero.


in, Diário Digital / Lusa (03JUL08)

SIDA - Mais casos nos "grupos de risco"


Cruz Vermelha alerta para situação de marginalização e
estigma que sofrem muitos dos infectados pelo VIH/SIDA

Só no ano passado, 2,1 milhões de pessoas morreram vítimas de sida, doença que a Cruz Vermelha considera uma grande tragédia.


Prostitutas, homossexuais e toxicodependentes são, há muito, considerados grupos de risco quando se fala de VIH/SIDA.

De acordo com o último relatório sobre a doença, realizado pela Cruz Vermelha Internacional, o número de casos tem vindo a aumentar nestes grupos que, por serem considerados marginais, são muitas vezes impedidos de receber tratamento.

Este ano, em vez de se centrar nas tragédias naturais, o relatório aposta na denúncia dos casos de SIDA que, segundo refere, «é um desastre complexo e de longo prazo em muitos níveis», confirmando que, «para os marginalizados em todo o Mundo, as taxas estão a aumentar».

Estes grupos, acrescenta, que vivem à margem da sociedade em muitos países, especialmente naqueles em vias de desenvolvimento, «enfrentam o estigma, a criminalização e têm pouco, se algum, acesso à prevenção e aos tratamentos».

Ao todo, revela o relatório, 2,1 milhões de pessoas perderam a vida no Mundo, durante o ano passado, vítimas de SIDA. Muitas mais poderiam ser salvas se, diz a Cruz Vermelha, «os líderes religiosos e políticos resolvessem adoptar acções» para que seja dada prioridade a esta doença e se possa apostar em pôr fim ao estigma.
in, Jornal DESTAK, N.º 953, 27 Junho2008

Definição actual

Homossexualidade é a preferência erótica por pessoas do mesmo sexo tanto nos pensamentos e emoções como nos comportamentos sexuais, quando está presente a possibilidade de escolha. Para se ser homossexual é necessário que essa orientação seja estável e duradoura.

Porque se é Homossexual?

Não sabemos qual é a causa da homossexualidade, como não sabemos qual é a causa da heterossexualidade ou da bissexualidade. De facto, quer os investigadores, quer os próprios homossexuais continuam a perguntar-se porque se é homossexual. Questão bizarra no actual quadro em que a mera enunciação da questão pode querer significar que se trata de uma particularidade mais interessante ou rebuscada que outro qualquer devir sexual.
A dúvida mais persistente tem a ver com a causalidade da orientação sexual, pois se esta for apenas biogenética, terá de ser retirada da lista de “pecados” da religião (logo mutável) e passar para a categoria de “doença”.