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Perguntas e Respostas - Disfunção Erectil



"
Aconteceu em todas as minhas primeiras vezes ...
começo a ficar bastante ansioso e as relações sexuais não correm bem"

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Olá..

Chamo-me XXXXX  tenho 23 anos e gostava que me tirassem algumas dúvidas que tenho tido.

1º Quando estou com uma rapariga, pela primeira vez, as relações sexuais nunca correm bem, já que quando começamos a tirar a roupa começo a ficar bastante ansioso, devendo-se a falta de confiança com a pessoa ou até mesmo a minha falta de confiança. E quando começo a relação sexual tenho uma ejaculação precoce. Como posso ultrapassar esta barreira? Aconteceu em todas as minhas primeiras vezes, com as raparigas que estive, o que para primeira impressão não é agradável.

2º tive uma relação com uma mulher mais velha do que eu (34 anos) e os nossos encontros, que foram 2, não correram bem. Aconteceu o que referi anteriormente, o ficar bastante ansioso e perdi desejo sexual (falta de ereção do pénis), durante o tempo que estive com ela nunca ficou ereto o meu pénis. Depois disto já estive com outras raparigas que anteriormente já tinha relações, e correu tudo normal, só que agora conhecei a namorar e quando íamos fazer relações sexuais comecei a ficar muito ansioso e com pensamento deste episódio anterior o que levou a que perdesse a ereção, também um receio que pode-se voltar a acontecer e ficar mal. Tem alguma explicação ou como me podem ajudar?

Obrigado pela atenção
Atenciosamente
XXXX



A nossa resposta

Caro amigo,

penso que, apesar de colocar a questão sobre o motivo das suas dificuldades na ereção, já sabe a resposta, aliás acaba por referi-la várias vezes … ANSIEDADE.!

Repare no seguinte: ao contrário dos restantes músculos o pénis, quando flácido, está em constante contração, não permitindo a entrada de sangue suficiente para que fique ereto. De uma forma muito simplificada, imagine que o seu pénis é uma banheira. Para que a banheira fique cheia é necessário abrir uma torneira. No caso do pénis a “torneira” são o conjunto de artérias, que permitem a passagem de sangue para os corpos cavernosos do pénis, e que, quando cheios de sangue, o tornam erecto (ou seja “a banheira fica cheia”). A ordem de “abrir a torneira” é dada pelo relaxamento muscular. Penso que assim é fácil de compreender a importância de estar relaxado para que possa ter uma erecão.


Veja agora outro aspeto, não menos importante. A ansiedade permite que o nosso organismo se prepare para dois tipos de resposta: fugir ou enfrentar uma ameaça. Quer uma, quer outra, requerem uma tensão/ativação muscular. Não se esqueça que, tal como referi anteriormente, a “torneira, do seu pénis” fica fechada quando existe uma contração muscular.

E ainda bem que é assim! Imagine, por exemplo, que está numa situação de perigo, quer opte por fugir, quer decida lutar, os seus músculos vão precisar da maior quantidade de sangue possível, para poderem reagir. Nestas situações, é mais do que provável que não precise de uma ereção (muito provavelmente até iria atrapalhar um pouco… não acha?). Desta forma, o sangue que seria deslocado para o pénis é enviado para outros músculos. Não sei se já reparou, mas se estiver no início de uma ereção e apanhar um susto esta desaparece quase de imediato (ou seja, existe uma “ordem cerebral” que manda fechar a mangueira, do seu pénis, para que o sangue seja deslocado para outros músculos). E assim, mais uma vez, podemos ver como é fabuloso o funcionamento do nosso corpo.

Espero que desta forma compreenda por que motivo é importante estar confiante e relaxado quando quiser ter relações sexuais. É normal que se sinta ansioso por muitos dos fatores que apresenta (não ter confiança na parceira, ser o primeiro encontro, considerar desagradável não ter uma ereção, etc.).

Pelo que li, parece-me saber que estes fatores não o ajudam a ter uma ereção, nem a controlar a ejaculação, então, porque insiste? Porque não experimenta criar primeiro uma relação de confiança e só depois partir para momentos mais íntimos? Procure também tirar a pressão que sente em “ter de ter” uma ereção! Se as coisas não estiverem a correr como deseja aproveite o momento para tirar prazer de outra forma. Vai ver que a ereção não é tão importante como pensa! Algumas pessoas restringem a sexualidade ao coito, esquecendo-se que o “Menu” da intimidade é muito mais rico.

Nas questões do AMOR só existe uma obrigação “Estima/Respeito mútuo” … as obrigações de se ter sempre ereções, orgasmo, ou aguentar a ejaculação “horas a fio”, (que muitas vezes ouvimos e lemos nos Média) apenas servem para tornar algo que é prazeiroso em temido… Não vá nessas cantigas!

Espero ter ajudado,

Abraço,

Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo/Sexólogo Clínico
Tel: 969091221

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Perguntas e Resposta - Preservativo Vs Erecção


"Quando chega a hora de pôr o preservativo, perco a erecção ou ejaculo"

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Desde já muito boa noite

Estou a escrever-lhe porque penso ser a pessoa ideal para me ajudar com o meu problema. Tenho 19 anos e tenho experimentado alguns problemas na minha actividade sexual. Tenho uma namorada linda de morrer mas tenho tido alguns problemas em satisfazê-la sexualmente. O que acontece normalmente é que quando chega a hora de colocar o preservativo, ou perco ligeiramente a erecção, tornando impossível a penetração ou então consigo mantê-la mas ejaculo mal se dá a penetração... Isto tem-me deixado extremamente perturbado, triste e muito frustrado... Adoro a minha namorada e só quero proporcionar-lhe todo o prazer que merece.. Peço-lhe então que me ajude e que me diga se vale a pena marcar uma consulta consigo para me ajudar a ultrapassar este entrave numa relação que noutros níveis é extremamente satisfatória!

Um grande abraço e muito obrigado

xxxxxx

ps: posso descartar algum problema relacionado com os preservativos? tenho alguma dificuldade em pô-los, e sinto-os um bocado apertados, além disso os problemas que mencionei acima dão-se normalmente quando os ponho, mas não sei se será uma explicação plausível..


A nossa Resposta


Caro amigo

segundo o que descreve torna-se evidente a ansiedade e preocupação que sente nos momentos mais intimos. O facto de querer que tudo corra às mil maravilhas só vai fazer com que se sinta muito mais ansioso e que ... inevitávelmente ... as coisas não corram como desejaria. O processo é semelhante ao que acontece durante os exames escolares ou avaliações, se não estivermos confiantes de que sabemos e/ou de que somos capazes de ter uma boa nota, ficamos muito mais ansiosos e isso leva a que a nossa atenção fique focada em pensamentos negativos como "não vou conseguir passar ... vou ter uma péssima nota ... etc." RESULTADO = MÁ NOTA! (mesmo com conhecimentos suficientes para ter uma boa nota).

Na sexualidade passa-se algo de semelhante. As experiências sexuais menos positivas levaram-no a perder a confiança de que é capaz ... logo está muito mais atento aos seus erros, e com pensamentos negativos, do tipo "não vou aguentar...", "vou falhar novamente...", "estou a perder a erecção ..." etc.


- TRATAMENTO


A perda de erecção (ou de alguma rigidez peniana), no momento de colocar o preservativo, é relatada, frequentemente, por alguns homens. O facto de não estarem totalmente à vontade na colocação do preservativo leva a um aumento exponencial da ansiedade que, por sua vez, gera a referida diminuição de rigidez peniana.

Para ultrapassar esta dificuldade,
quando estiver sozinho, procure "treinar" a colocação do preservativo e aproveite para se masturbar com ele colocado, para se habituar às sensações causadas pelo mesmo. Aproveite para fantasiar que está com a sua parceira, imagine-se, por exemplo, a dizer-lhe que pretende colocar o preservativo. O importante é que ganhe confiança de que é capaz de colocar o preservativo, primeiro sozinho, depois com quem deseja e/ou AMA!

Relativamente à questão da ejaculação rápida sugiro que leia algumas das indicações que foram dadas a outros leitores.

Espero, sinceramente, ter conseguido ajudar. Estarei disponível para o ajudar se voltar a considerar necessário.

Um abraço,

Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo/Sexólogo Clínico
Tel: 969091221

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Ciclo de vida do Pénis


"As mudanças no tamanho do pénis,
aparência e função sexual do homem"

Não é segredo que com o avançar da idade existe um declínio da função sexual masculina. Associada à diminuição dos níveis de Testosterona está a necessidade de uma maior estimulação para a presença de uma erecção. O homem passa a necessitar de mais tempo para obter uma erecção e para atingir o orgasmo e, após o orgasmo, para ficar novamente excitado (ou seja, o chamado período refractário aumenta). Com a idade existe, ainda, uma queda acentuada do volume de sémen e da qualidade do esperma. Dos 40 aos 70 anos, a percentagem de homens com problemas de erecção sobe dos 30% para os 60%.

Os homens também podem experimentar um declínio gradual da função urinária. Diversos estudos mostram que, no homem, o fluxo de urina enfraquece ao longo do tempo, a causa está no enfraquecimento dos músculos da bexiga e, em muitos casos, no aumento da próstata.

Mas isto não é tudo...

O próprio pénis sofre alterações significativas com o envelhecimento. Eis alguns exemplos:


Aparência - estão presentes duas grandes mudanças. A glande (normalmente chamada de cabeça do pénis) perde gradualmente a sua cor púrpura devido à diminuição do fluxo sanguíneo. Poderá, também, haver uma perda de pêlos púbicos como que um retorno ao estádio pré-púbere, devido à diminuição dos níveis de Testosterona, tal como refere Irwin Goldstein, do The Journal of Sexual Medicine.
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O tamanho do pénis - com o avançar da idade existe a tendência para um aumento de peso no homem. Com o acumular de gordura no abdómen, existe uma mudança na aparência do tamanho do pénis. "A existência de gordura pré-púbica faz com que o pénis pareça mais curto", diz Ira Sharlip, urologista da Universidade da Califórnia. "Uma forma de motivar os meus pacientes obesos a perderem peso é dizer-lhes irá parecer que o seu pénis ganhou um centímetro", refere Ronald Tamler, da Men's Health Program Mount Sinai Hospital, em Nova York.

Para além desta aparente redução (que é reversível), o pénis tende a sofrer uma diminuição real de tamanho (e irreversível). A redução - tanto em comprimento como em espessura - normalmente não é dramática, mas pode ser notada. "Se o pénis erecto é de 15 centímetros de comprimento quando um homem tem cerca de 30 anos, pode diminuir para 14 ou 14,5 centímetros aos 60 ou 70 anos", diz Goldstein.

O que faz o pénis encolher?
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Existem, pelo menos dois mecanismos envolvidos. Um é a deposição lenta de substâncias gordurosas (placas) no interior das artérias penianas, o que prejudica o fluxo sanguíneo no pénis. Este processo, conhecido como arterosclerose, é o mesmo que contribui para os bloqueios dentro das artérias coronárias - uma das principais causas de ataque cardíaco. Goldstein explica que outro mecanismo envolve a acumulação gradual de colágenio.

Como muda o tamanho do pénis, assim como os testículos?

Segundo Goldstein "se por volta dos 30 anos os testículos podem ter cerca de três centímetros de diâmetro, aos 60 podem ter 2 centímetros". Na realidade depois dos 40 anos existe uma diminuição no tamanho testícular.

Curvatura -
poderá existir a presença da doença de Peyronie que leva a uma curvatura, por vezes bastante acentuada, do pénis. Esta situação pode ser causa de erecções dolorosas, sendo necessário, em algumas situações uma intervenção cirurgica

Sensibilidade - o
pénis torna-se menos sensível com o passar do tempo. Isso pode causar dificuldades de erecção e orgasmo.

Mas há esperança!

Todas estas mudanças não precisam de arruinar a sua vida erótica. Num estudo recente, com cerca de 2.213 homens do estado de Minnesota, verificou-se que embora estivessem presentes estas alterações significativas na função eréctil, na libido e na função ejaculatória - a satisfação sexual não teve grandes alterações.

Tal como refere Goldstein, "O ingrediente mais importante para uma vida sexual satisfatória é a capacidade de satisfazer o parceiro, não sendo para tal necessário um pénis grande nem um desempenho sexual exagerado. Enquanto o homem sentir que o/a parceiro/a gosta de ter relações sexuais com ele, sente-se como um Deus."

Texto adaptado do original de David Freeman, WebMD


Veja ainda:

Perguntas e Respostas - Tenho Disfunção Eréctil


"Sou homem... e sofro de uma Disfunção Eréctil"

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Sou XXXXXXX

Sou homem, heterossexual nascido a XX/XX/1955, (54 anos) e sofro de uma disfunção eréctil. Este problema apareceu-me aos 47 anos, mas foi-se agravando e agora não consigo mesmo uma pequena erecção.

Comecei por ter várias vezes falta de erecção e quando conseguia verificava que a ejaculação era precoce, mal introduzia o pénis... ejaculava logo de imediato.

O meu médico receitou-me o “CIALIS” que tomei vários anos, agora este medicamento já não me faz qualquer efeito.

Há a salientar que sofro de diabetes tipo 2 e ultimamente a tenho tido problemas de tensão alta.

Gostaria de saber se há quaisquer radiografias a fazer aos tecidos cavernosos do pénis ou outras partes do corpo para conseguir descobrir de onde vem, o mal. Ou se haverá outra solução mesmo com cirurgia para o meu problema, visto que já contactei dois médicos de urologia, e fiquei na mesma.

Solicito resposta


A nossa Resposta


Caro amigo,

na realidade a Diabetes e a medicação para a Hipertensão são factores agravantes para o surgimento de Disfunção Eréctil. Existem diversos exames para avaliar a componente orgânica/fisiológica da Disfunção Eréctil, tais como:
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  • Regiscan
  • Ecógrafo Triplex
  • Doppler colorido do pénis
  • Cavernosometria
  • Entre outros

Os mesmos, deverão ser realizados por um médico especialista (e. g. urologista), que mediante a história da pessoa realiza o(s) exame(s) que considera mais adequados para o problema.

Relativamente aos tratamentos, felizmente, hoje em dia existem diversas alternativas para ajudar a ultrapassar a Disfunção Eréctil. Além do recurso a medicamentos como o Cialis, Viagra ou Levitra, poderá, em conjunto com o seu médico, ponderar sobre o uso de:
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  • Bomba de vácuo com aplicação de anel;
  • Caverjet;
  • Cirurgia vascular;
  • Prótese peniana.

Em algumas situações o processo deverá incluir, para além do médico/urologista, um sexólogo para a realização de uma Psicoterapia ou Terapia Sexual – individual e/ou de casal.

De qualquer forma, será importante falar com o seu médico e procurar em conjunto qual a melhor solução para o seu caso.

Espero, sinceramente, ter conseguido ajudar. Um abraço,

Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo/Sexólogo Clínico
Tel: 969091221



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Perguntas e Respostas - Não consigo ter relações sexuais


"As erecções que tenho não são suficientemente duras nem contínuas..."

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Ola ...

Tenho 16 anos e não consigo ter relações sexuais com a minha namorada, as erecções que tenho não são suficiente duras nem continuas a fim de haver penetração. Já desde Janeiro que isto acontece, eu anteriormente tive uma infecção urinaria a qual deixei retardar uma semana o seu tratamento, talvez seja por isso, ou talvez seja psicológico, o que é o mais certo...

Aguardo resposta brevemente...

Obrigado
A nossa Resposta

Caro amigo,
responda às seguintes questões:

  1. Consegue obter uma erecção, suficientemente rígida e prolongada para uma penetração, quando está sozinho, ou a ver algo que seja mais excitante para si?

  2. Se se masturba: Tem dificuldades na masturbação? Consegue ejacular/atingir o orgasmo sem perder a erecção?

  3. É frequente acordar com erecção de manhã?

Se responder afirmativamente a pelo menos uma destas questões, muito provavelmente o seu problema é psicológico. Se assim for, tente falar calmamente com a sua namorada, procurem apenas voltar a tentar numa altura em que estejam TOTALMENTE à vontade, sem medo de serem surpreendidos por alguém, com tempo ... etc. Uma boa opção é combinarem não terem relações sexuais nas próximas duas/três vezes que tiverem uma boa oportunidade, aproveitem para estar próximos e tirarem prazer sem penetração. Estabeleçam como regra "NAS PRÓXIMAS 2/3 VEZES NÃO VAI HAVER PENETRAÇÃO", nem se deverão preocupar se não existir erecção. GOZEM APENAS O MOMENTO ... !

Estarei disponível para vos ajudar sempre que considerarem necessário,

Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo/Sexólogo Clínico
Tel: 969091221


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Perguntas e Respostas - Preservativo e Erecção


"Ele voltou a perder a erecção antes da altura de colocar o preservativo"


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Boa noite,

tenho 22 anos e sou rapariga. Tenho namorado há dois meses, já nos conhecemos há mais tempo e a nossa relação é óptima. Já tivemos várias experiências íntimas e temos imenso à-vontade um com o outro. Não pudémos ter relações, porque fiz um tratamento médico, mas agora já podemos e ontem tentámos pela primeira vez. Na hora de colocar o preservativo ele perguntou-me se queria que o fizesse, ao que eu perguntei se ele queria também e ele interpretou mal a minha pergunta e ficou com medo que eu não quisesse, e perdeu a vontade e a erecção.

Hoje estivemos juntos, e ele voltou a perder a erecção antes da altura de colocar o preservativo, desta vez sem qualquer motivo. Ele diz que não sabe o que se passou, não se sente mal com nada e não pensou mais sequer no que se passou ontem. Fizemos três tentativas e aconteceu sempre.

Ele masturba-se quase todos os dias, 1 ou 2 vezes por dia. Já teve outros relacionamentos e nunca lhe tinha acontecido isto. Fuma marijuana ocasionalmente. Está muito assustado com isto e com medo de ficar assim para sempre.

Podem ajudar-me a esclarecer esta situação? Isto é normal acontecer? Ou há realmente motivos para preocupação?

Obrigado, aguardo então uma resposta


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Tipos de Erecção


"Nem sempre quando o homem tem uma erecção é pelas mesmas causas"

Podemos encontrar 3 tipos de erecção no homem:
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  • Erecção psicogénica - surge quando o cérebro reconhece determinados estímulos eróticos, reais ou imaginários. Se estiver aborrecido com o sexo, esta erecção será a mais afectada.
  • Erecção reflexa - resulta de uma estimulação genital directa, por exemplo, quando alguém lhe estimula directamente o pénis com a mão. O stress e a depressão podem interferir.
  • Erecção nocturna - requer menos esforço e é espontânea durante o sono REM. Esta erecção é importante. Se não tiver as outras duas mas tiver erecções deste tipo, muito provavelmente a causa da sua dificuldade em ter erecção será psicológica e não física. A maioria dos homens tem sete erecções por dia, cinco são nocturnas.

Nos jovens as erecções psicogénicas poderão estar presentes várias vezes ao dia. Só imaginar ou ver um estímulo erótico é suficiente, na maioria das vezes, para uma rápida erecção (em alguns casos considerada "perturbadora", por exemplo quando estão na praia em fato de banho). Muitos rapazes chegam mesmo a referir que "o pénis parece que tem vida própria".

Por volta dos 50 anos o homem começa a necessitar de uma maior estimulação directa para conseguir ter uma erecção, tornando-se menos presentes as erecções psicogénicas.

Se em determinada altura da sua vida sexual tiver dificuldades, procure ajuda. Não se esqueça que a vida sexual não tem prazo de validade.

Adaptado do original de Tracey Cox, Sexo em Êxtase, Civilização Editores

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Curiosidade sobre o Pénis



Curiosidades sobre o Pénis!


- As erecções dos adolescentes duram até uma hora. O homem comum entre os 20 anos e os 40 pode manter uma erecção durante cerca de 40 minutos. Entre os 66 e os 70 anos, pode durar sete minutos.

- Os homens com testículos maiores tendem a trair e a querer mais sexo do que outros homens.

- Dois em cada mil homens conseguem fazer um fellatio a si mesmos.

- Um estudo, efectuado com homens entre os 55 e os 75 anos, revelou que aqueles que faziam sexo menos do que uma vez por semana tinham duas vezes mais probabilidades de desenvolver disfunção eréctil do que os que faziam sexo pelo menos uma vez por semana.
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- Quanto mais vezes fizer sexo, menos provável será que venha a ter problemas de erecção. Fazer sexo permite-lhe manter o seu pénis saudável. As erecções enchem o pénis de sangue rico em oxigénio que vai ajudar a manter o tecido muscular saudável. A falta de oxigénio pode levar à acumulação de colagénio, que prejudica a erecção.

- Um homem ejacula entre meia e uma colher de chá de sémen. Se for muito saudável e muito hidratado, ejaculará de 3 a 10 jactos, com intervalos de cerca de 0,8 segundos a uma velocidade de 40 a 45 km por hora. Um homem, ao longo da sua vida sexual, ejaculará 28 a 47 litros de sémen com 350 a 500 biliões de espermatozóides.

- Ao contrário do que é normalmente divulgado, a circuncisão não reduz o risco de cancro peniano nem de IST´s (Infecções Sexualmente Transmíssiveis).


Adaptado do original de Tracey Cox, Sexo em Êxtase, Civilização Editora

Perguntas & Respostas - Disfunção Eréctil


" Quando se aproxima a intimidade sexual simplesmente evito"


Boa noite,
tenho 21 anos e penso que sofro de algum tipo de disfunção eréctil. Já não tenho uma relação sexual completa á cerca de 2 anos, culpa de 2 experiências falhadas que me criaram o medo de sequer tentar ter algum tipo de relação. Quando se aproxima da intimidade sexual simplesmente evito.

De há uns tempos para cá isto começou a atormentar-me ainda mais, já que antes tinha as típicas erecções matinais quando acordava, e conseguia atingir uma erecção a 100% quando me masturbava, agora simplesmente não tenho nenhuma erecção matinal e mesmo quando me masturbo não consigo ter a erecção máxima que sempre tive, não fica totalmente erecto. Escusado será dizer que toda esta situação me está a destruir a auto-estima e penso mesmo que estou a ter alguns sintomas de depressão.
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Gostava imenso de ajuda da vossa parte, já pensei em fazer analises aos níveis de testosterona, para ver se é esta a causa.
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Mais alguns pormenores que posso adiantar... sempre me masturbei bastante, já tive uma relação duradoura em que não existiram problemas desta ordem, tirando a primeira tentativa, de resto sempre correu tudo na normalidade, mas por duas situações em que falhei, foram sempre com parceiras novas na primeira tentativa, uma delas consegui a erecção mas perdi a meio do acto.

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Perguntas & Resposta - Problemas na Erecção

"Perco a erecção quando vou penetrá-la..."

Boa tarde,

Gostaria de expor a minha situação para que analisem e me digam o que se passa comigo!

Tenho 21 anos e namoro com a mesma pessoa há mais de um ano. Desde que começámos a namorar até a data foi tudo normal, gostamos os dois bastante de sexo e praticávamos com regularidade, mais que 2 vezes por dia!

Agora, neste momento, não sei o que se passa comigo, tenho falta de desejo sexual, não tenho aquela vontade de fazer, talvez também porque me tem acontecido eu perder a erecção ao penetrá-la. Na masturbação ou no sexo oral não perco a erecção, mas quando vou penetrá-la perco, estou a ficar bastante constrangido e sem saber o que fazer, começo a ter receio de estar com ela e de fazer amor com ela!

Por favor peço que me ajudem!

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Erecções Matinais - "Tesão do Mijo"



As erecções matinais são muito comuns e, normalmente, são conhecidas como "tesão do mijo" porque as pessoas supõem que elas têm alguma coisa a ver com o aumento da pressão na bexiga durante a noite. Mas não há qualquer prova que assim seja.

Para o efeito, vejamos o que se passa durante uma noite.

O sono normal é constituído pela alternância de dois estágios, fisiologicamente distintos, o Sono Paradoxal ou REM (Rapid Eye Movement ou "Movimento Rápido dos Olhos") e o Sono Lento ou NREM (Non Rapid Eye Movement ou "Movimento Não Rápido dos Olhos"). Durante a noite, existem vários períodos de sono lento e de sono paradoxal.

O sono lento, ou NREM, ocupa cerca de 75% do tempo do sono. Durante este período, não existem movimentos nos olhos e os ritmos respiratório e cardíaco são lentos e regulares.

Durante o sono paradoxal, ou sono REM, os ritmos respiratório e cardíaco aceleram e os olhos movem-se para trás e para a frente por detrás das pálpebras cerradas, em movimentos rápidos e irregulares. Existe ainda uma actividade cerebral semelhante à do estado de vigília. Quando acordadas nesta fase, as pessoas tendem a recordar o que estavam a sonhar. Esta fase, representa 20 a 25% do tempo total de sono e surge em intervalos de sessenta a noventa minutos. É essencial para o bem-estar físico e psicológico do indivíduo.

Durante o sono REM existe ainda uma importante actividade eléctrica muscular, daí surgem as famosas erecções nocturnas/matinais (se acordarmos nesta fase). Nas mulheres, também ocorre um fenómeno semelhante, uma vez que existe uma erecção clitoridiana e também uma vasodilatação vaginal durante o mesmo sono paradoxal. Muitas vezes, a existência deste tipo de erecções permite excluir a hipótese de uma causa orgânica para uma Disfunção Eréctil masculina, indiciando que a causa deve ser provavelmente psicológica.

Ou seja, as erecções nocturnas são um processo totalmente reflexo. Devem-se ao facto de termos 2 sistemas nervosos: o “parassimpático”, que gere o relaxamento do corpo, e o “simpático”, que se ocupa da sua actividade. O “parassimpático” comanda a erecção, enquanto que o “simpático” a anula. Os dois sistemas estão permanentemente em oposição. Durante o sono paradoxal, o sistema nervoso “simpático” fica de vigia, permitindo que o “parassimpático” entre em acção. E é assim que se torna possível o aparecimento da erecção.

Diversos estudos têm demonstrado que quer um homem passe várias semanas sem ter sexo, quer se tenha masturbado pouco antes de adormecer, a duração das erecções nocturnas mantém-se inalterada.

As erecções nocturnas têm como "missão" fazer a "manutenção do pénis". Como o sono paradoxal dura, aproximadamente, vinte minutos por ciclo, e como existem cinco ciclos por noite, temos cerca de cem minutos de erecção por noite em que o organismo se vai auto-regular e "ver se está tudo em ordem".

Quanto à famosa expressão "tesão do mijo" felizmente não tem cabimento, imagine o que seria se sempre que um homem tivesse vontade de urinar tivesse uma erecção...

Veja mais curiosidades sobre sexo aqui
Veja mais informações sobre Disfunção Eréctil aqui
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Doença de La Peyronie



A doença de La Peyronie (DLP) - também referida como cavernite fibrosa, fibroesclerose do pénis ou induração plástica do pénis - é uma doença benigna do pénis, caracterizada pelo aparecimento de áreas de endurecimento na albugínea cavernosa, que podem determinar o aparecimento de encurvamento peniano e disfunção eréctil.

Diversos estudos têm demonstrado que esta doença é mais vulgar do que se pensa. Os atingidos por esta doença são geralmente homens adultos, com idades compreendidas entre os 45 e os 65 anos, embora existam casos em homens mais novos. Ainda não se sabe ao certo a sua causa.

Os sintomas da DLP surgem habitualmente de forma combinada:
  • dor peniana, especialmente quando em erecção, e que pode ser o primeiro de todos os sintomas;
  • encurvamento, notado sobretudo quando o pénis se encontra erecto;
  • placa endurecida, geralmente palpável no lado côncavo da curvatura;
  • diminuição da capacidade eréctil, devido a vários factores, como perturbação da circulação arterial , esclerose difusa do tecido eréctil, alterações da drenagem venosa, dobradura do pénis devido ao encurvamento ou razões psicológicas.

É frequente que os homens procurem ajuda médica já com encurvamentos penianos com mais de 45º, podendo mesmo atingir 90º. Nesses casos, a dificuldade ou impossibilidade de penetração, devida ao encurvamento ou à disfunção eréctil, são o seu principal motivo de preocupação.

Se suspeita que tem um problema semelhante deverá consultar um médico urologista.

Perguntas e Respostas - Disfunção Eréctil


olá,

tenho 20 anos e pratico a masturbação há vários anos. É raro o dia em que não me masturbo.

Desde a primeira rapariga que tive, e em todas as outras com quem quero ter relações sexuais, quando vou para ter relações o meu órgão não levanta e eu não consigo perceber o porquê. Até porque quando me masturbo ele levanta rápido e fica duro muito tempo.

Já passei por vergonhas por causa disso.

Gostava que me ajudassem, será que tenho que me dirigir a um medico

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Perguntas e Respostas - Sexo pela 1ª vez


Saudações.

Deparei-me com o vosso site numa procura de ajuda na Internet e agradecia a atenção. O meu problema é o seguinte:

Tenho 26 anos, com um apetite sexual mais que saudável, o problema é que sempre que tento ter relações com alguém pela 1a vez fico muito nervoso e, ou ejaculo rápido ou nem obtenho erecção sendo muito frustrante pois é algo que quero muito, após algum tempo ou caso esteja bêbado e portanto mais desinibido as coisas não se passam desta maneira, desconfio que tenha a ver com a vergonha e insegurança mas gostaria de outra opinião. Sempre tive namoros longos, mas sinto vontade de tar com mais pessoas neste momento e não queria passar pelo mesmo constantemente.

Grato pela atenção

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Disfunção Eréctil

A Disfunção Eréctil é um problema sexual masculino que consiste na dificuldade em conseguir obter uma erecção durante o tempo suficiente e com a rigidez necessária para que possa ocorrer uma penetração. Este problema pode ser de ordem física, psicológica ou mista (com ambos).

Os principais factores orgânicos (físicos) podem ser:

  • Esclerose múltipla;
  • Diabetes;
  • Cirurgias pélvicas;
  • Lesões ao nível da espinal medula;
  • Problemas cardíacos
  • Efeitos secundários de alguma medicação (por exemplo: anti-depressivos)

Os principais factores psicológicos podem ser:

  • Stress;
  • Cansaço;
  • Receio de provocar uma gravidez à parceira;
  • Medo de contrair uma Infecção Sexualmente Transmissível;
  • Ansiedade (muito frequente nos mais jovens, por receio de falharem)

Independentemente da origem psicológica ou física da disfunção eréctil, é sempre importante que o homem, ou o casal, procure apoio psicológico, de forma a saber lidar melhor com as dificuldades e angústias que o problema poderá dar origem (por exemplo: diminuição da auto-estima, dificuldades relacionais no casal).

Veja mais informações aqui.

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Menopausa - Viver em pleno a sexualidade

O início da menopausa não afecta a sexualidade. "Desde que a mulher seja devidamente acompanhada e não tenha problemas médicos não se deve pensar que a menopausa pode afectar a sexualidade", explicou ao CM o psiquiatra e sexólogo Júlio Machado Vaz, salientando que "não existe nenhuma razão para a mulher deixar de sentir desejo ou prazer".

O ginecologista/obstetra Mário de Sousa, presidente da Sociedade Portuguesa da Menopausa, indica os sintomas que afectam 75 por cento das mulheres: "No período que antecede a menopausa e durante o processo as mulheres têm calores, suores, alterações de sono, alterações de humor que se traduzem em comportamentos depressivos e ansiosos e atrofia urovaginal que na prática é a secura da vagina. Todos estes factores são tratáveis."

Júlio Machado Vaz acredita que algumas mulheres se sentem inseguras com a chegada deste ciclo: "Ainda há mulheres que encaram a menopausa como mais do que o simples fim da capacidade reprodutiva e esses casos podem dar origem a depressões."

A menopausa acontece na maioria dos casos entre os 45 e os 55 anos. "Antes dos 40 consideramos uma menopausa precoce e nesses casos as mulheres correm riscos de osteoporose e de problemas cardiovasculares", sublinha Mário de Sousa.

Os especialistas são unânimes quando se fala de atrofia urovaginal: "A secura da vagina faz com que a penetração seja dolorosa, mas há terapias. Se a mulher não tiver contra-indicações toma hormonas [esterogéneos] de substituição ou faz uma terapia localizada", revela o porta-voz da Sociedade Portuguesa da Menopausa.

Quando a vida sexual no casal não é satisfatória ou não está bem resolvida, a entrada na menopausa pode agravar o conflito íntimo: "É evidente que se a sexualidade já não estava bem a menopausa vai agravar a situação, uma vez que a maioria das mulheres precisa de ser medicamente acompanhada", remata Mário de Sousa.


APONTAMENTOS

HÁBITOS SAUDÁVEIS
A partir dos 25 anos as mulheres devem promover hábitos de vida saudáveis para evitar menopausas precoces.

DIETA EQUILIBRADA
Entre cinco a dez por cento das mulheres engorda durante a menopausa, apresentando dificuldades em eliminar esses quilos. Os especialistas recomendam às mulheres com mais de 35 anos que vigiem o peso e não se deixem engordar.

TABACO E ÁLCOOL
As fumadoras e as mulheres que consomem álcool regularmente correm riscos acrescidos de sofrer uma menopausa precoce.

MÉTODO CONTRACEPTIVO
Durante a pré-menopausa as mulheres devem tomar um método contraceptivo pois correm o risco de engravidar.

NEM TODOS OS HOMENS PASSAM PELA ANDROPAUSA

O hipogonadismo masculino tardio, vulgarmente designado por andropausa, pode surgir em homens a partir dos 50 anos, embora muitos não passem por esta fase: "Na andropausa existe uma diminuição da testosterona e há sintomas associados a este processo como a falta de apetite sexual, a falta de libido, a disfunção eréctil, a adiposidade e distúrbios osteomusculares", explicou ao CM o médico Manuel Mendes da Silva, da Associação Portuguesa de Urologia. Quando há sintomas é conveniente o homem realizar análises: "Muitas vezes os homens nem se apercebem de que estão na andropausa", afirma o especialista. E prossegue: "De uma maneira geral os homens são mais fechados do que as mulheres e têm pudor em falar abertamente sobre a andropausa."


ESPECIALISTA RECOMENDA BOM SENSO
Um estudo apresentado em Fevereiro nas V Jornadas de Urologia, em Coimbra, dá conta de que os homens de meia-idade se sentem insatisfeitos com a sua vida sexual e que desejavam ter mais relações sexuais. "É preciso ter bom senso. A partir de certa altura da vida, os homens sofrem diminuição da hormona testosterona. Podem não sentir nem passar pela andropausa, mas um homem com 60 anos não pode querer ter o vigor sexual que tinha aos 20, por exemplo", diz ao ‘CM’ o urologista Manuel Mendes da Silva. Outro inquérito europeu, realizado em 2005, revela que 80 por cento das mulheres entre os 50 e os 60 anos considera fundamental uma vida sexual satisfatória. As mulheres devem visitar o ginecologista com regularidade e reforçar essas visitas assim que tiverem algum dos sintomas que indicam o início do ciclo da menopausa.


NOVA FASE NÃO CONDICIONA SEXO
O psiquiatra e sexólogo Júlio Machado Vaz diz que não existe nenhuma relação entre a menopausa e a ausência de uma vida sexual plenamente satisfatória.

Sofia Rato, In Correio da Manhã Online, 18 Setembro 2008

Sexo: Curtir no Verão, procriar no Inverno


As relações sexuais aumentam com as férias e o calor, a julgar pelas vendas de preservativos e pílulas do dia seguinte, que atingem o pico em Agosto. Mas quando se trata de procriar, os portugueses preferem o quente do cobertor, nos meses mais frios do ano.

A ideia de que o Verão é mais propício para a actividade sexual não é um mito e até é nesta altura que os homens com disfunção eréctil conseguem mais desempenhos, segundo o director do serviço de Urologia do Hospital de São José, em Lisboa.

«Não há nenhum fundamento fisiológico para aumentar a apetência sexual no Verão, mas se as pessoas estão de férias, com menos stress e mais tempo para comunicar, é natural que tenham mais relações sexuais», explica Vítor Vaz Santos.

Em termos puramente fisiológicos, há variabilidade das hormonas ao longo do dia, no caso do homem - que atinge o pico da testosterona de manhã - e ao longo do mês, no caso da mulher, que tem maior apetência sexual entre o 14º e o 18º dia do ciclo menstrual, altura que coincide com o seu período mais fértil.

«Enquanto o homem é como uma máquina simples que funciona ligando-se no botão on, a mulher é como um amplificador complicadíssimo, cheio de botões que estão ligados uns aos outros. Não há um ciclo para o homem ter relações sexuais: desde que esteja fisiologicamente bem, está sempre disponível e com desejo. A mulher é que não», adianta o especialista em medicina sexual.

Mas, sublinha, ao contrário do que acontece com os animais, a sexualidade humana ultrapassa largamente as questões hormonais, sendo muitos e variados os factores que contribuem para a frequência das relações.

Certo é que nas férias de Verão disparam as vendas de preservativos: em Agosto do ano passado foram comercializadas cerca de 77 mil caixas, mais 15 mil do que a média dos restantes meses.

De acordo com dados da consultora IMS Health, divulgados à agência Lusa, também a pílula do dia seguinte regista um grande aumento no mesmo período, o tradicional mês de férias para a maioria dos portugueses, com cerca de 23 mil embalagens vendidas em Agosto de 2007, mais quatro mil do que a média.

«As mulheres sentem-se, em geral, fisicamente mais atractivas, o que tem mais a ver com o contexto do que com questões hormonais. Muitas planeiam as férias já com a expectativa de ter uma aventura e saem em excursões deliberadamente sozinhas ou com pequenos grupos de amigas, levando já a contracepção planeada», relata o sexólogo Júlio Machado Vaz.

Segundo o psiquiatra, há mulheres que não estão sexualmente activas nos períodos de trabalho, mas prevêem estar durante as férias, optando, por isso, por usar a pílula do dia seguinte, e não a pílula normal, a contar com uma «curte sem consequências».

«Não acontece entre os casais, mas por exemplo no caso dos engates de praia. Há uma maior possibilidade de relacionamento na época turística e o sexo surge inesperadamente», corrobora Santinho Martins, presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica.

Mas se na cabeça de muitos o Verão é sinónimo de relações mais passageiras, já o Inverno é a altura escolhida pelos casais portugueses para pensar na família e conceber os filhos.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, relativos ao período entre 2003 e 2007, Setembro e Outubro foram os meses em que nasceram mais crianças, concebidas em Dezembro e Janeiro.

Abril é, pelo contrário, a altura em que nasceram menos bebés, o que significa que Julho é o mês mais «fraco» no que toca à procriação.

«Há muitos anos dizia-se que o sexo era a televisão dos pobres. No Inverno os dias são mais curtos, a temperatura baixa e os casais ficam mais tempo em casa e vão para a cama mais cedo. Se calhar não há tantas outras coisas para fazer...», sugere Júlio Machado Vaz.

In, Diário Digital, 17 Agosto 2008

Vergonha ainda impede análise à próstata

Em Portugal surgem por ano entre três a quatro mil novos casos de cancro da próstata, a doença oncológica que mais mortes provoca no homem: entre 1400 a 1600 anualmente. Doenças e mortes evitáveis se os homens perdessem a vergonha e fizessem o despiste da doença junto do médico, antes mesmo dos sintomas, e enquanto ainda existem mais hipóteses de tratamento eficaz.


O médico urologista Tomé Lopes, vice-presidente da Associação Portuguesa de Urologia, admite ao CM que muitos homens ainda sentem vergonha e não fazem o exame à próstata. "Sentem-se inibidos porque, apesar de ser um exame genital muito simples e necessário, implica o toque rectal e muitos não gostam", justifica o clínico.


Segundo o especialista, os tratamentos são mais eficazes quanto mais cedo e em fase inicial for detectada a doença. Um dos tratamentos mais recentes é a braquiterapia – colocação de sementes radioactivas no tumor –, uma técnica terapêutica que não é comparticipada pelo Serviço Nacional de Saúde e é suportada totalmente pelo doente. Pode ascender aos 15 mil euros, dependendo do número de sementes a colocar.


Segundo Tomé Lopes, este tratamento não tem indicação clínica universal, apenas um número muito seleccionado de doentes se pode submeter, passando os critérios pela idade (não pode ser muito jovem) e o tipo de tumor. Outros tratamentos incluem a cirurgia, com remoção da próstata, e radioterapia.


VACINA CONTRA O CANCRO ATÉ AO FINAL DO ANO
A ministra da Saúde garantiu que a vacina contra o cancro do colo do útero será distribuída a partir do último trimestre de 2008, como estava previsto, respondendo a dúvidas do CDS-PP sobre eventuais atrasos no processo. "Disse há dois meses na Assembleia da República que a vacina estava prevista para o último trimestre do ano e mantenho o que disse", afirmou a ministra Ana Jorge, sublinhando que o concurso já foi lançado para escolher a empresa farmacêutica que vai fornecer a vacina. Verbas para a aquisição das vacinas já há, tendo sido aprovada esta semana uma resolução do Conselho de Ministros que inclui uma verba no valor de 14 milhões de euros.


SAIBA MAIS


PSA - Uma análise ao sangue revela se o antigénio específico da próstata (PSA) apresenta tumor.

346 - mil novos casos de cancro da próstata surgem todos os anos na Europa.


50 - anos é a idade a partir da qual deve ser feito o despiste anualmente. Os homens de raça negra ou com antecedentes familiares devem fazer a partir dos 45 anos.


DISFUNÇÃO ERÉCTIL - Este cancro não causa impotência, apenas alguns tratamentos.


In Correio da Manhã, Cristina Serra, 14Setembro2008

Prazer no Feminino


Com terapias e drogas que aumentam o desejo e estimulam o orgasmo, a ciência avança no campo até recentemente inexplorado da satisfação sexual das mulheres

O estudo da sexualidade da mulher, até recentemente restrito aos profissionais do divã, começa a avançar impulsionado pela medicina. A cada dia, pesquisadores descobrem novas causas orgânicas para os problemas femininos mais comuns quando o assunto é prazer: falta de desejo, ausência de orgasmo, dificuldade em chegar à excitação e dor durante o sexo convencional.

São queixas que atrapalham, em média, a vida sexual de 54% das mulheres. O que a medicina pode fazer por elas? No campo das promessas, muito, muitíssimo, mas é muito pouco, se a referência for o que a medicina já pode fazer pelos homens.

Tome-se o exemplo do Viagra que ajudou a melhorar a vida sexual de mais de 13 milhões de homens em todo o mundo. A pílula contra a Disfunção Eréctil recuperou casos médicos considerados perdidos, levantou a auto-estima de muitos homens, pôs um brilho nos olhos de idosos que já tinham desistido de certos prazeres da vida. As mulheres assistiram a essa reviravolta com uma ponta de inveja e um bocado de esperança.

É natural que se perguntem por que é que, afinal, ninguém ainda inventou um Viagra para elas. Como o efeito da droga e dos seus similares é, basicamente, aumentar o fluxo sanguíneo para o pénis – procedimento que resulta na erecção –, os "Viagras femininos" procuram seguir o mesmo padrão, intensificando o volume de sangue nos órgãos genitais da mulher. Desta forma, provocariam o intumescimento do clitóris e o aumento da lubrificação vaginal. No entanto, as mulheres têm menos dificuldades em atingir este estado naturalmente do que os homens de conseguir a erecção.

O que a maioria das mulheres quer é algo que:
1) as ajude a ter mais desejo e
2) facilite atingirem o orgasmo.

Para ajudá-las, a ciência tem de ser capaz de resolver mais do que o problema quase mecânico da lubrificação: precisa desvendar os meandros do complexo processo da sexualidade feminina, a começar pela orquestra hormonal que rege o prazer da mulher, muito mais intrincada e flutuante que a masculina. A maioria dos tratamentos pró-sexuais que já existem no mercado visa justamente nas alterações hormonais que podem comprometer a satisfação da mulher. A testosterona que dispara o gatilho do desejo, o estrogénio que prepara o corpo para o sexo – tudo isso, já se sabe, diminui na menopausa. É através da análise destes efeitos que a medicina tem procurado compensar os desequilíbrios hormonais, e os laboratórios têm desenvolvido métodos cada vez mais eficientes de repor o que falta. Os benefícios estendem-se às mulheres com disfunções nessa área em todas as faixas etárias.

Os problemas sexuais da mulher têm uma multiplicidade de causas. As dificuldades de irrigação sanguínea, as descompensações hormonais e outras disfunções fisiológicas têm como agravantes as barreiras psicológicas. Quase meio século depois da revolução de costumes que abriram as portas do prazer sexual à mulher, as "vozes" da repressão instaladas no fundo da psique feminina ainda emperram o caminho da satisfação. Isto sem contar, ainda, com alguns homens que, espantosamente, continuam ignorantes do bê-á-bá do orgasmo feminino.

Uma em cada duas mulheres tem algum tipo de queixa na área da satisfação sexual em determinada fase da vida. Três em cada dez desconhecem o orgasmo na relação sexual – proporção que aparentemente se manteve estável nas últimas décadas. O que mudou, segundo o diagnóstico traçado nos consultórios dos especialistas, foi a disposição feminina de procurar soluções. A diferença é que elas agora reclamam.

Por que é que eles têm mais facilidade em chegar ao prazer do que elas?

Para os especialistas, uma das respostas decorre do facto de que a maioria das mulheres ainda desconhece o seu próprio corpo – situação que, para os homens, ocorre menos vezes. Desde muito cedo, eles têm uma relação muito mais explícita com os seus genitais, já que podem vê-los, tocá-los e senti-los. As mulheres, em compensação, estão destinadas a conviver com uma sexualidade mais oculta sob uma conformação que esconde e dissimula. "Elas só vão saber que têm vagina lá pelos 8 anos, e que têm clitóris por volta dos 13. E, mesmo assim, se forem muito curiosas", afirma a psicóloga Aparecida Favoreto, directora do Instituto Paulista de Sexualidade.

O bombardeio de informações de conteúdo erótico, em vez de ajudar, pode até atrapalhar, especialmente os jovens com pouca ou nenhuma experiência sexual. As repetidas cenas de sexo mostradas no cinema e na televisão parecem o sonho do Ejaculador Prematuro: poucos ou nenhum preliminares e tudo numa questão de trinta segundos, com os dois a alcançarem o prazer. Jaqueline Brendler, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, costuma citar o filme Lendas de Paixão como exemplo crasso da deseducação sexual. No filme, a cunhada do personagem interpretado por Brad Pitt tem com ele a sua primeira relação sexual. Num celeiro, de pé, atinge o orgasmo. Diagnóstico da médica: tudo é completamente improvável. "O orgasmo na primeira relação já é uma ocorrência raríssima", afirma. Sem preliminares, sem estimulação do clitóris e em posição tão pouco confortável, fica praticamente inviável. Nem com Brad Pitt.

Jaqueline Brendler, analisou durante três anos 35 pacientes portadoras de anorgasmia primária, ou seja, que nunca tiveram um orgasmo – nem durante o acto sexual nem por masturbação. Concluiu que, fisiologicamente, nenhuma delas tinha nenhum problema. Em compensação, todas apresentavam um ponto em comum: "Cem por cento delas tinham registos de uma educação familiar opressiva, que vinculava sexo a pecado, dor, sofrimento ou perda do autocontrole", diz a médica.

Com os rapazes, ocorre o inverso. O tio pede ao sobrinho para "mostrar o documento". O pai "atiça" o filho quando vê uma rapariga bonita a passar. Tudo converge para uma espécie de salvo-conduto que permite aos homens exprimirem os seus desejos. Mesmo num ambiente mais liberal, é raríssimo, quase inexistente, que as meninas sejam estimuladas à experimentação sexual. Ao contrário, são alertadas para os riscos da gravidez indesejada, os perigos das doenças sexualmente transmissíveis e os problemas que a troca constante de parceiros pode causar.


PASSO-A-PASSO DE UM ORGASMO (caso de vida)
1. Aos 34 anos de idade, casada há cinco, S. nunca tinha tido um orgasmo. Proveniente de uma família de classe média alta, teve formação católica. "Em casa sempre ouvi os meus pais dizerem que a masturbação era pecado", conta. Casou-se com o primeiro namorado. "Sempre amei o meu marido, mas o sexo com ele era praticamente uma obrigação", conta.

2. O nascimento do primeiro filho desencadeou uma profunda depressão pós-parto. A falta de desejo transformou-se em aversão ao sexo. O casamento ficou tremido. "Eu achava que era anormal ou, então, que todas as minhas amigas eram mentirosas. Não entendia por que é que não conseguia sentir o que elas sentiam."

3. S. decidiu procurar ajuda. Consultou um ginecologista e um terapeuta sexual. O exame clínico revelou que, além de depressão, ela sofria de hipotiroidismo, disfunção que pode afectar o desejo sexual.

4. Juntamente com o tratamento de saúde, S. começou a fazer terapia sexual específica. Numa das primeiras consultas, o terapeuta pediu-lhe para que ela reservasse meia hora por dia, em casa, para observar o seu corpo através de um espelho, procurando identificar a vagina e o clitóris e o que lhe poderia dar prazer.

5. O marido de S. também entrou na terapia. Sempre que iam juntos ao consultório, saíam de lá com "tarefas de casa". Numa delas, deveriam preparar-se caprichosamente para um jantar durante o qual nenhum dos dois falaria de problemas. De regresso a casa, poderiam fazer o que quisessem no campo das carícias, com excepção do acto sexual em si.

6. Durante uma das sessões de terapia de casal, S. decidiu confessar que a obesidade do marido era uma das coisas que contribuíam para a sua falta de desejo. Generoso e compreensivo, o marido começou a fazer dieta.

7. O primeiro orgasmo ocorreu um mês depois do início do tratamento, pelo método mais eficiente. "Estava sozinha em casa a fazer os exercícios de toque. Não queria acreditar quando aconteceu, fiquei louca de alegria. Pensei: é isto o que eu quero."

8. O prazer com o marido ocorreu posteriormente. "Depois de conseguir sozinha, ganhei coragem e comecei a dizer-lhe o que era bom para mim e de que forma gostaria que ele me tocasse."

9. Hoje, S. está curada da depressão e continua a usar os medicamentos para controlar o hipotiroidismo. O marido já perdeu 20 quilos. A vida sexual, diz, melhorou cem por cento. "Mas ainda sou uma aprendiz. Dou graças a Deus por ter tido a coragem de procurar ajuda. Olho para as minhas primas e tias e tenho certeza de que elas estão a perder a mesma coisa que eu perdi durante tanto tempo. Sinto muita pena delas."

Adaptado do original de Thaís Oyama, revista Veja Edição 1 702 de 30Mai2001

Como a Ciência mudou o Sexo


Dos estudos anatómicos à robótica, a Ciência pula e avança. Nos anos 60, a pílula liderou a revolução sexual. Há dez anos, o Viagra começou a elevar os ânimos masculinos. Seja a explorar a mente, a química ou as técnicas milenares, o lugar do sexo é no laboratório.

Se há coisa que tirou o sexo do armário foi a Ciência. Tornou-o tão natural como a sua sede. Fê-lo descer à terra ao mesmo tempo que lhe deu asas para voar. O sexo deixou de ser dos anjos. Passou a ser de todos e com cada vez menos tabus – apesar das controvérsias que acompanham qualquer avanço. Aumentar tamanhos e larguras, restaurar hímens, mudar de sexo, um sem fim de formas para evitar gravidezes indesejadas, prevenir doenças sexualmente transmissíveis, produtos para melhorar desempenhos. E ainda mulheres que viraram homens – e deram à luz. Mulheres que querem ser homens. Pénis que se erguem segundo o comando de substâncias químicas, órgãos sexuais mapeados ao milímetro. Ponto por ponto. Até ao famoso G. Até orgasmos confeccionados em laboratório. Pelo meio, as mezinhas vãs foram cortando caminho ao longo dos tempos, passo a passo com as promessas sérias.

Distante do tempo dos unguentos da avozinha, a internet anuncia um admirável mundo novo de soluções instantâneas. Milagres de trazer por casa. Bens e serviços para todas as necessidades e logros. Várias décadas antes da overdose de informação que obriga à separação minuciosa entre o trigo e o joio, isolavam-se outros dados decisivos. Uma vez encetada a descoberta do corpo e da mente, o caminho ficou meio palmilhado.

"A Anatomia foi toda definida no início do século XX, mas a Fisiologia evoluiu muito. Já entrámos na Fisiologia Molecular", aponta o médico urologista e mestre em Sexologia Nuno Monteiro Pereira. "Penso que de tudo, o mais significativo foi a criação da noção de género, por John Money, em 1950, por oposição à noção de sexo, de algo mais biológico. A compreensão da transsexualidade e intersexualidade gerou uma noção prática do que é a sexualidade nos tempos correntes. Mais tarde, já ao nível das disfunções sexuais, a compreensão de que as causas são quase sempre físicas e não psicológicas, como se acreditava".

A constatação das origens hormonais, vasculares e neurológicas viria a redundar no aparecimento de um comprimido "milagroso". Há dez anos, para muitos homens (e mulheres), a vida tornava-se mais azul. Em 1998 a Pfizer exorcizou o espectro da impotência – ou disfunção eréctil – por puro acaso. O Viagra, que funcionava como remédio para tratar a tensão alta, deu origem a um efeito colateral que elevou os ânimos – e não só – de uma larga franja da comunidade masculina: a erecção. Estava oficialmente aberta a caça da indústria farmacêutica à oferta de prazer. "Foi uma revolução farmacológica por actuar só quando é preciso. Mais do que isso, trouxe uma revolução cultural. Aquilo que era visto como uma vergonha passou a ser encarado como uma doença. Os homens confessam-se hoje muito mais aos médicos do que há dez anos", revela o médico.

Até certa altura, as confissões não passavam da macieza do divã mais famoso do Mundo. Sigmund Freud, médico neurologista, pai da Psicanálise, centrou as atenções no inconsciente, nos desejos e nas pulsões sexuais, principais propulsores do comportamento humano. Pelas suas teorias e processos terapêuticos gerou controvérsia na Viena do século XIX e arredores. Freud propôs uma mente dividida em camadas ou níveis, dominada por vontades primitivas escamoteadas sob a consciência e manifestadas nos lapsos e nos sonhos.

No final da década de 40, o espectro da omnipresença do sexo no quotidiano saltava do plano onírico para a vida real. Alfred Kinsey, autor do famoso "Relatório Kinsey", mergulhou de cabeça onde até então ninguém se atrevera sequer a nadar com bóias: o vale dos lençóis dos casais norte-americanos. E assim, através de uma série de entrevistas, publicadas entre 1948 e 1953, desvendou as suas aventuras e desventuras na cama.

Ainda em tempo de pecados mil, crimes e tabus, os temas que jamais haviam tido lugar à mesa puritana tiveram direito a cadeira. Masturbação, homossexualidade, posições sexuais, impotência, ejaculação precoce, fetiche, sexo oral, sexo anal, prazer, orgasmos múltiplos, clítoris. Em 1954, Bill Masters, fisiologista da Universidade do Missouri, nos EUA, iniciava um projecto de pesquisa que deu nomes aos bois. Criou um pénis de plástico com uma câmara no seu interior. O aparelho, instalado sobre uma cama, era acoplado a uma roda de ferro. Quando a mulher girava a roda, este descia, entrando numa parte da anatomia feminina que câmara alguma jamais havia filmado.

Masters foi ainda mais longe. Apesar das inúmeras acusações de perversão disfarçada de ciência, recrutou homens e mulheres casados, e perfeitos desconhecidos, que mantiveram relações sexuais monitorizadas através de sensores. Para o fisiologista, seduzido pelos mecanismos de prazer até então negligenciados, o sexo não passava de um acto natural passível de investigação científica. Bill Masters publicou as suas conclusões em co-autoria com Virginia Johnson, com quem, após anos a fio a discutir o sexo, acabaria por se casar.

Ainda em 1950, Ernst Gräfenberg, ginecologista e obstetra alemão, descobriu o ponto mais badalado da História: o ponto G, cuja trajectória explicativa ilustra a repressão em torno das pesquisas sobre prazer sexual. Morreu antes da fama. De resto, só em 1980 dois médicos, John Perry e Beverly Whipple, descobriram a ejaculação feminina, pondo fim à crença de que se tratava de incontinência urinária...

Depois de meio século de pesquisas, desenvolveu-se um arsenal variado para combater todos os males que afligem as camas do Planeta. Para questões mais comezinhas, fique a saber que elas e eles preferem os... golfinhos. Bem, pelo menos os vibradores em forma do simpático animal são o último grito na sex-shop Sete Pecados, em Sintra. E a julgar pela saída dir-se-ia que foi uma boa aposta: já esgotou. Os vibradores transparentes rivalizam em procura e em excentricidade. "Têm umas luzinhas psicadélicas que brilham num quarto a meia luz". Elisabete Moisés é a responsável pela loja de produtos eróticos e garante que quem compra mais os vibradores são os homens para dar às respectivas e "entrar na brincadeira". Já elas procuram mais os "cosméticos" e se pensa em maquilhagem desengane-se: são mesmo os lubrificantes, os óleos de massagem e os potenciadores sexuais. Uma coisa é certa: há muito mais à-vontade e desinibição na hora de comprar a pensar no prazer, algo impensável durante a primeira metade do século XX.

Só na segunda metade do século, quando os cientistas compreenderam melhor o funcionamento do ciclo menstrual e das hormonas que o controlavam, foram desenvolvidos os contraceptivos orais e os métodos modernos de monitorização da fertilidade.

Com a revolução sexual dos anos 60, o sexo abandonou de vez o rótulo de mero meio de reprodução. A chegada da pílula revirou o conceito de sexualidade. Deu carta branca ao sexo pelo sexo. Ao prazer pelo prazer. O Woodstock, o movimento hippie, a efervescência do movimento estudantil e o avanço do feminismo guindaram ao auge este marco incontornável na eliminação das angústias ligadas ao sexo.

"Foi o início de tudo, tornou possível a relação amorosa sem os riscos de procriação. Foi a libertação. O seu aparecimento coincidiu com uma mudança de valores e também contribuiu para ela. Uma mudança que também envolveu menos riscos por causa da pílula", esclarece o sociólogo Luís Recto. Para além disso, o especialista elege entre aquelas que foram as grandes mudanças de paradigma "medicamentos como o Viagra e o Cialis, que proporcionaram aos homens continuar a viver a sexualidade na terceira idade, na andropausa" - e, por outro lado, "os tratamentos pós-menopausa, com colagénio, para as mulheres". Desta maneira também elas podem continuar a viver a sexualidade em idade não fértil. "As pessoas passaram a viver melhor, deixaram de ter fantasmas, assumiram-se. Essas mudanças foram radicais e tiveram um impacto social geral", analisa. Quanto às mudanças de sexo "permitiram uma via de afirmação das minorias, de um grupo mais restrito".

Se à luz da marcha da evolução ocidental estes conceitos são relativamente imberbes, no Oriente têm longas barbas. Os taoístas chineses conhecem o poder do períneo, conjunto das partes moles compreendidas no espaço entre o ânus e os órgãos genitais, há três milénios. Árabes e indianos também tinham complexos manuais sobre sexo. Basta pensar no famoso "Kama Sutra" como fonte de sabedoria adoptada pelos ocidentais. Tratado em sânscrito, com lições sobre amor e sexo, foi escrito por volta do século III pelo indiano Mallanaga Vatsyayana. Os seus ensinamentos supunham que a felicidade no sexo dependia do conhecimento científico e por isso procurava ser didáctico.
Nas últimas décadas, os cientistas testaram em laboratório outras prescrições, como o sistema filosófico chinês simbolizado pelo símbolo do yin-yang. O fisiologista tailandês Mantak Chia é um dos autores que se tem destacado na difusão dessas técnicas sexuais. Juntamente com o escritor Douglas Abrams, ajudou a formular algo denominado de "kung fu sexual". Nada de pancadaria, antes "prática". A ideia fundamental é a de que todos, homens incluídos, são capazes de obter orgasmos múltiplos. Por sua vez, a recusa da ejaculação tem semelhanças com as técnicas indianas de sexo tântrico, propagadas por alguns mestres de ioga. Talvez uma possível explicação para o sucesso das técnicas orientais baseadas na "energia" resida numa outra aceitação: o sexo resolve-se na cabeça. E não entre as pernas.

Neste parágrafo elas têm o papel principal. "Antes não se investigava a sexualidade feminina. Ainda estamos a tentar perceber a função feminina. Há mistérios que nunca se resolverão. O homem é muito primário do ponto de vista biológico. A mulher é mais cerebral. Arranjar um fármaco como o Viagra, por exemplo, que se ajuste às suas características biológicas é muito mais complicado", defende Nuno Monteiro Pereira. A médio prazo é possível aguardar novidades. No caso masculino esperam-se "aperfeiçoamentos do que já existe". No caso da mulher, o grande desafio é descortinar "a variabilidade da sua sexualidade", acrescenta o especialista, que aposta em algumas conquistas. "Talvez apareça uma pílula masculina em cinco anos e a pílula da infertilidade, sempre com o recurso a técnicas mais elaboradas".

Face à evolução tecnológica e aos progressos na genética, os olhares debruçam-se sobre os limites da ética, numa época em que a ciência se preocupa até em tornar a vida sexual mais "verde". Numa lógica ecologista, preservativos e lubrificantes biodegradáveis, óleos de massagem orgânicos, brinquedos sexuais não tóxicos, afrodisíacos naturais, entre uma panóplia de apelativos gadgets, vão sintonizando as antenas dos amantes mais empenhados na conservação do Planeta. Há realidades, ou virtualidades, neste caso, com uma outra tonalidade. Basta pensar nas potencialidades (?) de universos paralelos como o "Second Life". Neste jogo são precisos poucos instantes para descobrir um novo mundo, ou submundo, repleto de lojas, clubes e ambientes dominados pelo sexo, onde se deslocam strippers e prostitutas e clientes sequiosos de animação com dinheiro "linden" nos bolsos. Tudo graças à tecnologia e à sofisticação dos softwares. E que dizer da possibilidade de a breve trecho podermos fazer sexo com robôs? As previsões apontam para 2050. "Já se sabe como quase tudo funciona. No futuro, tudo poderá ser possível, mas talvez não se deva fazer tudo", alerta Nuno Monteiro Pereira.

O corpo de constantes inovações também tem um calcanhar de Aquiles. Ele há Viagra nas farmácias, um sem fim de manuais que prometem o nirvana em cada página, terapeutas para dar e vender, mãos-cheias de investigadores rotinados na busca incessante pelo aumento do prazer da Humanidade, seja com o condão da química ou pelo restauro de técnicas milenares. E com todos estes esforços, a satisfação sexual tornou-se praticamente um imperativo. O orgasmo transitou de direito para obsessivo dever. Leonore Tiefer, reconhecida sexóloga norte-americana, e feminista, que baptizou Bill Masters de "Vasco da Gama da vagina interior", critica a herança daquele fisiologista, que navegou por mares nunca dantes navegados. Por uma razão muito simples. A confiança de Masters na biologia desaguou numa enorme pressão sobre as performances sexuais e pelo orgasmo a qualquer custo.

Felizmente, há um último reduto. "O aumento da capacidade de controlar o que é biológico não é proporcional ao controlo das emoções e sentimentos". "Aí nunca haverá controlo", conclui Nuno Monteiro Pereira. A falta de rédea neste capítulo, convenhamos, talvez seja razão para nos encher de alegria.

DESEJO TEM FÓRMULA E EXPLICAÇÃO

O desejo sexual é potenciado pela dopamina, um neurotransmissor indispensável na activação do impulso sexual – por exemplo, quando os beijos e as carícias provocam lubrificação vaginal e erecção. A dopamina é produzida pelo hipotálamo que provoca a libertação de testosterona, a hormona que desperta o desejo. É também muitas vezes responsável pela sensação de inquietação e desassossego, perda de apetite, euforia, insónia e o pensamento obsessivo de quem ama. Por outro lado, o amor é uma sensação de união que é reforçada pela presença de ocitocina, produzida pelo hipotálamo e armazenada na hipófise posterior. Esta hormona tem como função promover as contracções uterinas durante o parto e a ejecção do leite durante a amamentação.

MUDANÇA DE SEXO
A Cirurgia de Redesignação Sexual (CRS) é parte do tratamento da desordem do transtorno de identidade para transexuais e transgéneros. No Ocidente as cirurgias de redesignação sexual remontam a 1931. No passado dia 3, Thomas Beatie, que nasceu mulher, mas, por meio de terapias hormonais e cirurgias, mudou de sexo, deu à luz uma menina no Hospital de Oregon.

PÍLULA
A 18 de Agosto de 1960 foi lançado o contraceptivo oral nos EUA. A feminista Margaret Sanger e a milionária Katherine McCormick haviam desafiado os cientistas a inventar uma pílula contra a gravidez fácil de usar, eficiente e barata. Gregory Pincus aceitou o desafio. Hoje os métodos contraceptivos são muitos. À contracepção hormonal oral somam-se a injectável, o implante, o dispositivo intra-uterino, a contracepção cirúrgica, a de emergência, o preservativo e os espermicidas.

DISFUNÇÃO ERÉCTIL
Até à década de 70, o único tratamento oferecido para a disfunção eréctil eram as próteses de pénis e as bombas a vácuo. Nos anos 80, houve grande revolução com o surgimento das injecções administradas no pénis. O Viagra revolucionou o tratamento para disfunção eréctil de diferentes origens. Também recentemente, medicamentos por via sublingual (colocados sob a língua), supositórios para uretra, cremes e aerossóis foram desenvolvidos. Com resultados variáveis.

CIRURGIAS INTÍMAS
O assunto não é nem pouco mais ou menos pacífico entre os médicos. Mas o recurso à cirurgia estética íntima, uma aposta forte das economias emergentes, está cada vez mais em voga. É possível alongar e engrossar o tamanho do pénis, reconstruir o hímen ou reduzir o tamanho dos lábios vaginais. Tudo a favor do prazer.


Maria Ramos Silva/Marta Martins Silva, in Correio da Manhã Online, 13 Jul2008